Questões de Concurso Para prefeitura de patos de minas - mg

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Q1149797 Português

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

A crônica em questão foi construída a partir da frase “Não canse quem te quer bem”. Essa estratégia de construção textual está centralizada na função da linguagem denominada
Alternativas
Q1149791 História

Imagem associada para resolução da questão

(Disponível em:https://www.peronismo+argentino&biw=1920&bih=935&source=ovo&imgrc= ‐s8u28lj_wjjfM%3A.)


A imagem mostra Evita e à sua esquerda o presidente Juan Domingo Perón que com seu apelo popular, usualmente dirigido aos “descamisados” da nação argentina, ganhou as eleições de 1946. A sua perspectiva política combinava elementos de traço populista e mecanismo de centralização do poder. O poder de intervenção estatal aliado ao notável desenvolvimento econômico trouxe um cenário marcado por algum tempo por baixos preços e altos salários. A respeito desse período conhecido como “Peronismo” na Argentina, analise as afirmativas.

I. O governo dos EUA boicotou o governo de Peron, em razão da simpatia daquele presidente pelos países do eixo na II Guerra Mundial.

II. A sua perspectiva política combinava elementos de traço populista e mecanismo de centralização do poder, atuando diretamente na economia.

III. Elementos paternalistas e nacionalistas de Juan Perón andavam de mãos dadas com um governo liberal que apoiava protestos públicos e tinha um sistema político pluripartidarista.

IV. Com apoio da URSS, através de um golpe, Juan Perón, mesmo sem amplo apoio popular, retomou o poder e governou por mais de 15 anos.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Q1149790 História

“Um dos importantes passos para a construção do capitalismo foi o processo de colonização da América nos séculos XV e XVI e a neocolonização da África e da Ásia, no século XX. No século XXI, surge o pós‐colonialismo, teoria que busca entender os efeitos políticos e culturais para além do econômico, visando a superação do legado dominante e opressor das nações colonizadoras sobre os países colonizados. Segundo a historiadora Mary Anne Junqueira, a teoria generalizante de dependência econômica como herança colonial já não explica mais a relação do modelo colonial luso‐espanhol, tido como exploratório, e o modelo colonial anglo‐saxão, assentado no povoamento, para explicar os atuais sistemas de desenvolvimento, como sendo processos evolutivos do capital.”

(Soares, 2014.)


Pode‐se dizer que o modo capitalista está assentado no acúmulo de capital e na disparidade social, características profundamente acirradas nos períodos de colonização. No entanto, é correto afirmar que a consolidação do capitalismo, enquanto sistema mundialmente preponderante, não ocorreu efetivamente naquele período e sim

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Q1149789 História

Os sapos

(Manuel Bandeira.)

Enfunando os papos,

Saem da penumbra,

Aos pulos, os sapos.

A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,

Berra o sapo‐boi:

– “Meu pai foi à guerra!”

– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”

O sapo‐tanoeiro,

Parnasiano aguado,

Diz: – “Meu cancioneiro

É bem martelado.

Vede como primo

Em comer os hiatos!

Que arte! E nunca rimo

Os termos cognatos.

O meu verso é bom.

Frumento sem joio.

Faço rimas com

Consoantes de apoio.

Vai por cinqüenta anos

Que lhes dei a norma:

Reduzi sem danos

A fôrmas a forma.

Clame a saparia

Em críticas céticas:

Não há mais poesia,

Mas há artes poéticas...”

Urra o sapo‐boi:

– “Meu pai foi rei” – “Foi!”

– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”

[...]

(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa.

Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.)


Dentre as diversas manifestações culturais que compõem os anos 1920 no Brasil, está presente, de forma relevante, a Semana de Arte Moderna, que ocorreu nos dias 13 (segunda‐feira), 15 (quarta‐feira) e 17 (sexta‐feira) de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Era o Ano do Centenário da Independência de um País oligárquico. O evento abalou a elite paulista. Entre os poemas apresentados no segundo dia, está “O Sapo” de Manuel Bandeira. De acordo com o exposto, é correto identificar essa semana como:

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Q1149788 História

Leia a entrevista dada pelo coronel e historiador militar Manoel Soriano Neto à revista Verde Oliva, sobre a vinda de D. João VI para o Brasil, feita em 2008.


Qual é, a seu ver, a importância histórica das comemorações do bicentenário da vinda da Corte Portuguesa para o Brasil?

M. S – Comemorações nos trazem à memória fatos históricos superlativos ou simples episódios da vida, que têm valor individual ou coletivo. E celebrar o que é precioso nos leva a pensar e a refletir. Assim, as comemorações do duocentenário da chegada de D. João e sua Corte ao Brasil dão ensejo à relembrança de notáveis marcos de nossa História, dos quais devemos sempre nos orgulhar. Entretanto, tais celebrações seriam de acanhada dimensão se não reavaliarmos a augusta figura do 27º Rei de Portugal, fazendo‐lhe a merecida e imprescindível justiça. Eis a importância maior, dos festejos do presente ano.

E por que D. João VI, em seu entender, é tão injustiçado?

M. S – Infelizmente, de forma leviana, são emitidos juízos desairosos acerca da pessoa de D. João VI, não condizentes com a veracidade histórica e com os tantos e tamanhos serviços por ele prestados ao Brasil, em tempos de paz e de guerra. A nossa historiografia, com raras exceções, denigre esse personagem exponencial da História brasileira e portuguesa, tratando‐o debochadamente, sem levar em conta a Justiça e a Verdade.

(Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/a‐chegada‐da‐corte‐portuguesa‐ao‐brasil/.)


Segundo o historiador supracitado, há certa injustiça histórica no que se refere à figura de D. João VI. De fato há controvérsias acerca desse personagem. No entanto, aponta‐se como uma de suas ações, no período de sua estadia no Brasil: 

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Respostas
221: B
222: B
223: A
224: D
225: A