Questões de Concurso Para prefeitura de rio novo do sul - es

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Q494694 Português
Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

Em “O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz‐se mais com o próprio rosto do que com o alheio." (4º§), o conectivo “contudo" estabelece uma ______________ e pode ser substituído sem que haja prejuízo semântico por __________________.

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

Alternativas
Q494693 Português
Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

A partir das várias relações estabelecidas pelas preposições, o emprego da preposição “de" no título do texto possui o mesmo sentido visto em:
Alternativas
Q494692 Conhecimentos Gerais
“O novo ministro da Fazenda, _______________, afirmou em janeiro deste ano que o país pode enfrentar um trimestre de recessão, em razão do período de ajuste fiscal adotado por sua equipe econômica. A declaração foi feita à ‘Bloomberg TV’ durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.”

(Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/01/html. Adaptado.)

Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
Alternativas
Q494691 Conhecimentos Gerais
Apesar  dos  avanços  tecnológicos  das  últimas  quatro  décadas,  proporcionados  pela  Revolução  Técnico-Científica  Informacional, o principal  recurso da matriz energética mundial é o mesmo desde  a  Segunda Revolução  Industrial  (1850) –o petróleo –, tendo o carvão como segunda maior demanda e o gás natural em terceiro. No Brasil, diferente  da mundial, observa-se que a matriz energética nacional é diversificada, tendo quase metade dela proporcionada por  fontes renováveis. Sobre a matriz energética brasileira e as fontes de energia, analise.

I. A eletricidade consumida no Brasil é obtida, basicamente, por meio de usinas hidrelétricas e termelétricas.  

II. uso de ventos para a produção de energia libera gases nocivos, responsáveis pela intensificação do efeito estufa e  das chuvas ácidas. 

III. Apesar do enorme potencial, no Brasil, o uso da energia solar ainda é muito restrito devido ao custo.   

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Alternativas
Q494690 Conhecimentos Gerais
Sobre a ONU (Organizações das Nações Unidas), analise as afirmativas. 

I. Surgiu no fim da Segunda Guerra Mundial para substituir a Liga das Nações. 

II. A sede principal da ONU  fica na cidade de Genebra, na Suíça, e seus  representantes definem, através de  reuniões  constantes, leis e projetos sobre temas políticos, administrativos e diplomáticos internacionais. 

III. Com  a  fundação  da  ONU  foram  criados,  conjuntamente,  organismos  internacionais  especializados,  dentre  os  principais estão alguns  como:  FMI  (Fundo Monetário  Internacional), BIRD  (Banco  Internacional de Reconstrução e  Desenvolvimento) e FAO (Organização de Alimentação e Agricultura). 

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Alternativas
Respostas
216: B
217: D
218: C
219: D
220: D