Questões de Concurso Comentadas para câmara de arcos - mg

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Q1684004 Direito Financeiro
A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Em relação ao referido instituto legal, é INCORRETO afirmar que:
Alternativas
Q1684003 Direito Financeiro
De acordo com Silva (2013), a administração pública pode utilizar algumas técnicas orçamentárias, as quais contemplam as origens e as aplicações dos recursos, cada qual com suas respectivas peculiaridades. Em relação às referidas técnicas, analise as afirmativas a seguir.

I. Orçamento clássico ou tradicional: é aquele no qual se prevê a receita e fixa a despesa, tomando-se certos cuidados quanto à orientação das despesas por objeto de gastos; isto evidencia a maior ênfase que se dá ao que se compra. Esta técnica não antevê as reais necessidades da coletividade, renuncia os aspectos econômicos e sociais.
II. Orçamento por desempenho: é aquele no qual se observa as realizações do governo, relacionando os objetos de gasto aos objetivos específicos com que age o governo. Apesar de identificar os objetivos não vincula ao processo de planejamento.
III. Orçamento programa: é aquele que integra o planejamento com o orçamento através de programas de governo, onde é identificado o conjunto de ações e recursos necessários à execução.
IV. Orçamento base zero: é aquele em que cada administrador deve detalhar os recursos solicitados, o que justificará cada uma das despesas e torna o planejamento e orçamento possíveis.
V. Orçamento participativo: é aquele em que se utiliza o mecanismo governamental de democracia participativa em que permite a participação da sociedade na discussão e decisão sobre o orçamento público.
Estão corretas as afirmativas
Alternativas
Q1684002 Administração Financeira e Orçamentária
A proposta orçamentária se materializa com o Projeto de Lei Orçamentária encaminhado pelo Poder Executivo ao Congresso, contendo a estimativa da receita e a fixação da despesa para determinado exercício financeiro. Conforme prevê a Lei nº 4.320/64, em seu art. 32, se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. Não se admitirão emendas ao Projeto de Lei de Orçamento que visem a, EXCETO:
Alternativas
Q1684000 Administração Geral
Observe a figura a seguir e leia o conceito que se segue:
Imagem associada para resolução da questão

“Representação gráfica dos setores e/ou departamento da empresa, em que se pode visualizar a relação de mando e subordinação.” A figura e o conceito apresentados correspondem ao:
Alternativas
Q1683998 Administração Financeira e Orçamentária
Os princípios orçamentários são regras básicas, as quais o orçamento dos entes federativos deve seguir, previsto na Constituição Federal desde 1964; funciona como forma de padronizar e garantir que o dinheiro público seja usado de maneira correta. Tendo em vista os Princípios Orçamentários, especificamente sobre o Princípio da Unidade ou Totalidade, é correto afirmar que:
Alternativas
Q1683997 Contabilidade Geral
O extrato bancário da conta corrente que a Empresa X Ltda. mantém no Banco Gama apresentou ao final de março a seguinte movimentação: Imagem associada para resolução da questão

Após o controle da conta corrente bancária, pode-se afirmar que o saldo no dia 20 de março correspondia a:
Alternativas
Q1683991 História
O Brasil é o maior exportador de café no mercado mundial e ocupa a segunda posição entre os países consumidores da bebida. Corresponde por um terço da produção mundial de café, o que o coloca como maior produtor mundial, posto que detém há mais de 150 anos. Durante toda a República Velha (1889-1930) ocorreu o acordo nacional, político e econômico conhecido como “A Política do Café com Leite”, que funcionava entre as oligarquias estaduais e o governo federal para manter o poder nas mãos das elites de grandes proprietários de terras do Brasil. Os estados que faziam parte da “Política do Café com Leite” são:
Alternativas
Q1683990 Conhecimentos Gerais
“A Polícia Federal recuperou uma escultura roubada em 1974, que constava na lista de bens procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) desde 2016. A imagem representa Betsabá, que figura, na Bíblia, como esposa do rei Davi e mãe do rei Salomão, sendo retirada do acervo da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, em Duque de Caxias, no Rio.”
(Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/radar/imagem-roubadaha-50-anos-e-recuperada-e-devolvida-a-igreja-no-rio/.)
É responsável por proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras:
Alternativas
Q1683988 Conhecimentos Gerais
“Trata-se de um conglomerado de redes de computadores que utilizam um conjunto de protocolos para servir e conectar vários usuários no mundo inteiro. É formada por diversas redes, que consistem em empresas privadas, públicas, acadêmicas e do governo, tornando o seu alcance global, e ligada a uma ampla variedade de tecnologias de rede eletrônica, sem fio e ópticas.” A definição citada anteriormente se refere a:
Alternativas
Q1683987 Geografia
Para geração da energia elétrica são utilizadas fontes renováveis, como a força das águas, dos ventos, recursos fósseis e a energia do sol. Através de turbinas e geradores é possível transformar outras formas de energia, como a mecânica e a química, em eletricidade. “É a forma de geração de energia que consiste no aproveitamento da luz do sol, transformando-a em energia elétrica, através de painéis.” Essa definição se refere à fonte de energia:
Alternativas
Q1683986 Noções de Informática
“Barramento que, além de ser serial, é também ponto a ponto, em que cada periférico possui um canal exclusivo de comunicação com o chipset.” Trata-se do barramento:
Alternativas
Q1683985 Noções de Informática
“Podemos definir ____________ como entidades que transmitem significado ou informações. _____________ são representações elétricas ou eletromagnéticas dos dados.” Considerando a comunicação de dados, assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
Alternativas
Q1683984 Noções de Informática
No Sistema Operacional MS-DOS, há um comando que exibe o menu para criar, ativar, deletar e exibir partições; assinale-o.
Alternativas
Q1683983 Noções de Informática
No Windows 10, Configuração Local, Idioma Português- -Brasil, o conteúdo da Tela Inicial é exibido no formato de blocos, onde cada bloco é um atalho para algo, que geralmente é um aplicativo, mas pode estar vinculado a demais elementos. Esses blocos podem ser quadrados ou retangulares e de vários tamanhos. A quantidade de tamanhos desses blocos é:
Alternativas
Q1683982 Noções de Informática
No Windows 10, Configuração Local, Idioma Português- -Brasil, por padrão, o Menu Iniciar exibe somente dois itens, sendo necessário ativar quaisquer outras pastas ou janelas específicas desejadas; assinale-os.
Alternativas
Q1683981 Português

    Como é sabido, a infância não é algo que tenha existido desde sempre. Crianças sempre existiram, obviamente, mas o que entendemos por infância é um conceito recente em termos históricos. Basta lembrar que muitos de nós tiveram avós que trabalhavam na roça desde cedo e que se casavam aos 12, 13 anos. E só não se casavam antes porque o ato de casar estava ligado ao ato de engravidar. Assim, era necessário esperar a primeira menstruação não da menina, mas da mulher.

    É comum pessoas que visitam povos indígenas ou comunidades ribeirinhas da Amazônia se espantarem com a diferença do que é ser uma criança para esses povos e comunidades. O primeiro espanto costuma ser o fato de que meninos e meninas mexem com facas, em geral bem grandes, no cotidiano. Fazem quase tudo o que um adulto faz. Nadam sozinhas no rio, escalam árvores altas, cozinham, caçam e pescam. Aprendem com os adultos e com as crianças mais velhas.

    Não é que não se tenha cuidado com as crianças, mas o cuidado tem outras expressões e significados, obedece a outro entendimento da vida, variando de povo a povo. Dias atrás um amigo estava numa aldeia indígena e viu um menino pequeno ligando um motor de barco. Ele de imediato avisou ao pai que o filho estava mexendo com algo que poderia ser perigoso. O pai limitou-se a dizer, devolvendo o espanto: “Mas este é o motor dele”.

    É possível concluir que, nesta aldeia, para este povo, assim como para outras comunidades que vivem uma experiência diversa de ser e de estar no mundo, ser criança é outra coisa. O que quero sublinhar aqui é que nada é dado e determinado no campo da cultura. A infância foi inventada pela sociedade ocidental e continua sendo inventada dia após dia. Não existe nenhuma determinação acima da experiência de uma sociedade – e dos vários conflitos e interesses que determinam essa experiência – sobre o que é ser uma criança.

    Nesta época, na sociedade ocidental, a criança deve ser protegida de tudo. Mas não só. Há um esforço de apagamento de que a criança tem um corpo. Não um corpo para o sexo. Mas um corpo erotizado, no sentido de que meninos e meninas têm prazer com seu próprio corpo, têm um corpo que se experimenta.

    Esse apagamento do corpo da criança se entranha na vida cotidiana e também na linguagem. Eu mesma costumava escrever nos meus textos: “homens, mulheres e crianças fizeram tal coisa ou estão sofrendo tal coisa”, ou qualquer outro verbo. Até que uma amiga me chamou a atenção de que crianças têm sexo, e eu as estava castrando no meu texto. Então, passei a escrever: “homens e mulheres, adultos e crianças...”. Conto isso apenas para mostrar que rapidamente internalisamos uma percepção geral como se fosse um dado da natureza e, na medida que a assumimos como fato, paramos de questioná-la.

    Quando os adultos tentam apagar o corpo das crianças, criam um grande problema para as crianças. E para si mesmos. É um fato que as crianças têm sexualidade. Não é uma escolha ideológica. Essa experiência é parte da nossa espécie e de várias outras. Qualquer pessoa que tenha filhos saudáveis ou acompanhe crianças pequenas próximas sabe que elas se tocam e descobrem que seus pequenos corpos podem lhes dar prazer. E esta já se mostrou uma experiência fundamental para uma vida adulta responsável e prazerosa no campo da sexualidade, que respeite o corpo e o desejo do outro, assim como o próprio corpo e o próprio desejo.

    Qualquer adulto que não recalcou sua memória destas experiências com o corpo se vai lembrar delas se for honesto consigo mesmo. Quem tem corpo, tem sexualidade. O que não pode ter é violência contra esses corpos.


(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/12/opinion/1520873905_5719 40.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Considere as seguintes propostas de substituição para os travessões situados no excerto “Não existe nenhuma determinação acima da experiência de uma sociedade – e dos vários conflitos e interesses que determinam essa experiência – sobre o que é ser uma criança.” (4º§) que NÃO modificam semântica e sintaticamente o teor original da mensagem.
I. Parênteses.
II. Pontos de interrogação.
III. Vírgulas.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q1683980 Português

    Como é sabido, a infância não é algo que tenha existido desde sempre. Crianças sempre existiram, obviamente, mas o que entendemos por infância é um conceito recente em termos históricos. Basta lembrar que muitos de nós tiveram avós que trabalhavam na roça desde cedo e que se casavam aos 12, 13 anos. E só não se casavam antes porque o ato de casar estava ligado ao ato de engravidar. Assim, era necessário esperar a primeira menstruação não da menina, mas da mulher.

    É comum pessoas que visitam povos indígenas ou comunidades ribeirinhas da Amazônia se espantarem com a diferença do que é ser uma criança para esses povos e comunidades. O primeiro espanto costuma ser o fato de que meninos e meninas mexem com facas, em geral bem grandes, no cotidiano. Fazem quase tudo o que um adulto faz. Nadam sozinhas no rio, escalam árvores altas, cozinham, caçam e pescam. Aprendem com os adultos e com as crianças mais velhas.

    Não é que não se tenha cuidado com as crianças, mas o cuidado tem outras expressões e significados, obedece a outro entendimento da vida, variando de povo a povo. Dias atrás um amigo estava numa aldeia indígena e viu um menino pequeno ligando um motor de barco. Ele de imediato avisou ao pai que o filho estava mexendo com algo que poderia ser perigoso. O pai limitou-se a dizer, devolvendo o espanto: “Mas este é o motor dele”.

    É possível concluir que, nesta aldeia, para este povo, assim como para outras comunidades que vivem uma experiência diversa de ser e de estar no mundo, ser criança é outra coisa. O que quero sublinhar aqui é que nada é dado e determinado no campo da cultura. A infância foi inventada pela sociedade ocidental e continua sendo inventada dia após dia. Não existe nenhuma determinação acima da experiência de uma sociedade – e dos vários conflitos e interesses que determinam essa experiência – sobre o que é ser uma criança.

    Nesta época, na sociedade ocidental, a criança deve ser protegida de tudo. Mas não só. Há um esforço de apagamento de que a criança tem um corpo. Não um corpo para o sexo. Mas um corpo erotizado, no sentido de que meninos e meninas têm prazer com seu próprio corpo, têm um corpo que se experimenta.

    Esse apagamento do corpo da criança se entranha na vida cotidiana e também na linguagem. Eu mesma costumava escrever nos meus textos: “homens, mulheres e crianças fizeram tal coisa ou estão sofrendo tal coisa”, ou qualquer outro verbo. Até que uma amiga me chamou a atenção de que crianças têm sexo, e eu as estava castrando no meu texto. Então, passei a escrever: “homens e mulheres, adultos e crianças...”. Conto isso apenas para mostrar que rapidamente internalisamos uma percepção geral como se fosse um dado da natureza e, na medida que a assumimos como fato, paramos de questioná-la.

    Quando os adultos tentam apagar o corpo das crianças, criam um grande problema para as crianças. E para si mesmos. É um fato que as crianças têm sexualidade. Não é uma escolha ideológica. Essa experiência é parte da nossa espécie e de várias outras. Qualquer pessoa que tenha filhos saudáveis ou acompanhe crianças pequenas próximas sabe que elas se tocam e descobrem que seus pequenos corpos podem lhes dar prazer. E esta já se mostrou uma experiência fundamental para uma vida adulta responsável e prazerosa no campo da sexualidade, que respeite o corpo e o desejo do outro, assim como o próprio corpo e o próprio desejo.

    Qualquer adulto que não recalcou sua memória destas experiências com o corpo se vai lembrar delas se for honesto consigo mesmo. Quem tem corpo, tem sexualidade. O que não pode ter é violência contra esses corpos.


(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/12/opinion/1520873905_5719 40.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Considerando os seguintes adjetivos presentes no 7º§ parágrafo do texto, marque V para os verdadeiros e F para os falsos.
( ) Problema.
( ) Ideológica.
( ) Sexualidade.
( ) Saudáveis.
A sequência está correta em
Alternativas
Q1683973 Português

    Como é sabido, a infância não é algo que tenha existido desde sempre. Crianças sempre existiram, obviamente, mas o que entendemos por infância é um conceito recente em termos históricos. Basta lembrar que muitos de nós tiveram avós que trabalhavam na roça desde cedo e que se casavam aos 12, 13 anos. E só não se casavam antes porque o ato de casar estava ligado ao ato de engravidar. Assim, era necessário esperar a primeira menstruação não da menina, mas da mulher.

    É comum pessoas que visitam povos indígenas ou comunidades ribeirinhas da Amazônia se espantarem com a diferença do que é ser uma criança para esses povos e comunidades. O primeiro espanto costuma ser o fato de que meninos e meninas mexem com facas, em geral bem grandes, no cotidiano. Fazem quase tudo o que um adulto faz. Nadam sozinhas no rio, escalam árvores altas, cozinham, caçam e pescam. Aprendem com os adultos e com as crianças mais velhas.

    Não é que não se tenha cuidado com as crianças, mas o cuidado tem outras expressões e significados, obedece a outro entendimento da vida, variando de povo a povo. Dias atrás um amigo estava numa aldeia indígena e viu um menino pequeno ligando um motor de barco. Ele de imediato avisou ao pai que o filho estava mexendo com algo que poderia ser perigoso. O pai limitou-se a dizer, devolvendo o espanto: “Mas este é o motor dele”.

    É possível concluir que, nesta aldeia, para este povo, assim como para outras comunidades que vivem uma experiência diversa de ser e de estar no mundo, ser criança é outra coisa. O que quero sublinhar aqui é que nada é dado e determinado no campo da cultura. A infância foi inventada pela sociedade ocidental e continua sendo inventada dia após dia. Não existe nenhuma determinação acima da experiência de uma sociedade – e dos vários conflitos e interesses que determinam essa experiência – sobre o que é ser uma criança.

    Nesta época, na sociedade ocidental, a criança deve ser protegida de tudo. Mas não só. Há um esforço de apagamento de que a criança tem um corpo. Não um corpo para o sexo. Mas um corpo erotizado, no sentido de que meninos e meninas têm prazer com seu próprio corpo, têm um corpo que se experimenta.

    Esse apagamento do corpo da criança se entranha na vida cotidiana e também na linguagem. Eu mesma costumava escrever nos meus textos: “homens, mulheres e crianças fizeram tal coisa ou estão sofrendo tal coisa”, ou qualquer outro verbo. Até que uma amiga me chamou a atenção de que crianças têm sexo, e eu as estava castrando no meu texto. Então, passei a escrever: “homens e mulheres, adultos e crianças...”. Conto isso apenas para mostrar que rapidamente internalisamos uma percepção geral como se fosse um dado da natureza e, na medida que a assumimos como fato, paramos de questioná-la.

    Quando os adultos tentam apagar o corpo das crianças, criam um grande problema para as crianças. E para si mesmos. É um fato que as crianças têm sexualidade. Não é uma escolha ideológica. Essa experiência é parte da nossa espécie e de várias outras. Qualquer pessoa que tenha filhos saudáveis ou acompanhe crianças pequenas próximas sabe que elas se tocam e descobrem que seus pequenos corpos podem lhes dar prazer. E esta já se mostrou uma experiência fundamental para uma vida adulta responsável e prazerosa no campo da sexualidade, que respeite o corpo e o desejo do outro, assim como o próprio corpo e o próprio desejo.

    Qualquer adulto que não recalcou sua memória destas experiências com o corpo se vai lembrar delas se for honesto consigo mesmo. Quem tem corpo, tem sexualidade. O que não pode ter é violência contra esses corpos.


(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/12/opinion/1520873905_5719 40.html. Acesso em: 12/12/2019.)

São consideradas palavras classificadas como trissílabas:
I. “conceito” (1º§)
II. “primeira” (1º§)
III. “infância” (4º§)
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q1683972 Português

    Como é sabido, a infância não é algo que tenha existido desde sempre. Crianças sempre existiram, obviamente, mas o que entendemos por infância é um conceito recente em termos históricos. Basta lembrar que muitos de nós tiveram avós que trabalhavam na roça desde cedo e que se casavam aos 12, 13 anos. E só não se casavam antes porque o ato de casar estava ligado ao ato de engravidar. Assim, era necessário esperar a primeira menstruação não da menina, mas da mulher.

    É comum pessoas que visitam povos indígenas ou comunidades ribeirinhas da Amazônia se espantarem com a diferença do que é ser uma criança para esses povos e comunidades. O primeiro espanto costuma ser o fato de que meninos e meninas mexem com facas, em geral bem grandes, no cotidiano. Fazem quase tudo o que um adulto faz. Nadam sozinhas no rio, escalam árvores altas, cozinham, caçam e pescam. Aprendem com os adultos e com as crianças mais velhas.

    Não é que não se tenha cuidado com as crianças, mas o cuidado tem outras expressões e significados, obedece a outro entendimento da vida, variando de povo a povo. Dias atrás um amigo estava numa aldeia indígena e viu um menino pequeno ligando um motor de barco. Ele de imediato avisou ao pai que o filho estava mexendo com algo que poderia ser perigoso. O pai limitou-se a dizer, devolvendo o espanto: “Mas este é o motor dele”.

    É possível concluir que, nesta aldeia, para este povo, assim como para outras comunidades que vivem uma experiência diversa de ser e de estar no mundo, ser criança é outra coisa. O que quero sublinhar aqui é que nada é dado e determinado no campo da cultura. A infância foi inventada pela sociedade ocidental e continua sendo inventada dia após dia. Não existe nenhuma determinação acima da experiência de uma sociedade – e dos vários conflitos e interesses que determinam essa experiência – sobre o que é ser uma criança.

    Nesta época, na sociedade ocidental, a criança deve ser protegida de tudo. Mas não só. Há um esforço de apagamento de que a criança tem um corpo. Não um corpo para o sexo. Mas um corpo erotizado, no sentido de que meninos e meninas têm prazer com seu próprio corpo, têm um corpo que se experimenta.

    Esse apagamento do corpo da criança se entranha na vida cotidiana e também na linguagem. Eu mesma costumava escrever nos meus textos: “homens, mulheres e crianças fizeram tal coisa ou estão sofrendo tal coisa”, ou qualquer outro verbo. Até que uma amiga me chamou a atenção de que crianças têm sexo, e eu as estava castrando no meu texto. Então, passei a escrever: “homens e mulheres, adultos e crianças...”. Conto isso apenas para mostrar que rapidamente internalisamos uma percepção geral como se fosse um dado da natureza e, na medida que a assumimos como fato, paramos de questioná-la.

    Quando os adultos tentam apagar o corpo das crianças, criam um grande problema para as crianças. E para si mesmos. É um fato que as crianças têm sexualidade. Não é uma escolha ideológica. Essa experiência é parte da nossa espécie e de várias outras. Qualquer pessoa que tenha filhos saudáveis ou acompanhe crianças pequenas próximas sabe que elas se tocam e descobrem que seus pequenos corpos podem lhes dar prazer. E esta já se mostrou uma experiência fundamental para uma vida adulta responsável e prazerosa no campo da sexualidade, que respeite o corpo e o desejo do outro, assim como o próprio corpo e o próprio desejo.

    Qualquer adulto que não recalcou sua memória destas experiências com o corpo se vai lembrar delas se for honesto consigo mesmo. Quem tem corpo, tem sexualidade. O que não pode ter é violência contra esses corpos.


(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/12/opinion/1520873905_5719 40.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Observe as seguintes palavras constituídas por dígrafo que representa vogal nasal:
I. “históricos” (1º§)
II. “espanto” (2º§)
III. “significados” (3º§)
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q1683971 Direito Constitucional
No processo legislativo, a emenda é a proposição apresentada como acessória de outra e se classifica em:
Alternativas
Respostas
21: C
22: B
23: C
24: C
25: B
26: A
27: A
28: C
29: A
30: B
31: D
32: A
33: C
34: B
35: D
36: D
37: D
38: A
39: A
40: B