Questões de Concurso
Comentadas para médico psiquiatra
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Das assertivas a seguir, quais são características do Transtorno de Personalidade Narcisista?
I. Comportamentos arrogantes e insolentes.
II. Tirar vantagem em relações interpessoais em nome dos próprios interesses.
III. Crença de ser especial e único.
Um advogado de 35 anos procura auxílio psiquiátrico por conta de sua dificuldade em lidar com a raiva. Conta que em várias situações fica agressivo verbalmente com clientes e assistesntes, já perdeu várias namoradas por ter sido excessivamente grosseiro durante discussões e em uma ocasião ficou tão descontrolado que bateu seu carro propositalmente após levar uma “fechada”. Tais episódios ocorreram na ausência de estressores evidentes ou graves e, apesar de haver histórico de uso exagerado de álcool, os rompantes agressivos ocorrem em períodos de sobriedade. Entre os episódios, é uma pessoa calma, gentil e amável com seus pares. Tem muitos amigos e uma vida social ativa e rica. Arrepende-se amargamente após os episódios de descontrole, que duram alguns minutos. Qual o mais provável diagnóstico?
Sobre as diferentes apresentações da depressão, é CORRETO afirmar:
O núcleo supraquiasmático, nosso “marcapasso circadiano”, é influenciado por atividade física, luz e qual dos seguintes neurotransmissores?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Desumanizado mundo novo
- Vivemos em um mundo repleto de ironias, de contradições, de paradoxos, em um mundo
- confuso e confusamente percebido, como escreveu Milton Santos. Vemos, de um lado, a
- tecnologia se desenvolver em uma velocidade cada vez maior, enquanto nós parecemos ir no
- sentido contrário, em um processo contínuo e acelerado de desumanização. É óbvio que o
- desenvolvimento tecnológico em si não é o causador do problema, mas o progresso humano
- está paulatinamente mais distante do progresso da máquina e das grandes cidades. É como se,
- para que um exista, o outro tenha que ceder espaço de si mesmo, adaptar-se, abnegar-se,
- transformar-se no que não é.
- Por mais que o desenvolvimento da ciência e da tecnologia seja importante e traga
- benefícios para a vida individual e coletiva, é preciso considerar que um mundo de coisas não é
- um mundo de pessoas. Todo “progresso” conseguido através da tecnologia deve servir como
- instrumento para que haja uma melhora na condição humana. Desse modo, caso não seja
- percebido um progresso similar entre o mundo das máquinas e o mundo dos homens, é
- necessário repensar e reorganizar as bases em que tal “desenvolvimento” tem ocorrido.
- Se analisarmos os altos índices (com projeções ainda maiores) de doenças psicológicas,
- perceberemos que as áreas com maior incidência são as grandes cidades, onde a modernidade,
- com todo o seu “progresso” material, consegue se “desenvolver” com maior êxito. Além disso,
- os jovens são o grupo mais afetado, o que não significa que outras pessoas não possam sofrer
- com os mesmos problemas. Esses dados separados podem não ter muito nexo. Contudo, se
- analisados juntos, fazem todo o sentido, já que há uma pressão muito maior sobre as atuais
- gerações para que elas consigam se afirmar e obter sucesso dentro dos parâmetros
- estabelecidos pela sociedade, pautada, evidentemente, pelo consumismo e espetacularização
- de bens que afirmam a magnificência do mundo líquido moderno.
- Com isso, na medida em que o “sucesso” não é atingido, uma vez que nem todos possuem
- os “pré-requisitos” necessários para adentrar no oásis de prazer da sociedade de consumo, nem
- os “talentos” necessários para agradar à plateia do espetáculo permanente, que é a nossa
- sociedade, passa-se a ter sujeitos frustrados, insatisfeitos e desindividualizados, que ao mesmo
- tempo em que não conseguem se encaixar no mundo, não conseguem reconhecer a si próprios.
- Em outras palavras, não há espaço para todos brilharem e/ou nem todos querem, de fato,
- “brilhar”. Logo, muitos acabam ficando no meio do caminho, entre ser um sujeito individual,
- mas desencaixado; ou ser um sujeito despersonalizado, porém ajustado. O preço cobrado por
- sair __ um lugar, mas não chegar __ outro, é ficar perdido da sociedade e, sobretudo, de si
- mesmo.
- Apesar desses casos serem, aparentemente, mais graves, não se deve entender que
- renunciar à própria individualidade em favor do cumprimento de protocolos sociais seja algo
- saudável ou normal. Pelo contrário, é no enquadramento, na subserviência às regras de uma
- sociedade que se apresenta em um temível estado patológico que reside o âmago do problema,
- pois é por meio da conversão de novas ovelhas que a “igreja” expande o seu rebanho e,
- consequentemente, o seu poder.
- É urgente repensar o nosso mundo e declarar a ironia de uma sociedade que transverte o
- fracasso em uma roupa de sucesso e que, ao criar a ilusão de uma sociedade de indivíduos,
- criou uma sociedade de massa, uniforme e prisioneira em um reino de ignorância, indiferença,
- egoísmo e apatia, em que todos, em alguma medida, vivem de forma mecânica, anônima,
- invisível e solitária, distantes de si, distantes do mundo, chorando as lágrimas escassas de
- quem não acredita mais no choro. Estamos todos doentes e precisamos nos curar. Entretanto, a
- cura não está na sanidade de um mundo aparentemente são, mas completamente adoecido, e
- sim na lou(cura) de ser a si mesmo e permitir que os outros também sejam, pois qualquer
- caminho que tomemos deve ter como destino o nosso ser.
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/desumanizado-mundo-novo/. Acesso em 14 mar. 2019.
Qual das seguintes propostas de pontuação no lugar dos parênteses localizados na linha 15 do texto mantém a coerência da mensagem, sem, portanto, truncá-la ou distorcê-la?
Numere a coluna B pela A. identificando os respectivos coletivos.
COLUNA A
I. Plêiade.
II. Girândola.
III. Matula.
IV. Claque.
V. Atilho.
VI. Iconoteca.
VII. Falange.
COLUNA B
(__) Imagens.
(__) Espigas de milho.
(__) Desordeiros.
(__) Heróis.
(__) Anjos.
(__) Fogos de artifício.
(__) Aplaudidores.
Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.
No manejo farmacológico do transtorno de personalidade borderline,
Segundo o Código de Ética Médica, é direito do médico
Em relação à assistência prestada ao paciente nos Centros de Atenção Psicossocial para pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas (CAPS ad), é correto afirmar que o CAPS ad
Sobre a terapia cognitivo-comportamental em grupo, é correto afirmar que
Uma mulher de 71 anos, portadora de Doença de Alzheimer, em uso de rivastigmina, foi à consulta acompanhada pelo filho. Há 6 meses, a paciente estava mais quieta, triste, sem vontade de sair de casa, comendo pouco e com dificuldade para dormir. O filho informou que: “ela está mais esquecida e reclama de tudo”.
A conduta medicamentosa correta é associar a
Uma prática frequente na avaliação de transtornos de humor é a verificação da função tireoidiana. Sobre a relação entre depressão e hipotireoidismo, é correto afirmar que
Um homem de 58 anos foi à consulta e referiu estar angustiado há 8 meses. Ele disse: “sinto uma tristeza que não passa, tenho vontade de chorar e fico muito irritado por me sentir assim”. Os sintomas se desenvolveram após uma cirurgia do ombro direito: “não consigo fazer mais nada como fazia antes, sinto dor durante o dia todo, essa dor me perturba até quando estou dormindo”.
Considerando o tratamento da depressão e a interface com a dor, o antidepressivo a ser introduzido é a
Em relação ao tratamento do transtorno de estresse pós-traumático, é correto afirmar que
Uma mulher de 45 anos, portadora de esquizofrenia, apresentou tentativa de suicídio por ingesta de medicamentos. Em relação às tentativas de suicídio em pacientes com esquizofrenia, é correto afirmar que
Leia o texto, para responder às questões de números 14 a 18.
A coluna de hoje tem uma particularidade. Escrevi para quem não lê jornal, gente com menos de 20 anos que se informa pela internet.
Há anos repito que a indústria do fumo é a mais criminosa da história do capitalismo ocidental.
Inconformada com a diminuição das vendas, desenvolveu uma estratégia demoníaca para assegurar seus lucros imorais: o assim chamado cigarro eletrônico, na verdade mero dispositivo para administrar nicotina.
O objetivo é arregimentar multidões de crianças e adolescentes, dando-lhes a ilusão de que consomem um produto que não faz mal à saúde.
Olha o que aconteceu com os americanos. Mais de 25% dos estudantes com menos de 15 anos fumam eletrônicos, vendidos em cerca de 20 mil lojas, que rendem anualmente aos criminosos U$ 2,6 bilhões (cerca de R$ 11 bi), arrecadados às custas de uma legião de 10 milhões de dependentes.
Até a semana passada, apenas nos Estados Unidos, o dispositivo apregoado como inofensivo havia causado 530 internações e oito mortes por insuficiência respiratória aguda.
No Brasil, a venda dessa invenção diabólica está proibida, mas cada vez mais adolescentes fumam dispositivos contrabandeados ou vendidos pela internet. Muitos têm 11 ou 12 anos de idade. São meninas e meninos ingênuos, que perderão a liberdade de viver longe da nicotina.
Não caia nessa. Ser jovem, inexperiente, tudo bem. Trouxa, não.
(Drauzio Varella, Criminosos impunes. Folha de S. Paulo, 30.09.2019. Adaptado)
A alternativa em que o emprego de adjetivo exprime ênfase do autor em relação ao assunto de que trata é:
Leia o texto, para responder às questões de números 01 a 12.
Fogo de palha ou surto de hashtag?
Num mundo em que nem os números, ou nem sequer os satélites, são confiáveis, ai de nós que queremos formar uma ideia sobre acontecimentos importantes, ainda que apenas modestamente parecida com a realidade. A Amazônia está pegando fogo inteirinha, como aparece naqueles mapas em que os focos são colocados em tamanho perceptível aos olhos, mas evidentemente não compatível com o da vida real? Os incêndios aumentaram 1 quatrilhão por cento? A culpa é de Fulano? Para facilitar um pouco a vida dos obcecados que têm mania de fazer perguntas e não esperar respostas fáceis, alguns filtros podem ser aplicados, em várias situações, na tentativa de distinguir fatos e suas infinitas interpretações.
Fator hashtag. Está bombando nas redes sociais e não é um gatinho adorável? Desconfie, desconfie muito. É bom ter um canal para expressar sentimentos e opiniões. #metoo, #timesup ou #prayforamazonia são exatamente isso. Servem, dessa forma, para avaliar humores emocionais, não como um prognóstico infalível. Outra pequena dica: gente que nunca rezou por nada e de repente se prostra diante do divino por causa da floresta é como certos candidatos que vão à missa e até comungam em véspera de eleição.
Fator fofura. Apresentadores ou influenciadores se emocionam e ficam com a voz embargada? Estão tratando de Greta Thunberg, a adolescente sueca em que tantos adultos querem acreditar, ou de macaquinhos indianos chamuscados e transportados por pensamento mágico para a floresta brasileira. Os ultrassensíveis, programados, como todos os humanos, para se comover com filhotes de mamíferos, moram bem longe dela. De perto, independentemente de sua importância e de seus prodígios, as florestas sempre foram fonte de temor. Ah, sim, se aparecer alguém usando cocar, a coisa está perdida. Índios não usam cocar no dia a dia, exceto para efeitos midiáticos.
Fator uma semana. Passaram-se sete dias e o acontecimento, sem ter mudado em sua essência, sumiu do mapa. Depois do pico do fogo de palha, existe uma tendência a falar mais francamente. Registrem-se as manifestações a favor do “intervencionismo ambiental”. Escreveu um valente professor americano, Lawrence Douglas, comparando-o ao intervencionismo humanitário: “A comunidade internacional precisa assumir a responsabilidade – não, em primeira instância, aplicando a força militar, mas através de sanções comerciais e boicotes econômicos”. Por incrível coincidência, 46 deputados e dezessete ONGs da França propuseram sanções contra a soja e a carne importadas do Brasil. Não é só aqui que tem bancada ruralista.
(Vilma Gryzinski, Veja, 11.09.2019. Adaptado)
É correto afirmar que a expressão destacada na passagem – ... queremos formar uma ideia sobre acontecimentos importantes, ainda que apenas modestamente parecida com a realidade. – introduz, no contexto, relação de sentido de
Leia o texto, para responder às questões de números 01 a 12.
Fogo de palha ou surto de hashtag?
Num mundo em que nem os números, ou nem sequer os satélites, são confiáveis, ai de nós que queremos formar uma ideia sobre acontecimentos importantes, ainda que apenas modestamente parecida com a realidade. A Amazônia está pegando fogo inteirinha, como aparece naqueles mapas em que os focos são colocados em tamanho perceptível aos olhos, mas evidentemente não compatível com o da vida real? Os incêndios aumentaram 1 quatrilhão por cento? A culpa é de Fulano? Para facilitar um pouco a vida dos obcecados que têm mania de fazer perguntas e não esperar respostas fáceis, alguns filtros podem ser aplicados, em várias situações, na tentativa de distinguir fatos e suas infinitas interpretações.
Fator hashtag. Está bombando nas redes sociais e não é um gatinho adorável? Desconfie, desconfie muito. É bom ter um canal para expressar sentimentos e opiniões. #metoo, #timesup ou #prayforamazonia são exatamente isso. Servem, dessa forma, para avaliar humores emocionais, não como um prognóstico infalível. Outra pequena dica: gente que nunca rezou por nada e de repente se prostra diante do divino por causa da floresta é como certos candidatos que vão à missa e até comungam em véspera de eleição.
Fator fofura. Apresentadores ou influenciadores se emocionam e ficam com a voz embargada? Estão tratando de Greta Thunberg, a adolescente sueca em que tantos adultos querem acreditar, ou de macaquinhos indianos chamuscados e transportados por pensamento mágico para a floresta brasileira. Os ultrassensíveis, programados, como todos os humanos, para se comover com filhotes de mamíferos, moram bem longe dela. De perto, independentemente de sua importância e de seus prodígios, as florestas sempre foram fonte de temor. Ah, sim, se aparecer alguém usando cocar, a coisa está perdida. Índios não usam cocar no dia a dia, exceto para efeitos midiáticos.
Fator uma semana. Passaram-se sete dias e o acontecimento, sem ter mudado em sua essência, sumiu do mapa. Depois do pico do fogo de palha, existe uma tendência a falar mais francamente. Registrem-se as manifestações a favor do “intervencionismo ambiental”. Escreveu um valente professor americano, Lawrence Douglas, comparando-o ao intervencionismo humanitário: “A comunidade internacional precisa assumir a responsabilidade – não, em primeira instância, aplicando a força militar, mas através de sanções comerciais e boicotes econômicos”. Por incrível coincidência, 46 deputados e dezessete ONGs da França propuseram sanções contra a soja e a carne importadas do Brasil. Não é só aqui que tem bancada ruralista.
(Vilma Gryzinski, Veja, 11.09.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o adjetivo destacado expressa a ideia de intensidade.
As alternativas a seguir apresentam características do Delirium, EXCETO:
Para um paciente que apresenta alcoolismo crônico e doença hepática avançada e inicia tratamento de desintoxicação etílica, o benzodiazepínico MAIS INDICADO é: