Questões de Concurso Para professor - sociologia

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Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Sociologia |
Q491922 Sociologia
Em seu Etapas do Pensamento Sociológico, Raymond Aron destaca a importância dos estatísticos, como Adolphe Quetelet e Le Play, para a Sociologia. Eles produziram estudos administrativos e investigações censitárias sobre as causas da mortalidade, da criminalidade e de muitos outros problemas sociais, mensurando e comparando séries de dados empíricos. Na introdução de seu Ensaio de Física Social (1835), Quetelet se pergunta se as ações humanas estão submetidas a leis: "Se se quiser proceder de modo seguro, deve-se buscar a solução na experiência. Nós devemos antes de mais nada perder de vista o homem tomado isoladamente e passar a considerá-lo como uma fração de sua espécie. Despindo-o de sua individualidade, nós eliminaremos tudo que é acidental. (...) É o corpo social o que nós queremos estudar."

(Traduzido e adaptado de L.-A. QUETELET. Sur l'homme et le developpement des ses facultes, ou Essai de physique sociale, 1835, L. I, p. 1 ss.)

Com base no trecho acima, assinale a opção que identifica, para os estatísticos dos Oitocentos, as motivações do comportamento do homem em sociedade.
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Sociologia |
Q491921 Sociologia
Tanto o projeto de uma ciência capaz de explicar a sociedade, quanto o termo sociologia para designa-la, remontam a Auguste Comte, que, no seu Curso de Filosofia Positiva (1830-42), apresentou uma concepção evolutiva da história e do desenvolvimento intelectual da humanidade, sintetizados na "lei dos três estados".

Assinale a opção que caracteriza corretamente esta lei, na perspectiva comtiana.
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Sociologia |
Q491920 Sociologia
O nascimento da Sociologia como ciência autonoma e um processo relacionado à afirmação da sociedade industrial, na Europa oitocentista. As opções a seguir identificam corretamente componentes da Revolução Industrial que constitulram os primeiros objetos de reflexão da nova ciência da sociedade no século XIX, à exceção de uma. Assinale-a.
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Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Sociologia |
Q491919 Sociologia
"É aquela analise que considera determinantes para o desenvolvimento da história humana e para a criação de uma ordem social diversos fatores estruturais materiais, particularmente os tecnológicos e os ecoômicos".

Assinale a alternativa que indica corretamente o conceito correspondente à definição acima.
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Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Sociologia |
Q491918 Sociologia
Observe a imagem a seguir.

                        imagem-001.jpg

Sobre o contexto social que motivou a revolução de 1789, assinale a opção que interpreta corretamente a satira política reproduzida acima.
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Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Sociologia |
Q491917 Sociologia
A cultura iluminista de Rousseau e de Condorcet e as experiências revolucionárias do século XVIII produziram uma reflexão política e sociológica a respeito dos procedimentos de tomada de decisão coletiva, entre os quais, o princípio da maioria. A este respeito, analise as afirmativas a seguir.

I. O princípio da maioria e aquele em que, no âmbito de uma coletividade, a vontade expressa pelo maior número de participantes deve prevalecer e passar a ser considerada como a vontade de todos na tomada de decisoões coletivas.
II. Condorcet trata do princípio majoritário em suas pesquisas de matemática social, com base em um estudo científico dos mecanismos decisionais, enquanto Rousseau aborda o problemada maioria no conceito de "vontade geral".
III. A Revolução Americana e a Revolução Francesa abriram o caminho para a democracia direta, na qual o critério da maioria e aplicado no processo eleitoral e no processo deliberativo dos corpos políticos.

Assinale:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Sociologia |
Q491916 Sociologia
A sociedade industrial foi analisada pelos sociólogos e filósofos morais do seculo XIX que testemunharam a sua formação.
A respeito dessas avaliações, assinale a opção correta.
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Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEDUC-AM Prova: FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Sociologia |
Q491915 Sociologia
A respeito do contexto de surgimento da Sociologia, no decorrer das grandes transformações revolucionarias que ocorreram nos séculos XVIII e XIX, assinale a opção que caracteriza corretamente estas transformações.
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Q487217 Direitos Humanos
Assinale a alternativa correta sobre o que a Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê sobre direito sindical.
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Q487216 Direitos Humanos
Assinale a alternativa correta que reproduz literalmente um fragmento do texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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Q487215 Direitos Humanos
Assinale a alternativa correta sobre o órgão que proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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Q487214 Matemática
Maria precisa escolher uma pessoa que não usa óculos dentre as pessoas de uma sala representadas na tabela abaixo:

                        Usam óculos       Não usam óculos
          Homens         5                               7
          Mulheres       8                               5


A probabilidade de Maria fazer sua escolha, sabendo que a pessoa é mulher é de:
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Q487212 Matemática
A expressão algébrica que representa o perímetro de um retângulo qualquer é dada por P= 2.(X+Y), onde X representa a medida do comprimento e Y representa a medida da largura do retângulo. Se num retângulo o perímetro mede 54 cm e a largura mede 3 unidades a menos que o comprimento, então a soma dos algarismos do número que representa a medida do comprimento desse retângulo é igual a:
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Q487209 Matemática
A(-3,4); B(1,3)e C(3,5) são vértices de um triângulo ABC e D(3,-4); E(-1,-3) e F(-3,-5) são vértices de um triângulo DEF. Nessas condições, o triângulo ABC em relação ao triângulo DEF é:
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Q487206 Português
Texto I

                        Ler devia ser proibido

      A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
      Afinal de contas, ler faz muito mal as pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que Ihe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu- se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tornou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
      Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
      Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: O conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
      Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que Ihe é devido.
      Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
      Não, não deem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
      Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
      O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas leem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria urn livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. É esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversive do que a leitura?
      É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova... Ler deve se coisa rara, não para qualquer um.
      Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
      Para obedecer não é preciso enxergar, o silencio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
      Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
      Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

                                                                                                                              (Guiomar de Grammon)


Imagem associada para resolução da questão                        

Ao analisarmos a fala de Mafalda no último quadrinho, mas levando em consideração toda a tirinha, pode-se inferir:
Alternativas
Q487205 Português
Texto I

                        Ler devia ser proibido

      A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
      Afinal de contas, ler faz muito mal as pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que Ihe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu- se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tornou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
      Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
      Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: O conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
      Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que Ihe é devido.
      Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
      Não, não deem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
      Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
      O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas leem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria urn livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. É esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversive do que a leitura?
      É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova... Ler deve se coisa rara, não para qualquer um.
      Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
      Para obedecer não é preciso enxergar, o silencio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
      Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
      Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

                                                                                                                              (Guiomar de Grammon)


Ao longo do texto, são apresentados argumentos para justificar uma possível proibição da leitura. Em um deles, no oitavo parágrafo, a autora trabalha com a ideia da liberdade, afirmando que “ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança.”. Assinale a alternativa que apresenta a correta relação entre leitura e liberdade segundo o texto:
Alternativas
Respostas
2981: B
2982: A
2983: E
2984: B
2985: C
2986: D
2987: C
2988: A
2989: B
2990: C
2991: A
2992: A
2993: D
2994: C
2995: B
2996: C
2997: A
2998: D
2999: D
3000: A