Questões de Concurso
Para prefeitura de lajedo - pe
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Por Daniela Diana, disponível em https://bit.ly/3IJUqM8. Trecho adaptado.
I. O texto alega que Monteiro Lobato foi um escritor que cultivou um estilo cuidadoso nas suas obras e, ao mesmo tempo, exerceu a crítica a certos hábitos brasileiros, como a nossa submissão ao capitalismo internacional e a cópia de modelos estrangeiros.
II. Jeca Tatu, de acordo com o texto, é um personagem caracterizado por ser um tipo caipira, muito pobre e acomodado. Esse personagem representa uma crítica de Monteiro Lobato ao Brasil escravagista e dependente da exploração de minerais de baixo valor, afirma a autora.
III. A autora do texto em análise afirma claramente que Monteiro Lobato é um autor regionalista do Pré-Modernismo, com produções de destaque nos gêneros fábula e conto.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Na obra “O Guarani”, Peri e Loredano combatem o maniqueísmo, pois correspondem à típica idealização romântica: são amantes inseparáveis e buscam mostrar para a sociedade burguesa da época que é possível manter um romance diante das adversidades, afirma o texto.
II. O mito da integração entre colonizado e colonizador está presente na obra “O Guarani”, de acordo com o texto. Essa característica da dimensão épica da obra está relacionada à construção da nacionalidade e contempla personagens que são permeáveis a ela e também os que a rejeitam decisivamente, como se pode perceber após a leitura do texto em análise.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Cecília e Isabel protagonizam uma paixão avassaladora em “O Guarani”, afirma o texto. Ambas se conhecem na aldeia dos índios Tupinambás e demonstram um elevado poder de sedução em todos os seus encontros, como se pode perceber após a leitura do texto em análise.
II. Na obra “O Guarani”, é possível perceber, no plano lírico, o jogo sentimental das personagens Peri e Ceci, Álvaro e Isabel, de acordo com o texto em análise. Nessas relações, afirma o texto, o amor supera todas as barreiras que se opõem à sua realização.
Marque a alternativa CORRETA:
Disponível em https://bit.ly/3o5wGdj, consultado em janeiro de 2022. Com adaptações.
I. A obra “Grande Sertão: Veredas” traz ao leitor a história da vingança contra Hermógenes, um jagunço traidor, entre outros elementos e histórias da jagunçagem na voz de Riobaldo, afirma o texto.
II. Após a leitura do texto, é possível perceber que a diferença entre o bem e o mal no sistema jagunço não é totalmente clara e que a violência e a luta pelo poder estão bastante presentes no mundo do jaguncismo.
III. Uma ideia presente no texto em análise é a de que os episódios relatados por Riobaldo são permeados de paradoxos e reflexões sobre a alegria e a tristeza, a liberdade e o medo, o bem e o mal, a guerra e a paz.
Marque a alternativa CORRETA:
Disponível em https://bit.ly/3o5wGdj, consultado em janeiro de 2022. Com adaptações.
I. A obra “Grande Sertão: Veredas” apresenta ao leitor problemas locais vivenciados por Riobaldo, como o jaguncismo, o coronelismo e as diferenças sociais, de acordo com as informações presentes no texto.
II. O texto em análise afirma que na obra “Grande Sertão: Veredas”, Riobaldo narra a sua história e a trajetória dos seus pensamentos em primeira pessoa. Ainda de acordo com o texto, esse personagem refaz as lembranças dos caminhos percorridos e traz à luz novas reminiscências.
III. O narrador de “Grande Sertão: Veredas” é um ex-jagunço já envelhecido e afastado das suas funções, de acordo com o texto. Na obra, ele se põe em prosa com um visitante que deseja conhecer o sertão mineiro, como fica claro na análise do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
I. O adjetivo é a classe de lexema que se caracteriza por constituir a delimitação, isto é, por descaracterizar quaisquer possibilidades designativas do substantivo.
II. O adjetivo acompanha o número do substantivo a que se refere, como se pode perceber em: aluno estudioso / alunos estudiosos. O adjetivo, portanto, conhece os dois números do substantivo: o singular e o plural.
Marque a alternativa CORRETA:
I. A crase é aplicável quando, em uma mesma frase, precisa-se utilizar a preposição A (pedida, por exemplo, depois de alguns verbos transitivos indiretos ou adjetivos) e o artigo A, que precede as palavras femininas. Um exemplo pode ser visto em: vou à (a preposição + a artigo) academia.
II. A crase deve ser usada quando houver a junção entre a preposição A e o artigo A e, também, quando se subentender a palavra à moda ou maneira de alguma coisa. Por exemplo: “Eu gostaria de um virado à paulista, por favor” (virado à moda paulista).
III. A crase não deve ser usada antes de palavras masculinas, como no exemplo: “Gostaria de fazer uma indicação a João”. Também não se aplica a crase diante de numerais em geral (exceto as horas), como, por exemplo: “Cuidado! Buraco a 100 metros”.
Marque a alternativa CORRETA:
I. São exemplos de substantivos coletivos os seguintes: coro (conjunto, bando de pessoas que cantam juntas); elenco (de artistas de uma companhia, peça ou filme); junta (de credores, de médicos); pessoal (de uma fábrica, repartição pública ou escola); ronda (de policiais que percorrem as ruas velando pela ordem pública); turma (de estudantes, trabalhadores, médicos).
II. Um substantivo próprio é o que se aplica a um objeto ou a um conjunto de objetos, mas sempre coletivamente. Ou seja, ele se aplica a esse objeto ou a esse conjunto de objetos, considerando-os como indivíduos. Por isso cada “João”, cada “Isabel” e cada “Açores” é uma pessoa ou ilha considerada como indivíduo inconfundível para as demais pessoas.
III. Os substantivos concretos nomeiam pessoas, lugares, animais, vegetais, minerais e coisas. Os substantivos abstratos, por outro lado, designam o estado (beijo, trabalho, saída, cansaço) e as ações (prazer, beleza), considerados fora dos seres, sem existência no plano das ideias.
Marque a alternativa CORRETA:
I. A perífrase é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique como, por exemplo: “o rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 5 quilômetros” (o rugido do leão é ouvido a uma distância de 5 quilômetros).
II. A catacrese representa o uso privilegiado de um termo específico devido a uma obrigação retórica ou à imposição do estilo. Um exemplo de catacrese pode ser visto em: embarcou há pouco no avião, pois o termo “embarcar” é colocar-se a bordo de um barco, sendo esse o termo específico também para o avião.
III. Uma metáfora representa uma sobreposição de termos técnicos com o objetivo de provocar no leitor uma miscelânea de sentimentos, como se pode perceber nos seguintes exemplos: a vida é um moinho / você fala como uma arara.
Marque a alternativa CORRETA:
I. A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes, como, por exemplo: “Com aqueles olhos frios, disse que não gostava mais da namorada” (a frieza está associada ao tato e não à visão).
II. A hipérbole corresponde ao exagero de uma ideia feito de maneira intencional, como, por exemplo: quase morri de estudar.
III. A metonímia é a omissão de significados de palavras compostas, feita através da substantivação de um verbo no infinitivo. Um exemplo de metonímia pode ser visto em: costumava ler Shakespeare / aprecio a sua voz.
Marque a alternativa CORRETA:
I. As palavras derivadas têm origem em uma única palavra que já existia como, por exemplo: sangrento (de sangue), mamífero (de mamar) e ambientalista (de ambiente).
II. As palavras primitivas apresentam prefixos ou sufixos significativos, como é possível perceber nos seguintes exemplos: foca, mundo, ambiente e órfão.
III. As palavras compostas formam-se pela união de duas ou mais palavras ou radicais como, por exemplo: quebra-mar, malmequer e pernalta.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Forma-se o plural dos substantivos com o acréscimo do morfema pluralizador (desinência do plural) -S, quando terminados explicitamente por vogal ou ditongo oral. Por exemplo: livro / livros; lei / leis; cajá / cajás.
II. Quanto à função sintática, o substantivo exerce por excelência a função de sujeito (ou seu núcleo) da oração e, no domínio da constituição do predicado, as funções de objeto direto, complemento relativo, objeto indireto, predicativo, adjunto adnominal e adjunto adverbial.
Marque a alternativa CORRETA:
I. A substantivação do adjetivo ocorre quando o adjetivo se transforma em substantivo, tendo em vista um contexto específico.
II. Uma locução adjetiva é a expressão formada de preposição e substantivo ou equivalente com função de adjetivo. Por exemplo: homem de coragem = homem corajoso; livro sem capa = livro desencapado.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para a questão a seguir:
O ensino da probabilidade e da estatística
Por Celi Espasandin, 2008. Trecho adaptado.
O desenvolvimento da estatística e da probabilidade, nas escolas da Educação Básica, tem sido alvo de pesquisas em algumas partes do mundo. Atualmente, observa-se publicações de muitos pesquisadores a respeito do ensino dessas disciplinas, procurando justificar a relevância do assunto dentro do currículo escolar.
De acordo com Shaughnessy (1992, 2007), a pesquisa em estatística tem sido verdadeiramente interdisciplinar. Educadores matemáticos e estatísticos contribuíram amplamente para esse tema nos últimos anos, e o estágio de pesquisa apresenta-se demais eclético para que seja possível uma síntese.
No início dos anos de 1980, Mendoza e Swift (1981) destacaram que a estatística e a probabilidade deveriam ser ensinadas para que todos os indivíduos pudessem ter habilidades úteis para atuarem na sociedade. Atualmente, as propostas curriculares de matemática, em todo mundo, dedicam atenção especial a esses temas, enfatizando que o estudo deles é imprescindível para que as pessoas possam analisar índices de custo de vida, realizar sondagens, escolher amostras e tomar decisões em várias situações do cotidiano.
A competência nos assuntos de estatística e probabilidade permite aos alunos uma sólida base para desenvolverem estudos futuros e atuarem em áreas científicas como a biologia e as ciências sociais, por exemplo. Além disso, ao considerarmos o mundo em rápida mudança como o que estamos vivendo, é imprescindível o conhecimento da probabilidade de ocorrência de acontecimentos para agilizarmos a tomada de decisão e fazermos previsões.
As situações de pesquisa e orientação de professores no que se refere ao ensino da estatística e da probabilidade na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio contribuem para o desenvolvimento da capacidade de crítica e a autonomia dos alunos para que eles exerçam plenamente sua cidadania, ampliando suas possibilidades de êxito na vida pessoal e profissional. É claro que apenas o estudo desses temas não é suficiente, mas sem dúvida permite ao estudante desenvolver habilidades essenciais, como a análise crítica e a argumentação. Tais assuntos são tão importantes no currículo de matemática da Educação Básica quanto o estudo da geometria, da álgebra ou da aritmética que, trabalhadas significativamente, também contribuem para essa formação.
Não basta ao cidadão entender as porcentagens expostas
em índices estatísticos, como o crescimento populacional,
taxas de inflação, desemprego... É preciso analisar e
relacionar criticamente os dados apresentados,
questionando e ponderando até mesmo sua veracidade.
Assim como não é suficiente ao aluno desenvolver a
capacidade de organizar e representar uma coleção de
dados, faz-se necessário interpretar e comparar esses dados
para tirar conclusões. Dessa forma, é possível termos
cidadãos mais atuantes e interessados com os temas
críticos da nossa sociedade.
I. O texto traz ao leitor a ideia de que, em um mundo em rápida mudança, o conhecimento da probabilidade torna-se útil para que decisões possam ser tomadas de forma mais rápida e para que previsões possam ser feitas.
II. O texto afirma que, em todo mundo, as propostas curriculares de matemática enfatizam uma abordagem que permita às pessoas realizar sondagens, analisar índices, escolher amostras e tomar decisões em várias situações do cotidiano.
III. Uma das ideias presentes no texto é a de que a capacidade de comparar e interpretar dados para tirar conclusões pode tornar os cidadãos mais interessados e atuantes na nossa sociedade.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para a questão a seguir:
O ensino da probabilidade e da estatística
Por Celi Espasandin, 2008. Trecho adaptado.
O desenvolvimento da estatística e da probabilidade, nas escolas da Educação Básica, tem sido alvo de pesquisas em algumas partes do mundo. Atualmente, observa-se publicações de muitos pesquisadores a respeito do ensino dessas disciplinas, procurando justificar a relevância do assunto dentro do currículo escolar.
De acordo com Shaughnessy (1992, 2007), a pesquisa em estatística tem sido verdadeiramente interdisciplinar. Educadores matemáticos e estatísticos contribuíram amplamente para esse tema nos últimos anos, e o estágio de pesquisa apresenta-se demais eclético para que seja possível uma síntese.
No início dos anos de 1980, Mendoza e Swift (1981) destacaram que a estatística e a probabilidade deveriam ser ensinadas para que todos os indivíduos pudessem ter habilidades úteis para atuarem na sociedade. Atualmente, as propostas curriculares de matemática, em todo mundo, dedicam atenção especial a esses temas, enfatizando que o estudo deles é imprescindível para que as pessoas possam analisar índices de custo de vida, realizar sondagens, escolher amostras e tomar decisões em várias situações do cotidiano.
A competência nos assuntos de estatística e probabilidade permite aos alunos uma sólida base para desenvolverem estudos futuros e atuarem em áreas científicas como a biologia e as ciências sociais, por exemplo. Além disso, ao considerarmos o mundo em rápida mudança como o que estamos vivendo, é imprescindível o conhecimento da probabilidade de ocorrência de acontecimentos para agilizarmos a tomada de decisão e fazermos previsões.
As situações de pesquisa e orientação de professores no que se refere ao ensino da estatística e da probabilidade na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio contribuem para o desenvolvimento da capacidade de crítica e a autonomia dos alunos para que eles exerçam plenamente sua cidadania, ampliando suas possibilidades de êxito na vida pessoal e profissional. É claro que apenas o estudo desses temas não é suficiente, mas sem dúvida permite ao estudante desenvolver habilidades essenciais, como a análise crítica e a argumentação. Tais assuntos são tão importantes no currículo de matemática da Educação Básica quanto o estudo da geometria, da álgebra ou da aritmética que, trabalhadas significativamente, também contribuem para essa formação.
Não basta ao cidadão entender as porcentagens expostas
em índices estatísticos, como o crescimento populacional,
taxas de inflação, desemprego... É preciso analisar e
relacionar criticamente os dados apresentados,
questionando e ponderando até mesmo sua veracidade.
Assim como não é suficiente ao aluno desenvolver a
capacidade de organizar e representar uma coleção de
dados, faz-se necessário interpretar e comparar esses dados
para tirar conclusões. Dessa forma, é possível termos
cidadãos mais atuantes e interessados com os temas
críticos da nossa sociedade.
I. As situações de pesquisa e orientação de professores no que se refere ao ensino da estatística e da probabilidade na Educação Básica contribuem para o desenvolvimento da capacidade de crítica e a autonomia dos alunos, de acordo com o texto.
II. A proposta central do texto é a de que o ensino da probabilidade e da estatística é tão importante no currículo da Educação Básica que se sobrepõe ao estudo da geometria, da álgebra e até mesmo da aritmética.
III. A autora do texto defende a ideia de que a capacidade de analisar e de relacionar criticamente os dados apresentados, fazer questionamentos e, até mesmo, ponderar sua veracidade, são habilidades relevantes que podem ser desenvolvidas com o correto ensino e aprendizagem da probabilidade e da estatística.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para a questão a seguir:
Ensino da Matemática
Por Eliane Portalone, 2009. Trecho adaptado.
A Matemática é tida como o “alicerce de quase todas as áreas do conhecimento e dotada de uma arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivo e criativo” (BIEMBENGUT; HEIN, 2000, p. 9). Ela foi “criada” e desenvolvida pelos homens em função das suas necessidades de informações e das suas observações.
A Matemática nos permitiu sistematizar e organizar o conhecimento disponível e foi se constituindo de um rigor formal que a levou, aparentemente, a se distanciar das práticas e vivências cotidianas, tornando-se, na concepção de muitos, uma “ciência lógica e abstrata”. Entretanto, além de ajudar a identificar e analisar os padrões existentes na natureza, podemos elencar inúmeros exemplos sobre a forte presença da Matemática no mundo moderno, embora nem sempre essa presença seja detectada facilmente, na vida das pessoas e no desenvolvimento da ciência.
Convém refletir sobre posicionamentos dogmáticos: a Matemática é importante para o quê? Aplicável em quê? E o quê da Matemática é importante e aplicável? Aqui também muitas podem ser as respostas. Algumas são do senso comum e frequentemente ouvimos: é importante para fazer cálculos, desenvolver o raciocínio; é aplicável no dia a dia como nos cálculos de compra de materiais de construção, cálculos de áreas, consumo de energia elétrica e de água, nas profissões, entre outros.
Essas justificativas nem sempre convencem as pessoas, principalmente aquelas que passaram por um aprendizado escolar dos conteúdos matemáticos, da forma como usualmente tem ocorrido na escola: aprendizagem de definições, regras, repetição, distante da própria história da Matemática e das suas diferentes correntes filosóficas; distante também de seu uso para entender o que se esconde atrás das contas a pagar, só para dar um exemplo bastante presente na vida das pessoas. Como ressalta Vitti (1999), alguns professores de Matemática, “apesar do grande número de aplicações da Matemática, insistem em continuar ensinando técnicas de isolamento de incógnitas pertencentes a equações que, em geral, não significam absolutamente nada” (p. 20).
Para os assim escolarizados e para os que vão ou querem ir além dessa Matemática escolar, podem surgir algumas questões ainda não bem respondidas: será que a Matemática da escola não é a mesma Matemática da Natureza? Será que os alunos percebem o valor e a importância da Matemática e também sua relação com a Natureza? E os professores, o que sabem sobre isso? Na escola, estabelecer (ou reestabelecer) essas relações é importante? Por quê? Enfim, por que se aprende Matemática na escola? Vitti (1999, p.20) coloca outra questão importante: se os entes matemáticos continuam sendo ensinados aos alunos “sem nenhum compromisso com as necessidades dos homens”, não comunicando “nenhuma mensagem” ou não conduzindo à “verdadeira finalidade da Matemática”, por que ainda continuam sendo ensinados?
Essas questões são inquietantes quando se consegue perceber a Matemática que existe além do universo escolar, e, nesse contexto, exemplos dados e os questionamentos feitos acima podem fazer diferença, principalmente quando se pretende ensinar Matemática na escola de modo que sua aprendizagem permita compreender melhor a natureza e a vida cotidiana, perceber a beleza e a importância dessa disciplina e também seu papel no desenvolvimento da ciência e na participação consciente na sociedade.
I. O texto em análise afirma que a aprendizagem de definições, de regras e de repetição tem estado presente nos modelos usuais de ensino de matemática nas escolas e que essa abordagem é distante das diferentes correntes filosóficas da Matemática.
II. Uma ideia central no texto é a de que a Matemática é importante para fazer cálculos e desenvolver o raciocínio abstrato sem, no entanto, possuir relação com questões do dia a dia, como nos cálculos de áreas ou no mercado financeiro, por exemplo.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para a questão a seguir:
Ensino da Matemática
Por Eliane Portalone, 2009. Trecho adaptado.
A Matemática é tida como o “alicerce de quase todas as áreas do conhecimento e dotada de uma arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivo e criativo” (BIEMBENGUT; HEIN, 2000, p. 9). Ela foi “criada” e desenvolvida pelos homens em função das suas necessidades de informações e das suas observações.
A Matemática nos permitiu sistematizar e organizar o conhecimento disponível e foi se constituindo de um rigor formal que a levou, aparentemente, a se distanciar das práticas e vivências cotidianas, tornando-se, na concepção de muitos, uma “ciência lógica e abstrata”. Entretanto, além de ajudar a identificar e analisar os padrões existentes na natureza, podemos elencar inúmeros exemplos sobre a forte presença da Matemática no mundo moderno, embora nem sempre essa presença seja detectada facilmente, na vida das pessoas e no desenvolvimento da ciência.
Convém refletir sobre posicionamentos dogmáticos: a Matemática é importante para o quê? Aplicável em quê? E o quê da Matemática é importante e aplicável? Aqui também muitas podem ser as respostas. Algumas são do senso comum e frequentemente ouvimos: é importante para fazer cálculos, desenvolver o raciocínio; é aplicável no dia a dia como nos cálculos de compra de materiais de construção, cálculos de áreas, consumo de energia elétrica e de água, nas profissões, entre outros.
Essas justificativas nem sempre convencem as pessoas, principalmente aquelas que passaram por um aprendizado escolar dos conteúdos matemáticos, da forma como usualmente tem ocorrido na escola: aprendizagem de definições, regras, repetição, distante da própria história da Matemática e das suas diferentes correntes filosóficas; distante também de seu uso para entender o que se esconde atrás das contas a pagar, só para dar um exemplo bastante presente na vida das pessoas. Como ressalta Vitti (1999), alguns professores de Matemática, “apesar do grande número de aplicações da Matemática, insistem em continuar ensinando técnicas de isolamento de incógnitas pertencentes a equações que, em geral, não significam absolutamente nada” (p. 20).
Para os assim escolarizados e para os que vão ou querem ir além dessa Matemática escolar, podem surgir algumas questões ainda não bem respondidas: será que a Matemática da escola não é a mesma Matemática da Natureza? Será que os alunos percebem o valor e a importância da Matemática e também sua relação com a Natureza? E os professores, o que sabem sobre isso? Na escola, estabelecer (ou reestabelecer) essas relações é importante? Por quê? Enfim, por que se aprende Matemática na escola? Vitti (1999, p.20) coloca outra questão importante: se os entes matemáticos continuam sendo ensinados aos alunos “sem nenhum compromisso com as necessidades dos homens”, não comunicando “nenhuma mensagem” ou não conduzindo à “verdadeira finalidade da Matemática”, por que ainda continuam sendo ensinados?
Essas questões são inquietantes quando se consegue perceber a Matemática que existe além do universo escolar, e, nesse contexto, exemplos dados e os questionamentos feitos acima podem fazer diferença, principalmente quando se pretende ensinar Matemática na escola de modo que sua aprendizagem permita compreender melhor a natureza e a vida cotidiana, perceber a beleza e a importância dessa disciplina e também seu papel no desenvolvimento da ciência e na participação consciente na sociedade.
I. O texto procura deixar claro para o leitor que a Matemática nos ajuda a analisar e a identificar os padrões existentes na natureza, nos permite compreender a realidade ao nosso redor e, portanto, deve ser utilizada prioritariamente para a resolução exaustiva e repetitiva de problemas teóricos e abstratos nas escolas da Educação Básica.
II. Uma das ideias presentes no texto é a de que a Matemática está presente no mundo ao nosso redor e, portanto, é possível buscar sua aprendizagem de modo que os alunos possam compreender melhor a natureza e a vida cotidiana.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para a questão a seguir:
Ensino da Matemática
Por Eliane Portalone, 2009. Trecho adaptado.
A Matemática é tida como o “alicerce de quase todas as áreas do conhecimento e dotada de uma arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivo e criativo” (BIEMBENGUT; HEIN, 2000, p. 9). Ela foi “criada” e desenvolvida pelos homens em função das suas necessidades de informações e das suas observações.
A Matemática nos permitiu sistematizar e organizar o conhecimento disponível e foi se constituindo de um rigor formal que a levou, aparentemente, a se distanciar das práticas e vivências cotidianas, tornando-se, na concepção de muitos, uma “ciência lógica e abstrata”. Entretanto, além de ajudar a identificar e analisar os padrões existentes na natureza, podemos elencar inúmeros exemplos sobre a forte presença da Matemática no mundo moderno, embora nem sempre essa presença seja detectada facilmente, na vida das pessoas e no desenvolvimento da ciência.
Convém refletir sobre posicionamentos dogmáticos: a Matemática é importante para o quê? Aplicável em quê? E o quê da Matemática é importante e aplicável? Aqui também muitas podem ser as respostas. Algumas são do senso comum e frequentemente ouvimos: é importante para fazer cálculos, desenvolver o raciocínio; é aplicável no dia a dia como nos cálculos de compra de materiais de construção, cálculos de áreas, consumo de energia elétrica e de água, nas profissões, entre outros.
Essas justificativas nem sempre convencem as pessoas, principalmente aquelas que passaram por um aprendizado escolar dos conteúdos matemáticos, da forma como usualmente tem ocorrido na escola: aprendizagem de definições, regras, repetição, distante da própria história da Matemática e das suas diferentes correntes filosóficas; distante também de seu uso para entender o que se esconde atrás das contas a pagar, só para dar um exemplo bastante presente na vida das pessoas. Como ressalta Vitti (1999), alguns professores de Matemática, “apesar do grande número de aplicações da Matemática, insistem em continuar ensinando técnicas de isolamento de incógnitas pertencentes a equações que, em geral, não significam absolutamente nada” (p. 20).
Para os assim escolarizados e para os que vão ou querem ir além dessa Matemática escolar, podem surgir algumas questões ainda não bem respondidas: será que a Matemática da escola não é a mesma Matemática da Natureza? Será que os alunos percebem o valor e a importância da Matemática e também sua relação com a Natureza? E os professores, o que sabem sobre isso? Na escola, estabelecer (ou reestabelecer) essas relações é importante? Por quê? Enfim, por que se aprende Matemática na escola? Vitti (1999, p.20) coloca outra questão importante: se os entes matemáticos continuam sendo ensinados aos alunos “sem nenhum compromisso com as necessidades dos homens”, não comunicando “nenhuma mensagem” ou não conduzindo à “verdadeira finalidade da Matemática”, por que ainda continuam sendo ensinados?
Essas questões são inquietantes quando se consegue perceber a Matemática que existe além do universo escolar, e, nesse contexto, exemplos dados e os questionamentos feitos acima podem fazer diferença, principalmente quando se pretende ensinar Matemática na escola de modo que sua aprendizagem permita compreender melhor a natureza e a vida cotidiana, perceber a beleza e a importância dessa disciplina e também seu papel no desenvolvimento da ciência e na participação consciente na sociedade.
I. Após a leitura do texto, é possível observar que, para Vitti, é fundamental questionar o quanto o ensino da Matemática está relacionado com a nossa realidade e por que ainda continuamos a ensinar a Matemática de forma abstrata.
II. O texto afirma que a Matemática nos permitiu sistematizar e organizar o conhecimento disponível e foi se desprendendo de um rigor formal que a levou a se aproximar das práticas e vivências cotidianas.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para a questão a seguir:
Matemática Financeira no Ensino Fundamental
Por Cristiane Almeida, 2018. Trecho adaptado.
Desde muito jovem, eu acredito que saber lidar com recursos financeiros é uma habilidade fundamental para qualquer pessoa em nossa sociedade. Os conhecimentos da Matemática Financeira, nesse sentido, são certamente fundamentais para a formação de cidadãos críticos e conscientes de seus direitos e deveres. Saber lidar com dinheiro, em suma, é essencial.
Mesmo atualmente, me parece pouco comum vermos as crianças terem aulas de educação financeira na Educação Básica. Para mim, julgo necessário que os conteúdos de Matemática Financeira sejam iniciados desde as primeiras séries do Ensino Fundamental. Essa abordagem, é claro, deve ser iniciada explorando o lúdico, as simulações de compras e vendas, o preenchimento de cheques (uma tecnologia em decadência), as histórias em quadrinhos, as teatralizações etc.
Lembro-me de ter realizado uma grande quantidade de exercícios de Matemática no Ensino Fundamental e, na minha perspectiva, eles pareciam não ter uma aplicação real nos problemas do dia a dia. Na verdade, essa experiência apenas diminuía a minha motivação pelo estudo dessa disciplina, pois enfatizavam a repetição e a realização de cálculos desassociados de situações reais, do meu dia a dia.
Os cadernos com centenas de contas com frações, números decimais, expressões imensas e totalmente fora de qualquer contexto pareciam uma grande perda de tempo aos olhos de uma criança que queria se divertir, crescer e entender o mundo ao seu redor. Por que não atrelar esses cálculos às situações retiradas do cotidiano das pessoas? Por que não transformar uma conta do tipo 35,60 x 0,90 numa compra com um desconto de 10%? Por que não mostrar que uma multiplicação do tipo 46,80 x 1,10 pode ser o cálculo do pagamento de um restaurante com o acréscimo de 10% da gorjeta do garçom?
Recentemente, tive a oportunidade de ler “Educação Matemática Crítica: Uma Questão de Democracia” e percebi que tenho uma grande afinidade com as ideias de Ole Skovsmose. Esse autor defende a ideia de que a matemática é muito mais do que uma ciência exata, pois trata-se de um recurso para entender o mundo e lidar com problemas reais.
Dentro de sua obra, Skovsmose nos faz analisar as razões dos investimentos em sistemas educacionais e a essencialidade da Matemática nesses sistemas. Ele diz que o ensino da Matemática, a depender da forma como é abordado, pode agir para o bem, ajudando a formar cidadãos críticos; ou para o mal, excluindo as pessoas da sociedade e das situações nas quais os conhecimentos numéricos são relevantes para a tomada de decisões.
Skovsmose acha necessário que a educação matemática possibilite ao aluno pensar criticamente por meio da Matemática, já que a sociedade está cada vez mais matematizada. Ele fala da matemática “em ação”, afirmando que as pessoas que praticam a matemática têm atitudes dominantes e decisivas ao tomarem decisões.
Ao longo do seu livro, Skovsmose reforça a ideia de que o conhecimento matemático pode tornar o cidadão crítico e menos suscetível a diversas situações do seu cotidiano que podem prejudicar a sua vida. Toda a discussão desenvolvida por Skovsmose na sua obra ultrapassa as concepções matemáticas de muitos professores, conduzindo-nos a uma reflexão acerca de sua importância na sociedade moderna.
Esse importante autor dinamarquês defende a relevância de se perceber, por exemplo, que: [...] as questões econômicas por trás das fórmulas matemáticas e os problemas matemáticos devem ter significado para o aluno e estar relacionados a processos importantes da sociedade. Assim, o aluno tem um comprometimento social e político, pois identifica o que de fato é relevante no seu meio cultural”.
I. O texto apresenta ao leitor uma perspectiva dicotômica sobre o ensino da Matemática, ao argumentar que, a depender da forma como é abordado, ele pode ajudar a formar cidadãos críticos e pode, também, excluir as pessoas das situações nas quais os conhecimentos numéricos são relevantes para a tomada de decisões.
II. Aos olhos de uma criança, os cadernos com centenas de contas com frações e números decimais – totalmente fora de qualquer contexto – pareciam uma grande perda de tempo, afirma a autora do texto em análise.
III. Uma das ideias defendidas por Cristiane, no texto, é a de que os conhecimentos da Matemática Financeira contribuem para a formação de cidadãos críticos e conscientes de seus direitos e deveres. Para a autora, saber lidar com dinheiro é essencial.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para a questão a seguir:
Matemática Financeira no Ensino Fundamental
Por Cristiane Almeida, 2018. Trecho adaptado.
Desde muito jovem, eu acredito que saber lidar com recursos financeiros é uma habilidade fundamental para qualquer pessoa em nossa sociedade. Os conhecimentos da Matemática Financeira, nesse sentido, são certamente fundamentais para a formação de cidadãos críticos e conscientes de seus direitos e deveres. Saber lidar com dinheiro, em suma, é essencial.
Mesmo atualmente, me parece pouco comum vermos as crianças terem aulas de educação financeira na Educação Básica. Para mim, julgo necessário que os conteúdos de Matemática Financeira sejam iniciados desde as primeiras séries do Ensino Fundamental. Essa abordagem, é claro, deve ser iniciada explorando o lúdico, as simulações de compras e vendas, o preenchimento de cheques (uma tecnologia em decadência), as histórias em quadrinhos, as teatralizações etc.
Lembro-me de ter realizado uma grande quantidade de exercícios de Matemática no Ensino Fundamental e, na minha perspectiva, eles pareciam não ter uma aplicação real nos problemas do dia a dia. Na verdade, essa experiência apenas diminuía a minha motivação pelo estudo dessa disciplina, pois enfatizavam a repetição e a realização de cálculos desassociados de situações reais, do meu dia a dia.
Os cadernos com centenas de contas com frações, números decimais, expressões imensas e totalmente fora de qualquer contexto pareciam uma grande perda de tempo aos olhos de uma criança que queria se divertir, crescer e entender o mundo ao seu redor. Por que não atrelar esses cálculos às situações retiradas do cotidiano das pessoas? Por que não transformar uma conta do tipo 35,60 x 0,90 numa compra com um desconto de 10%? Por que não mostrar que uma multiplicação do tipo 46,80 x 1,10 pode ser o cálculo do pagamento de um restaurante com o acréscimo de 10% da gorjeta do garçom?
Recentemente, tive a oportunidade de ler “Educação Matemática Crítica: Uma Questão de Democracia” e percebi que tenho uma grande afinidade com as ideias de Ole Skovsmose. Esse autor defende a ideia de que a matemática é muito mais do que uma ciência exata, pois trata-se de um recurso para entender o mundo e lidar com problemas reais.
Dentro de sua obra, Skovsmose nos faz analisar as razões dos investimentos em sistemas educacionais e a essencialidade da Matemática nesses sistemas. Ele diz que o ensino da Matemática, a depender da forma como é abordado, pode agir para o bem, ajudando a formar cidadãos críticos; ou para o mal, excluindo as pessoas da sociedade e das situações nas quais os conhecimentos numéricos são relevantes para a tomada de decisões.
Skovsmose acha necessário que a educação matemática possibilite ao aluno pensar criticamente por meio da Matemática, já que a sociedade está cada vez mais matematizada. Ele fala da matemática “em ação”, afirmando que as pessoas que praticam a matemática têm atitudes dominantes e decisivas ao tomarem decisões.
Ao longo do seu livro, Skovsmose reforça a ideia de que o conhecimento matemático pode tornar o cidadão crítico e menos suscetível a diversas situações do seu cotidiano que podem prejudicar a sua vida. Toda a discussão desenvolvida por Skovsmose na sua obra ultrapassa as concepções matemáticas de muitos professores, conduzindo-nos a uma reflexão acerca de sua importância na sociedade moderna.
Esse importante autor dinamarquês defende a relevância de se perceber, por exemplo, que: [...] as questões econômicas por trás das fórmulas matemáticas e os problemas matemáticos devem ter significado para o aluno e estar relacionados a processos importantes da sociedade. Assim, o aluno tem um comprometimento social e político, pois identifica o que de fato é relevante no seu meio cultural”.
I. O texto afirma que Skovsmose defende a ideia de que a matemática é muito mais do que uma ciência exata, pois trata-se de um recurso para entender a forma como as pessoas pensam, se comportam e tomam decisões pessoais de todos os tipos.
II. O texto procura deixar claro que, para Skovsmose, a educação matemática possibilita ao aluno pensar criticamente e, rapidamente, agir em favor da manutenção das deficiências da sociedade em que vive.
III. A autora do texto propõe não se atrelar os cálculos e os estudos de matemática às situações retiradas do cotidiano das pessoas, tais como o pagamento de uma conta no restaurante ou a elaboração de um orçamento de uma obra.
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