Questões de Concurso
Comentadas para analista - letras
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“Segundo o Colégio Notarial do Brasil, que congrega os tabeliães de notas e protestos, no primeiro ano da pandemia, em 2020, houve um aumento de 15% no número de divórcios em comparação com o ano anterior. Em 2021, então, o número de casais que oficializaram a separação bateu recorde [...]”
Muitas gramáticas ensinam que o “então” é uma conjunção conclusiva. No entanto, na passagem acima, retirada do texto 2, essa palavra apresenta um uso distinto, que é próprio do registro informal e não costuma figurar nos compêndios gramaticais.
Esse mesmo uso está presente no seguinte exemplo:
O texto 1 se estrutura de forma indutiva, organizando-se do particular (parágrafos 1 e 2) para o geral (parágrafos 3, 4 e 5).
Essa mudança do particular para o geral é acompanhada por uma passagem:
O que aqui defendemos é um prescritivismo funcional e ilustrado, que caracterizamos por três traços: relativismo, gradação e elasticidade.
Um prescritivismo relativista, que proclama a importância pragmática e simbólica da diversidade linguística, reconhece o valor de cada uma das variedades da língua e assume a convencionalidade dos padrões.
Um prescritivismo graduado, que sustenta que as prescrições têm mais força e validade para certos estilos de comunicação que para outros, e inclusive que carecem de justificação para alguns, ao mesmo tempo em que defende que as exigências de conformidade à língua normativa não devem ser as mesmas para todos os falantes em todas as situações.
Um prescritivismo elástico, que postula que as normas linguísticas devem se oferecer como orientações para o comportamento linguístico e não se impor como ditames imperativos para o comum dos falantes.
Resumindo, um prescritivismo atento ao uso comum, e preocupado com que os padrões linguísticos não se afastem desnecessariamente dele.
Com tais pressupostos, talvez estejamos mais bem equipados para responder aos desafios de uma melhora significativa, equitativamente compartilhada, das competências linguístico-comunicativas do conjunto dos falantes, e da imprescindível e urgente democratização dos complexos instrumentos de poder e de saber que são as línguas.
MONTEAGUDO, Henrique. Variação e norma linguística: subsídios para uma (re)visão. In: LAGARES, Xoán C.; G BAGNO, Marcos (orgs.) Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. p. 46. [Adaptado]
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) no que se refere à formação de palavras.
( ) De acordo com o princípio de constituintes imediatos, na análise mórfica a ordenação não é linear, mas hierárquica.
( ) A palavra “normativismo” segue as seguintes etapas de formação derivacional: norma > normal > normalizar > normativismo.
( ) A cadeia derivacional de “desnecessariamente” é: necessário > necessariamente > desnecessariamente.
( ) As palavras “prescritivismo” e “elasticidade” resultam de um mesmo processo de formação: são nomes derivados de adjetivos – o primeiro pelo acréscimo do sufixo -ismo e o último pelo acréscimo de -dade.
( ) A palavra “imprescindível” é formada por derivação parassintética.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.