Questões de Concurso
Comentadas para professor - filosofia
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O mundo presente se reconhece através de expressões como “sociedade do conhecimento” ou “sociedade da informação e da tecnologia”. A ciência alcançou um desenvolvimento exponencial no século XX em todas as suas áreas. A revolução da microeletrônica, o desenvolvimento de novas fontes de energia e a revolução das biotecnologias alçaram a ciência à condição de um mito moderno. Assistimos a uma mistificação da ciência por muitos cientistas, que carecem da lucidez de reconhecer-lhe os limites. A preeminência do conhecimento científico é compreensível na medida em que seu poder e prestígio ressoam através dos artefatos tecnológicos produzidos por ele mesmo. Neste sentido, talvez os maiores difusores dos seus feitos sejam os meios de comunicação de massa.
(OLIVA A, Epistemologia: a cientificidade em questão Campinas: Papirus; 1990.)
O embate entre ciência e filosofia existe basicamente desde que elas se encontraram e é muito mais comum do que imaginamos. A modernidade caracteriza-se, muitas vezes, pela racionalização que denominamos ciência moderna ou, simplesmente, ciência. Nesse contexto, podemos afirmar que vivemos:
O que justifica a presença da filosofia como disciplina no currículo do ensino médio é a oportunidade que ela oferece aos jovens estudantes de desenvolverem um pensamento crítico e autônomo. Em outras palavras, a filosofia permite que eles experimentem um “pensar por si mesmos” [...] A filosofia “desnaturaliza” nosso pensamento cotidiano, fazendo com que nós coloquemos sob suspeita, sob interrogação, nos fazendo “pensar o próprio pensamento”. E, com isso, nos permite produzir um pensamento melhor elaborá-lo, com melhores fundamentos, mais crítico.
(GALLO, 2003, p. 43.)
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o estudante, especificamente de ensino médio, em relação à filosofia:
Com a preocupação de tornar a linguagem mediadora da realidade, Wittgenstein procura, em alguns de seus escritos, descrever possibilidades de usos efetivos da linguagem, sendo que as atividades de uso dos símbolos têm seu significado ancorado nas “formas de vida”. Já que estas criam as legítimas possibilidades para os “jogos de linguagem”, e estes, por sua vez, delimitam aquilo que pode ser dito, dentro de um contexto ilimitado. Para ele: “Os jogos são livres criações do espírito e da vontade, autônomos e governados por regras. Saber jogar um jogo é uma capacidade que supõe domínio de uma técnica, consecutiva a uma aprendizagem. O fosso que separa a regra de sua aplicação preenchido pelo treinamento ou o adestramento (Abrichtung), a familiaridade, a prática do jogo.”
(WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações Filosóficas. São Paulo: Abril Cultural, 1984, 3 a ed., Col. Pensadores.)
Ludwig Joseph Johann Wittgenstein (1889-1951) foi um filósofo austríaco que atuou no campo da filosofia e da linguística durante a primeira metade do século XX. Seu trabalho filosófico:
O interdisciplinar é epistemológico, está presente e é mais compatível com o extracurricular, aí na resolução de problemas práticos como o planejamento, que exige soluções de ordens diversas. Os currículos escolares devem se adaptar naturalmente a esta visão epistemológica da interdisciplinaridade, mas é nos Institutos de Pesquisas ou nos problemas do dia a dia de um povo que as soluções interdisciplinares podem ser buscadas e viabilizadas. Hoje, o interdisciplinar carrega ainda alta dose ideológica como modismo educacional de uma época. Precisamos desmistificar e é preciso, portanto, respeitar, em muitos casos, o unidisciplinar para não descaracterizar o conteúdo que é próprio de uma ciência.
(CHAUÍ, Marilena Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1994.)
Acerca da interdisciplinaridade, especificamente no ensino da filosofia, assinale a afirmativa correta.
Ao realizar uma análise da moral antiga, Foucault se ocupou de temas como ética, verdade, estética da existência, sujeito da ação e sujeito ético. Alguns desses temas já estavam presentes de forma pouco desenvolvida nas fases anteriores e ganham maior destaque, como a liberdade e a agência do sujeito ético-político. As palavras de Ewald capturam com maestria a movimentação teórica realizada por Foucault na passagem da fase genealógica para a fase ética:
“As portas do asilo, os muros da prisão desaparecem, dando lugar a falas livres em que gregos e romanos discutiam as melhores maneiras de conduzir suas vidas. A paisagem do confinamento cede lugar à liberdade luminosa do sujeito.”
(EWALD, 1984, p. 71-73.)
O filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) caracterizou a filosofia grega de Sócrates e outros filósofos pelo problema do “cuidado de si” (em grego, epiméleia heautoú). Nesta análise, Foucault: