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O continente africano e o asiático foram os últimos a serem colonizados pelos europeus. Nas Américas, o processo de colonização teve início ainda no século XVI. Três séculos mais tarde o continente americano já havia sido descolonizado e a Primeira Revolução Industrial se encontrava em plena expansão. Diante disso, os europeus buscaram novas fontes de recursos para abastecer as suas indústrias.
(Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-inicio-colonizacao-na-africa.)
A colonização dos países africanos e asiáticos foi diferente das Américas porque já havia a industrialização europeia. Assim, sobre esse momento, podemos considerar que:
I- A chamada partilha da África e da Ásia foi um dos recursos utilizados para o fortalecimento das indústrias, já que as Américas independentes se transformaram em mercados consumidores, principalmente da Inglaterra.
II- No século XIX, os países europeus Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Holanda passaram a explorar os países da África e da Ásia além de impor seu modo de vida civilizado como superior aos outros povos.
III- A Partilha da África e da Ásia teve a intenção de conter os possíveis conflitos de poder entre os países europeus para evitar a primeira e a segunda guerras mundiais. A África foi usada como pretexto para a I Guerra Mundial.
IV- Os países africanos tiveram suas terras devastadas pela exploração de minérios além do forte tráfico negreiro nas Américas, mas foram recompensados após a descolonização no século XX, ganhando dupla nacionalidade.
V- A exploração de minérios, principalmente do ouro, levou a uma devastação do continente além de um forte tráfico de pedras preciosas que deixou o continente pobre além de ter aumentado os índices de violência.
Estão CORRETAS:
“Ciência dos homens”, dissemos. É ainda vago demais. É preciso acrescentar: “dos homens, no tempo”. O historiador não apenas pensa “humano”. A atmosfera em seu pensamento respira naturalmente é a categoria da duração. Decerto, dificilmente imagina-se que uma ciência, qualquer que seja, possa abstrair do tempo. Entretanto, para muitas dentre elas, que, por convenção, o desintegram em fragmentos artificialmente homogêneos, ele representa apenas uma medida. Realidade concreta e viva submetida à irreversibilidade de seu impulso, o tempo da história, ao contrário, é o próprio plasma em que se engastam os fenômenos e como o lugar de sua inteligibilidade.
(BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro. Ed. Jorge Zahar, 2001, p. 55.)
A Escola dos Annales revolucionou a escrita da História com outros olhares na construção de um método histórico que respondesse às questões da sociedade do presente. Para isso, teve que rever todas as categorias de análise do historiador em comparação ao método do século XIX. No trecho acima, Bloch refere-se ao (à):
Mais prudente e refletido do que os seus vizinhos espanhóis, o Brasil mediu a grandeza do objeto: derrubar o antigo edifício e erguer o novo; conheceu-se com forças de o fazer, e assim o tem felizmente executado sem se precipitar na torrente de desgraças que nem os Iturbides, nem os S. Martines, nem os Bolívares, com todos os seus talentos, são capazes de suster. Para nos convencermos, pois, desta verdade, acompanhemos as duas potências na sua revolução, e vejamos o futuro que uma e outra nos promete. [...] Tal tem sido a marcha do Brasil no curso da sua regeneração; marcha que tem constituído das suas diferentes partes um todo colossal, que o torna respeitável aos estranhos, formidável aos inimigos, e afiança para o futuro à perpetuidade do seu sistema.
(Diário do Governo n.28, 05/02/1823, grifos no original). (Fonte: PIMENTA, João Paulo G. A independência do Brasil como uma revolução: história e atualidade de um tema clássico. História da historiografia- Ouro Preto- n. 3, Set. de 2009, p. 52-82.)
Neste ano, estamos comemorando o bicentenário da Independência do Brasil, tema e muitos trabalhos historiográficos no século XX, por sua perspectiva conservadora, levaram a vários questionamentos sobre o nosso rompimento com a metrópole portuguesa. Com relação ao processo de independência da América Latina que foi com o uso da força e da violência, nosso processo pareceu mais pacífico, sendo, por isso, elogiado, nos jornais da época, como nos mostra a citação acima. Nesse sentido, podemos considerar que o processo de Independência foi:
I- Diferente da América Latina pela presença da Família Real que tornou o Brasil a sede do Império, criando uma estrutura de metrópole para comportar a corte que chegou aqui fugida em 1808.
II- Considerado revolucionário hoje porque houve um rompimento do sistema colonial, abrindo as portas para o Capitalismo Industrial do café e da cana-de-açúcar mesmo mantendo o sistema escravista.
III- Mediado pelos fazendeiros e pelos políticos que defendiam a manutenção da escravidão sob o argumento que não saberiam utilizar outra forma de mão de obra que não fosse a escrava, colocando em risco a economia.
IV- Revolucionária, mas não rompeu com o sistema colonial e com a quebra de monopólio comercial que era imposto por Portugal e Espanha, marcando uma transição do Feudalismo para o Capitalismo.
V- Manteve a monarquia e o sistema escravista por causa da política conciliatória entre os fazendeiros de cana-de-açúcar e de café, marcando a permanência feudal no modo de produção.
Estão CORRETAS:
Não há sombra de dúvidas sobre o papel central desempenhado pelos mulçumanos na Rebelião de 1835. Os rebeldes - ou uma boa parte deles - foram para as ruas com as roupas usadas na Bahia pelos adeptos do Islamismo. No corpo dos muitos que morreram, a polícia encontrou amuletos mulçumanos e papéis com as rezas e as passagens do Qur’ãn usados para proteção. Essas e outras marcas da revolta levaram o chefe de polícia Francisco Gonçalves Martins a concluir o óbvio: “o certo”, escreveu ele, “é que a religião tinha a sua parte na sublevação”. Seguia a observação que “os chefes faziam persuadir aos miseráveis, que certos papéis os livrariam da morte”. E outro Francisco Martins o presidente: “Parece-me que o fanatismo religioso também entrava nessa conspiração”.
(REIS, João Jose. Rebelião escrava no Brasil: A História do levante dos Malês em 1835. São Paulo; Companhia das Letras. 2003, p. 158.)
O Período Regencial do Brasil foi um momento de muita turbulência diante dos descontentamentos dos três povos: brasileiros, escravos e indígenas, deflagrando várias rebeliões pelo país chamada de movimento nativista. O trecho acima fala da Revolta dos Malês na Bahia. Podemos considerar sobre a Revolta que:
I- Foi um movimento racial religioso, no qual escravos mulçumanos organizaram para reivindicar o fim da escravidão e da imposição do Catolicismo e ter liberdade de culto religioso.
II- Os escravos foram convertidos ao Islamismo já no Brasil e fizeram parte de uma tentativa de fundação de uma república islâmica para aumentar a religião no país.
III- Foi considerado um movimento de fanatismo religioso, pois os malês eram escravos mulçumanos que, por causa dos dogmas do Islamismo, não queriam aceitar a escravidão.
IV- O Brasil era receptivo ao Islamismo, por isso aceitou a entrada de africanos mulçumanos para servirem de escravos, já que eles não tinham alfabetização e não eram ameaça.
V- O dia escolhido da rebelião foi 25 de janeiro, data importante para os mulçumanos, a chamada Noite de Glória, que é o dia em que o Corão foi revelado a Maomé, tornando um marco.
Estão CORRETAS:
(...) a bula Inter Caetera, assinada pelo Papa Alexandre VI, em 4 de maio de 1493, dividiu as novas terras do globo entre Portugal e Espanha. Na prática, as terras situadas até cem léguas a oeste, a parte das ilhas de Cabo Verde, seriam de Portugal, e, as que ficassem além dessa ilha, da Espanha. Por receio de perder possíveis conquistas, uma revisão foi proposta por Portugal, que conseguiu mudar os termos da bula. (..) Dessa forma, a linha imaginária encontrava-se a meio caminho entre o arquipélago e as ilhas das Caraíbas, descobertas por Colombo. Legislava o Tratado, ainda, que os territórios a leste desse meridiano pertenceriam a Portugal e os a oeste à Espanha. O Tratado seria ratificado pela Espanha em 2 de junho e por Portugal em 5 de setembro de 1494, como se o mundo – real ou tantas vezes imaginado - pudesse ser dividido em dois, em duas metades, e sem maiores contestações.
(SCHWARCZ, Lilia Moritz. Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 24.)
Na citação acima, Schwarcz fala da descoberta do Novo Mundo e da atitude política que se construiu na Europa para essas novas terras. O trecho está se referindo ao:
O problema da ocupação e do uso do espaço pelos homens, que tão bem caracterizou o mundo ocidental nos tempos finais da Idade Média e que será utilizado para iniciar este livro, assumiu dimensões planetárias quando os europeus, barrados nas rotas tradicionais do Mediterrâneo fechadas pelos turcos, avançaram pelos espaços atlânticos. Esse largo movimento representa um dos principais sentidos do Renascimento, pois foi por meios de viagens da expansão e da conquista que o velho continente saltou de suas fronteiras para promover o nascimento da “Europa fora da Europa” - na feliz imagem do historiador Jean Delumeau.
(MICELI, Paulo. História Moderna. São Paulo, Contexto, 2013, p. 11.)
A citação acima fala do considerado início da Idade Moderna em que as transformações socioculturais e científicas marcam toda a Europa e os demais continentes. Nesse sentido, Miceli está se referindo ao (à/às):
O mito sobre Rômulo e Remo explica a criação de Roma. Rômulo e Remo eram irmãos gêmeos. Foram abandonados por seus pais e postos em uma cesta que ficou flutuando no Rio Tibre. Os gêmeos foram resgatados por uma loba que os amamentou antes de serem encontrados por um pastor que os educou. Quando cresceram, os gêmeos visitaram o lugar onde foram encontrados pela loba e decidiram construir ali uma cidade. Os irmãos discordaram sobre onde a cidade deveria se originar, e Rômulo, com raiva, matou seu irmão. A cidade fundada por Rômulo recebeu o nome em homenagem ao seu fundador.
(Disponível em: https //www.ehow.com.br/mitos-criacao-antigos-romanos-info_272603/. Acesso em: 15. Junho.2022.)
O Mito de fundação de Roma mostra-nos porquê a cidade se transformou em um grande império. De acordo com a sociedade e a cultura romana, podemos considerar que:
I- O mito de Rômulo e Remo já nos mostra que a cidade foi construída em cima de poder e de autoritarismo, marcando toda a trajetória de dominação violenta e escravista do Império Romano na Europa.
II- O sistema de Toga define o poder e o status do patriarca sobre seus filhos baseada no uso da toga em vários rituais, como o da feitura da primeira barba do filho ter que ser feita pelo pai em obediência.
III- O mito de Rômulo e Remo não participou da construção do Império Romano, tornando distante toda a violência da sociedade romana que se dedicou mais à educação e à arte dos seus cidadãos romanos.
IV- A cultura romana baseia-se em educação e em arte preparatória para a guerra e para a dominação dos povos vizinhos e mais distantes. Suas estratégias de guerra são menos violentas porque são cristãos.
V- O jovem romano mantém devoção e obediência ao pai até sua maior idade e ao Conselho de anciãos, representando o Senado, formado pelos chefes dos clãs que habitavam a cidade romana.
Estão CORRETAS:
A história do tempo presente está na intersecção do presente e da longa duração. Esta coloca o problema de se saber como o presente é construído no tempo. Ela se diferencia, portanto, da história imediata porque impõe um dever de mediação. Alguns historiadores, porém, preferem utilizar a noção de história imediata, como é o caso de Jean-François Soulet, que coordena a revista Cadernos de história imediata, outros preferem a noção de história do mundo contemporâneo, como é o caso de Pierre Laborie. Alguns são ainda mais críticos, como é o caso de Antoine Prost para o qual a história do tempo presente não é nada mais do que a história em si, que nada a singulariza e que é, por conseguinte, um “pseudoconceito sem conteúdo verdadeiro”.
(DOSSE, François. História do tempo presente e historiografia, in: Revista Tempo e Argumento. Junho. V. 4 n. 1 p. 5-22, jan/jun. UDESC 2012.)
François Dosse fala, na citação acima, sobre o conceito de História do tempo presente. Considerando que, no século XIX, a História foi considerada uma ciência do passado, que seria construída pelos arquivos oficiais no século XX, temos uma revolução no método da História, e o “passado” passa a ser questionado, tornando o presente em evidência. Logo, estamos falando de:
A Pré-História é um período da história humana particularmente grande. A sua nomenclatura e larga duração remetem ao século XIX, quando os primeiros vestígios da vida humana pré-histórica começaram a ser encontrados. Isso porque no século XIX existia a noção de que a História só poderia ser feita por meio de documentos escritos e, assim, todos os acontecimentos anteriores ao surgimento da escrita ficaram conhecidos como “Pré-História”.
(Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/pre-historia. Acesso em: 13. Junho. 2022.)
Sobre o período chamado Pré-História e suas transformações, podemos considerar que:
I) A Pré-História foi assim chamada por estar fora dos métodos científicos do século XIX sendo uma incógnita da história do homem por falta de documentos escritos, refletindo uma grande lacuna no ensino de História do ensino básico.
II) O uso dos métodos definia os conceitos de História, os objetos e a fonte de pesquisa, assim a Pré-História só foi mais pesquisada quando a História Cultural foi aceita como método por sua diversidade de fontes, incluindo a pictografia.
III) A Pré-História foi incorporada ao método positivista e, por isso, passou a ser uma história das relações políticas das sociedades primitivas, sendo classificada em grandes eras de transformações - Neolítica e Paleolítica.
IV) A Pré-História ainda é vista como um período sem história por causa da falta da escrita e de outros vestígios da sociedade, como equipamentos de uso, materiais de caça e de pesca, vestimentas e cotidiano doméstico e público.
V) O termo Pré-História é inadequado porque a História Social incluiu os vestígios da passagem do homem como fontes e objeto de estudo, ficando, assim, a história antes da escrita e as artes rupestres como uma fonte de análise.
Estão CORRETAS:
(..) O olho, a evidência da autópsia, deve prevalecer sobre o ouvido. Esse era o valor da história, como busca da verdade. Grande admiradora Tucídides, a história-ciência do século XIX começou a marcar uma clara cisão do passado e do presente. O que sempre fez de Michelet, um transgressor, ele que atravessou e reatravessou tantas vezes o rio dos mortos. A História devia começar exatamente onde a memória parava: nos arquivos escritos.
(HARTOG, François. Regimes de historicidade: Presentismo e Experiências do tempo. Belo Horizonte, Ed. Autentica, 2013, p. 158.)
Sobre o uso da memória feito pela História, Hartog mostra-nos, na citação acima, que ela passou por vários métodos desde que se transformou em ciência. A história feita pela evidência nos arquivos escritos é do método: