Questões de Concurso
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Em 2017, o IBGE extinguiu as mesorregiões e microrregiões, criando um novo quadro regional brasileiro, com novas divisões geográficas denominadas, respectivamente, regiões geográficas intermediárias e imediatas. Com base nesse conceito, Coremas faz parte de qual Região Geográfica Imediata?
Segundo estudos extraídos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o gentílico atribuído aos munícipes que nascem em Coremas corresponde a:
O presente estudo tem como objetivo colocar em perspectiva histórica a relação entre o início do capitalismo, exemplificado pela Grã-Bretanha, e o tráfico negreiro, a escravidão negra e o comércio colonial geral dos séculos XVII e XVIII.
(Eric Williams, Capitalismo e escravidão)
Assinale a alternativa que apresente corretamente uma das principais conclusões da obra citada.
As funções do Estado desagregavam-se em concessões verticais sucessivas, e a cada nível estavam integradas as relações econômicas e políticas. Essa parcelarização da soberania seria constitutiva de todo o modo de produção feudal.
Decorriam dela três características estruturais do feudalismo ocidental, todas de importância fundamental em sua dinâmica.
(Perry Anderson, Passagens da Antiguidade ao feudalismo)
Entre essas “três características estruturais do feudalismo ocidental”, é correto apontar para
[…] na URSS, o historiador do Partido Comunista passou a ter uma função similar a dos teólogos do Islã ou da Cristandade: seus ensinamentos têm por objetivo reforçar e engrandecer as instituições existentes. Evidentemente, essa função não é apanágio do regime soviético, mas seus dirigentes, a começar por Stálin, levaram-na a limites extremos, transformando e desfigurando o passado ao sabor dos desejos caprichosos da linha política, encoberta sob o nome de necessidades da História que está por ser feita.
(Marc Ferro, A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação)
Segundo Marc Ferro, no contexto apresentado, a desfiguração do passado pode ser verificada quando
Devemos retornar da economia para a política do “socialismo realmente existente”, pois a política, tanto a alta quanto a baixa, é que iria provocar o colapso eurosoviético de 1989-91.
Politicamente, a Europa Oriental era o calcanhar de Aquiles do sistema soviético. Após a Primavera de Praga, ficou claro que os regimes satélites comunistas haviam perdido legitimidade como tal na maior parte da região. Tinham sua existência mantida por coerção do Estado, apoiado pela ameaça de intervenção soviética. Com uma exceção, nenhuma forma séria de oposição política organizada ou qualquer outra era possível. Na Polônia, a conjunção de três fatores produziu essa possibilidade.
(Eric Hobsbawm, Era dos extremos. Adaptado)
Sobre esses três fatores, é correto afirmar:
Passando para o campo da política econômica, seria equivocado pensar que tudo mudou após 1964. Permaneceu o princípio da forte presença do Estado na atividade econômica e na regulação da economia. Esse traço não foi sempre igual, variando com os governos, sendo por exemplo mais típico do governo Geisel do que de Castelo Branco. Mas, se nem tudo mudou, muita coisa mudou. O modelo que se esboçara no período Juscelino tomou ampla dimensão.
(Boris Fausto, História do Brasil)
Assinale a alternativa que caracterize corretamente a política econômica do Regime Militar (1964-1985).
Ao longo dos anos, [na sociedade das Minas Gerais], houve intensa mestiçagem de raças, cresceu a proporção de mulheres, que em 1776 era de cerca de 38% do total, e ocorreu um fenômeno cuja interpretação é um ponto de controvérsia entre os historiadores: o grande número de alforrias, ou seja, de libertação de escravos. Para se ter uma ideia da sua extensão, enquanto nos anos 1735-1749 os libertos representavam menos de 1,4% da população de descendência africana, em torno de 1786 passaram a ser 41,4% dessa população e 34% do número total de habitantes da capitania.
(Boris Fausto, História do Brasil)
Para Boris Fausto, a hipótese mais provável que explica esse número expressivo de alforrias relaciona-se
[…] na conjuntura dos anos 1926 a 1961, o Ato Colonial de 1930, no qual Salazar, então ministro das Colônias, teve importante papel ao marcar a política da ditadura militar com a reafirmação oficial da vocação colonizadora do país. Corroborando os princípios básicos estabelecidos desde 1926, o referido ato foi uma espécie de Constituição para os territórios ultramarinos, contendo o Estatuto dos Indígenas, incorporado em 1933, como apêndice da Carta Orgânica do Império Colonial Português. […]
O artigo 2o definia que os territórios ultramarinos pertenciam à essência orgânica da Nação Portuguesa contendo, portanto, a ideia de que era sua missão histórica “possuir e civilizar” as populações “indígenas”. […]
[…] como eram definidos os “indígenas”? Considera-se “indígena” todo indivíduo da raça negra ou que dela descendesse, cujos usos e costumes fossem comuns àquela raça e que não tivesse “evoluído” para a categoria de assimilado.
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à História Contemporânea)
No contexto apresentado, para que um sujeito fosse “elevado” à categoria de assimilado, havia a condição, entre outras, desse sujeito
A década de [19]60 testemunhou os esforços mais importantes de reforma agrária na América Latina. Doze países puseram em prática medidas de reforma agrária nessa década […]
(Norman Long, As estruturas agrárias da América latina, 1930-1990. Em: Leslie Bethell (org) História da América Latina: a América Latina após 1930)
Para Norman Long, o número expressivo de reformas agrárias foi uma resposta
A Escola dos Annales, inaugurada por Marc Bloch e Lucien Febvre, centrou-se na produção da história-problema para fornecer respostas às demandas surgidas no tempo presente. […]
O paradigma marxista desenvolvido paralelamente ao grupo dos Annales tem como princípio o caráter científico do conhecimento histórico […].
Apesar das diferenças entre os marxistas e os adeptos dos Annales, Ciro Flamarion identifica as aproximações entre os dois grupos.
(Circe Maria Fernandes Bittencourt, Ensino de História: fundamentos e métodos)
Para Ciro Flamarion, uma dessas aproximações representa
Sobre o município de São José dos Quatro Marcos-MT, é correto afirmar:
Após a Segunda Guerra Mundial, no âmbito do movimento quantitativo, o conceito de região é criticado e passa a ser concebido como:
Em 22 de setembro de 1890, o distrito de São Gonçalo é emancipado politicamente e desmembrado de Niterói, por meio do Decreto Estadual nº 124. Em 1892, o Decreto nº 1, de 8 de maio, suprime o município de São Gonçalo, reincorporando-o a Niterói pelo breve período de sete meses, sendo restaurado pelo Decreto nº 34, de 7 de dezembro do mesmo ano. Em 1922, o Decreto nº 1.797 concede-lhe novamente foros de cidade, revogado em 1923, fazendo a cidade baixar à categoria de vila. Finalmente, o distrito de São Gonçalo volta à categoria de cidade em:
“Nos anos da década de 1950 o quadro começa a sofrer alterações. A política está mais estabilizada contando com prefeitos com mandatos regulares (...). As grandes fazendas passam a ser loteadas e constituem diversos novos bairros. (...) As fazendas vão se extinguindo. (...) Resta ainda o comércio, que não sustenta durante muito tempo sua vitalidade dos anos de 1980."
http://anpuh.org.br/upload/anais-simposios/pdf/20191/ 154177545 3012fef434b2d423a5b770b1235f2a.pdf
Sobre as alterações econômicas e, consequentemente, demográficas, sofridas por São Gonçalo no período abordado pelo fragmento, pode-se aferir que:
Durante o Estado Novo (1937-1945), no regime ditatorial de Getúlio Vargas, foi realizada uma série de mudanças no sistema educacional, como a aprovação das Leis Orgânicas do Ensino Industrial e do Ensino Secundário (1942), do Ensino Comercial (1943), do Ensino Primário, do Ensino Normal e do Ensino Agrícola (1946), dentre outras ações.
Esse conjunto de ações ficou conhecido como:
“Há um total de 31 empreendimentos imobiliários produzidos na cidade entre 2000 e 2009. Temos, então, uma mudança da forma como São Gonçalo tem sido historicamente produzida e mesmo do público a que essa produção se destina”.
DA SILVA, Oséias Teixeira. Centralidade e Produção do Espaço
Urbano em Alcântara — São Gonçalo/RJ
Dentre as mudanças no uso do solo urbano do município de São Gonçalo, pode-se destacar:
“A chegada do século XVIII consolidou a ocupação de terras no interior da freguesia de São Gonçalo e afirmou as áreas do atual Centro da cidade e do bairro Alcântara como duas centralidades de grande importância política e econômica no território.”
ARAÚJO, Jefferson Thomaz. A centralidade de Alcântara e a história urbana de São Gonçalo-RJ: A atuação dos agentes sociais na consolidação de um núcleo urbano e na transformação de um espaço público.
Ao longo do século XVIII, São Gonçalo se consolidou como um dos maiores produtores agrícolas de bens de consumo, com destaque para a produção de:
“No período da Segunda Guerra Mundial, São Gonçalo cresceu de forma meteórica. Com as grandes fazendas sendo desmembradas em sítios e chácaras, mão de obra barata e abundante, grandes áreas, além da proximidade com as então capitais federal (cidade do Rio de Janeiro) e estadual (Niterói), o que facilitava o escoamento da produção, São Gonçalo tornou-se solo fértil ao desenvolvimento.”
Extraído de: https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o |
Gon%C3%AT7alo (Rio de Janeiro)
Durante as décadas de 1940 e 1950, São Gonçalo recebeu o apelido de “Manchester Fluminense”. Essa denominação esteve relacionada ao seguinte aspecto:
O atual município de São Gonçalo passou por várias mudanças político-administrativas, conforme os inúmeros decretos que alteraram sua condição: inicialmente de freguesia para vila de Niterói, depois município, depois foi incorporado novamente a Niterói por um breve período, depois cidade, vila novamente e, finalmente, a partir do Decreto de 27 de dezembro de 1929, foi elevado à categoria de cidade.
Além dessas inúmeras mudanças político-administrativas ao longo de sua história, pode-se afirmar corretamente sobre a importância da cidade o fato de São Gonçalo ter: