Questões de Concurso
Comentadas sobre pontuação em português
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Texto 4
Escolha não esperar. Decida, lute sempre! A luta adiada retarda o mérito, e nos deixa à mercê do acaso.
https://www.pensador.com/frases_de_otimismo_e_esperanca/3/. Acesso em 28/04/2022
Sobre o texto 4, é CORRETO afirmar que
TEXTO 3
HOME OFFICE
A grande mudança trazida pela Covid-19 foi a implantação do home office pelas empresas. Com o isolamento para conter a propagação da doença, o trabalho remoto foi a saída encontrada para continuar as atividades, pelo menos para aqueles profissionais cujo emprego não exige presença física em um local específico. Essa medida adiantou uma prática que vinha sendo implantada de forma gradual antes da pandemia por algumas empresas, limitada a alguns dias da semana.
O Twitter, por exemplo, informou em maio que os funcionários poderiam trabalhar em casa para sempre, caso preferissem. A exceção ficaria por conta daqueles profissionais que não conseguem desempenhar o trabalho a distância, como a equipe de manutenção nos servidores.
No entanto, essa mudança na forma de trabalhar traz desafios como continuar produtivo sem a supervisão direta do chefe ou perto dele, mantendo o mesmo número de horas trabalhadas; aumento de gastos com água, luz, internet e mobiliário adequado em casa; capacidade de manter a comunicação de forma virtual com o distanciamento físico de chefes e colegas; além do equilíbrio do trabalho em casa com a vida pessoal.
O economista Thomas Coutrot, cujas pesquisas são focadas no impacto da globalização no mercado de trabalho, é cético quanto ao futuro do trabalho a distância. “Talvez as pessoas se deem conta de que o trabalho remoto não tem nada a ver com o paraíso com que elas sonhavam, de conciliação entre a vida profissional e a pessoal. Trabalho remoto é difícil: é uma pressão, um isolamento, uma dificuldade de comunicação e cooperação com os colegas. É uma situação bastante precária”, opina.
Ele observa que, em poucas semanas, as empresas já constatam o aparecimento de problemas de saúde física e mental dos funcionários que estão em casa devido à pandemia – um problema que só tende a aumentar.
“O controle do empregador é ainda mais acirrado quando os empregados estão a distância. O trabalhador fica conectado em tempo integral, no sistema da empresa. Os chefes podem saber o que cada um está fazendo em tempo real”, frisa.
“Além disso, é uma situação que limita a autonomia, a criatividade, a possibilidade de tomar um tempo para conversar com os colegas sobre assuntos não diretamente ligados ao trabalho, mas que propiciam novas ideias e soluções.”
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2020/06/19/pandemia-, adiantou-mudancas-no-mundo-do-trabalho. Acesso em 28/04/2022.
Sobre Pontuação, observe o fragmento de texto abaixo:
“Além disso, é uma situação que limita a autonomia, a criatividade, a possibilidade de tomar um tempo para conversar com os colegas sobre assuntos não diretamente ligados ao trabalho, mas que propiciam novas ideias e soluções.”
Sobre esse fragmento, assinale a alternativa CORRETA.
Texto 1
A ARTE DE VIVER BEM
Içami Tiba
Não exija dos outros o que eles não podem lhe dar, mas cobre de cada um a sua responsabilidade. Não deixe de usufruir o prazer, mas que não faça mal a ninguém. Não pegue mais do que você precisa, mas lute pelos seus direitos.
Não olhe as pessoas só com os seus olhos, mas se olhe também com os olhos delas. Não fique ensinando sempre, você pode aprender muito mais. Não desanime perante o fracasso, supere-se transformando-o em aprendizado.
Não se aproveite de quem se esforça tanto; ele pode estar fazendo o que você deixou de fazer. Não estrague um programa diferente com seu mau humor, descubra a alegria da novidade. Não deixe a vida se esvair pela torneira, pode faltar aos outros…
O amor pode absorver muitos sofrimentos, menos a falta de respeito a si mesmo! Se você quer o melhor das pessoas, dê o máximo de si, já que a vida lhe deu tanto. Enfim, agradeça sempre, pois a gratidão abre as portas do coração.
https://www.belasmensagens.com.br/reflexao/arte-de-viver-bem.html.
Acesso em 30/04/2022
Analisando os fragmentos de texto abaixo:
I. “Não exija dos outros o que eles não podem lhe dar, mas cobre de cada um a sua responsabilidade.”
II. “Não deixe de usufruir o prazer, mas que não faça mal a ninguém.”
III. “Não pegue mais do que você precisa, mas lute pelos seus direitos.”
Sobre esses fragmentos, assinale a alternativa CORRETA.
O que uma menina de 9 anos tem a nos ensinar sobre propósito?
Encontrar um propósito através do qual se consiga deixar sua marca no mundo ou um sentido para aquilo que se faz todos os dias tornou-se um fenômeno.
Luciana Rodrigues 6 de abril de 2022
Em uma das despretensiosas conversas que tive com a Isadora, minha filha de 9 anos, ela soltou, como quem não quer nada: “Sabia que todo mundo quer ser lembrado?”. Sem entender muito bem como ela tinha chegado a essa conclusão, pedi-lhe para que me contasse um pouco mais sobre essa sua observação.
“Quando eu crescer, quero abrir um café. Acho triste passar pelo mundo sem deixar alguma coisa para as pessoas lembrarem da gente”. Mesmo sem saber ao certo de onde veio essa inspiração repentina, confesso que meu lado mãe-fã-númeroum ficou super orgulhoso.
Indo além das paredes do meu apartamento, encontrar um propósito, através do qual se consiga, de fato, deixar sua marca no mundo – como sonha a Isadora –, ou ainda, conseguir um sentido para aquilo que se faz todos os dias, tornou-se um fenômeno que une de tech-nerds do Vale do Silício a profissionais dos mais variados cargos e salários pelo Brasil e o mundo. Obviamente, isso só é possível quando a base da Pirâmide de Maslow (lembra dela?) está muito bem estabelecida.
Nos EUA, existe até um nome para esse movimento: “The Great Resignation” ou “A Grande Demissão”. Segundo o U.S. Department of Labor, só no último mês de fevereiro, 4,4 milhões de americanos deixaram seus empregos formais. Os motivos para esses números vão do desejo de fazer mudanças drásticas na carreira à necessidade de largar a profissão para cuidar de crianças ou parentes idosos. Além de sintomas típicos dos tempos atuais, como o burnout e o sentimento de abismo existente entre o que as pessoas acreditam e os valores do seu empregador.
Os números não afirmam, categoricamente, qual é o principal fator para essa debandada de trabalhadores, mas uma coisa é certa: para milhões de pessoas ao redor do mundo, a pandemia veio para rever suas prioridades. A remuneração deixa de ser o fator decisivo para a permanência em um emprego, ganhando relevância questões que, há poucos anos, ficavam em segundo plano, como modelos híbridos e flexíveis de trabalho, tempo gasto em deslocamentos, equilíbrio maior entre vida pessoal x trabalho, e até mesmo afinidade com o propósito da empresa.
Para Ariana Huffington: “A Grande Demissão na verdade é uma Grande Reavaliação. O que as pessoas estão abandonando é uma cultura de esgotamento e uma definição quebrada de sucesso. Ao deixar seus empregos, as pessoas estão afirmando seu desejo por uma maneira diferente de trabalhar e viver”.
Conheci uma dessas histórias de perto, em um dos encontros mensais que organizo na empresa em que atuo como CEO. A ideia dos bate-papos é trazer novos repertórios para dentro da nossa rotina de trabalho, com convidados que, à primeira vista, não têm nada a ver com o nosso “core-business”, mas que ajudam imensamente a furar a bolha em que vivemos.
Um desses convidados foi uma enfermeira. Uma mulher muito culta, expansiva e encantadora que, no alto dos seus 30 anos, decidiu dar uma guinada em sua vida. Depois de um período sabático pela América Latina, decidiu abandonar uma carreira bem-sucedida na área do entretenimento e estudar enfermagem. Uma profissão com menos perspectivas financeiras, mas completamente alinhada com o seu chamado.
“Para alguns, hospital significa morte. Para mim, é sinônimo de vida”. Essa foi uma das frases ditas por ela que mais me impactou em seu depoimento, e que, por semanas, me fez refletir sobre sua história de coragem e seu olhar transformador.
Mas não espere respostas certas nos momentos certos. Cada um tem seu tempo e suas formas de encontrá-las. Sabemos tão pouco sobre nós. Por isso, investir seu tempo (que também é dinheiro) em coisas que ninguém pode tirar de você, como autoconhecimento, é a decisão mais sábia que você pode tomar. É um processo transformador, que envolve desconforto, mas que vai te colocar numa posição de maior controle das suas emoções.
Não passe uma vida inteira esperando algo que ninguém jamais poderá lhe oferecer.
E, se eu pudesse dar mais uma dica, seria: assim como no mercado financeiro, nunca invista todo seu patrimônio em só um ativo. Não fique esperando que o trabalho supra todas as suas necessidades. Encontre um hobby. Dedique-se a um trabalho voluntário. Seja mentor de um jovem aprendiz. Ou, então, coloque no papel um plano para daqui a 2 anos e persiga-o incansavelmente.
Talvez “A Grande Demissão” seja um movimento coletivo de pessoas querendo encontrar seu verdadeiro propósito aqui na Terra. Ou, talvez, uma oportunidade para que consigam usar suas histórias para dar sentido às próprias vidas. Mas também pode ser apenas o reflexo de dois anos trancados em casa, e o desejo por uma mudança, seja ela qual for.
Na animação da Pixar “Viva – A Vida é uma Festa”, de que aliás, a Isadora é fã, é contada a história do “Dia de Los Muertos”, típica tradição mexicana de celebração aos que se foram. Diz-se que, após a morte de uma pessoa, ela vai para o mundo dos mortos e permanece lá apenas enquanto os vivos ainda se lembrarem dela. Quando for esquecida, aí, sim, será seu verdadeiro fim.
Não posso afirmar que veio daí a inspiração para a reflexão inicial da Isa, mas a conversa, que começou com uma questão existencial, terminou com: “Mamãe, qual é o sentido da vida?”. Dei a última mordida no pão de queijo e respondi: “Isa, que tal fazermos um brigadeiro?”
Luciana Rodrigues é CEO da Grey Brasil, conselheira do board da Junior Achievement, membro do conselho da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial e do comitê estratégico de presidentes da Amcham.
Vocabulário:
• tech-nerds: estudiosos de tecnologia.
• CEO: diretor executivo.
• core-business: negócios principais.
• burnout: síndrome de esgotamento mental no trabalho.
• hobby: passatempo, atividade para lazer.
RODRIGUES, Luciana. O que uma menina de 9 anos tem a
nos ensinar sobre propósito? Forbes Brasil, 06 de abril de
2022. Colunas. Disponível em:
https://forbes.com.br/coluna/2022/04/luciana-rodrigues-o-que-uma-menina-de-9-anos-tem-a-nos-ensinar-sobre-proposito/.
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.
Cordão dos come-saco
Pois essa pelinha, irmãos, é de matéria plástica comestível. Foi inventada por um Thomas Edison das salsichas e aprovou num instante. E baseada nessa aprovação é que uma fábrica de embalagens estudou a possibilidade de fazer sacos para carregar comida das mercearias para o lar, capazes de serem comidos, isto é, um saco de matéria plástica parecida com o das salsichas, que seriam vendidos aos armazéns e utilizados pelos fregueses para transportar a mercadoria comprada. Entenderam, ou tem leitor retardado mental?
Agora, que fica bacaninha, isto fica. Num instante vão aparecer os estetas dos refogados, para melhor aproveitamento do saco (...), e os jornais , nas suas seções dominicais de culinária, terão títulos como este: “Saquinho de siri”, “Saco au champignon”, “Saco à la façon du chef”, etc, etc.
E parece até que aqui o neto do Dr. Armindo está vendo uma dessas grã-finas, sempre mais preocupadas com o aspecto exterior do que com o aspecto interior, fazendo um rigoroso regime alimentar e dizendo para a empregada, quando esta volta do mercadinho com as compras:
- Para mim não precisa preparar almoço, não. Eu como só o saco.
PONTE PRETA, Stanislaw
Julgue o item subsequente, relativos a propriedades linguísticas do texto CG1A1-I.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam
preservadas caso fosse eliminada a vírgula empregada logo
após o vocábulo “que” (segundo período do segundo
parágrafo).
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Há coisas bonitas na vida...
Há coisas bonitas na vida.
Bonitas são as coisas vindas do interior, as palavras simples, sinceras e significativas.
Bonito é o sorriso que vem de dentro, o brilho dos olhos...
Bonito é o dia de sol depois da noite chuvosa ou as noites enluaradas de verão em que todos saem de casa.
Bonito é a gente continuar sendo gente em quaisquer situações, porque isso é o que importa.
Em toda e qualquer situação, bonito é você ser você.
Letícia Thompson. http://www.leticiathompson.net/Bonito.html (Adaptado)
Texto
Saímos de Manaus numa lancha pequena, e no meio da manhã navegamos no coração do arquipélago das Anavilhanas. A ânsia de encontrar Dinaura me deixou desnorteado. A ânsia e as lembranças da Boa Vida. A visão do rio Negro derrotou meu desejo de esquecer o Uaicurapá. E a paisagem da infância reacendeu minha memória, tanto tempo depois. Costelas de areia branca e estriões de praia em contraste com a água escura; lagos cercados por uma vegetação densa; poças enormes, formadas pela vazante, e ilhas que pareciam continente. Seria possível encontrar uma mulher naquela natureza tão grandiosa? No fim da manhã alcançamos o Paraná do Anum e avistamos a ilha do Eldorado. O prático amarrou os cabos da lancha no tronco de uma árvore; depois procuramos o varadouro indicado no mapa. A caminhada de mais de duas horas na floresta foi penosa, difícil. No fim do atalho, vimos o lago do Eldorado. A água preta, quase azulada. E a superfície lisa e quieta como um espelho deitado na noite. Não havia beleza igual. Poucas casas de madeira entre a margem e a floresta. Nenhuma voz. Nenhuma criança, que a gente sempre vê nos povoados mais isolados do Amazonas. O som dos pássaros só aumentava o silêncio. Numa casa com teto de palha pensei ter visto um rosto. Bati à porta, e nada. Entrei e vasculhei os dois cômodos separados por um tabique1 da minha altura. Um volume escuro tremia num canto. Fui até lá, me agachei e vi um ninho de baratas-cascudas. Senti um abafamento, o cheiro e o asco dos insetos me deram um suadouro. Lá fora, a imensidão do lago e da floresta. E silêncio. Aquele lugar tão bonito, o Eldorado, era habitado pela solidão. No fim do povoado encontramos uma casa de farinha. Escutamos uns latidos; o prático apontou uma casa na sombra da floresta. Era a única coberta de telhas, com uma varanda protegida por treliça de madeira e uma lata com bromélias ao lado da escadinha. Um ruído no lugar. Na porta vi o rosto de uma moça e fui sozinho ao encontro dela. Escondeu o corpo e eu perguntei se morava ali.
(HATOUM, Milton. Órfãos do Eldorado. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p.101-102)1 divisória, tapume
Amizade é uma palavra pequenininha
Amizade é uma palavra pequenininha, mas que nunca vem sozinha. Ela dá sempre a mão com o conta comigo, estou aqui, se precisar, me chame, desejo-lhe muita saúde, estou feliz por você, torço por você, se precisar de um ombro, tenho dois, penso em você, gosto de você estou te ouvindo, não te esqueço, mesmo se não nos falamos todos os dias...
Amizade é esse amor misterioso e gostoso do coração dividido e unificado ao mesmo tempo. Quem pode entender que o coração possa amar tanto e tantos?
O coração de um amigo é como um mapa-múndi onde cada um se encontra em algum lugar, mas todos fazem parte do mesmo globo. O coração de um amigo é um bombardeio de sentimentos bons. Diferentes, especiais e importantes, cada um à sua maneira. É como diz a música "Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito."
E são nas diferenças que nos completamos, nas desavenças que aprendemos o perdão, a paciência e a humildade. Ser amigo é saber aceitar que os outros não sejam iguais à gente, mas que os seus valores podem enriquecer ainda mais os que temos e amá-los apesar das diferenças, como se ama uma rosa com espinhos, mas não menos bela.
Sozinho não é quem não tem ninguém; sozinho é quem não tem um amigo. Pouco importa saber em que parte do mundo nossos amigos se encontram se podemos sentir na alma que dentro de nós e dentro deles há um espaço reservado que nada mais poderá preencher. Amizade, doce amizade... se somos dois, unidos seremos um elo forte; se somos muitos, seremos uma corrente que nada poderá vencer.
Autora Letícia Thompson.
http://www.leticiathompson.net/amizade_e_uma _palavra_pequenininha.htm.Adaptado.
Há coisas bonitas na vida...
Há coisas bonitas na vida.
Bonitas são as coisas vindas do interior, as palavras simples, sinceras e significativas.
Bonito é o sorriso que vem de dentro, o brilho dos olhos...
Bonito é o dia de sol depois da noite chuvosa ou as noites enluaradas de verão em que todos saem de casa.
Bonito é procurar estrelas no céu e dar de presente ao amigo, amiga, namorado...
Bonito é achar a poesia do vento, das flores e das crianças.
Bonito é chorar quando se sentir vontade e deixar que as lágrimas rolem sem vergonha ou medo de crítica.
Bonito é gostar da vida e viver do sonho, mesmo sendo impossível.
Bonito é ser realista sem ser cruel, é acreditar na beleza de todas as coisas.
Bonito é a gente continuar sendo gente em quaisquer situações, porque isso é o que importa.
Em toda e qualquer situação, bonito é você ser você.
Letícia Thompson. http://www.leticiathompson.net/Bonito.html (Adaptado)
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Somos todos espelhos
Nascemos todos, certo, com uma enorme bagagem genética. Carregamos em nós traços, expressões, modos de ser daqueles que nos antecederam. Mas, a partir daí, saímos em busca de identidade.
Nossos primeiros espelhos são nossos pais, a família, aos quais nos jogamos de braços abertos, sem questões. É a confiança que se instala desde a mais pequena idade. Julgamos que se nossos pais fazem, podemos fazer, pois eles devem saber o que é bom ou não. Crianças imitam, quando ainda não sabem construir sozinhas. A linguagem é a maior prova disso.
Nem todo mundo tem essa consciência e nem se dá conta do peso da responsabilidade que ela acarreta.
Achamos que a vida forma as pessoas, mas esquecemos de que somos os primeiros espelhos nos quais elas se refletem.
No final de tudo, todos somos pessoas importantes para outras pessoas e podemos influenciá-las positiva ou negativamente. Amigos são grandes espelhos.
Por isso, tudo que fazemos deve ter como referência à vida. Daí a importância de sermos pessoas boas, honestas, pacientes, corajosas, espelhos nos quais outros poderão se olhar e se encontrar.
(...)
Letícia Thompson.http://www.leticiathompson.net/Somos_todos_espelhos.
htm (Adaptado)
TEXTO PARA A QUESTÃO:
VIDAS NEGRAS IMPORTAM DE FATO NO BRASIL?
A pergunta-título pode parecer estranha para alguns, porque vidas humanas devem importar sempre, independentemente de qualquer condição. O Black Lives Matter – hashtag que dominou o mundo, sobretudo após a morte por sufocamento de George Floyd nos Estados Unidos – levanta a barbárie da violência que vitima negros em todo o mundo e de forma especial em países multirraciais como o Brasil. Reitera-se: “Vidas Negras Importam”. Mas esse clamor é um fato no Brasil? Vidas negras importam mesmo aqui?
A indagação do título acima tem pertinência, sim. Os antirracistas estão abalados pelas últimas mortes violentas de dois homens negros jovens – ambos no letal estado do Rio de Janeiro. Todavia, há uma continuidade das mortes que não cessam nunca o que torna nossa palavra de ordem algo sem repercussão na vida real da sociedade brasileira.
O jovem imigrante congolês Moïse Kabagambe sofreu, antes da xenofobia que imigrantes negros vivem aqui, violento racismo que de forma brutal o massacrou até à morte. Racismo este que assola aos negros sejam estes nascidos aqui ou não. Jamais um imigrante argentino, português ou do leste europeu, morreria daquela forma ao reivindicar salários atrasados. Tão infame quanto à morte de Moïse, foi a de Durval Teófilo Filho morto por um sargento da marinha que acertou 3 tiros no escuro contra o pai de família que retornava do trabalho – os dois últimos disparos foram feitos após a vítima, já caída, pedir clemência.
Vejamos: antes dos violentos assassinatos recentes destes jovens negros descortinamos uma sequência tenebrosa de casos que só vieram a público frente à covardia como aconteceram. Em 2021 a bela modelo e designer de 24 anos Kathlen Romeu – grávida – foi morta por um tiro de fuzil quando saía da casa de sua avó materna em Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio. Não havia tiroteio no local como alegaram os policiais. A mãe da jovem foi enfática: “Foi a polícia que matou minha filha”. Ainda em 2021 em uma loja da rede Atakarejo em Salvador (BA), após furtarem carne, 2 homens famintos em plena pandemia – tio e sobrinho – foram detidos pela segurança da rede comercial e entregues não à polícia, mas aos traficantes da região que após sessão de tortura os matou a tiros. Vê-se aqui a gravidade do que apelidamos Segurança Privada em pleno conluio com o tráfico. Em 2020, 3 meninos foram mortos pelo tráfico de Belfort Roxo. Mais uma vez as comunidades esquecidas, invadidas livremente por marginais, foram vítimas da violência difusa liberada ao tráfico. As crianças de 9, 11 e 12 anos foram torturadas antes de serem mortas e seus corpos nunca foram encontrados. Ainda em 2020 no Rio de Janeiro, 12 crianças – 5 meninas e 7 garotos – foram mortas por balas perdidas; cerca de uma por mês. Pergunta necessária: qual seria a reação das autoridades caso esses inocentes fossem crianças que brincassem nos playgrounds dos luxuosos bairros da zona sul carioca como Gávea, Leblon ou Barra? Balas nunca se perdem na direção de crianças brancas dos bairros ricos na cidade maravilhosa. Ainda bem, porque nenhuma criança merece isto.
Em 2020, tivemos um assassinato bem parecido com o que vitimou George Floyd, foi a vez de João Alberto, morto por sufocamento e agressões numa loja do Carrefour em Porto Alegre. Tudo foi filmado e exibido ao mundo. Ainda no mesmo ano foi a vez dolorosa de Miguel Otávio de 5 anos, abandonado pela patroa de sua mãe no elevador de serviço em um prédio de luxo no Recife. O meninozinho, reitero de 5 anos, se perdeu e caiu do 9º andar do edifício. Detalhe: a mãe que deixou a criança sob os cuidados da patroa passeava na calçada com a cadela da família. Em 2019, foi a vez de militares do exército brasileiro executarem uma pessoa negra. Pasmem: a família do músico Evaldo Rosa se dirigia de automóvel na região de Deodoro (zona Oeste do Rio) para um chá de bebê numa tarde de domingo – sua esposa, filho, uma acompanhante e seu sogro assistiram ao seu fuzilamento e só não morreram por milagre, pois cerca de 80 tiros de fuzis foram disparados contra eles. O sogro se feriu e um catador que tentou ajudar foi ferido também e depois veio a morrer. Todo mundo negro. Os militares alegaram “engano” pelos 80 tiros! Já Sérgio Moro, então ministro da justiça, chamou o fuzilamento de “incidente”. Caso fosse um tanque em uma guerra talvez não precisasse de 80 tiros de fuzil, mas uma família negra num automóvel fez jus a esse absurdo que não seria o recorde em violência, como se verá a seguir. Dessa vez (2015) as vítimas foram 5 adolescentes – todos negros de novo – que receberam 111 tiros da letal PM carioca. Essa execução coletiva se deu no bairro de Costa Barros na zona norte do Rio. Nenhum dos meninos tinha armas ou passagem pela polícia. Eram estudantes da comunidade e estavam no interior de um carro. O número de tiros – 111 – em que se revezavam fuzis e pistolas, dispensa o meu comentário. Ainda em 2015, no bairro do Cabula em Salvador, 12 jovens entre 16 e 27 anos tiveram execuções sumárias num caso que estarreceu a cidade pois não se vislumbrou nenhuma razão plausível para a chacina. Num julgamento relâmpago, uma juíza inocentou os policiais militares, mas a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça da Bahia.
Não temos espaço para falar de inúmeros outros casos, como o da mulher que foi arrastada por uma viatura da PM no Rio por mais de 300 metros. Isso sem contar as ameaças constantes que se tornaram mania contra políticos negros eleitos, especialmente mulheres, em que o exemplo mais marcante foi o de Marielle Franco com repercussão internacional. Essa lista não tem fim.
Se formos indo aprofundando no tempo chegaremos a 1978, quando o feirante Robson da Luz foi torturado e morto numa delegacia em Osasco pela Polícia Civil de São Paulo. Essa morte foi um dos vetores que levou à criação do Movimento Negro Unificado (MNU) que há 44 anos batalha pelas vidas negras sempre sob constante ameaça.
Nenhum dos casos que eu trouxe aqui se tratou de pessoas que estavam enfrentando a polícia ou que estivessem em combate aberto contra outras pessoas.
Neste ano, os homens e mulheres que pretendem candidatar ao governo das 27 unidades federativas desse país continente têm que ter propostas razoáveis para essa “sangria desatada” – expressão usada pelos nossos avós para algo que nunca tem fim. Por outro lado, aquelas e aqueles que desejam o emprego de presidente da república terão de se posicionar com políticas efetivas para a defesa do que de mais elementar o estado deve proporcionar às pessoas: o direito à vida.
Dados de 2012 revelam 63 mortes diárias de jovens – todos negros – na faixa de 15 a 29 anos; quase 3 mortes a cada hora. Um desastre dessas proporções só é possível quando o aparato policial e judicial é conivente, quando não agente dessa mortandade. Mídia e os partidos políticos – que governam o país – têm sua parte nesse latifúndio bárbaro, anacrônico e que nos rebaixa a um vergonhoso ranking no campo dos direitos fundamentais.
Vidas negras importam – sim – para os antirracistas (negros e não-negros) que atuam na contramão de uma elite anestesiada e adoecida moralmente. Todavia, só a sociedade como um todo, liderada por mulheres e homens que almejem posicionar o Brasil num patamar civilizatório adequado ao século 21, pode estancar essa chaga que nos humilha, massacra e provoca muita dor à população majoritária que aqui está há meio milênio construindo o País.
Escancara-se a banalização do brutalismo contra a população negra. Questão que se faz necessária: qual a causa dessa reiterada anestesia moral? São várias, mas a impunidade e a abissal desigualdade racial nutrida pelo racismo têm espaço de destaque nessa cena distópica do país. A justiça que condena e prende a mãe que furta 2 litros de leite, devido a fome de sua prole, é a mesma que protela para as calendas o julgamento dos grandes sonegadores – todos brancos e ricos – que só em 2020 lesaram os cofres públicos em incríveis 460 bilhões de reais.
Não me parece mais correto dizer que o Brasil não tem projeto de nação. Ninguém come maça se não houver macieira. O que não temos são líderes e partidos com uma visão sistêmica que deem conta e queiram decifrar um país de 522 anos dos quais 354 se desenrolaram sob o barbarismo escravista.
Adaptado de: Vidas negras importam de fato no Brasil? -
Geledés (geledes.org.br)
Acessado em 15/02/2022.
No trecho copiado abaixo, a função dos dois pontos é:
Vejamos: antes dos violentos assassinatos
recentes destes jovens negros descortinamos
uma sequência tenebrosa de casos que só
vieram a público frente à covardia como
aconteceram.
I - Quanto à coerência intratextual, o texto apresenta incorreções.
II - O uso repetido de “Universidade Federal do Rio de Janeiro” poderia ser evitado utilizando-se a sigla “UFRJ” a partir da segunda ocorrência no corpo do texto, por exemplo.
III - Na última frase do primeiro parágrafo do corpo do texto, há incorreção pela ausência de vírgulas.
IV - Quanto à concordância verbal, o texto não apresenta incorreções.
Assinale a opção contendo a(s) afirmativa(s) correta(s):

O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
O Purgatório e o Paraíso
A um rabino muito justo foi permitido que visitasse o purgatório e o paraíso.
Primeiramente foi levado ao purgatório, de onde provinham os gritos mais horrendos dos rostos mais angustiados que já vira.
Naquele estranho local, estavam todos sentados numa grande mesa.
Sobre ela, se viam iguarias, comidas das mais deliciosas que se possa imaginar, com a prataria e a louça mais maravilhosa que jamais se vira.
Não entendendo por qual motivo sofriam tanto, o rabino prestou mais atenção ao local e viu que seus cotovelos estavam invertidos, de tal forma que não podiam dobrar os braços e levar aquelas delícias às suas bocas.
O rabino foi levado ao paraíso, onde se ouvia deliciosas gargalhadas e onde reinava um clima de festa.
Porém, ao observar, para sua surpresa, encontrou o mesmo ambiente: todos sentados à mesma mesa que vira no purgatório, contendo as mesmas iguarias, as mesmas louças e os mesmos cotovelos invertidos.
Mas ali havia um detalhe muito especial: cada um levava a comida à boca do outro.
Essa história nos faz lembrar da música "O sal da Terra" de Beto Guedes, onde diz que vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois.
Por isso, para melhor construir a vida nova, e só repartir melhor o pão.
É preciso recriar o paraíso agora, para merecer quem vem depois.
https://www.contandohistorias.com.br. Adaptado
Texto para o item.
Julgue o item, relativos a aspectos linguísticos do texto.
Estariam mantidas a correção gramatical e a coerência
das ideias do texto caso o ponto final empregado após
“mercado” (linha 30) fosse substituído por dois-pontos,
feito o devido ajuste de letra inicial
maiúscula/minúscula.
Considerando a correção gramatical das frases apresentadas, julgue o item.
A limpeza e a higiene, fazem parte da boa educação.
Considerando a correção gramatical das frases apresentadas, julgue o item.
Apague as luzes da sala ao término do expediente.