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Considerando a lei 5.427/2009, que estabelece normas sobre atos e processos administrativos no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, responda às questões de números 17 e 19.
Os atos administrativos devem observar integralmente a legislação vigente, estando legalmente determinado que o(a):
Considerando a lei 5.427/2009, que estabelece normas sobre atos e processos administrativos no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, responda às questões de números 17 e 19.
O processo administrativo é um instrumento de proteção dos direitos do cidadão. A lei estabelece que a administração pública não conhecerá requerimentos ou requisições de informações, documentos ou providências que:
De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (decreto-lei nº 220/1975) e o Regulamento do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (decreto nº 2.479/79), responda às questões de números 14 a 16.
É proibido aos servidores estaduais:
De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (decreto-lei nº 220/1975) e o Regulamento do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (decreto nº 2.479/79), responda às questões de números 14 a 16.
Após a regular apuração em procedimento administrativo disciplinar, ficou comprovado que um servidor concursado da UERJ faltou ao serviço, injustificadamente, por 20 dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses. Nesse caso, será aplicada a sanção disciplinar de:
De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (decreto-lei nº 220/1975) e o Regulamento do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (decreto nº 2.479/79), responda às questões de números 14 a 16.
É considerado descumprimento dos deveres funcionais:
De acordo com o plano de cargos, carreiras e remuneração do quadro de pessoal dos servidores técnicos universitários da universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ (lei nº 6.701/2014), a verba que compõe a remuneração básica dos servidores concursados da UERJ é:
De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência (lei nº 13.146/2015), considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. É critério para avaliação da deficiência:
De acordo com o disposto na lei nº 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – é considerado dado pessoal sensível a informação sobre:
Texto II
Disponível em: https://www.to.gov.br/noticias/cidadania-e-justica-fomenta-promocao-de-igualdade-de-generono-ambiente-de-trabalho/3bw27hebk4yr.
De acordo com o Texto II, responda às questões 9 e 10.
Nessa campanha publicitária, o recurso usado para se dirigir diretamente ao público leitor é:
Texto II
Disponível em: https://www.to.gov.br/noticias/cidadania-e-justica-fomenta-promocao-de-igualdade-de-generono-ambiente-de-trabalho/3bw27hebk4yr.
De acordo com o Texto II, responda às questões 9 e 10.
A campanha publicitária, criada pelo governo de Tocantins, trata da desigualdade entre homens e mulheres. Nela, o trecho em que fica clara a ideia de que a desigualdade de gênero persiste em nossa sociedade é:
Texto I
Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política
Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes
1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse
tema relevante.
Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos
que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e
5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.
E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido
mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso
levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os
partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo
10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com
candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.
Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,
somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a
definição de políticas que promovem equidade de gênero.
15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de
São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares
incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do
ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de
soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.
20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,
agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme
subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento
proporcionado pelo ganho de consciência.
Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em
25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam
criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.
Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,
a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior
percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).
30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população
brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança
do poder público, elas são 34%.
No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam
cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a
35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.
A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres
como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a
louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A
diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços
40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o
machismo ainda latente de nossa sociedade.
Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz
respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados
estamos se comparados a outros países.
45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos
hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem
para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade
de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.
De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.
A coesão por elipse acontece pela omissão de um termo sem que se comprometa a clareza da oração, pois ele pode ser facilmente subentendido. Em “Diante dessa desigualdade, saber o que propõem...” (l. 46), a elipse do sujeito da forma verbal “propõem” retoma:
Texto I
Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política
Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes
1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse
tema relevante.
Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos
que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e
5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.
E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido
mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso
levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os
partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo
10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com
candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.
Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,
somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a
definição de políticas que promovem equidade de gênero.
15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de
São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares
incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do
ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de
soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.
20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,
agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme
subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento
proporcionado pelo ganho de consciência.
Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em
25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam
criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.
Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,
a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior
percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).
30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população
brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança
do poder público, elas são 34%.
No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam
cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a
35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.
A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres
como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a
louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A
diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços
40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o
machismo ainda latente de nossa sociedade.
Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz
respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados
estamos se comparados a outros países.
45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos
hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem
para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade
de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.
De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.
“Com isso levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis.” (l. 7 e 8). No texto, a palavra “inexoráveis” apresenta o significado de:
Texto I
Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política
Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes
1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse
tema relevante.
Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos
que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e
5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.
E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido
mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso
levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os
partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo
10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com
candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.
Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,
somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a
definição de políticas que promovem equidade de gênero.
15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de
São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares
incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do
ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de
soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.
20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,
agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme
subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento
proporcionado pelo ganho de consciência.
Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em
25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam
criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.
Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,
a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior
percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).
30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população
brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança
do poder público, elas são 34%.
No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam
cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a
35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.
A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres
como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a
louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A
diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços
40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o
machismo ainda latente de nossa sociedade.
Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz
respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados
estamos se comparados a outros países.
45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos
hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem
para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade
de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.
De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.
“No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população brasileira.” (l. 30 e 31) Reescrevendo essa frase, o significado que ela tem no texto fica preservado em:
Texto I
Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política
Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes
1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse
tema relevante.
Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos
que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e
5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.
E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido
mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso
levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os
partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo
10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com
candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.
Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,
somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a
definição de políticas que promovem equidade de gênero.
15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de
São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares
incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do
ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de
soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.
20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,
agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme
subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento
proporcionado pelo ganho de consciência.
Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em
25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam
criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.
Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,
a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior
percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).
30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população
brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança
do poder público, elas são 34%.
No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam
cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a
35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.
A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres
como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a
louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A
diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços
40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o
machismo ainda latente de nossa sociedade.
Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz
respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados
estamos se comparados a outros países.
45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos
hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem
para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade
de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.
De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.
Na linha 21, afirma-se que “os números não garantem que os casos aumentaram”. De acordo com o texto, isso se deve à(ao):
Texto I
Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política
Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes
1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse
tema relevante.
Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos
que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e
5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.
E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido
mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso
levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os
partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo
10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com
candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.
Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,
somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a
definição de políticas que promovem equidade de gênero.
15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de
São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares
incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do
ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de
soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.
20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,
agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme
subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento
proporcionado pelo ganho de consciência.
Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em
25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam
criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.
Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,
a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior
percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).
30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população
brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança
do poder público, elas são 34%.
No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam
cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a
35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.
A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres
como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a
louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A
diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços
40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o
machismo ainda latente de nossa sociedade.
Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz
respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados
estamos se comparados a outros países.
45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos
hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem
para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade
de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.
De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.
Para buscar chamar a atenção do leitor, o autor usa como estratégia a:
Texto I
Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política
Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes
1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse
tema relevante.
Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos
que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e
5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.
E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido
mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso
levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os
partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo
10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com
candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.
Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,
somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a
definição de políticas que promovem equidade de gênero.
15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de
São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares
incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do
ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de
soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.
20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,
agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme
subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento
proporcionado pelo ganho de consciência.
Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em
25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam
criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.
Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,
a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior
percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).
30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população
brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança
do poder público, elas são 34%.
No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam
cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a
35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.
A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres
como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a
louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A
diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços
40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o
machismo ainda latente de nossa sociedade.
Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz
respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados
estamos se comparados a outros países.
45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos
hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem
para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade
de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.
De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.
Os textos argumentativos geralmente trazem marcas do posicionamento de seu autor em relação àquilo que diz. O trecho que se apresenta como uma opinião é:
Texto I
Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política
Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes
1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse
tema relevante.
Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos
que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e
5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.
E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido
mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso
levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os
partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo
10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com
candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.
Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,
somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a
definição de políticas que promovem equidade de gênero.
15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de
São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares
incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do
ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de
soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.
20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,
agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme
subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento
proporcionado pelo ganho de consciência.
Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em
25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam
criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.
Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,
a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior
percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).
30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população
brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança
do poder público, elas são 34%.
No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam
cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a
35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.
A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres
como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a
louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A
diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços
40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o
machismo ainda latente de nossa sociedade.
Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz
respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados
estamos se comparados a outros países.
45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos
hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem
para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade
de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.
De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.
Os tipos textuais são reconhecidos por apresentarem estruturas linguísticas características e um objetivo comunicativo específico. O texto I é argumentativo, pois seu objetivo é:
Texto I
Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política
Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes
1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse
tema relevante.
Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos
que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e
5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.
E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido
mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso
levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os
partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo
10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com
candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.
Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,
somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a
definição de políticas que promovem equidade de gênero.
15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de
São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares
incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do
ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de
soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.
20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,
agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme
subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento
proporcionado pelo ganho de consciência.
Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em
25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam
criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.
Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,
a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior
percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).
30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população
brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança
do poder público, elas são 34%.
No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam
cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a
35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.
A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres
como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a
louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A
diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços
40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o
machismo ainda latente de nossa sociedade.
Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz
respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados
estamos se comparados a outros países.
45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos
hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem
para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade
de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.
De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.
O tema de um texto apresenta-se, geralmente, como um recorte de um assunto mais geral; ele é a ideia que está sendo abordada. A frase que, resumidamente, apresenta o tema central desse texto é:
I. São deveres do usuário: utilizar adequadamente os serviços, procedendo com urbanidade e boa-fé; prestar as informações pertinentes ao serviço prestado quando solicitadas.
II. São direitos básicos do usuário: participação no acompanhamento da prestação e na avaliação dos serviços; obtenção e utilização dos serviços com liberdade de escolha entre os meios oferecidos e sem discriminação.
III. São direitos básicos do usuário: colaborar para a adequada prestação do serviço; e preservar as condições dos bens públicos por meio dos quais lhe são prestados os serviços de que trata esta Lei.
Está correto o que se afirma em