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Para prefeitura de são gonçalo do rio abaixo - mg
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(Disponível em: http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/cultura/luta-antimanicomial-vai-para-atela/?cHash=35de72d53dcb46fd94c15b64d01c970d.)
O movimento antimanicomial brasileiro trabalha, entre outros fatores:
Toda semana são noticiados casos de violência nas escolas brasileiras. Infelizmente, o problema não é um exagero criado pela mídia, mas sim uma realidade enfrentada diariamente por milhares de professores das redes pública e privada.
Dentre os casos mais comuns de violência, podemos citar as ameaças feitas por alunos a professores, sobretudo a respeito de baixo rendimento escolar. Uma nota abaixo da média nem sempre é entendida como um alerta para que o aluno melhore e estude com mais afinco: para muitos estudantes, a nota é compreendida como ofensa pessoal. Alguns ficam no enfrentamento verbal, enquanto outros partem para agressão física ou danos a bens do professor, sobretudo carros (pneus furados são os relatos mais comuns). Depredações a patrimônios da escola e arrombamentos de salas também integram o vasto rol de atitudes violentas no ambiente escolar. O tipo de violência mais comum, entretanto, se dá entre os próprios estudantes.
Apesar de a violência física estampar um número muito maior de manchetes, é a violência moral que mais assusta aos professores de todos os níveis de ensino, desde o Infantil ao Superior. Xingamentos, gestos obscenos, perturbações, indisciplina. Problemas que atrapalham o andamento das atividades pedagógicas e os relacionamentos dentro da escola. Os casos de bullying – a violência moral entre os próprios alunos – também chocam educadores e familiares, inclusive ultrapassando os muros da escola e chegando ao ambiente virtual, onde situações vexatórias de alunos podem ser acessadas por qualquer pessoa.
Apontar as causas para a violência no ambiente escolar é uma tarefa árdua, que demanda uma grande quantidade de informações, estatísticas, pesquisas e, até mesmo, suposições. Problemas familiares, de relacionamento, baixa autoestima, falta de segurança, drogas, pouca participação dos familiares, exclusão social, entre outras, são algumas das possíveis origens para a violência. Na realidade, situações violentas no âmbito escolar espelham os problemas sociais e o clima violento presentes no País e no mundo.
Contudo, sabe-se que a solução para a violência não está unicamente na repressão, mas sim num Projeto Político-Pedagógico que contemple outras instâncias além do ensino-aprendizado. É preciso envolver os familiares, a comunidade e o poder público para que o problema seja discutido e novas ações sejam planejadas para minimizar o problema. Afinal, não é somente na escola que aprendemos novos valores e perspectivas.
Uma das soluções encontradas pelas escolas é envolver, cada vez mais, os alunos em projetos fora da sala de aula, que tornem a experiência acadêmica muito mais ampla e prazerosa do que o ensino tradicional. É preciso que o professor esteja ciente de que, por vezes, se a classe vive situações conflituosas, vale mais a pena estimular uma conversa do que ministrar uma aula que não será bem aproveitada. Se o aprendizado do conteúdo é importante, fundamental mesmo é promover a criação de laços de solidariedade entre a comunidade acadêmica, fornecer subsídios para o exercício pleno da cidadania e preparar os estudantes para uma vivência ética em sociedade.
(Por Lideli Crepaldi. Revista do professor. Disponível em: http://www.revistaoprofessor.com.br/wordpress/?p=102. Acesso em: 14/10/2016. Adaptado.)
“Problemas familiares, de relacionamento, baixa autoestima, falta de segurança, drogas, pouca participação dos familiares, exclusão social, entre outras, são algumas das possíveis origens para a violência.”(4º§) As vírgulas utilizadas no trecho anterior têm como finalidade
As mortes de jovens por causas violentas no Brasil, na contramão do que se passa nos países desenvolvidos, superam as causadas por acidentes automobilísticos e suicídio.
O assassinato brutal de um garoto de 18 anos agora em setembro dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, voltou a chamar a atenção para a principal causa de morte de homens jovens no Brasil de hoje: a violência.
Marlon Roldão Soares foi assassinado por dois jovens, que descarregaram ao menos 15 tiros na vítima. Ele se despedia de um amigo que iria viajar. O pai de Soares estava com ele. Dezenas de pessoas estavam no saguão do aeroporto no momento do crime. Até a quarta-feira, dia 21, não estava clara a causa do assassinato, que pelo padrão lembra uma execução. O jovem não tinha antecedentes criminais e não parecia ter relação com o tráfico. No entanto, o bairro em que residia, Vila Jardim, na Zona Norte da capital gaúcha, sofre com a disputa de duas facções criminosas rivais.
Esse conflito parece ter conexão com o ataque. Em um primeiro momento, a polícia trabalhava com a hipótese de um crime passional. O namoro de Soares com uma jovem de outra parte do bairro poderia ter gerado reação do grupo que “domina” a outra área. Outra possibilidade é o garoto ter sido morto por engano. O alvo seria o amigo que embarcava no aeroporto e que teria “desertado” de uma quadrilha de traficantes.
O que aconteceu excepcionalmente dentro do saguão de um aeroporto é realidade cotidiana em áreas espalhadas pelo país, territórios com “donos” que não toleram a presença das autoridades. Criam verdadeiros bolsões em que a lei parece não ter vez.
Há uma banalização da violência entre os mais novos. A cena dos garotos saindo do aeroporto, rosto limpo, dando tiros para o alto, pegando “carona” em um carro que os aguardava, sem se preocupar se estavam sendo gravados, revela um desprezo com as autoridades.
As mortes de jovens por causas violentas no Brasil, na contramão do que se passa nos países desenvolvidos, superam as causadas por acidentes automobilísticos e suicídio. É o retrato de uma guerra urbana, que provoca a morte de dezenas de jovens, principalmente garotos, todo dia. As vítimas são majoritariamente pobres, negros e habitantes de periferias.
A sensação de impunidade, a impulsividade típica dessa fase da vida, a busca pela sensação de poder, a escola pouco atraente, o mercado de trabalho retraído, os empregos mal remunerados, o dinheiro “fácil” gerado pelo crime, o uso de álcool e drogas, a ausência de projeto de vida, a desestruturação familiar, história de prisões e agressões envolvendo os pais deixam uma grande parcela da população jovem mais vulnerável às promessas e à sedução do tráfico e do uso da violência. É um ciclo complexo, difícil de quebrar. Mas, sem enfrentar suas causas econômicas e sociais, continuaremos a apenas ficar chocados, dia após dia.
(BOUER, Jairo. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/jairo-bouer/noticia/2016/10/mortes-violentas-entre-os-jovens.html. Acesso em: 18/10/2016.)
Quanto à análise sintática, assinale a alternativa cujo termo ou trecho sublinhado se DIFERE dos demais.
Um processo judicial chamou a atenção do país, provocando boa dose de polêmica. Um juiz de Niterói, Rio de Janeiro, descontente com a forma pela qual era tratado pelos empregados do seu condomínio, entrou na Justiça com uma ação em que exigia ser chamado de “senhor” ou “doutor”. E, de fato, obteve uma liminar que reconhecia sua queixa como procedente.
Não se trata de caso único. Muitas pessoas têm queixas similares: não gostam do “você” ou do “meu bem”, formas de tratamento de uso cada vez mais disseminado no Brasil. O que, aliás, corresponde a uma mudança cultural. Num país que, durante a maior parte de sua história, admitiu a escravidão como fato normal e considerou indígenas criaturas inferiores (no período colonial discutia-se se os índios tinham alma), o servilismo era a regra. Escravos, empregados e até os filhos tinham de se dirigir aos donos da casa chamando-os de “senhor” ou “de senhora”. Aliás, e como a gente vê nas novelas de época, era este também o tratamento entre marido e mulher. “Doutor” era um título honorífico, sobretudo porque poucos concluíam a universidade: o analfabetismo era a regra. Até mesmo o coloquial “você” tem origem reverente: é a forma simplificada de vossa mercê – e quando se diz que uma pessoa está à mercê de alguém, estamos, inevitavelmente, falando de submissão. Quanto ao “tu”, só podia ser usado em relações íntimas; “tutear”, tratar alguém por tu, sempre foi sinônimo de grosseria. Notem que o inglês simplifica tudo isso com o “you”, que pode ser usado para qualquer um, desde o amigo até o presidente.
As formas de tratamento mudaram no Brasil. E mudaram por razões práticas, mudaram porque se alterou a conjuntura social e cultural: doutores não nos faltam, e aqueles que têm doutorado já começam a questionar o uso do título por simples graduados em universidades. Mas as coisas mudaram, sobretudo, porque o país ficou mais democrático, mais igualitário. O juiz de Niterói tem direito a um tratamento respeitoso; aliás, qualquer pessoa tem direito a isso. A pergunta é se “doutor”, por exemplo, significa respeito. Talvez respeito seja uma coisa mais profunda, um tipo de relacionamento em que os direitos do outro, não importando a posição social desse outro, sejam reconhecidos. A melhor forma de respeito não é aquela imposta de cima para baixo, de dentro para fora, aquela que implica uma postura reverente, servil; a melhor forma de respeito é aquela que nasce de uma convicção interna, de uma forma madura de consciência: respeitamos o conhecimento, a competência, a dedicação, o valor pessoal de alguém. Quando essa motivação não existe, o tratamento pode ser até reverente, mas ocultará revolta ou deboche. “Sim, senhor” pode traduzir humildade, mas pode também ser a expressão de uma latente hostilidade.
O verdadeiro respeito nasce da democracia, nasce da igualdade. No verdadeiro respeito o clássico “Você sabe com quem está falando?” deixa de existir, como deixa de existir o carteiraço. Quando chegamos a um clima de verdadeiro respeito, a questão das formas de tratamento torna-se secundária e tão antiga como a expressão vossa mercê.
(SCLIAR, Moacyr. Do jeito que nós vivemos – Belo Horizonte: Editora Leitura, 2007.)
A necessidade de emprego do acento grave indicativo de crase em “(...) uma pessoa está à mercê de alguém, (...)” (2º§) possui como justificativa a mesma constatada nos exemplos a seguir, com EXCEÇÃO de:
Um processo judicial chamou a atenção do país, provocando boa dose de polêmica. Um juiz de Niterói, Rio de Janeiro, descontente com a forma pela qual era tratado pelos empregados do seu condomínio, entrou na Justiça com uma ação em que exigia ser chamado de “senhor” ou “doutor”. E, de fato, obteve uma liminar que reconhecia sua queixa como procedente.
Não se trata de caso único. Muitas pessoas têm queixas similares: não gostam do “você” ou do “meu bem”, formas de tratamento de uso cada vez mais disseminado no Brasil. O que, aliás, corresponde a uma mudança cultural. Num país que, durante a maior parte de sua história, admitiu a escravidão como fato normal e considerou indígenas criaturas inferiores (no período colonial discutia-se se os índios tinham alma), o servilismo era a regra. Escravos, empregados e até os filhos tinham de se dirigir aos donos da casa chamando-os de “senhor” ou “de senhora”. Aliás, e como a gente vê nas novelas de época, era este também o tratamento entre marido e mulher. “Doutor” era um título honorífico, sobretudo porque poucos concluíam a universidade: o analfabetismo era a regra. Até mesmo o coloquial “você” tem origem reverente: é a forma simplificada de vossa mercê – e quando se diz que uma pessoa está à mercê de alguém, estamos, inevitavelmente, falando de submissão. Quanto ao “tu”, só podia ser usado em relações íntimas; “tutear”, tratar alguém por tu, sempre foi sinônimo de grosseria. Notem que o inglês simplifica tudo isso com o “you”, que pode ser usado para qualquer um, desde o amigo até o presidente.
As formas de tratamento mudaram no Brasil. E mudaram por razões práticas, mudaram porque se alterou a conjuntura social e cultural: doutores não nos faltam, e aqueles que têm doutorado já começam a questionar o uso do título por simples graduados em universidades. Mas as coisas mudaram, sobretudo, porque o país ficou mais democrático, mais igualitário. O juiz de Niterói tem direito a um tratamento respeitoso; aliás, qualquer pessoa tem direito a isso. A pergunta é se “doutor”, por exemplo, significa respeito. Talvez respeito seja uma coisa mais profunda, um tipo de relacionamento em que os direitos do outro, não importando a posição social desse outro, sejam reconhecidos. A melhor forma de respeito não é aquela imposta de cima para baixo, de dentro para fora, aquela que implica uma postura reverente, servil; a melhor forma de respeito é aquela que nasce de uma convicção interna, de uma forma madura de consciência: respeitamos o conhecimento, a competência, a dedicação, o valor pessoal de alguém. Quando essa motivação não existe, o tratamento pode ser até reverente, mas ocultará revolta ou deboche. “Sim, senhor” pode traduzir humildade, mas pode também ser a expressão de uma latente hostilidade.
O verdadeiro respeito nasce da democracia, nasce da igualdade. No verdadeiro respeito o clássico “Você sabe com quem está falando?” deixa de existir, como deixa de existir o carteiraço. Quando chegamos a um clima de verdadeiro respeito, a questão das formas de tratamento torna-se secundária e tão antiga como a expressão vossa mercê.
(SCLIAR, Moacyr. Do jeito que nós vivemos – Belo Horizonte: Editora Leitura, 2007.)
De acordo com a construção de sentido estabelecida no contexto apresentado, é possível identificar como INCORRETO o significado atribuído ao termo destacado em:
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
I.A hipertensão arterial contribui direta ou indiretamente para as mortes por doenças cardiovasculares que representam a terceira maior causa de morte no país.
II.Apenas uma pequena parte dos indivíduos classificados como “pré-hipertensos” irá desenvolver a hipertensão arterial e suas complicações.
III.A hipertensão tem maior prevalência nos negros que nas outras raças no Brasil.
IV.Em crianças, na interpretação dos valores da pressão arterial obtidos devem ser consideradas as variáveis idade, sexo e altura.
Estão corretas apenas as afirmativas