Questões de Concurso Para prefeitura de jacundá - pa

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Q738270 Matemática

Uma secretaria do município de Jacundá é constituída por 43 funcionários, cujos salários estão tabelados abaixo.

Imagem associada para resolução da questão

O salário médio dos funcionários dessa secretaria é de aproximadamente:

Alternativas
Q738268 Matemática

Na figura abaixo, os triângulos: ΔABC e ΔDCE são equiláteros medindo 2 cm de lado. O segmento de reta BD intersecta o lado AC no ponto P. A área do triângulo ΔDPC, em centímetros quadrados é:

Imagem associada para resolução da questão

Alternativas
Q738267 Matemática
Um paralelepípedo retangular tem como medidas das suas arestas três números inteiros consecutivos. Sabendo-se que a diagonal do paralelepípedo é igual a 5√2 cm, o volume desse paralelepípedo em cm3 é:
Alternativas
Q738266 Português

Beijos, beliscos e pisadelas

As incríveis histórias dos gestos de amor

      Algumas práticas amorosas do passado continuam fazendo sucesso até hoje. É o caso do French kiss, o beijo de língua, que ganhou esse nome dos ingleses no século 17. Na época, os puritanos da Inglaterra ficaram impressionados com o grau de libertinagem que caracterizava o beijo em terras gaulesas e batizaram o voluptuoso gesto de beijo francês. O curioso é que, na França, ele ficou conhecido como English Kiss – os franceses associavam a palavra à importância que os ingleses davam àquela carícia labial, que para eles, franceses, era tão comum. No Japão o beijo é chamado de kissu (importado do inglês kiss) e só começou a ser feito em público pelos casais nas últimas décadas, com a influência norte-americana no país. Outros gestos não fariam sucesso hoje. É o caso das pisadelas e dos beliscões, práticas trazidas de Portugal que se tornaram populares no Brasil no século 19. “Tratava-se de pisadelas no pé e beliscões que deixavam uma marca roxa no braço da amada”, diz a historiadora Mary Del Priore.

   Outra prática comum era esmigalhar limões de cheiro no corpo da dama. “Não faltaram pedidos de casamento que tiveram como motivo um limão de cheiro comprimido contra um braço benfeito”, afirma Mary Del Priore.

      [...]

                                HAMA,Lia. Aventuras na História. São Paulo: Abril, maio 2006 

Considerando-se o fragmento:

“No Japão o beijo é chamado de Kissu (importado do inglês kiss) e só começou a ser feito em público pelos casais nas últimas décadas, com a influência da cultura norte-americana no país. Outros gestos não fariam sucesso hoje. É o caso das pisadelas e dos beliscões , práticas trazidas de Portugal que se tornaram populares no Brasil no século 19”

O vocábulo destacado encontra-se flexionado em razão de uma regra gramatical de:

Alternativas
Q738265 Português

Beijos, beliscos e pisadelas

As incríveis histórias dos gestos de amor

      Algumas práticas amorosas do passado continuam fazendo sucesso até hoje. É o caso do French kiss, o beijo de língua, que ganhou esse nome dos ingleses no século 17. Na época, os puritanos da Inglaterra ficaram impressionados com o grau de libertinagem que caracterizava o beijo em terras gaulesas e batizaram o voluptuoso gesto de beijo francês. O curioso é que, na França, ele ficou conhecido como English Kiss – os franceses associavam a palavra à importância que os ingleses davam àquela carícia labial, que para eles, franceses, era tão comum. No Japão o beijo é chamado de kissu (importado do inglês kiss) e só começou a ser feito em público pelos casais nas últimas décadas, com a influência norte-americana no país. Outros gestos não fariam sucesso hoje. É o caso das pisadelas e dos beliscões, práticas trazidas de Portugal que se tornaram populares no Brasil no século 19. “Tratava-se de pisadelas no pé e beliscões que deixavam uma marca roxa no braço da amada”, diz a historiadora Mary Del Priore.

   Outra prática comum era esmigalhar limões de cheiro no corpo da dama. “Não faltaram pedidos de casamento que tiveram como motivo um limão de cheiro comprimido contra um braço benfeito”, afirma Mary Del Priore.

      [...]

                                HAMA,Lia. Aventuras na História. São Paulo: Abril, maio 2006 

Em qual das opções abaixo não há um pronome relativo:
Alternativas
Q738264 Português

Beijos, beliscos e pisadelas

As incríveis histórias dos gestos de amor

      Algumas práticas amorosas do passado continuam fazendo sucesso até hoje. É o caso do French kiss, o beijo de língua, que ganhou esse nome dos ingleses no século 17. Na época, os puritanos da Inglaterra ficaram impressionados com o grau de libertinagem que caracterizava o beijo em terras gaulesas e batizaram o voluptuoso gesto de beijo francês. O curioso é que, na França, ele ficou conhecido como English Kiss – os franceses associavam a palavra à importância que os ingleses davam àquela carícia labial, que para eles, franceses, era tão comum. No Japão o beijo é chamado de kissu (importado do inglês kiss) e só começou a ser feito em público pelos casais nas últimas décadas, com a influência norte-americana no país. Outros gestos não fariam sucesso hoje. É o caso das pisadelas e dos beliscões, práticas trazidas de Portugal que se tornaram populares no Brasil no século 19. “Tratava-se de pisadelas no pé e beliscões que deixavam uma marca roxa no braço da amada”, diz a historiadora Mary Del Priore.

   Outra prática comum era esmigalhar limões de cheiro no corpo da dama. “Não faltaram pedidos de casamento que tiveram como motivo um limão de cheiro comprimido contra um braço benfeito”, afirma Mary Del Priore.

      [...]

                                HAMA,Lia. Aventuras na História. São Paulo: Abril, maio 2006 

Assinale a opção que segue a mesma regra do acento grave presente no fragmento “Os franceses associavam a palavra à importância que os ingleses davam...”
Alternativas
Q738263 Português

Beijos, beliscos e pisadelas

As incríveis histórias dos gestos de amor

      Algumas práticas amorosas do passado continuam fazendo sucesso até hoje. É o caso do French kiss, o beijo de língua, que ganhou esse nome dos ingleses no século 17. Na época, os puritanos da Inglaterra ficaram impressionados com o grau de libertinagem que caracterizava o beijo em terras gaulesas e batizaram o voluptuoso gesto de beijo francês. O curioso é que, na França, ele ficou conhecido como English Kiss – os franceses associavam a palavra à importância que os ingleses davam àquela carícia labial, que para eles, franceses, era tão comum. No Japão o beijo é chamado de kissu (importado do inglês kiss) e só começou a ser feito em público pelos casais nas últimas décadas, com a influência norte-americana no país. Outros gestos não fariam sucesso hoje. É o caso das pisadelas e dos beliscões, práticas trazidas de Portugal que se tornaram populares no Brasil no século 19. “Tratava-se de pisadelas no pé e beliscões que deixavam uma marca roxa no braço da amada”, diz a historiadora Mary Del Priore.

   Outra prática comum era esmigalhar limões de cheiro no corpo da dama. “Não faltaram pedidos de casamento que tiveram como motivo um limão de cheiro comprimido contra um braço benfeito”, afirma Mary Del Priore.

      [...]

                                HAMA,Lia. Aventuras na História. São Paulo: Abril, maio 2006 

O emprego da vírgula em “Na época, os puritanos da Inglaterra ficaram impressionados” está
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Q738262 Português

Posto... Logo, existo!

Um passeio gostoso pelo shopping e... um selfie em que estou comendo um bombom, na frente da loja de chocolates! Mais uma volta, peço um sorvete e... um selfie com o sorvete. Antes de sair, mais um selfie com uma amiga que encontrei. Pronto!

Agora é só postar.

Para quem? Para mim?

                                           Selfies

      Muita gente se irrita, e tem razão, com o uso indiscriminado dos celulares. Fossem só para falar, já seria ruim. Mas servem também para tirar fotografias, e com isso somos invadidos no Facebook com imagens de gatos subindo na cortina, focinhos de cachorro farejando a câmera, pratos de torresmo, brownie e feijoada. Se depender do que vejo com meus filhos – dez e 12 anos -, o tempo dos “selfies” está de todo modo chegando ao fim. Eles já começam a achar ridícula a mania de tirar retratos de si mesmos em qualquer ocasião. Torna-se até um motivo de preconceito para com os colegas.

      “Fulaninha? Tira fotos na frente do espelho.” Hábito que pode ser compreensível, contudo. Imagino alguém dedicado a melhorar sua forma física, registrando seus progressos semanais. Ou apenas entregue, no início da adolescência, à descoberta de si mesmo.

      A bobeira se revela em outras situações: é o caso de quem tira um “selfie” tendo ao fundo a torre Eiffel, ou (pior) ao lado de, sei lá, Tony Ramos ou Cauã Reymond.

      Seria apenas o registro de algo importante que nos acontece – e tudo bem. O problema fica mais complicado se pensarmos nos casos das fotos de comida. Em primeiro lugar, vejo em tudo isso uma espécie de degradação da experiência.

      Ou seja, é como se aquilo que vivemos de fato – uma estrada em Paris, o jantar num restaurante – não pudesse ser vivido e sentido como aquilo que é.

      Se me entrego a tirar fotos de mim mesmo na viagem, em vez de simplesmente viajar, posso estar fugindo das minhas próprias sensações. Desdobro o meu “self” (cabe bem a palavra) em duas entidades distintas: aquela pessoa que está em Paris, e aquela que tira foto de quem está em Paris.

      Pode ser narcisismo, é claro. Mas o narcisismo não precisava viajar para lugar nenhum. A complicação não surge do sujeito, surge do objeto. O que me incomoda é a torre Eiffel; o que fazer com ela? O que fazer de minha relação com a torre Eiffel?

      Poderia unir-me à paisagem, sentir como respiro diante daquela triunfal elevação de ferro e nuvem, deixar que meu olhar atravesse o seu duro rendilhado que fosforesce ao sol, fazer-me diminuir entre as quatro vigas curvas daquela catedral sem clero e sem paredes.

      Perco tempo no centro imóvel desse mecanismo, que é como o ponteiro único de um relógio que tem seu mostrador na circunferência do horizonte. Grupos de turistas se fazem e desfazem, há ruídos e crianças.

      Pego, entretanto, o meu celular: tiro uma foto de mim mesmo na torre Eiffel. O mundo se fechou no visor do aparelho. Não por acaso eu brinco, fazendo uma careta idiota; dou de costas para o monumento, mas estou na verdade dando as costas para a vida.

      [...]

      Talvez as coisas não sejam tão desesperadoras. Imagine-se que daqui a cem anos, depois de uma guerra atômica e de uma catástrofe climática que destruam o mundo civilizado, um pesquisador recupere os “selfies” e as fotos de batata frita.“Como as pessoas eram felizes naquela época!” A alternativa seria dizer: “Como eram tontas!”. Dependerá, por certo, dos humores do pesquisador.

(Marcelo Coelho) (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/162525-selfies.shtml. Acesso em: 29/10/2016.)

Considerando-se a frase “Em primeiro lugar, vejo em tudo isso uma espécie de degradação humana”, a mesma regência verbal observada no vocábulo destacado encontra-se em:
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Q738261 Português

Posto... Logo, existo!

Um passeio gostoso pelo shopping e... um selfie em que estou comendo um bombom, na frente da loja de chocolates! Mais uma volta, peço um sorvete e... um selfie com o sorvete. Antes de sair, mais um selfie com uma amiga que encontrei. Pronto!

Agora é só postar.

Para quem? Para mim?

                                           Selfies

      Muita gente se irrita, e tem razão, com o uso indiscriminado dos celulares. Fossem só para falar, já seria ruim. Mas servem também para tirar fotografias, e com isso somos invadidos no Facebook com imagens de gatos subindo na cortina, focinhos de cachorro farejando a câmera, pratos de torresmo, brownie e feijoada. Se depender do que vejo com meus filhos – dez e 12 anos -, o tempo dos “selfies” está de todo modo chegando ao fim. Eles já começam a achar ridícula a mania de tirar retratos de si mesmos em qualquer ocasião. Torna-se até um motivo de preconceito para com os colegas.

      “Fulaninha? Tira fotos na frente do espelho.” Hábito que pode ser compreensível, contudo. Imagino alguém dedicado a melhorar sua forma física, registrando seus progressos semanais. Ou apenas entregue, no início da adolescência, à descoberta de si mesmo.

      A bobeira se revela em outras situações: é o caso de quem tira um “selfie” tendo ao fundo a torre Eiffel, ou (pior) ao lado de, sei lá, Tony Ramos ou Cauã Reymond.

      Seria apenas o registro de algo importante que nos acontece – e tudo bem. O problema fica mais complicado se pensarmos nos casos das fotos de comida. Em primeiro lugar, vejo em tudo isso uma espécie de degradação da experiência.

      Ou seja, é como se aquilo que vivemos de fato – uma estrada em Paris, o jantar num restaurante – não pudesse ser vivido e sentido como aquilo que é.

      Se me entrego a tirar fotos de mim mesmo na viagem, em vez de simplesmente viajar, posso estar fugindo das minhas próprias sensações. Desdobro o meu “self” (cabe bem a palavra) em duas entidades distintas: aquela pessoa que está em Paris, e aquela que tira foto de quem está em Paris.

      Pode ser narcisismo, é claro. Mas o narcisismo não precisava viajar para lugar nenhum. A complicação não surge do sujeito, surge do objeto. O que me incomoda é a torre Eiffel; o que fazer com ela? O que fazer de minha relação com a torre Eiffel?

      Poderia unir-me à paisagem, sentir como respiro diante daquela triunfal elevação de ferro e nuvem, deixar que meu olhar atravesse o seu duro rendilhado que fosforesce ao sol, fazer-me diminuir entre as quatro vigas curvas daquela catedral sem clero e sem paredes.

      Perco tempo no centro imóvel desse mecanismo, que é como o ponteiro único de um relógio que tem seu mostrador na circunferência do horizonte. Grupos de turistas se fazem e desfazem, há ruídos e crianças.

      Pego, entretanto, o meu celular: tiro uma foto de mim mesmo na torre Eiffel. O mundo se fechou no visor do aparelho. Não por acaso eu brinco, fazendo uma careta idiota; dou de costas para o monumento, mas estou na verdade dando as costas para a vida.

      [...]

      Talvez as coisas não sejam tão desesperadoras. Imagine-se que daqui a cem anos, depois de uma guerra atômica e de uma catástrofe climática que destruam o mundo civilizado, um pesquisador recupere os “selfies” e as fotos de batata frita.“Como as pessoas eram felizes naquela época!” A alternativa seria dizer: “Como eram tontas!”. Dependerá, por certo, dos humores do pesquisador.

(Marcelo Coelho) (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/162525-selfies.shtml. Acesso em: 29/10/2016.)

Assinale a frase que apresenta o mesmo caso de colocação pronominal presente no excerto “Torna-se até um motivo de preconceito para com os colegas”:
Alternativas
Q738260 Português

Posto... Logo, existo!

Um passeio gostoso pelo shopping e... um selfie em que estou comendo um bombom, na frente da loja de chocolates! Mais uma volta, peço um sorvete e... um selfie com o sorvete. Antes de sair, mais um selfie com uma amiga que encontrei. Pronto!

Agora é só postar.

Para quem? Para mim?

                                           Selfies

      Muita gente se irrita, e tem razão, com o uso indiscriminado dos celulares. Fossem só para falar, já seria ruim. Mas servem também para tirar fotografias, e com isso somos invadidos no Facebook com imagens de gatos subindo na cortina, focinhos de cachorro farejando a câmera, pratos de torresmo, brownie e feijoada. Se depender do que vejo com meus filhos – dez e 12 anos -, o tempo dos “selfies” está de todo modo chegando ao fim. Eles já começam a achar ridícula a mania de tirar retratos de si mesmos em qualquer ocasião. Torna-se até um motivo de preconceito para com os colegas.

      “Fulaninha? Tira fotos na frente do espelho.” Hábito que pode ser compreensível, contudo. Imagino alguém dedicado a melhorar sua forma física, registrando seus progressos semanais. Ou apenas entregue, no início da adolescência, à descoberta de si mesmo.

      A bobeira se revela em outras situações: é o caso de quem tira um “selfie” tendo ao fundo a torre Eiffel, ou (pior) ao lado de, sei lá, Tony Ramos ou Cauã Reymond.

      Seria apenas o registro de algo importante que nos acontece – e tudo bem. O problema fica mais complicado se pensarmos nos casos das fotos de comida. Em primeiro lugar, vejo em tudo isso uma espécie de degradação da experiência.

      Ou seja, é como se aquilo que vivemos de fato – uma estrada em Paris, o jantar num restaurante – não pudesse ser vivido e sentido como aquilo que é.

      Se me entrego a tirar fotos de mim mesmo na viagem, em vez de simplesmente viajar, posso estar fugindo das minhas próprias sensações. Desdobro o meu “self” (cabe bem a palavra) em duas entidades distintas: aquela pessoa que está em Paris, e aquela que tira foto de quem está em Paris.

      Pode ser narcisismo, é claro. Mas o narcisismo não precisava viajar para lugar nenhum. A complicação não surge do sujeito, surge do objeto. O que me incomoda é a torre Eiffel; o que fazer com ela? O que fazer de minha relação com a torre Eiffel?

      Poderia unir-me à paisagem, sentir como respiro diante daquela triunfal elevação de ferro e nuvem, deixar que meu olhar atravesse o seu duro rendilhado que fosforesce ao sol, fazer-me diminuir entre as quatro vigas curvas daquela catedral sem clero e sem paredes.

      Perco tempo no centro imóvel desse mecanismo, que é como o ponteiro único de um relógio que tem seu mostrador na circunferência do horizonte. Grupos de turistas se fazem e desfazem, há ruídos e crianças.

      Pego, entretanto, o meu celular: tiro uma foto de mim mesmo na torre Eiffel. O mundo se fechou no visor do aparelho. Não por acaso eu brinco, fazendo uma careta idiota; dou de costas para o monumento, mas estou na verdade dando as costas para a vida.

      [...]

      Talvez as coisas não sejam tão desesperadoras. Imagine-se que daqui a cem anos, depois de uma guerra atômica e de uma catástrofe climática que destruam o mundo civilizado, um pesquisador recupere os “selfies” e as fotos de batata frita.“Como as pessoas eram felizes naquela época!” A alternativa seria dizer: “Como eram tontas!”. Dependerá, por certo, dos humores do pesquisador.

(Marcelo Coelho) (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/162525-selfies.shtml. Acesso em: 29/10/2016.)

Assinale a opção que está em sentido figurado:
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Q738259 Português

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Um passeio gostoso pelo shopping e... um selfie em que estou comendo um bombom, na frente da loja de chocolates! Mais uma volta, peço um sorvete e... um selfie com o sorvete. Antes de sair, mais um selfie com uma amiga que encontrei. Pronto!

Agora é só postar.

Para quem? Para mim?

                                           Selfies

      Muita gente se irrita, e tem razão, com o uso indiscriminado dos celulares. Fossem só para falar, já seria ruim. Mas servem também para tirar fotografias, e com isso somos invadidos no Facebook com imagens de gatos subindo na cortina, focinhos de cachorro farejando a câmera, pratos de torresmo, brownie e feijoada. Se depender do que vejo com meus filhos – dez e 12 anos -, o tempo dos “selfies” está de todo modo chegando ao fim. Eles já começam a achar ridícula a mania de tirar retratos de si mesmos em qualquer ocasião. Torna-se até um motivo de preconceito para com os colegas.

      “Fulaninha? Tira fotos na frente do espelho.” Hábito que pode ser compreensível, contudo. Imagino alguém dedicado a melhorar sua forma física, registrando seus progressos semanais. Ou apenas entregue, no início da adolescência, à descoberta de si mesmo.

      A bobeira se revela em outras situações: é o caso de quem tira um “selfie” tendo ao fundo a torre Eiffel, ou (pior) ao lado de, sei lá, Tony Ramos ou Cauã Reymond.

      Seria apenas o registro de algo importante que nos acontece – e tudo bem. O problema fica mais complicado se pensarmos nos casos das fotos de comida. Em primeiro lugar, vejo em tudo isso uma espécie de degradação da experiência.

      Ou seja, é como se aquilo que vivemos de fato – uma estrada em Paris, o jantar num restaurante – não pudesse ser vivido e sentido como aquilo que é.

      Se me entrego a tirar fotos de mim mesmo na viagem, em vez de simplesmente viajar, posso estar fugindo das minhas próprias sensações. Desdobro o meu “self” (cabe bem a palavra) em duas entidades distintas: aquela pessoa que está em Paris, e aquela que tira foto de quem está em Paris.

      Pode ser narcisismo, é claro. Mas o narcisismo não precisava viajar para lugar nenhum. A complicação não surge do sujeito, surge do objeto. O que me incomoda é a torre Eiffel; o que fazer com ela? O que fazer de minha relação com a torre Eiffel?

      Poderia unir-me à paisagem, sentir como respiro diante daquela triunfal elevação de ferro e nuvem, deixar que meu olhar atravesse o seu duro rendilhado que fosforesce ao sol, fazer-me diminuir entre as quatro vigas curvas daquela catedral sem clero e sem paredes.

      Perco tempo no centro imóvel desse mecanismo, que é como o ponteiro único de um relógio que tem seu mostrador na circunferência do horizonte. Grupos de turistas se fazem e desfazem, há ruídos e crianças.

      Pego, entretanto, o meu celular: tiro uma foto de mim mesmo na torre Eiffel. O mundo se fechou no visor do aparelho. Não por acaso eu brinco, fazendo uma careta idiota; dou de costas para o monumento, mas estou na verdade dando as costas para a vida.

      [...]

      Talvez as coisas não sejam tão desesperadoras. Imagine-se que daqui a cem anos, depois de uma guerra atômica e de uma catástrofe climática que destruam o mundo civilizado, um pesquisador recupere os “selfies” e as fotos de batata frita.“Como as pessoas eram felizes naquela época!” A alternativa seria dizer: “Como eram tontas!”. Dependerá, por certo, dos humores do pesquisador.

(Marcelo Coelho) (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/162525-selfies.shtml. Acesso em: 29/10/2016.)

Na passagem “Fulaninha? Tira fotos na frente do espelho.”, a palavra destacada refere-se a uma pessoa:
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Q738258 Português

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Para quem? Para mim?

                                           Selfies

      Muita gente se irrita, e tem razão, com o uso indiscriminado dos celulares. Fossem só para falar, já seria ruim. Mas servem também para tirar fotografias, e com isso somos invadidos no Facebook com imagens de gatos subindo na cortina, focinhos de cachorro farejando a câmera, pratos de torresmo, brownie e feijoada. Se depender do que vejo com meus filhos – dez e 12 anos -, o tempo dos “selfies” está de todo modo chegando ao fim. Eles já começam a achar ridícula a mania de tirar retratos de si mesmos em qualquer ocasião. Torna-se até um motivo de preconceito para com os colegas.

      “Fulaninha? Tira fotos na frente do espelho.” Hábito que pode ser compreensível, contudo. Imagino alguém dedicado a melhorar sua forma física, registrando seus progressos semanais. Ou apenas entregue, no início da adolescência, à descoberta de si mesmo.

      A bobeira se revela em outras situações: é o caso de quem tira um “selfie” tendo ao fundo a torre Eiffel, ou (pior) ao lado de, sei lá, Tony Ramos ou Cauã Reymond.

      Seria apenas o registro de algo importante que nos acontece – e tudo bem. O problema fica mais complicado se pensarmos nos casos das fotos de comida. Em primeiro lugar, vejo em tudo isso uma espécie de degradação da experiência.

      Ou seja, é como se aquilo que vivemos de fato – uma estrada em Paris, o jantar num restaurante – não pudesse ser vivido e sentido como aquilo que é.

      Se me entrego a tirar fotos de mim mesmo na viagem, em vez de simplesmente viajar, posso estar fugindo das minhas próprias sensações. Desdobro o meu “self” (cabe bem a palavra) em duas entidades distintas: aquela pessoa que está em Paris, e aquela que tira foto de quem está em Paris.

      Pode ser narcisismo, é claro. Mas o narcisismo não precisava viajar para lugar nenhum. A complicação não surge do sujeito, surge do objeto. O que me incomoda é a torre Eiffel; o que fazer com ela? O que fazer de minha relação com a torre Eiffel?

      Poderia unir-me à paisagem, sentir como respiro diante daquela triunfal elevação de ferro e nuvem, deixar que meu olhar atravesse o seu duro rendilhado que fosforesce ao sol, fazer-me diminuir entre as quatro vigas curvas daquela catedral sem clero e sem paredes.

      Perco tempo no centro imóvel desse mecanismo, que é como o ponteiro único de um relógio que tem seu mostrador na circunferência do horizonte. Grupos de turistas se fazem e desfazem, há ruídos e crianças.

      Pego, entretanto, o meu celular: tiro uma foto de mim mesmo na torre Eiffel. O mundo se fechou no visor do aparelho. Não por acaso eu brinco, fazendo uma careta idiota; dou de costas para o monumento, mas estou na verdade dando as costas para a vida.

      [...]

      Talvez as coisas não sejam tão desesperadoras. Imagine-se que daqui a cem anos, depois de uma guerra atômica e de uma catástrofe climática que destruam o mundo civilizado, um pesquisador recupere os “selfies” e as fotos de batata frita.“Como as pessoas eram felizes naquela época!” A alternativa seria dizer: “Como eram tontas!”. Dependerá, por certo, dos humores do pesquisador.

(Marcelo Coelho) (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/162525-selfies.shtml. Acesso em: 29/10/2016.)

Ao afirmar que a moda dos Selfies gerou uma “espécie de degradação da experiência”, o autor quer dizer que
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Q738257 Português

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Um passeio gostoso pelo shopping e... um selfie em que estou comendo um bombom, na frente da loja de chocolates! Mais uma volta, peço um sorvete e... um selfie com o sorvete. Antes de sair, mais um selfie com uma amiga que encontrei. Pronto!

Agora é só postar.

Para quem? Para mim?

                                           Selfies

      Muita gente se irrita, e tem razão, com o uso indiscriminado dos celulares. Fossem só para falar, já seria ruim. Mas servem também para tirar fotografias, e com isso somos invadidos no Facebook com imagens de gatos subindo na cortina, focinhos de cachorro farejando a câmera, pratos de torresmo, brownie e feijoada. Se depender do que vejo com meus filhos – dez e 12 anos -, o tempo dos “selfies” está de todo modo chegando ao fim. Eles já começam a achar ridícula a mania de tirar retratos de si mesmos em qualquer ocasião. Torna-se até um motivo de preconceito para com os colegas.

      “Fulaninha? Tira fotos na frente do espelho.” Hábito que pode ser compreensível, contudo. Imagino alguém dedicado a melhorar sua forma física, registrando seus progressos semanais. Ou apenas entregue, no início da adolescência, à descoberta de si mesmo.

      A bobeira se revela em outras situações: é o caso de quem tira um “selfie” tendo ao fundo a torre Eiffel, ou (pior) ao lado de, sei lá, Tony Ramos ou Cauã Reymond.

      Seria apenas o registro de algo importante que nos acontece – e tudo bem. O problema fica mais complicado se pensarmos nos casos das fotos de comida. Em primeiro lugar, vejo em tudo isso uma espécie de degradação da experiência.

      Ou seja, é como se aquilo que vivemos de fato – uma estrada em Paris, o jantar num restaurante – não pudesse ser vivido e sentido como aquilo que é.

      Se me entrego a tirar fotos de mim mesmo na viagem, em vez de simplesmente viajar, posso estar fugindo das minhas próprias sensações. Desdobro o meu “self” (cabe bem a palavra) em duas entidades distintas: aquela pessoa que está em Paris, e aquela que tira foto de quem está em Paris.

      Pode ser narcisismo, é claro. Mas o narcisismo não precisava viajar para lugar nenhum. A complicação não surge do sujeito, surge do objeto. O que me incomoda é a torre Eiffel; o que fazer com ela? O que fazer de minha relação com a torre Eiffel?

      Poderia unir-me à paisagem, sentir como respiro diante daquela triunfal elevação de ferro e nuvem, deixar que meu olhar atravesse o seu duro rendilhado que fosforesce ao sol, fazer-me diminuir entre as quatro vigas curvas daquela catedral sem clero e sem paredes.

      Perco tempo no centro imóvel desse mecanismo, que é como o ponteiro único de um relógio que tem seu mostrador na circunferência do horizonte. Grupos de turistas se fazem e desfazem, há ruídos e crianças.

      Pego, entretanto, o meu celular: tiro uma foto de mim mesmo na torre Eiffel. O mundo se fechou no visor do aparelho. Não por acaso eu brinco, fazendo uma careta idiota; dou de costas para o monumento, mas estou na verdade dando as costas para a vida.

      [...]

      Talvez as coisas não sejam tão desesperadoras. Imagine-se que daqui a cem anos, depois de uma guerra atômica e de uma catástrofe climática que destruam o mundo civilizado, um pesquisador recupere os “selfies” e as fotos de batata frita.“Como as pessoas eram felizes naquela época!” A alternativa seria dizer: “Como eram tontas!”. Dependerá, por certo, dos humores do pesquisador.

(Marcelo Coelho) (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/162525-selfies.shtml. Acesso em: 29/10/2016.)

Pode-se afirmar que a crítica presente no texto “Posto... logo existo!” se endereça principalmente:
Alternativas
Q736036 Legislação dos Municípios do Estado do Pará
Com base na Lei Municipal Complementar 2.479/11 Art.1º, qual o Regime Jurídico dos servidores públicos do Município de Jacundá-PA?
Alternativas
Q736035 Legislação dos Municípios do Estado do Pará
Em cumprimento ao Art.8º da Lei Municipal Complementar 2.479/11, para as pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público, tendo o direito de reserva de
Alternativas
Q736034 Legislação dos Municípios do Estado do Pará
Com base no Art.3º da Lei Municipal Complementar 2.479/11, o cargo público é:
Alternativas
Q736033 História
É uma das características marcantes da Cabanagem:
Alternativas
Q736032 História
Marque a alternativa incorreta quanto ao período da borracha:
Alternativas
Q736031 História e Geografia de Estados e Municípios
São exemplos de rios da rede hidrográfica do Município de Jacundá-PA:
Alternativas
Q736030 História e Geografia de Estados e Municípios
Com relação a vegetação do Município de Jacundá-PA, quais as características predominantes?
Alternativas
Respostas
101: D
102: E
103: A
104: C
105: B
106: E
107: C
108: D
109: D
110: D
111: E
112: A
113: C
114: A
115: C
116: A
117: C
118: D
119: A
120: A