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RIO DE JANEIRO (Estado). Corregedoria-Geral de Justiça. Aviso nº 309, de 28 de junho de 2005. [Dispõe sobre a supressão do expediente na 6. Vara de Órfãos e Sucessões da Comarca da Capital nos dias 01, 08, 15, 22 e 29 de julho de 2005]. Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro: parte 3: seção 2: Poder Judiciário, Rio de Janeiro, ano 31, n. 19, p. 71, 30 jun. 2005.
Considerando essa referência, analise as afirmativas correlatas e a relação proposta entre elas.
I. “A referência bibliográfica está em desacordo com a norma da ABNT NBR 6023:2018.”
PORQUE
II. “De acordo com tal norma, nas referências a atos administrativos normativos, o destaque em negrito deve ser do número e da data de assinatura do documento.”
Assinale a alternativa correta.
Na construção de seus textos, muitos autores recorrem a expressões metafóricas. Ao empregar o enunciado metafórico “o bater das asas de uma borboleta na África pode causar chuvas no Paraguai” (1º§), pretendeu-se estabelecer, entre os dois parágrafos do texto em questão, uma relação semântica de
Com base no texto e na LC nº 95/1988, assinale a alternativa que respeita a clareza e a concisão necessárias à articulação e à redação de textos legais.
Imagine um mundo com secas, tempestades e fome, com ilhas e regiões costeiras inundadas, onde milhões de pessoas morrem por causa da poluição do ar e das águas, enquanto outras buscam refúgio em lugares mais seguros e alguns ainda lutam entre si pelos escassos recursos naturais. Em contraponto, imagine um mundo com ar e água limpos, com tecnologia, onde casas, transportes e indústrias estejam a serviço de toda a população, onde todos compartilhem os benefícios do desenvolvimento, da industrialização e de recursos naturais; imagine ainda que esta situação possa se sustentar de uma geração para a outra. A escolha entre esses dois futuros cabe a nós. (ANNAN, Kofi. In: Folha de S. Paulo. São Paulo, 30/06/2002. Fragmento.)
Para se adequar à norma padrão da língua portuguesa, o trecho “[...] onde todos compartilhem os benefícios do desenvolvimento, [...]” pode ser substituído pela seguinte reescrita, sem que haja mudança de sentido:
I – órgão – a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;
II – entidade – a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
III – autoridade – o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.
(BRASIL. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9784.htm. Acesso em: 27/12/2022. Fragmento.)
Com base na leitura do texto e considerando o modo como se estrutura uma lei e o conceito das unidades de divisão e organização do texto legal, assinale a afirmativa correta.
RESUMO: O ensino superior brasileiro, historicamente, é marcado pela presença de instituições privadas. Durante a franca expansão ocorrida nas duas últimas décadas, o setor privado apresentou um crescimento no número de matrículas e no percentual de participação. Este artigo descreve a participação privada nas graduações da saúde no período entre 1993 e 2013. A revisão bibliográfica sobre o ensino superior brasileiro e a análise descritiva de dados secundários evidenciaram que a participação do setor privado na formação em saúde, em muitos aspectos, tem sido compatível com a dinâmica do setor de ensino superior. Na década de 1990, o crescimento do setor privado foi tendência em todas as graduações em saúde, e na maior parte dos cursos as taxas de crescimento foram maiores que a média nacional. No período entre 2003 e 2013, os cursos de Medicina, Odontologia e Serviço Social apresentaram taxas de crescimento maiores que no período anterior e os demais apresentaram uma desaceleração das taxas de crescimento; já nos cursos de Biologia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, observou-se uma redução do número de matrículas em instituições privadas.
Palavras-Chave: instituições de ensino superior; setor privado; recursos humanos em saúde; educação superior. (FRANCO, T. A. V.; DAL POZ, M. R.A participação de instituições de ensino superior privadas na formação em saúde no Brasil. Trab., educ., saúde, v.16, nº 3, Rio de Janeiro Sept./Dec. 2018. Fragmento.)
Por ser um texto não ficcional, o artigo científico, assim como outros gêneros textuais não ficcionais, deve se estruturar por meio
As reescritas do excerto “Quem não se enquadra nessa nova realidade paga mais caro e nem sempre tem a garantia de um produto saudável”. provocaram inadequação gramatical em uma das opções. Identifique-a.
Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Tantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora a cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê flor e fruto
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, plantas, sentimento
Folhas, coração, juventude e fé.
(TISO, Wagner. Coração de Estudante. Barclay, 1985. LP.)
Considerando as normas de adequação gramatical, analise as afirmativas a seguir.
I. Em “E há que se cuidar do broto” / “Há que se cuidar da vida” / “Há que se cuidar do mundo”, a conjunção “que” pode ser substituída pela preposição “de”, sem prejuízo sintático ou semântico.
II. Na sentença “Adivinha onde ela anda”, há uma incorreção gramatical relativa ao uso do advérbio “onde”.
III. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem informal utilizada nessa letra de música é o emprego da redução “pra” em lugar de “para” em “Pra que a vida nos dê flor e fruto”.
IV. Em “Mas renova-se a esperança”, o verbo está na voz passiva analítica.
Está correto o que se afirma apenas em
O diagrama recebeu a aprovação da Diretoria Executiva. Após ser persistentemente debatido.
Sobre esse enunciado, analise as afirmativas a seguir.
I. Traz um problema de fragmentação frasal, o que pode dificultar a sua compreensão.
II. Traz um problema de inversão da ordem direta, que deve manter a seguinte estrutura: sujeito, verbo e complemento.
III. Pode ser reescrito, sem prejuízo de sentido, da seguinte maneira: “Após ser persistentemente debatido, o diagrama recebeu a aprovação da Diretoria Executiva”.
IV. Para eliminar o problema de fragmentação frasal, é necessário tão somente eliminar o ponto final entre as orações.
Está correto o que se afirma apenas em
Essa foi a descoberta de um estudo realizado com 666 pacientes de Covid do Hospital Comunitário de Madri, e publicado no British Journal of Dermatology. Deles, 304 apresentaram algum sintoma dermatológico. Na pele, as manifestações mais comuns foram manchas avermelhadas ou amarronzadas nos pés e nas mãos. Elas indicam a presença de linfócitos, células de defesa do organismo – que podem ter ido parar na pele como resultado de uma reação inflamatória exagerada do corpo. Em alguns casos, os pacientes também relataram coceira e sensação de ardor. Os sintomas na boca, que afetaram 78 pessoas, incluíram glossite (inflamação geral da língua), estomatite aftosa (aparecimento de aftas, bolhas ou machucados na boca) e papilite, uma inflamação das papilas gustativas. A papilite pode estar relacionada à perda de paladar que afeta os infectados pelo coronavírus – e tem sido atribuída, apenas, à destruição de células olfativas. (GARATTONI, Bruno. Covid pode causar inflamações na boca, mãos e pés. Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/covid-podecausar-inflamacoes-na-boca-maos-e-pes/. Acesso em: 26/12/2022.)
A notícia anterior, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta o resultado de um estudo acerca de reações inflamatórias advindas do Covid-19. Nessa situação comunicativa sobressai a função referencial da linguagem, pois o autor da notícia privilegia
Considerando o excerto anterior, analise as afirmativas correlatas e a relação proposta entre elas.
I. “Nota-se no texto um problema de paralelismo sintático.”
PORQUE
II. “Caso contrário, o autor construiria um só período, utilizando, por exemplo, um conectivo como ‘mas também’, para estabelecer a noção de adição entre os elementos difíceis de encontrar.”
Assinale a alternativa correta.
Nesse argumento, Luís Fernando Veríssimo formula uma premissa para chegar a uma conclusão. Essa estrutura caracteriza o argumento como:
( ) Artigo: é a unidade básica da lei. Toda lei tem, no mínimo, um artigo, que constitui a forma mais prática de se localizar alguma informação dentro da lei, por maior que ela seja.
( ) Parágrafo: é um desdobramento da norma de um determinado artigo, podendo complementá-la, indicar alguma exceção etc. É indicado pelo símbolo § e vem seguido de um número ordinal até o 9º; após, segue com números cardinais, da mesma forma que o artigo.
( ) Inciso: é um desdobramento do artigo ou do parágrafo, conforme o caso. É representado por algarismo arábico e é encerrado, geralmente, por ponto-e-vírgula, salvo se for o último inciso do artigo ou parágrafo ou se o inciso se desdobrar em alíneas.
( ) Alíneas: representam o desdobramento dos incisos ou dos parágrafos. São representadas por letras minúsculas, acompanhadas de parênteses. Um artigo também pode se desdobrar diretamente em incisos, sem a necessidade de alíneas ou parágrafos.
( ) Itens: são os desdobramentos da alínea. São representados por algarismos arábicos, seguidos de ponto-final.
A sequência está correta em
1. Aceitabilidade. 2. Intencionalidade. 3. Situacionalidade. 4. Informatividade. 5. Intertextualidade.
( ) Está direcionada ao protagonista do ato comunicativo. Trata-se da disposição e do empenho de se construir um discurso coerente, coeso e com grande capacidade de satisfazer determinada audiência. Diz respeito às informações e conhecimentos prévios que o autor tem para chegar a seu público.
( ) É voltada para o contexto no qual a situação comunicativa está inserida. Ela se relaciona à adequação ou não do contexto, pois ele pode influenciar no significado do texto que, inserido em contextos distintos, pode produzir significados completamente diversos.
( ) Consiste na influência e na relação que um texto exerce sobre outro. Esse processo ocorre durante a produção de um texto, no qual o autor coloca, na estrutura de sua produção, referências explícitas ou implícitas de outra obra.
( ) Nesse fator, consideram-se as informações prévias e as informações novas obtidas no texto. É preciso que hajaequilíbrio entre ambas, pois um texto que possui apenas informações prévias não traz novidade ao leitor. Já um texto somente com informações novas pode dificultar a compreensão da leitura.
( ) Esse fator está focando no leitor. O leitor precisa de algum conhecimento sobre o assunto para poder analisar o texto e decidir se concorda com a intenção do autor. É através de sua interpretação do texto que ele poderá reconhecer o que está implícito ou explícito no texto.
A sequência está correta em
Texto para responder à questão.
Os jovens que ainda usam máscara por vergonha de mostrar o rosto: “sou feio, mãe”
Laura tinha 10 anos quando começou a usar máscara pelos mesmos motivos que todos nós: se proteger da Covid-19 e impedir a disseminação do vírus. Agora, depois de quase 3 anos e do início de sua puberdade, a máscara ocupou um outro lugar na vida dela: o de um objeto que esconde seu rosto e a ajuda a lidar com inseguranças sociais. Sua irmã conta que, mesmo em um passeio à praia, Laura permaneceu de máscara ̶ inclusive para entrar no mar. Em ocasiões como essa, o sol marca o contorno da máscara no seu rosto, tornando ainda mais difícil que ela deixe de usar o acessório em público. A história da jovem ressoa nos relatos de centenas de jovens nas redes sociais, em especial adolescentes, que dizem ter dificuldade de ficar sem máscara fora de casa por vergonha de mostrar o próprio rosto. Em muitos casos, eles são alguns dos únicos alunos da classe que continuam a utilizar o acessório rigorosamente, e sofrem bullying de colegas que questionam o uso e até tentam retirá- -lo à força. Outros dizem que a máscara os ajuda a passar despercebidos e diminuir as interações sociais, inclusive chamando menos atenção dos professores.
A situação ganha complexidade num momento de reincidência dos casos de coronavírus, em que a máscara é recomendada para frear o contágio da doença. Em que momento, então, o uso rigoroso do acessório por adolescentes se torna preocupante? E como pais e professores podem lidar com essa situação?
O costume de usar acessórios que desviam o próprio corpo da atenção alheia não é algo novo entre os adolescentes. Moletons largos, bonés e cabelo longo sobre o rosto são alguns dos “mecanismos” aos quais os jovens recorrem para lidar com inseguranças relacionadas à autoimagem corporal, explica o psicólogo e doutor em educação Alessandro Marimpietri. A cantora Billie Eilish é um exemplo desse comportamento: quando tinha 17 anos, declarou que preferia vestir roupas largas para que os fãs e a imprensa não a sexualizassem por conta de seus seios grandes. Marimpietri explica que a pandemia e a reclusão forçada do contato social foram agravantes dessa questão.
“Um adolescente que entrou na pandemia com 13 anos e agora tem 15, por exemplo, se modificou do ponto de vista físico de maneira muito substancial. Muitos já estavam inseguros sobre como iriam se apresentar para o outro do ponto de vista imagético e comportamental ̶ e a máscara figura como um anteparo simbólico de proteção, como se a autoimagem estivesse resguardada por uma fronteira que me protege do olhar do outro.” Ele acrescenta que os problemas com a imagem corporal foram inflados na pandemia, quando nosso recurso de interação social era, muitas vezes, digital. “Se ver o tempo todo nas telas e nos ângulos das câmeras digitais modificou a autopercepção de todos os sujeitos: crianças, adultos, idosos. No caso dos adolescentes, isso ocorreu de maneira destacada, já que se somam outras questões próprias dessa fase”, diz.
Marimpietri explica que as expressões faciais são “pistas não-verbais importantes para o desenvolvimento da vida do sujeitodo ponto de vista psíquico, da interação social, e até da cognição”. Ao esconder parte do rosto com a máscara por tempo indefinido, os adolescentes escondem, também, essas pistas fundamentais para a convivência e interação socioafetiva. Esse prejuízo é percebido por Simone Machado, professora de Língua Portuguesa da rede pública de São Paulo.
“Os professores leem os alunos a todo momento, mesmo quando não dizem nada. São expressões de dúvida, por exemplo, que nos fazem repetir uma explicação. As máscaras atrapalham essa troca”, conta. A professora relata que seus alunos que seguiram usando máscara mesmo quando houve uma flexibilização da medida são estudantes que já tinham um comportamento introspectivo e dificuldades de socialização. Um deles, conta Machado, ficou ainda mais tímido depois da pandemia. “É como se a máscara fosse mais um muro na socialização dele com o mundo. Até seu olhar ficou menos expressivo e, quando lhe faço perguntas, ele responde apenas balançando a cabeça, nem consigo lembrar como é sua voz.”
Na escola, a professora de geografia Luciana Cardoso ressalta a importância das conversas entre os professores. “Foi no conselho de classe que descobri, por um outro professor, que uma aluna minha usa sempre a máscara por vergonha de um dente faltando.” Se um professor de Educação Física, por exemplo, fala que o aluno pratica esportes vestindo moletom e máscara, isso acende um alerta diferente para os professores que só os veem dentro de sala, reflete Cardoso. Para a professora Simone Machado, uma estratégia interessante é não falar diretamente sobre o uso insistente da máscara, mas tentar incentivar a socialização desses alunos por outras vias, passando trabalhos em grupo dentro e fora da sala de aula, por exemplo. A médica pediatra Evelyn Eisenstein lembra que, entre os jovens, é mais comum que haja um comportamento negligente quanto às medidas sanitárias de combate à Covid. “Estamos num momento de cautela, em que a máscara deve ser usada em aglomerações como transportes públicos, centros comerciais e também nas escolas”, alerta.
(ALVES, Ian. Os jovens que ainda usam máscara por vergonha de mostrar o
rosto: ‘sou feio, mãe’. BBC News Brasil, 2022. Disponível em: https://www.
uol.com.br/vivabem/noticias/bbc/2022/12/07/os-jovens-que-ainda-usammascara-por-vergonha-de-mostrar-o-rosto-sou-feio-mae.htm.
Acesso em: 06/01/2023. Adaptado.)