Questões de Concurso Para correios

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Q2874746 Matemática Financeira

Em 2001, o Produto Interno Bruto (PIB) de um país foi de 20,8 bilhões de reais, e em 2002 o PIB cresceu 1,04 bilhão de reais. Esse aumento no PIB corresponde a que percentual de crescimento em relação a 2001?

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Q2874745 Matemática Financeira

Um carteiro gasta 3/8 do seu salário com aluguel, ou seja, o percentual do salário gasto com aluguel é de:

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Q2874744 Matemática

Se dois carteiros, de igual capacidade de produção, entregam uma certa quantidade de cartas em 5 horas, em quanto tempo três carteiros, de mesma capacidade de produção que os anteriores, entregarão a mesma quantidade de cartas?

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Q2874742 Matemática

Uma pessoa possui moedas de 25 centavos e de 50 centavos, num total de 31 moedas. Sabe-se que o número de moedas de 25 centavos excede o de 50 centavos em 5 unidades. Essas moedas totalizam a quantia de:

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Q2874740 Matemática

Um lojista dispõe de três peças de um mesmo tecido, cujos comprimentos são 48 m, 60 m e 80 m. Nas três peças o tecido tem a mesma largura. Deseja vender o tecido em retalhos iguais, cada um tendo a largura das peças e o maior comprimento possível, de modo a utilizar todo o tecido das peças. Quantos retalhos ele deverá obter?

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Q2874735 Matemática

Para uma festa de aniversário, foram comprados 3 centos de salgadinhos e 2 centos de docinhos, num custo total de R$ 90,00. Se o cento dos docinhos custa R$15,00, cada unidade de salgado é, em reais, igual a:

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Ano: 2005 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Correios
Q1235141 Administração Geral
Tradicional joalheria de grande sucesso no país, na busca pela diversificação de seus negócios, decidiu investir na criação de uma sofisticada loja de artigos para residências. Nilson, seu proprietário, preocupou-se em elaborar um planejamento estratégico para a nova loja. No entanto, alguns desvios ocorreram nos processos de pós-venda dos móveis, diferentemente do negócio de joalheria, o que ocasionou inúmeros transtornos. Entre estes, incluem-se móveis sem as peças para montagem, móveis danificados porque foram transportados sem embalagem e demora de 12 dias úteis para a entrega.
A partir do texto acima e acerca de administração da mudança e planejamento, julgue o item a seguir.
Considere que, após definir as novas diretrizes da loja de móveis, Nilson reuniu-se com vendedores, montadores e entregadores para definirem as melhores práticas a serem executadas por eles para sanar os problemas e atingir os objetivos definidos. Nessa situação, é correto afirmar que esse tipo de comunicação é caracteristicamente informal e as decisões daí oriundas são do tipo não-programadas.
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Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: Correios
Q1234863 Enfermagem
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), descrito na Norma Regulamentadora no 7 (NR 7), é de elaboração e implementação obrigatórias, por parte de todos os empregadores e as instituições que admitam trabalhadores como empregados. A respeito da NR 7, assinale a alternativa correta. 
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Ano: 2005 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Correios
Q1232733 Administração Geral
Tradicional joalheria de grande sucesso no país, na busca pela diversificação de seus negócios, decidiu investir na criação de uma sofisticada loja de artigos para residências. Nilson, seu proprietário, preocupou-se em elaborar um planejamento estratégico para a nova loja. No entanto, alguns desvios ocorreram nos processos de pós-venda dos móveis, diferentemente do negócio de joalheria, o que ocasionou inúmeros transtornos. Entre estes, incluem-se móveis sem as peças para montagem, móveis danificados porque foram transportados sem embalagem e demora de 12 dias úteis para a entrega.
A partir do texto acima e acerca de administração da mudança e planejamento, julgue o item a seguir.
Admita que Nilson e os dirigentes da nova loja definiram em reunião que seria fundamental organizar os esforços de venda e de pós-venda e aumentar a participação de mercado em 50% nos próximos 3 anos. Nesse caso, tais objetivos podem ser corretamente definidos como objetivos gerais da organização.
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Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: Correios
Q1230040 Enfermagem
A Norma Regulamentadora nº 24 prevê que os refeitórios, quando obrigatórios, deverão ter lâmpadas incandescentes instaladas à razão de 150 W/6,00 m² de área. Considere hipoteticamente que uma empresa pretende construir um refeitório com área de 120 m² e que serão utilizadas lâmpadas de 100 W na iluminação. Para atender a esse quesito da legislação, quantas lâmpadas deverão ser instaladas?   
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Ano: 2008 Banca: CONSULPLAN Órgão: Correios
Q1229722 Português
O homem que devia entregar a carta
Era sua primeira missão como office-boy. Estava com dezoito anos, mas não tinha conseguido nenhum outro emprego.
Apesar dos jornais garantirem que não havia crise, ele simplesmente batera o nariz em dezenas de portas e tinha enfrentado filas até dois quilômetros. O patrão pediu que ele entregasse uma carta, com protocolo. E avisou: a pessoa que receber precisa assinar este papelzinho. Só entregue mesmo ao destinatário, a ninguém mais, esta carta é da maior importância.
Foi. Ao chegar, verificou o endereço: era de um terreno baldio. Comparou, indagou. Não havia engano mesmo. O número correspondia ao terreno. Voltou ao patrão, contou.
E o patrão:
– Eu sei que é um terreno. Mas vão construir um prédio ali.
– Vão? E o que faço?
– Você entrega a carta, como mandei.
O patrão era um homem ocupado, dispensou o boy. Ele voltou ao local. Nada. Um terreno sujo, cheio de mato. O que fazer? Sentou-se, pensando que se alguém chegasse por ali, poderia dar uma informação. No fim do dia, foi embora.
Na manhã seguinte, ao subir no elevador, encontrou o patrão.
– Como é, entregou a carta?
– Não tem prédio nenhum lá.
– Mas vão construir. Já conseguiram até financiamento da Caixa Econômica.
O boy voltou ao terreno. Naquele e nos dias seguintes. Nas semanas e meses. E o patrão, já inquieto, querendo saber da carta, o boy mais inquieto ainda, já sem saber por que não construíam logo o tal edifício. Um dia, viu homens carpindo o mato.
No outro dia, ergueram um tapume. Em seguida, instalaram placas. Logo vieram tratores e máquinas. Cavaram, cavaram, caminhões basculantes levaram a terra, chegou cimento, aço, pedras. As fundações ficaram prontas.
E o boy ali, todos os dias, firme, à espera. Fazendo amizade com os operários, capatazes da obra, aprendendo como se mistura o cimento, como se processa a concretagem, acompanhando os andares que subiam, as lajes sendo terminadas.
O prédio subiu. A esta altura, o patrão, irritadíssimo com o boy, ameaçava despedi-lo.
– Que porcaria você é que nem consegue entregar uma carta?
O boy, ferido no orgulho, plantou-se então, dia e noite, sentado num dos andaimes. Amigo de todos os operários, comia e bebia com eles, contava casos, ouvia histórias do Nordeste, lendas da Bahia, conhecia a miséria que ia pelo interior, os dramas de fome e doença, o abandono, a seca. A parte mais demorada, lenta. Colocar portas, janelas, armários, rebocar, passar massa corrida, pintar, instalar pias, torneiras, vasos, tacos. Então, a festa de inauguração, chope. E as faixas, os corretores ansiosos por enganar alguém com as compras maravilhosas que terminavam em pesadelo.
As pessoas começaram a se mudar. Todos os dias, o boy batia à porta do apartamento 114. O destinatário ainda não tinha se mudado. Agora, o boy já tinha feito vinte anos e o patrão tinha lhe dado um prazo fixo, fatal, irreversível. Ou entregava a carta, ou era despedido.
Ele batia à porta, ninguém atendia. Até que um caminhão trouxe mudanças para o 114. Mas a porta continuava fechada, muda.
Batia, e nada.
Uma tarde, abriram. Um senhor grisalho, ar sonolento. O boy, triunfante, estendeu a carta. O homem olhou o destinatário.
– Não sou eu. Nem sei quem é.
– Como? O senhor comprou o apartamento de alguém?
– Não. Comprei na planta. Não teve nenhum dono antes de mim.
– Que faço?
– Passa na portaria, fala com o zelador.
O boy passou, explicou a situação. O zelador apanhou um carimbo, bateu no envelope: destinatário desconhecido.
E devolveu a carta ao boy. 
(Ignácio de Loyola Brandão)
Em “Não havia engano mesmo” a concordância verbal está correta. Assinale a alternativa em que o mesmo NÃO acontece:
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Ano: 2005 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Correios
Q1226354 Noções de Informática
Entre os acessórios do Windows XP, estão ferramentas que permitem a realização de diversas tarefas. Com relação e esses acessórios, julgue o item subseqüente.
O Prompt de comando é a principal ferramenta do Windows XP para o controle de instalação de novos elementos de hardware no computador.
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Ano: 2005 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Correios
Q1226339 Noções de Informática
Entre os acessórios do Windows XP, estão ferramentas que permitem a realização de diversas tarefas. Com relação e esses acessórios, julgue o item subseqüente.
O Paint permite a criação de desenhos, que podem ser copiados de uma janela do Paint e colados em uma janela do Word 2002, respectivamente, por meio das opções Copiar e Colar dessas janelas.
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Ano: 2005 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Correios
Q1226235 Noções de Informática
Entre os acessórios do Windows XP, estão ferramentas que permitem a realização de diversas tarefas. Com relação e esses acessórios, julgue o item subseqüente.
A Calculadora permite a realização de diversos cálculos matemáticos. O menu Exibir da janela desse aplicativo permite exibir o teclado nos modos Padrão ou Científica.
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Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Correios
Q1224382 Legislação de Trânsito
Acerca das normas gerais de circulação e conduta previstas no CTB, à sinalização e às infrações de trânsito, julgue o item subseqüente.
Em um cruzamento, caso se depare com um agente da autoridade de trânsito com um braço levantado, com movimento de antebraço da frente para a retaguarda e a palma da mão voltada para trás, o condutor deve reduzir a velocidade do seu veículo.
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Ano: 2008 Banca: CONSULPLAN Órgão: Correios
Q1222313 Raciocínio Lógico
 Na Agência dos Correios de uma certa cidade trabalham 20 funcionários. Sabe-se que 12 desses funcionários jogam futebol, 8 jogam vôlei e 5 jogam futebol e vôlei. Escolhendo ao acaso um dos funcionários, qual a probabilidade dele não praticar nenhum desses esportes? 
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Ano: 2008 Banca: CONSULPLAN Órgão: Correios
Q1212320 Português
Da difícil arte de redigir um telegrama
[...] Há uma história famosa a respeito de uns parentes que tinham que comunicar por telegrama, a uma senhora que estava viajando, o falecimento de uma irmã. Reuniram-se em volta de uma mesa e toca a escrever. Primeiro foi o primo quem redigiu a nota. Depois de alguns minutos mostrou o resultado do seu trabalho: “Interrompa viagem e volte correndo. Tua irmã morreu.” Todos leram e um dos tios fez o seguinte comentário: 
– Eu acho que não está bom. Afinal de contas, vocês sabem que ela é cardíaca, está viajando e um telegrama assim pode ser um choque.  – Todos concordaram, inclusive um outro primo afastado que era meio sovina e achou o telegrama muito longo: 
– Depois, com o preço que se paga por palavra, isso não é mais um telegrama, é um telegrana.
Ninguém riu do infame trocadilho, mesmo porque velório não é lugar para gargalhadas. Foi a vez do cunhado tentar redigir uma forma mais amena que não assustasse a senhora em passeio. Sentou-se e escreveu: “Interrompa viagem e volte correndo. Tua irmã passando muito mal.” Novamente o telegrama não foi aprovado. 
Um irmão psicólogo observou: 
– Não sejamos infantis. Se ela está viajando pela Europa e recebe esta notícia, não vai acreditar na história de “passando muito mal.” Sobretudo com “volte correndo” no meio. 
– Também concordo – falou o primo afastado, sempre pensando no custo. Então o genro aproximou-se: 
– Acho que tenho a forma ideal. – Pegou no bloco e rabiscou rapidamente: “Interrompa viagem e volte devagar. Tua irmã passando mais ou menos.” Todos examinaram atentamente o telegrama. A filha reclamou: 
– Vocês acham que mamãe é boba? Se a gente escrever que a titia está passando mais ou menos e que ela pode voltar devagar, ela já vai adivinhar que todas estas precauções são pelo fato de ela ser cardíaca e que na realidade a irmã dela morreu!
– Concordo plenamente – disse o facultativo da família, que era também sobrinho da senhora em questão. Resolveu, como médico, escrever o telegrama: “Paciente fora de perigo. Volte assim que puder. Paciente tua irmã.” De todas as fórmulas até então apresentadas, esta foi a que causou mais revolta. 
– Que troço imbecil – gritou o netinho, que passava pela sala no momento em que a mensagem era lida. Puseram o menino para fora da sala, mas no íntimo a família concordava com ele. 
– Não, isso não. Se a gente mandar dizer que ela está fora de perigo, para que vamos pedir que ela interrompa a viagem? – argumentou o tio. 
– Também acho – responderam todos num coro de aprovação. O filho mais velho resolveu tentar. Pensou bem, ponderou, sentou-se, molhou a ponta do lápis na língua e caprichou: “Se possível volte. Tua irmã saudosa passando quase mal. Por favor acredite. Cuidado coração. Venha logo. Saudades surpresa.” 
– Realmente, esse bate todos os recordes! – disse uma nora professora. – Em primeiro lugar, não é “se possível”, ela tem que voltar mesmo. Em segundo lugar, “saudosa” tem duplo sentido. Em terceiro lugar, ninguém passa “quase mal”. Ou passa mal ou bem. “Quase mal” e “quase bem” é a mesma coisa. “Por favor, acredite” é um insulto à família toda. Ninguém aqui é mentiroso. Depois, “cuidado coração” não fica claro. Como telegrama não tem vírgula, ela pode pensar que a gente está dizendo “cuidado, coração”, já que a palavra coração também é usada como uma forma carinhosa de chamar os outros. Por exemplo: “Oi coração, tudo bem?” E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade. Qual é a surpresa que ela pode esperar? 
– Ela pode pensar que a tia está esperando neném – falou um sobrinho. – Aos noventa anos de idade? 
– Abandonaram a idéia rapidamente. Seguiu-se um longo período de silêncio em que a família andava de lá pra cá, pensando numa solução. Pela primeira vez estavam se dando conta de que não era tão fácil assim mandar um telegrama. Serviu-se o costumeiro cafezinho, enquanto cada qual do seu lado procurava uma maneira de escrever para a senhora em viagem sem que tivesse conseqüências desastrosas. De repente o irmão psicólogo explodiu num grito eurekiano de descoberta: 
– Achei! 
– Escreveu febrilmente no papel. O telegrama passou de mão em mão e foi finalmente aprovado por todo mundo. Seu texto dizia: 
“Siga viagem divirta-se. Tua irmã está ótima.”   
         (Jô Soares. O astronauta sem regime)  “ – Não, isso não.” O pronome destacado anteriormente é: 
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Ano: 2008 Banca: CONSULPLAN Órgão: Correios
Q1212075 Português
Da difícil arte de redigir um telegrama
[...] Há uma história famosa a respeito de uns parentes que tinham que comunicar por telegrama, a uma senhora que estava viajando, o falecimento de uma irmã. Reuniram-se em volta de uma mesa e toca a escrever. Primeiro foi o primo quem redigiu a nota. Depois de alguns minutos mostrou o resultado do seu trabalho: “Interrompa viagem e volte correndo. Tua irmã morreu.” Todos leram e um dos tios fez o seguinte comentário: 
– Eu acho que não está bom. Afinal de contas, vocês sabem que ela é cardíaca, está viajando e um telegrama assim pode ser um choque.  – Todos concordaram, inclusive um outro primo afastado que era meio sovina e achou o telegrama muito longo: 
– Depois, com o preço que se paga por palavra, isso não é mais um telegrama, é um telegrana.
Ninguém riu do infame trocadilho, mesmo porque velório não é lugar para gargalhadas. Foi a vez do cunhado tentar redigir uma forma mais amena que não assustasse a senhora em passeio. Sentou-se e escreveu: “Interrompa viagem e volte correndo. Tua irmã passando muito mal.” Novamente o telegrama não foi aprovado. 
Um irmão psicólogo observou: 
– Não sejamos infantis. Se ela está viajando pela Europa e recebe esta notícia, não vai acreditar na história de “passando muito mal.” Sobretudo com “volte correndo” no meio. 
– Também concordo – falou o primo afastado, sempre pensando no custo. Então o genro aproximou-se: 
– Acho que tenho a forma ideal. – Pegou no bloco e rabiscou rapidamente: “Interrompa viagem e volte devagar. Tua irmã passando mais ou menos.” Todos examinaram atentamente o telegrama. A filha reclamou: 
– Vocês acham que mamãe é boba? Se a gente escrever que a titia está passando mais ou menos e que ela pode voltar devagar, ela já vai adivinhar que todas estas precauções são pelo fato de ela ser cardíaca e que na realidade a irmã dela morreu!
– Concordo plenamente – disse o facultativo da família, que era também sobrinho da senhora em questão. Resolveu, como médico, escrever o telegrama: “Paciente fora de perigo. Volte assim que puder. Paciente tua irmã.” De todas as fórmulas até então apresentadas, esta foi a que causou mais revolta. 
– Que troço imbecil – gritou o netinho, que passava pela sala no momento em que a mensagem era lida. Puseram o menino para fora da sala, mas no íntimo a família concordava com ele. 
– Não, isso não. Se a gente mandar dizer que ela está fora de perigo, para que vamos pedir que ela interrompa a viagem? – argumentou o tio. 
– Também acho – responderam todos num coro de aprovação. O filho mais velho resolveu tentar. Pensou bem, ponderou, sentou-se, molhou a ponta do lápis na língua e caprichou: “Se possível volte. Tua irmã saudosa passando quase mal. Por favor acredite. Cuidado coração. Venha logo. Saudades surpresa.” 
– Realmente, esse bate todos os recordes! – disse uma nora professora. – Em primeiro lugar, não é “se possível”, ela tem que voltar mesmo. Em segundo lugar, “saudosa” tem duplo sentido. Em terceiro lugar, ninguém passa “quase mal”. Ou passa mal ou bem. “Quase mal” e “quase bem” é a mesma coisa. “Por favor, acredite” é um insulto à família toda. Ninguém aqui é mentiroso. Depois, “cuidado coração” não fica claro. Como telegrama não tem vírgula, ela pode pensar que a gente está dizendo “cuidado, coração”, já que a palavra coração também é usada como uma forma carinhosa de chamar os outros. Por exemplo: “Oi coração, tudo bem?” E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade. Qual é a surpresa que ela pode esperar? 
– Ela pode pensar que a tia está esperando neném – falou um sobrinho. – Aos noventa anos de idade? 
– Abandonaram a idéia rapidamente. Seguiu-se um longo período de silêncio em que a família andava de lá pra cá, pensando numa solução. Pela primeira vez estavam se dando conta de que não era tão fácil assim mandar um telegrama. Serviu-se o costumeiro cafezinho, enquanto cada qual do seu lado procurava uma maneira de escrever para a senhora em viagem sem que tivesse conseqüências desastrosas. De repente o irmão psicólogo explodiu num grito eurekiano de descoberta: 
– Achei! 
– Escreveu febrilmente no papel. O telegrama passou de mão em mão e foi finalmente aprovado por todo mundo. Seu texto dizia: 
“Siga viagem divirta-se. Tua irmã está ótima.”   
         (Jô Soares. O astronauta sem regime)
Em “Puseram o menino para fora da sala, mas no íntimo a família concordava com ele”. O emprego da vírgula foi utilizado para: 
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Ano: 2008 Banca: CONSULPLAN Órgão: Correios
Q1212017 Português
Da difícil arte de redigir um telegrama
[...] Há uma história famosa a respeito de uns parentes que tinham que comunicar por telegrama, a uma senhora que estava viajando, o falecimento de uma irmã. Reuniram-se em volta de uma mesa e toca a escrever. Primeiro foi o primo quem redigiu a nota. Depois de alguns minutos mostrou o resultado do seu trabalho: “Interrompa viagem e volte correndo. Tua irmã morreu.” Todos leram e um dos tios fez o seguinte comentário: 
– Eu acho que não está bom. Afinal de contas, vocês sabem que ela é cardíaca, está viajando e um telegrama assim pode ser um choque.  – Todos concordaram, inclusive um outro primo afastado que era meio sovina e achou o telegrama muito longo: 
– Depois, com o preço que se paga por palavra, isso não é mais um telegrama, é um telegrana.
Ninguém riu do infame trocadilho, mesmo porque velório não é lugar para gargalhadas. Foi a vez do cunhado tentar redigir uma forma mais amena que não assustasse a senhora em passeio. Sentou-se e escreveu: “Interrompa viagem e volte correndo. Tua irmã passando muito mal.” Novamente o telegrama não foi aprovado. 
Um irmão psicólogo observou: 
– Não sejamos infantis. Se ela está viajando pela Europa e recebe esta notícia, não vai acreditar na história de “passando muito mal.” Sobretudo com “volte correndo” no meio. 
– Também concordo – falou o primo afastado, sempre pensando no custo. Então o genro aproximou-se: 
– Acho que tenho a forma ideal. – Pegou no bloco e rabiscou rapidamente: “Interrompa viagem e volte devagar. Tua irmã passando mais ou menos.” Todos examinaram atentamente o telegrama. A filha reclamou: 
– Vocês acham que mamãe é boba? Se a gente escrever que a titia está passando mais ou menos e que ela pode voltar devagar, ela já vai adivinhar que todas estas precauções são pelo fato de ela ser cardíaca e que na realidade a irmã dela morreu!
– Concordo plenamente – disse o facultativo da família, que era também sobrinho da senhora em questão. Resolveu, como médico, escrever o telegrama: “Paciente fora de perigo. Volte assim que puder. Paciente tua irmã.” De todas as fórmulas até então apresentadas, esta foi a que causou mais revolta. 
– Que troço imbecil – gritou o netinho, que passava pela sala no momento em que a mensagem era lida. Puseram o menino para fora da sala, mas no íntimo a família concordava com ele. 
– Não, isso não. Se a gente mandar dizer que ela está fora de perigo, para que vamos pedir que ela interrompa a viagem? – argumentou o tio. 
– Também acho – responderam todos num coro de aprovação. O filho mais velho resolveu tentar. Pensou bem, ponderou, sentou-se, molhou a ponta do lápis na língua e caprichou: “Se possível volte. Tua irmã saudosa passando quase mal. Por favor acredite. Cuidado coração. Venha logo. Saudades surpresa.” 
– Realmente, esse bate todos os recordes! – disse uma nora professora. – Em primeiro lugar, não é “se possível”, ela tem que voltar mesmo. Em segundo lugar, “saudosa” tem duplo sentido. Em terceiro lugar, ninguém passa “quase mal”. Ou passa mal ou bem. “Quase mal” e “quase bem” é a mesma coisa. “Por favor, acredite” é um insulto à família toda. Ninguém aqui é mentiroso. Depois, “cuidado coração” não fica claro. Como telegrama não tem vírgula, ela pode pensar que a gente está dizendo “cuidado, coração”, já que a palavra coração também é usada como uma forma carinhosa de chamar os outros. Por exemplo: “Oi coração, tudo bem?” E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade. Qual é a surpresa que ela pode esperar? 
– Ela pode pensar que a tia está esperando neném – falou um sobrinho. – Aos noventa anos de idade? 
– Abandonaram a idéia rapidamente. Seguiu-se um longo período de silêncio em que a família andava de lá pra cá, pensando numa solução. Pela primeira vez estavam se dando conta de que não era tão fácil assim mandar um telegrama. Serviu-se o costumeiro cafezinho, enquanto cada qual do seu lado procurava uma maneira de escrever para a senhora em viagem sem que tivesse conseqüências desastrosas. De repente o irmão psicólogo explodiu num grito eurekiano de descoberta: 
– Achei! 
– Escreveu febrilmente no papel. O telegrama passou de mão em mão e foi finalmente aprovado por todo mundo. Seu texto dizia: 
“Siga viagem divirta-se. Tua irmã está ótima.”   
         (Jô Soares. O astronauta sem regime)
Em “...seguiu-se um longo período de silêncio...” o pronome “se” é classificado como: 
Alternativas
Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Correios
Q1211964 Segurança e Saúde no Trabalho
Com referência à utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) para a proteção contra riscos biológicos, julgue o item a seguir.
A peça semifacial filtrante (PFF) é um EPI que cobre a boca e o nariz do usuário, proporciona uma vedação adequada sobre a sua face e possui filtro eficiente para a retenção de contaminantes presentes na atmosfera sob a forma de aerossóis.

Alternativas
Respostas
381: A
382: D
383: C
384: B
385: C
386: B
387: E
388: E
389: E
390: B
391: A
392: E
393: C
394: C
395: C
396: C
397: B
398: A
399: B
400: C