Questões de Concurso Para sabesp

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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: SABESP Prova: FCC - 2014 - SABESP - Atendente |
Q466485 Português
Sobre a dificuldade de ler

Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas de um risco ainda maior, ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler; gostaria de tentar lhes falar não da leitura, mas da ilegibilidade.

Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais gostaríamos de ler, mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear as páginas de um livro, mas ele nos cai literalmente das mãos.

Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de não leitura, quando o livro do mundo cai das suas mãos, porque a impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto quanto a leitura e é, talvez, tanto ou mais instrutiva do que esta.

Há também uma outra e mais radical impossibilidade de ler, que até poucos anos atrás era, antes de tudo, comum. Refiro-me aos analfabetos, que, há apenas um século, eram a maioria. Um grande poeta espanhol do século 20 dedicou um livro de poesia seu “ao analfabeto para/por quem eu escrevo”. É importante compreender o sentido desse “para/por”.

Gostaria que vocês refletissem sobre o estatuto especial desse livro que, na sua essência, é destinado aos olhos que não podem lê-lo e foi escrito com uma mão que, em um certo sentido, não sabe escrever. O poeta ou escritor que escreve pelo/para o analfabeto tenta escrever o que não pode ser lido, põe no papel o ilegível. Mas precisamente isso torna a sua escrita mais interessante do que a que foi escrita somente por/para quem sabe ler.

Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros que foram escritos e publicados, mas estão - talvez para sempre - à espera de serem lidos. Eu conheço - e cada um de vocês, eu acredito, poderia citar - livros que mereciam ser lidos e não foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se esses livros eram verdadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera, mas de uma exigência. Esses livros não esperam, mas exigem ser lidos, mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.

Mas agora gostaria de dar um conselho aos editores e àqueles que se ocupam de livros: parem de olhar para as infames, sim, infames classificações de livros mais vendidos e - presume-se - mais lidos e tentem construir em vez disso na mente de vocês uma classificação dos livros que exigem ser lidos. Só uma editora fundada nessa classificação mental poderia fazer o livro sair da crise que - pelo que ouço ser dito e repetido - está atravessando.

(Adaptado de: AGAMBEN, Giorgio. Sobre a dificuldade de ler. Trad. de Cláudio Oliveira. Revista Cult, ano 16, n. 180. São Paulo: Bregantini, junho de 2013. p. 46 e 47)

O texto foi escrito originalmente para ser lido em uma palestra, durante uma feira de editores, em Roma, no ano de 2012. Daí vem o tom de conversa, de quem aborda os interlocutores diretamente, trazendo-os para o texto. Estes ouvintes são referidos pelo autor quando utiliza os pronomes
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Q460900 Segurança e Saúde no Trabalho
A insalubridade, quando caracterizada pela avaliação qualitativa ou pericial, via inspeção visual das condições do ambiente de trabalho, para os profissionais expostos aos agentes químicos, deve-se levar em consideração o anexo:
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Q460899 Segurança e Saúde no Trabalho
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Q460898 Segurança e Saúde no Trabalho
O Diagrama de Hommel, mundialmente conhecido pelo código National Fire Protection Association - NFPA 704, também conhecido como diamante do perigo ou de risco, é uma simbologia empregada pela Associação Nacional para Proteção contra Incêndios, dos Estados Unidos da América. Nele, são utilizados losangos que expressam os tipos de
risco em graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma cor: branca, azul, amarela e vermelha.

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No diamante de risco, o Grau 3 (Vermelho) significa que a substância
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Q460897 Segurança e Saúde no Trabalho
O Diagrama de Hommel, mundialmente conhecido pelo código National Fire Protection Association - NFPA 704, também conhecido como diamante do perigo ou de risco, é uma simbologia empregada pela Associação Nacional para Proteção contra Incêndios, dos Estados Unidos da América. Nele, são utilizados losangos que expressam os tipos de
risco em graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma cor: branca, azul, amarela e vermelha.

                                                    imagem-003.jpg
As cores branca, azul, amarelo e vermelho representam, no diagrama de Hommel, respectivamente,
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2121: B
2122: B
2123: B
2124: E
2125: E