Questões de Concurso
Comentadas para professor - história
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“O fato de que desde 1954 a lembrança de [Getúlio] Vargas tenha sido cultivada reforça a tese de que a memória tem sido uma das preocupações culturais mais importantes das sociedades contemporâneas. Esse debruçar-se constante sobre o passado recente conduz à produção de uma cultura da memória que se materializa de várias maneiras, entre elas as comemorações. Eventos desse tipo, como vários estudos têm demonstrado, não são porém inócuos: expressam estratégias de controle do passado para poder comandar o presente, e nesse sentido são marcos de mutações sociais.” FERREIRA, Marieta de Moraes. Getulio Vargas: uma memória em disputa. Rio de Janeiro: CPDOC, 2006. 16f.
O trecho retirado do texto de Marieta de Moraes Ferreira fala sobre a disputa da memória de Getúlio Vargas e sobre os processos de alteração que essa memória sofreu desde sua morte em 1954. Pensando nas múltiplas facetas de Getúlio Vargas e pelas disputas sobre sua memória é correto afirmar:
BROCOS, Modesto. A redenção de Cam. Rio de Janeiro: único Exemplar, Museu Nacional de Belas Artes. Painel a óleo sobre tela. 199 x 166 cm, 1895.
Observe a tela “A redenção de Cam” (1985) de autoria do pintor espanhol radicado no Brasil, Modesto Brocos, e em seguida assinale a alternativa correta.
Observe a imagem retirada em uma manifestação da Greve Geral de 1917:
Greve Geral em São Paulo, SP, 1917. Coleção História da Industrialização no Brasil, São Paulo, foto 208. Arquivo Edgard Leuenroth.
Sobre esta fotografia e seu uso como fonte em sala de aula assinale a alternativa correta:
Em 2018 rememoramos os 50 anos da Primavera de Praga, um movimento de libertação político e intelectual ocorrido na Tchecoslováquia em meados de 1968. Sobre este fenômeno histórico, é possível afirmar que:
Observe a imagem a seguir:
Fonte: https://aminoapps.com/c/historia-geral/page/blog/tbt-pacto-ribbentrop-molotov/lRzb_EBHQuNrmGDD8GVRbBa3b3JQElB3d
A charge acima faz referência a um importante fato da Segunda Guerra Mundial. O nome desse fato foi:
“Nas proximidades do ano mil, a literatura ocidental apresenta a sociedade cristã segundo um esquema novo que logo conhece grande sucesso. A sociedade é composta por um ‘povo triplo’: sacerdotes, guerreiros, camponeses. Três categorias distintas e complementares, cada uma necessitando das outras duas. Seu conjunto forma o corpo harmonioso da sociedade.” A sociedade medieval, estratificada e religiosa, era dividida em três classes, cada uma com sua função definida. Assinale a alternativa que representa corretamente uma classe e sua função.
“Podemos admirar a coragem de Colombo; aliás, isso já foi feito milhares de vezes. Vasco da Gama e Magalhães talvez tenham feito viagens mais difíceis, mas eles sabiam para onde iam. Apesar de toda a sua segurança, Colombo não podia ter certeza de que no fim do oceano não havia um abismo, e, consequentemente, a queda no vazio.”
A incerteza de Colombo destacada pelo autor se deve
“Entre as resoluções do Concílio de Trento, nenhum destaque fora dado à expansão católica no além-mar (...) Além disso, a posição defensiva assumida pelo Concílio bem como a composição majoritariamente italiana dos conciliares, dificilmente o levariam a formular, em meados daquele século [XVI], uma política global para o Novo Mundo.”
Mesmo que o Concílio de Trento não tenha dado importância central ao Novo Mundo, as colônias ibero-americanas receberam forte influência católica realizada principalmente:
“A sociedade burguesa que se desenvolveu no século XVIII entendia-se como um mundo novo: reclamava intelectualmente o mundo inteiro e negava o mundo antigo. Cresceu a partir do espaço político europeu e, na medida em que se desligava dele, desenvolveu uma filosofia do progresso que correspondia a esse processo.”
As “revoluções burguesas” ocorridas entre os séculos XVII e XIX trouxeram profundas transformações para o mundo Ocidental. Dentre elas, quanto ao seu potencial de transformação e mudança da história dos países ocidentais, a mais impactante no que tange aos países atingidos diretamente foi:
“Já em setembro de 1914 os alemães, em seu avanço em direção a Paris se encontravam esgotados e impossibilitados de impor derrotas decisivas aos franceses. Cavaram então trincheiras no oeste da França, a noroeste de Paris, na região ou departamento de Aisne, entre Soisssons e Reims, e ali se instalaram com sua artilharia pesada. Era o fim da guerra de movimento e o início da guerra de trincheiras.”
A Primeira Guerra Mundial foi um ponto de mudança na história mundial. Os sentimentos de progresso e paz que predominavam na Europa de inicios do século XX, caracterizado principalmente pela Belle Époque foi interrompido por um conflito longo e mortal que teria consequências sérias para todo o mundo. A Primeira Guerra Mundial foi lutada entre:
“As consequências da escravidão não atingiram apenas os negros. Do ponto de vista que aqui nos interessa – a formação do cidadão -, a escravidão afetou tanto o escravo como o senhor. Se o escravo não desenvolvia a consciência de seus direitos civis, o senhor tampouco o fazia. O senhor não admitia os direitos dos escravos e exigia privilégios para si próprio. Se um estava abaixo da lei, o outro se considerava acima. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e arrogância de poucos correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos.”
A escravidão constituiu um modo de trabalho extremamente importante para as sociedades ocidentais durante toda a Idade Moderna e parte da Contemporânea. Mesmo a Revolução Francesa e os discursos liberais e constitucionais que se baseavam no conceito de liberdade não foram capazes de finalizar esse tipo de trabalho compulsório em importantes países do Ocidente. Ainda mais triste é quando percebemos que o Brasil foi o último país a tornar ilegal o trabalho escravo no Ocidente, sendo antecedido por:
“Portanto, até o século XVIII – e XIX -, oposição significava intrigas, conspirações, até mesmo ameaças de insurreição. Enquanto o antigo princípio “O governante não pode errar” continuou sem contestação, dificilmente a situação poderia ser diferente (...) Embora empapados de retórica belicosa, os políticos desenvolveram instituições que permitiam aos que disputavam o poder engajar-se num duelo em que todos sobreviveriam, e a maioria, cedo ou tarde, retornaria.”
Na passagem da Idade Moderna para a Idade Contemporânea prevalecia na Europa um sistema político no qual não existiam votações ou sistemas representativos complexos. De forma geral, o rei e seus funcionários detinham um quase absoluto poder sobre a política e a sociedade, relegando ao segundo plano as formas de representações nacionais e locais. O primeiro país dentre os abaixo informado a romper esse quadro e iniciar um sistema representativo nacional, ainda que falho e insuficiente foi:
“(...) um dos traços mais visíveis da economia egípcia antiga era, sem dúvida, o estatismo faraônico: a quase totalidade da vida econômica ‘passava’ pelo rei e seus funcionários, ou pelos templos. Estes últimos devem ser considerados parte integrante do Estado, mesmo se, em certas ocasiões, houve atritos entre a realeza e a hierarquia sacerdotal; aliás, os bens dos templos estavam sob a supervisão do tjati, espécie de ‘primeiro-ministro’ nomeado pelo faraó.”
Através dos estudos históricos acerca do Egito Antigo, principalmente a partir de Karl Marx e seus seguidores, chegou-se à hipótese de que os estados surgidos no Mediterrâneo na Idade Antiga teriam tido uma forma de organização econômica e de trabalho semelhante. Mesmo que recentemente criticada por alguns historiadores, o então chamado Modo de Produção Asiático continua sendo utilizado por alguns livros didáticos e exposto em trabalhos acadêmicos. Sobre ele, podemos afirmar que se caracteriza:
“A história, tal como a entendemos, tem por principal objeto identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma determinada realidade social é construída, pensada, dada a ler. Uma tarefa deste tipo supõe vários caminhos. O primeiro diz respeito às classificações, divisões e delimitações que organizam a apreensão do mundo social como categorias fundamentais de percepção e de apreciação do real. Variáveis consoante as classes sociais ou os meios intelectuais, são produzidas pelas disposições estáveis e partilhadas, próprias do grupo. São estes esquemas intelectuais incorporados que criam as figuras graças às quais o presente pode adquirir sentido, o outro tornar-se inteligível e o espaço ser decifrado.”
O trecho acima ilustra uma importante guinada realizada na história francesa pela Escola dos Annales. Dentre outras coisas, essa escola buscou o fortalecimento da:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
“A crise migratória vai manter-se. É preciso uma visão integrada"
A crise migratória vai manter-se, se não amplificar-se, por isso é preciso uma visão integrada. Essa foi uma das ideias deixadas por António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), no Seminário Diplomático, em 03 de janeiro de 2019, no Museu do Oriente, em Lisboa.
Considerando que, no futuro, as migrações e as alterações climáticas são os maiores desafios da humanidade, o ex-ministro português, orador convidado deste evento, criticou as forças populistas que exploram medos associados às migrações e lamentou que EUA e oito países da UE não se tenham associado ao Pacto Global para a Migração da ONU. Pois, em seu entender, este contém essa visão integrada e, sem ela, não é possível responder às crises migratórias.
"O crescimento da vaga populista vai de par com o retrocesso da cooperação internacional. A deriva nacionalista em curso leva à crítica acesa do multilateralismo. O problema hoje não é a incerteza, é aquilo a que os chineses chamam a impermanência. Decisões unilaterais como abandono de organizações e de acordos internacionais", afirmou, numa clara referência à Administração norte-americana liderada pelo republicano Donald Trump.
"A deriva populista alimenta-se do ressentimento dos perdedores da globalização e dos que olham para os migrantes como resultado da pressão globalizadora. Medite-se sobre o exemplo da AfD. Nunca passou de um partido marginal. A partir do momento em que fez das migrações o centro da sua política disparou", declarou, referindo-se ao partido de extrema-direita alemão que conseguiu entrar no Bundestag - e em todos os parlamentos dos estados federados - à boleia da sua retórica anti-imigração e das suas críticas ferozes à política de porta aberta da chanceler Angela Merkel.
"O tema das migrações é o tema preferido das forças populistas, que constroem um discurso contra as elites, em que a identidade prevalece sobre a economia, em que o debate político acontece num clima altamente polarizador. Os populistas fazem uso das redes sociais. Usam uma linguagem simples. Fácil de ser entendida. Mas não há soluções simplistas para problemas complexos. A questão do controlo das fronteiras é essencial. Era da responsabilidade dos Estados. É um elemento essencial para dar confiança às populações. 70% dos imigrantes irregulares nos países de destino entraram regularmente nesses países. A regularidade ou irregularidade não tem, por isso, que ver com a questão das fronteiras. Por isso é perigoso pedir ao controlo de fronteiras que elimine o problema do controlo das migrações", sublinhou, notando que, em relação às migrações, a dinâmica das percepções não acompanha aquilo que é a dinâmica da vida real.
[...]
"Há mais OIM para além do pacto global. Somos uma organização descentralizada. Temos relações bilaterais com os Estados. Tenho respeito pelas políticas migratórias dos EUA", disse, respondendo a uma pergunta de um dos diplomatas presentes na sala. "É preciso uma narrativa equilibrada sobre as migrações, que não ignore os obstáculos, mas que ao mesmo tempo não negue o papel que podem ter as migrações ordenadas. Sem deixar de levar em conta as resistências das comunidades de acolhimento. Há racismo e xenofobia, mas seria um erro grave de análise achar que todos aqueles que têm resistência às migrações têm motivações racistas e xenófobas", sublinhou ainda o ex-comissário europeu para a Justiça e Assuntos Internos da UE.
"Nesta matéria", admitiu Vitorino, "não há fórmulas mágicas, cada caso é um caso". O diretor-geral da OIM, agradecendo todo o apoio à sua candidatura ao cargo por parte de Portugal, concluiu: "Portugal é, cada vez mais, um bom exemplo ou talvez, lamentavelmente, uma exceção honrosa, onde nunca as migrações foram usadas para desenhar linhas de divisão política e o consenso sempre existiu. E já agora, como vamos ter eleições em 2019, que depois disso seja assim também".
https://www.artigosenoticias.com/noticia/diario_de_noticias/2171699/a-crise-migratoria-vai-manter-se-e-preciso-uma-visao-integrada.html
“A crise migratória vai manter-se, se não amplificar-se, por isso é preciso uma visão integrada.” 1º §
A relação de ideia estabelecida pelo conectivo sublinhado nessa frase está corretamente identificada em:
O mundo das redes sociais é relativamente novo. Os programas de redes sociais sejam pessoais, temáticos ou profissionais, na realidade não foram criados para atividades educativas, embora nas escolas se estejam usando alguns deles... A rede é mais um espaço da escola contemporânea que necessita de orientação e cuidado para se transformar em um dispositivo pedagógico.
(Gomez, 2010, p. 88-99.)
Acerca do uso da TDICs (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação) no ensino da História, analise as afirmativas a seguir.
I. Muitos são os cuidados a serem tomados antes de se fazer o uso pedagógico das TDICs, em especial as redes sociais on-line.
II. Com essas novas tecnologias, os professores perdem o protagonismo das novas habilidades de ensino do século XXI.
III. A escola e o professor podem e devem tirar partido do interesse e uso das redes sociais pela maioria dos alunos.
IV. Uma das grandes consequências do uso das TDICs é a desterritorialização dos espaços e da comunicação.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
Texto I
Os dois campos – escolar e acadêmico – são portadores de dinâmicas próprias, as quais se relacionam com inúmeras distâncias e dimensões, de acordo com as finalidades e especificidades de sua atuação.
(Caimi, 2008, p. 130.)
Texto II
Os documentos tornam-se importantes como um investimento ao mesmo tempo afetivo e intelectual no processo de aprendizagem, mas seu uso será equivocado, caso se pretenda que o aluno se transforme em um “pequeno historiador”; uma vez que, para os historiadores, os documentos têm outra finalidade, que não pode ser confundida com a situação de ensino de História.
(Bittencourt, 2005, p. 328.)
Ao analisar os textos e tendo em vista essa importante discussão metodológica do ensino da História, é correto inferir que:
No intervalo de 1942 e 1994, o Brasil mudou de moeda 10 vezes. O auge dessa mudança se concentrou nas décadas de 1980 e 1990, quando ocorreram seis modificações. Em algumas situações, a mudança não era compatível com a capacidade técnica em emitir o novo papel moeda, exigindo que as notas fossem carimbadas com o novo padrão monetário. [...] A modificação monetária foi encerrada com o lançamento do Plano Real, que criou o Real, moeda que permanece até hoje. O Plano Real, lançado no contexto do governo de Itamar Franco, foi responsável pela:
Observe a imagem.
(Gravura do livro Rethorica Christiana, de Diego Valadares (c. 1579), que retrata o contato de clérigos e nativos. Imagem: Fundação Biblioteca Nacional. Disponível em: https://web.archive.org/ web/20160415174009/http://rhbn.com.br/secao/capa/mao-deobra-da-fe.)
Texto:
A chegada do padre Antônio Vieira a São Luís do Maranhão, em 16 de janeiro de 1653, provocou uma grande inquietação entre os colonos. Eles temiam que o jesuíta restringisse o acesso à mão de obra indígena, a única disponível na época. Os boatos tinham razão de ser: três dias depois, no dia 19, um alvará concedeu a liberdade a todos os índios cativos. A medida fez eclodir uma revolta.
(Franco, 2008.)
A imagem retrata o contato de clérigos (jesuítas) e nativos. A Coroa Portuguesa confiou aos jesuítas um papel de destaque na catequização dos gentios, interessada na pacificação, bem como:
Juscelino Kubitschek de Oliveira, o JK, é uma das personalidades brasileiras mais biografadas. Ele se incutiu na memória coletiva como o Presidente da República, dos “anos dourados”, que levou o Brasil à modernidade. O governo JK foi marcado por desenvolvimentismo e mudanças. Promoveu um modelo de crescimento econômico de industrialização acelerada. [...] Devido à implantação da política econômica do governo JK, o país deixou de ser basicamente agrário, tendo se transformado em país majoritariamente urbano, e com a preponderância da urbanidade surgindo novas sensibilidades e códigos sociais. Estes, invariavelmente relacionados às novas demandas de consumo (produtos eletrodomésticos, carros e lambretas, vestimentas e artigos de moda), e de cultural (bossa-nova, cinema e teatro), e o primeiro Campeonato Mundial de Futebol.
(Disponível em: https://www.snh2017.anpuh.org/resources/ anais/54/1502840154_ARQUIVO_ANPUH2017-JK_trajetorias_ trabalho_completo.pdf.)
Dentre as principais ações realizadas no governo de JK, podemos apontar: