Questões de Concurso Para prefeitura de capim - pb

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Q1765968 Odontologia
Sabemos que os instrumentais de uso odontológico podem ser classificados, a partir de seu potencial de transmissão de infecção, em crítico , semicrítico, e não-crítico. Dentre as opções abaixo, qual melhor representa, respectivamente a sequência de instrumentais não-crítico, semi-crítico, e crítico? Marque a opção correta:
Alternativas
Q1765967 Odontologia
“Trata-se de uma doença relacionada com a quantidade de flúor ingerido e o período de desenvolvimento dental em que houve essa ingestão. Os elementos afetados podem apresentar regiões do esmalte branco-opaco e sem brilho, com aspecto de giz. Pode também apresentar zonas de pigmentação amarelada ou marrom-escura.” Marque a opção de que trata esse trecho:
Alternativas
Q1765966 Odontologia
Dentre as opções abaixo, qual representa o material odontológicos mais apropriado para a realização do tratamento restaurador atraumático? Marque a opção correta:
Alternativas
Q1765965 Odontologia
Um preparo cavitário realizado na face lingual de um elemento incisivo central deve ser classificado em qual classe, segundo Black? Marque a opção correta:
Alternativas
Q1765964 Odontologia
A ANVISA é o órgão que regulamenta o descarte de resíduos perfuro-cortantes. Dentre as opções abaixo, qual deve ser o destino de agulhas e bisturis utilizados na clínica odontológica? Marque a opção correta:
Alternativas
Q1765963 Odontologia
Para verificar os contatos oclusais nas restaurações feitas nas faces oclusais, faz-se uso de papel carbono articular. Dentre as opções abaixo, qual representa o instrumental apropriado para manuseio do papel carbono articular? Marque a opção correta:
Alternativas
Q1765962 Odontologia
Dentre as opções abaixo qual o EPI mais recomendado para evitar a contaminação da mucosa nasal pelos aerossóis produzidos nos procedimentos odontológicos? Marque a opção correta:
Alternativas
Q1765961 Odontologia
Dentre as opções abaixo, marque aquela que corresponde a um instrumental utilizado no isolamento absoluto.
Alternativas
Q1765960 Odontologia
Dentre os materiais odontológicos abaixo, qual aquele mais indicado para a obturação de cavidade como curativo odontológico?
Alternativas
Q1765959 Odontologia
A radiografia de um elemento dentário é importante exame complementar para diagnóstico de lesões de polpa e de raiz. Dentre as opções abaixo, qual a sequencia correta de processamento do filme radiografado? Marque a opção correta:
Alternativas
Q1765958 Odontologia
Se dissermos que dado elemento 45 possui uma cárie em sua face que está voltada para o primeiro molar inferior direito, podemos dizer que a face cariada é a:
Alternativas
Q1765957 Odontologia
Um paciente que venha à USF, e após exame clínico seja diagnosticado o acúmulo de tártaro nos elementos 26, 27, 32, 31, 41 e 42, o paciente necessitará de raspagem em quais sextantes? Marque a opção correta:
Alternativas
Q1765956 Odontologia
Após exame clínico de uma criança de 8 anos, foi constatada uma inconsistência na notação do odontograma. Diante de seu conhecimento das etapas eruptivas dos elementos dentários, qual opção abaixo deve ser o erro?
Alternativas
Q1765955 Odontologia
Dentre os elementos dentáriosabaixo, em qual deles podemos encontrar o Tubérculo de Carabelli? Marque a opção correta:
Alternativas
Q1765954 Odontologia
A temperatura é um fator que interfere nos materiais restauradores odontológicos durante sua manipulação em consultório. Qual a contribuição do resfriamento da Placa de Vidro, para o uso do Cimento de Ionômero de Vidro em Consultório odontológico? Marque a opção correta:
Alternativas
Q1765953 Odontologia
Dentre as opções abaixo, qual aquela que corresponde a um pré-molar inferior, na notação odontológica?
Alternativas
Q1765952 Odontologia
“A dentição permanente humana, se completa, contará com um total de ___ dentes.” Dentre as opções abaixo marque aquela que completa corretamente a lacuna do trecho citado.
Alternativas
Q1765951 Odontologia
Qual dos equipamentos abaixo é utilizado para a esterilização em vapor saturado de água? Marque a opção correta: 
Alternativas
Q1765949 Odontologia
Sobre a técnica de lavar as mãos, assinale a opção incorreta:
Alternativas
Q1765944 Português

Louco amor

(Ferreira Gullar)


     Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las.

“No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.

     Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida. 

     Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revêla. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.

     Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.

     Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.

    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, estranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada. 

    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixandose em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.

     Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.

    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”

     Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.


Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

A passagem adiante servirá de base para a próxima questão:

A coisa nasceu sem que ele se desse conta, que a via como uma menina.”


Aponte a relação de sentido fixado pelo convectivo grifado em relação à construção antecedente:

Alternativas
Respostas
61: C
62: C
63: D
64: A
65: A
66: E
67: D
68: B
69: C
70: D
71: D
72: C
73: C
74: E
75: C
76: E
77: D
78: E
79: A
80: A