Questões de Concurso Para core-df

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Q2238808 Raciocínio Lógico
Considere a sentença FALSA:
“Se Andrey é gerente e Joelma não é fiscal, então Luciana é telefonista.”
Então, é correto afirmar que:
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Q2238807 Matemática
Em uma viagem de turismo na França, um casal deseja visitar o Museu do Louvre que fica localizado na linda cidade de Paris. O casal encontra-se hospedado na cidade A. Um aplicativo de rotas de viagem apontou três caminhos da cidade A passando pela cidade B, e sabe-se que existem mais seis opções da cidade B para o Museu do Louvre. Qual a quantidade de caminhos que se pode utilizar para ir da cidade A até o Museu do Louvre, passando necessariamente pela cidade B? 
Alternativas
Q2238806 Matemática
Determinada montadora de veículos automotores está realizando testes de eficiência no consumo de combustível. O teste está sendo realizado com dois modelos identificados como modelo A e modelo B. O modelo A percorre 300 km com um tanque de combustível, já o modelo B percorre 450 km com um tanque de combustível. Se a velocidade média dos automóveis for reduzida à metade, qual a diferença entre as distâncias percorridas com o mesmo tanque de combustível? 
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Q2238805 Raciocínio Lógico
Uma empresa pretende oferecer plano de saúde para seus funcionários; para isso realizou uma pesquisa com o objetivo de propor o melhor plano que os atenda. A pesquisa apresentou três planos de saúde: plano A; plano B; e, plano C. O resultado da pesquisa mostrou que 75 funcionários gostaram do plano A; 85 gostaram do plano B; 100 gostaram do plano C; 20 gostaram dos planos A e B; 25 gostaram dos planos B e C; e, 10 gostaram dos três planos. Sabendo-se que a empresa possui 200 funcionários e que todos eles responderam à pesquisa, assinale a afirmativa correta.
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Q2238804 Redação Oficial

Luz de lanterna, sopro de vento


       Tendo o marido partido para a guerra, na primeira noite da sua ausência a mulher acendeu uma lanterna e pendurou-a do lado de fora da casa. “Para trazê-lo de volta” murmurou. E foi dormir.

    Mas, ao abrir a porta na manhã seguinte, deparou-se com a lanterna apagada. “Foi o vento da madrugada” pensou olhando para o alto como se pudesse vê-lo soprar.

       À noite, antes de deitar, novamente acendeu a lanterna que a distância deveria indicar ao seu homem o caminho de casa.

      Ventou de madrugada. Mas era tão tarde e ela estava tão cansada que nada ouviu, nem o farfalhar das árvores, nem o gemido das frestas, nem o ranger das argolas da lanterna. E de manhã surpreendeu-se ao encontrar a luz apagada.

      Naquela noite, antes de acender a lanterna, demorou-- se estudando o céu límpido, as claras estrelas. “Na certa não ventará” disse em voz alta, quase dando uma ordem. E encostou a chama do fósforo no pavio.

     Se ventou ou não, ela não saberia dizer. Mas antes que o dia raiasse não havia mais nenhuma luz, a casa desaparecia nas trevas.

      Assim foi durante muitos e muitos dias, a mulher sem nunca desistir acendendo a lanterna que o vento, com igual constância apagava.

     Talvez meses tivessem passado quando num entardecer, ao acender a lanterna, a mulher viu ao longe recortada contra a luz que lanhava em sangue o horizonte, a silhueta escura de um homem a cavalo. Um homem a cavalo que galopava na sua direção.

     Aos poucos, apertando os olhos para ver melhor, distinguiu a lança erguida ao lado da sela, os duros contornos da couraça. Era um soldado que vinha. Seu coração hesitou entre o medo e a esperança. O fôlego se reteve por instantes entre lábios abertos. E já podia ouvir os cascos batendo sobre a terra, quando começou a sorrir. Era seu marido que vinha.

      Apeou o marido. Mas só com um braço rodeou-lhe os ombros. A outra mão pousou na empunhadura da espada. Nem fez menção de encaminhar-se para a casa.

    Que não se iludisse. A guerra não havia acabado. Sequer havia acabado a batalha que deixara pela manhã. Coberto de poeira e sangue, ainda assim não havia vindo para ficar. “Vim porque a luz que você acende à noite não me deixa dormir” disse-lhe quase ríspido. “Brilha por trás das minhas pálpebras fechadas, como se me chamasse. Só de madrugada depois que o vento sopra posso adormecer.”

    A mulher nada disse. Nada pediu. Encostou a mão no peito do marido, mas o coração dele parecia distante, protegido pelo couro da couraça. “Deixe-me fazer o que tem de ser feito, mulher” disse sem beijá-la. De um sopro apagou a lanterna. Montou a cavalo, partiu. Adensavam-se as sombras, e ela não pode sequer vê-lo afastar-se contra o céu. 

      A partir daquela noite, a mulher não acendeu mais nenhuma luz. Nem mesmo a vela dentro de casa, não fosse a chama acender-se por trás das pálpebras do marido.

      No escuro, as noites se consumiam rápidas. E com elas carregavam os dias, que a mulher nem contava. Sem saber ao certo quanto tempo havia passado, ela sabia, porém, que era tanto.

     E, passado num final de tarde em que a soleira da porta despedia-se da última luz no horizonte, viu desenhar-se lá longe a silhueta de um homem. Um homem a pé que caminhava na sua direção. Protegeu os olhos com a mão para ver melhor e, aos poucos, porque o homem avançava devagar, começou a distinguir a cabeça baixa, o contorno dos ombros cansados. Contorno doce, sem couraça, retendo o sorriso nos lábios – tantos homens haviam passado sem que nenhum fosse o que ela esperava. Ainda não podia ver-lhe o rosto, oculto entre a barba e o chapéu, quando deu o primeiro passo e correu ao seu encontro, liberando o coração. Era seu marido que voltava da guerra.

      Não precisou perguntar-lhe se havia vindo para ficar. Caminharam até a casa. Já iam entrar. Quando ele se reteve. Sem pressa voltou-se, e, embora a noite ainda não tivesse chegado, acendeu a lanterna. Só entrou com a mulher. E fechou a porta.


(COLASANTI, Marina. Luz de lanterna, sopro de vento. In: Um espinho de marfim e outras histórias. Porto Alegre: L&PM. p. 39, 1999. Adaptado.)

A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e nos expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Considerando que a clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, são características deste atributo da redação oficial, EXCETO:
Alternativas
Respostas
66: C
67: C
68: A
69: C
70: B