Questões de Concurso
Para engenheiro sanitarista
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EXCERTO 2- QUESTÕES 7 a 10
- Talvez parte do que consideramos ativismo seja um novo tipo de passividade. Há
- tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos falta
- contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos falta silêncios. Nos falta até o tédio.
- Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja uma ilusão de
- ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao
- contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e de pontos
- de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um
- espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não há
- mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba resta a
- ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra todas
- as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem. Apaziguam,
- mas não movem. Entorpecem, mas será que movem?
- Sobre esse tema há um pequeno livro, precioso, chamado sugestivamente de
- Sociedade do Cansaço. (...) Sobre nossa nova condição, Han diz: “A sociedade do trabalho e
- a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A
- dialética do senhor e escravo está, não em última instância, naquela sociedade na qual cada
- um é livre e capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma
- sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho.
- Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A
- especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia,
- vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração
- é possível mesmo sem senhorio”.
EXCERTO 2- QUESTÕES 7 a 10
- Talvez parte do que consideramos ativismo seja um novo tipo de passividade. Há
- tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos falta
- contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos falta silêncios. Nos falta até o tédio.
- Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja uma ilusão de
- ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao
- contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e de pontos
- de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um
- espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não há
- mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba resta a
- ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra todas
- as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem. Apaziguam,
- mas não movem. Entorpecem, mas será que movem?
- Sobre esse tema há um pequeno livro, precioso, chamado sugestivamente de
- Sociedade do Cansaço. (...) Sobre nossa nova condição, Han diz: “A sociedade do trabalho e
- a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A
- dialética do senhor e escravo está, não em última instância, naquela sociedade na qual cada
- um é livre e capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma
- sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho.
- Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A
- especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia,
- vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração
- é possível mesmo sem senhorio”.
EXCERTO 2- QUESTÕES 7 a 10
- Talvez parte do que consideramos ativismo seja um novo tipo de passividade. Há
- tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos falta
- contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos falta silêncios. Nos falta até o tédio.
- Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja uma ilusão de
- ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao
- contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e de pontos
- de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um
- espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não há
- mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba resta a
- ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra todas
- as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem. Apaziguam,
- mas não movem. Entorpecem, mas será que movem?
- Sobre esse tema há um pequeno livro, precioso, chamado sugestivamente de
- Sociedade do Cansaço. (...) Sobre nossa nova condição, Han diz: “A sociedade do trabalho e
- a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A
- dialética do senhor e escravo está, não em última instância, naquela sociedade na qual cada
- um é livre e capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma
- sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho.
- Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A
- especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia,
- vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração
- é possível mesmo sem senhorio”.
EXCERTO 2- QUESTÕES 7 a 10
- Talvez parte do que consideramos ativismo seja um novo tipo de passividade. Há
- tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos falta
- contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos falta silêncios. Nos falta até o tédio.
- Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja uma ilusão de
- ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao
- contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e de pontos
- de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um
- espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não há
- mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba resta a
- ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra todas
- as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem. Apaziguam,
- mas não movem. Entorpecem, mas será que movem?
- Sobre esse tema há um pequeno livro, precioso, chamado sugestivamente de
- Sociedade do Cansaço. (...) Sobre nossa nova condição, Han diz: “A sociedade do trabalho e
- a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A
- dialética do senhor e escravo está, não em última instância, naquela sociedade na qual cada
- um é livre e capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma
- sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho.
- Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A
- especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia,
- vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração
- é possível mesmo sem senhorio”.
As questões abaixo baseiam-se em excertos do texto “Exaustos-e-correndo-e-dopados”, de Eliane Brum. Leia-os, com atenção, para assinalar a opção correta.
EXCERTO 1- QUESTÕES 1 a 5
Exaustos-e-correndo-e-dopados
Eliane Brum
- Nos achamos tão livres como donos de tablets e celulares, vamos a qualquer lugar
- na internet, lutamos pelas causas mesmo de países do outro lado do planeta, participamos de
- protestos globais e mal percebemos que criamos uma pós-submissão. Ou um tipo mais
- perigoso e insidioso de submissão. Temos nos esforçado livremente e com grande afinco
- para alcançar a meta de trabalhar 24 x 7. Vinte e quatro horas por sete dias da semana.
- Nenhum capitalista havia sonhado tanto. O chefe nos alcança em qualquer lugar, a qualquer
- hora. O expediente nunca mais acaba. Já não há espaço de trabalho e espaço de lazer, não
- há nem mesmo casa. Tudo se confunde. A internet foi usada para borrar as fronteiras
- também do mundo interno, que agora é um fora. Estamos sempre, de algum modo,
- trabalhando, fazendo networking, debatendo (ou brigando), intervindo, tentando não perder
- nada, principalmente a notícia ordinária. Consumimo-nos animadamente, a o ritmo de
- emoticons. E, assim, perdemos só a alma. E alcançamos uma façanha inédita: ser senhor e
- escravo ao mesmo tempo.
- Como na época da aceleração os anos já não começam nem terminam, apenas se
- emendam, tanto quanto os meses e como os dias (...). Estamos exaustos e correndo.
- Exaustos e correndo. Exaustos e correndo. E a má notícia é que continuaremos exaustos e
- correndo, porque exaustos-e-correndo virou a condição humana dessa época. E já
- percebemos que essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou
- um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime,
- entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma
- velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para
- continuar exaustos-e-correndo. Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se
- tornou uma barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que chamamos
- de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo é.
- Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem
- remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa
- velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares
- de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como diz o clichê e alguns anúncios
- publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro,
- estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se tornou
- alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas sozinhos.
- Escassas são as conversas, a rede tornou-se em parte um interminável discurso
- autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é
- preciso o outro.
As questões abaixo baseiam-se em excertos do texto “Exaustos-e-correndo-e-dopados”, de Eliane Brum. Leia-os, com atenção, para assinalar a opção correta.
EXCERTO 1- QUESTÕES 1 a 5
Exaustos-e-correndo-e-dopados
Eliane Brum
- Nos achamos tão livres como donos de tablets e celulares, vamos a qualquer lugar
- na internet, lutamos pelas causas mesmo de países do outro lado do planeta, participamos de
- protestos globais e mal percebemos que criamos uma pós-submissão. Ou um tipo mais
- perigoso e insidioso de submissão. Temos nos esforçado livremente e com grande afinco
- para alcançar a meta de trabalhar 24 x 7. Vinte e quatro horas por sete dias da semana.
- Nenhum capitalista havia sonhado tanto. O chefe nos alcança em qualquer lugar, a qualquer
- hora. O expediente nunca mais acaba. Já não há espaço de trabalho e espaço de lazer, não
- há nem mesmo casa. Tudo se confunde. A internet foi usada para borrar as fronteiras
- também do mundo interno, que agora é um fora. Estamos sempre, de algum modo,
- trabalhando, fazendo networking, debatendo (ou brigando), intervindo, tentando não perder
- nada, principalmente a notícia ordinária. Consumimo-nos animadamente, a o ritmo de
- emoticons. E, assim, perdemos só a alma. E alcançamos uma façanha inédita: ser senhor e
- escravo ao mesmo tempo.
- Como na época da aceleração os anos já não começam nem terminam, apenas se
- emendam, tanto quanto os meses e como os dias (...). Estamos exaustos e correndo.
- Exaustos e correndo. Exaustos e correndo. E a má notícia é que continuaremos exaustos e
- correndo, porque exaustos-e-correndo virou a condição humana dessa época. E já
- percebemos que essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou
- um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime,
- entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma
- velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para
- continuar exaustos-e-correndo. Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se
- tornou uma barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que chamamos
- de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo é.
- Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem
- remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa
- velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares
- de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como diz o clichê e alguns anúncios
- publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro,
- estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se tornou
- alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas sozinhos.
- Escassas são as conversas, a rede tornou-se em parte um interminável discurso
- autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é
- preciso o outro.
As questões abaixo baseiam-se em excertos do texto “Exaustos-e-correndo-e-dopados”, de Eliane Brum. Leia-os, com atenção, para assinalar a opção correta.
EXCERTO 1- QUESTÕES 1 a 5
Exaustos-e-correndo-e-dopados
Eliane Brum
- Nos achamos tão livres como donos de tablets e celulares, vamos a qualquer lugar
- na internet, lutamos pelas causas mesmo de países do outro lado do planeta, participamos de
- protestos globais e mal percebemos que criamos uma pós-submissão. Ou um tipo mais
- perigoso e insidioso de submissão. Temos nos esforçado livremente e com grande afinco
- para alcançar a meta de trabalhar 24 x 7. Vinte e quatro horas por sete dias da semana.
- Nenhum capitalista havia sonhado tanto. O chefe nos alcança em qualquer lugar, a qualquer
- hora. O expediente nunca mais acaba. Já não há espaço de trabalho e espaço de lazer, não
- há nem mesmo casa. Tudo se confunde. A internet foi usada para borrar as fronteiras
- também do mundo interno, que agora é um fora. Estamos sempre, de algum modo,
- trabalhando, fazendo networking, debatendo (ou brigando), intervindo, tentando não perder
- nada, principalmente a notícia ordinária. Consumimo-nos animadamente, a o ritmo de
- emoticons. E, assim, perdemos só a alma. E alcançamos uma façanha inédita: ser senhor e
- escravo ao mesmo tempo.
- Como na época da aceleração os anos já não começam nem terminam, apenas se
- emendam, tanto quanto os meses e como os dias (...). Estamos exaustos e correndo.
- Exaustos e correndo. Exaustos e correndo. E a má notícia é que continuaremos exaustos e
- correndo, porque exaustos-e-correndo virou a condição humana dessa época. E já
- percebemos que essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou
- um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime,
- entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma
- velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para
- continuar exaustos-e-correndo. Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se
- tornou uma barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que chamamos
- de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo é.
- Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem
- remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa
- velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares
- de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como diz o clichê e alguns anúncios
- publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro,
- estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se tornou
- alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas sozinhos.
- Escassas são as conversas, a rede tornou-se em parte um interminável discurso
- autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é
- preciso o outro.
Não há característica do sistema de trabalho “24 x 7” no enunciado
As questões abaixo baseiam-se em excertos do texto “Exaustos-e-correndo-e-dopados”, de Eliane Brum. Leia-os, com atenção, para assinalar a opção correta.
EXCERTO 1- QUESTÕES 1 a 5
Exaustos-e-correndo-e-dopados
Eliane Brum
- Nos achamos tão livres como donos de tablets e celulares, vamos a qualquer lugar
- na internet, lutamos pelas causas mesmo de países do outro lado do planeta, participamos de
- protestos globais e mal percebemos que criamos uma pós-submissão. Ou um tipo mais
- perigoso e insidioso de submissão. Temos nos esforçado livremente e com grande afinco
- para alcançar a meta de trabalhar 24 x 7. Vinte e quatro horas por sete dias da semana.
- Nenhum capitalista havia sonhado tanto. O chefe nos alcança em qualquer lugar, a qualquer
- hora. O expediente nunca mais acaba. Já não há espaço de trabalho e espaço de lazer, não
- há nem mesmo casa. Tudo se confunde. A internet foi usada para borrar as fronteiras
- também do mundo interno, que agora é um fora. Estamos sempre, de algum modo,
- trabalhando, fazendo networking, debatendo (ou brigando), intervindo, tentando não perder
- nada, principalmente a notícia ordinária. Consumimo-nos animadamente, a o ritmo de
- emoticons. E, assim, perdemos só a alma. E alcançamos uma façanha inédita: ser senhor e
- escravo ao mesmo tempo.
- Como na época da aceleração os anos já não começam nem terminam, apenas se
- emendam, tanto quanto os meses e como os dias (...). Estamos exaustos e correndo.
- Exaustos e correndo. Exaustos e correndo. E a má notícia é que continuaremos exaustos e
- correndo, porque exaustos-e-correndo virou a condição humana dessa época. E já
- percebemos que essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou
- um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime,
- entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma
- velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para
- continuar exaustos-e-correndo. Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se
- tornou uma barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que chamamos
- de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo é.
- Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem
- remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa
- velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares
- de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como diz o clichê e alguns anúncios
- publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro,
- estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se tornou
- alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas sozinhos.
- Escassas são as conversas, a rede tornou-se em parte um interminável discurso
- autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é
- preciso o outro.
As questões abaixo baseiam-se em excertos do texto “Exaustos-e-correndo-e-dopados”, de Eliane Brum. Leia-os, com atenção, para assinalar a opção correta.
EXCERTO 1- QUESTÕES 1 a 5
Exaustos-e-correndo-e-dopados
Eliane Brum
- Nos achamos tão livres como donos de tablets e celulares, vamos a qualquer lugar
- na internet, lutamos pelas causas mesmo de países do outro lado do planeta, participamos de
- protestos globais e mal percebemos que criamos uma pós-submissão. Ou um tipo mais
- perigoso e insidioso de submissão. Temos nos esforçado livremente e com grande afinco
- para alcançar a meta de trabalhar 24 x 7. Vinte e quatro horas por sete dias da semana.
- Nenhum capitalista havia sonhado tanto. O chefe nos alcança em qualquer lugar, a qualquer
- hora. O expediente nunca mais acaba. Já não há espaço de trabalho e espaço de lazer, não
- há nem mesmo casa. Tudo se confunde. A internet foi usada para borrar as fronteiras
- também do mundo interno, que agora é um fora. Estamos sempre, de algum modo,
- trabalhando, fazendo networking, debatendo (ou brigando), intervindo, tentando não perder
- nada, principalmente a notícia ordinária. Consumimo-nos animadamente, a o ritmo de
- emoticons. E, assim, perdemos só a alma. E alcançamos uma façanha inédita: ser senhor e
- escravo ao mesmo tempo.
- Como na época da aceleração os anos já não começam nem terminam, apenas se
- emendam, tanto quanto os meses e como os dias (...). Estamos exaustos e correndo.
- Exaustos e correndo. Exaustos e correndo. E a má notícia é que continuaremos exaustos e
- correndo, porque exaustos-e-correndo virou a condição humana dessa época. E já
- percebemos que essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou
- um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime,
- entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma
- velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para
- continuar exaustos-e-correndo. Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se
- tornou uma barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que chamamos
- de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo é.
- Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem
- remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa
- velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares
- de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como diz o clichê e alguns anúncios
- publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro,
- estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se tornou
- alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas sozinhos.
- Escassas são as conversas, a rede tornou-se em parte um interminável discurso
- autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é
- preciso o outro.
A autora do texto, Eliane Brum, refuta a tese de que
Por digestão anaeróbia em um sistema de tratamento de lodo, entende-se :
A autodepuração é decorrente da associação de vários processos de natureza física (diluição, sedimentação e reaeração atmosférica), química e biológica (oxidação e decomposição). No processo de autodepuração, há um balanço entre as fontes de consumo e de produção de oxigênio. Nesse contexto, sobre os principais fenômenos integrantes no consumo de oxigênio, assinale com (V) as afirmativas verdadeiras e (F) as falsas.
( ) A oxidação da matéria orgânica.
( ) A nitrificação.
( ) A demanda bentônica.
( ) Reaeração.
( ) Fotossíntese.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A Política Nacional de Recursos Hídricos - Lei 9.433/97 estabelece instrumentos para permitir o uso e o gerenciamento dos recursos hídricos, de forma a promover a conservação destes. Sobre a outorga, é CORRETO o que se afirma em:
A solução para os graves problemas de erosão, dentro da área urbana, passa pela execução do sistema de galerias pluviais e pavimentação. Após a implantação do sistema das águas, através das bocas de lobo, essas são conduzidas para os coletores principais e emissários que acumulam a contribuição de toda a bacia. Dessa forma, para se evitar esse processo de erosão, deve-se implantar ao final dos interceptores:
A Política de Saneamento - Lei 11.445/2007 completou 10 anos de sua implementação em 2017. Apesar disso, a situação de saneamento no Brasil ainda se encontra muito distante dos níveis para se atingir padrões de qualidade requeridos pelas cidades brasileiras . É correto o que se afirma, em relação às determinações introduzidas pela Lei, em:
Ainda em relação à Figura 1 acima, responda como a Lei de Recursos Hídricos define a dominialidade dos rios, considerando que o rio no ponto A está localizado em um município X de Mato Grosso, os pontos B e C em outro município do estado de Mato Grosso e o trecho correspondente ao ponto D localiza-se no estado de Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, é correto o que se afirma em:
A Lei 9.433/97 introduziu o conceito de bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão. O sistema de drenagem de uma bacia é constituído pelo rio principal e seus tributários. O estudo das ramificações e do desenvolvimento do sistema é importante, pois ele indica a maior ou menor velocidade com que a água deixa a bacia hidrográfica. Observando a Figura 1, que apresenta uma rede de drenagem, analise a configuração e classifique a ordem correta da Hierarquia Fluvial dos pontos A, B, C e D .
Fonte:www.ufscar.br/aprender/aprender/2010/06/bacias-hidrografica
As Estações de Tratamento de Água são concebidas para remover os riscos presentes nas águas das fontes de abastecimento, por meio da combinação de processos e de operações de tratamento. Na tecnologia de ciclo completo, vários processos e mecanismos ocorrem. Marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas.
( ) A água bruta é coagulada com um sal de alumínio ou de ferro no mecanismo de varredura na unidade de mistura rápida.
( ) Após a floculação, a água é encaminhada aos decantadores para que ocorra a sedimentação dos flocos.
( ) A água clarificada, produzida nos decantadores, é encaminhada à unidade de filtração e posterior desinfecção.
( ) A água bruta não recebe coagulantes e é encaminhada para unidades de filtração e, depois, desinfecção.
Assinale a sequência CORRETA:
Diversos tipos de instrumentos têm sido utilizados por vários países, entre eles o Brasil, para a implementação da Política Ambiental. Estes instrumentos podem ser divididos em dois tipos principais: os instrumentos reguladores ou instrumentos de comando e controle (CEC) e os instrumentos econômicos e/ ou instrumentos de mercado (IM). Analise as afirmativas abaixo e identifique aquelas que constituem instrumentos reguladores presentes na legislação ambiental:
I - Licença ambiental – é usada pelos órgãos de controle ambiental para permitir a instalação de projetos e atividades com certo potencial de impacto ambiental.
II - Zoneamento – é um conjunto de regras de uso da terra empregado principalmente pelos governos locais, a fim de indicar aos agentes econômicos a localização mais indicada para certas atividades.
III - Taxas ambientais por emissão – são valores pagos proporcionais às cargas ou ao volume (preços a serem pagos, por exemplo, por efluentes líquidos, emissões atmosféricas, ruídos etc.).
IV - Subsídios – podem ser concessões, incentivos fiscais, como depreciação acelerada e créditos fiscais , ou créditos subsidiados, todos destinados a incentivar os poluidores a reduzir as suas emissões.
São CORRETAS as afirmativas:
A fase da maturação do lixo constitui uma etapa indispensável da compostagem. Nessa fase, além de ocorrerem a continuidade da degradação e a redução dos microrganismos patogênicos pela ação dos fungos remanescentes, há ainda um fator importante. Qual?
Muitas vezes, a agregação das partículas coloidais presentes em águas naturais é dificultada pelo fato de apresentarem algumas características importantes. Quando apresentam dimensões físicas muito reduzidas, essas partículas são passíveis de serem bombardeadas pelas moléculas de água e, desse modo, tendem a adquirir um movimento errático na fase líquida. Tal movimento é chamado de: