Questões de Concurso
Para médico neurologista
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Em 1933 Jovelino, garimpeiro no interior da Bahia, concluiu que ali não havia mais nada a garimpar. Os filhos viviam da mão pra boca, Jovelino já não via jeito de conseguir com que prover o sustento da família. E resolveu se mandar para Goiás, onde Anápolis, a nova terra da promissão, atraía a cobiça dos garimpeiros de tudo quanto era parte, com seus diamantes reluzindo à flor da terra. Jovelino reuniu a filharada, e com a mulher, o genro, dois cunhados, meteu o pé na estrada. Longa era a estrada que levava ao Eldorado de Jovelino: quase um ano consumiu ele em andança com a sua tribo, pernoitando em paióis de fazendas, em ranchos de beira caminho, em chiqueiros e currais, onde quer que lhe dessem pasto e pousada. Vai daí Jovelino chegou aos arredores de Anápolis depois de muitas luas e ali se estabeleceu, firme no cabo da enxada, cavando a terra e encontrando pedras que não eram diamantes. Daqui para ali, dali para lá, ano vai, ano vem, Jovelino existia de nômade com seu povinho cada vez mais minguando de fome. Comia como podia — e não podia. Vivia ao deus- dará — e Deus não dava. Quem me conta é o filho do fazendeiro de quem Jovelino se tornou empregado: — Ao fim de dez anos ele concluiu que não encontraria diamante nenhum, e resolveu voltar com sua família para a Bahia onde a vida, segundo diziam, agora era melhorzinha. Não dava diamante não, mas o governo prometia emprego seguro a quem quisesse trabalhar. Jovelino reuniu a família e botou pé na estrada, de volta à terra de nascença, onde haveria de morrer. Mais um ano palmilhado palmo a palmo em terra batida, vivendo de favor, Jovelino e sua obrigação, de vez em quando perdendo um, que isso de filho é criação que morre muito. Foi nos idos de 43: — Chegou lá e se instalou no mesmo lugar de onde havia saído. Governo deu emprego não. Plantou sua rocinha e foi se aguentando. Até que um dia… Até que um dia de noite Jovelino teve um sonho. Sonhou que amanhava a terra e de repente, numa enxadada certeira, a terra escorreu… A terra escorreu e aos seus olhos brilhou, reluziu, faiscou, resplandeceu um diamante soberbo, deslumbrante como uma imensa estrela no céu — como uma estrela no céu? Como o próprio olho de Deus! Jovelino olhou ao redor de seu sonho e viu que estava em Anápolis, no mesmo sítio em que tinha desenterrado a sua desilusão. E para lá partiu, dia seguinte mesmo, arrastando sua cambada. Levou nisso um entreano, repetindo pernoites revividos, tome estrada! Deu por si em terra de novo goiana. Quem me conta é o filho do fazendeiro: — Você precisava de ver o furor com que Jovelino procurou o diamante de seu sonho. A terra de Goiás ficou para sempre revolvida, graças à enxada dele. De vez em quando desmoronava, Jovelino ia ver, não era um diamante, era um calhau. Até que um dia… — Encontrou? — perguntei, já aflito. — Encontrou nada! Empregou-se na fazenda de meu pai, o tempo passou, os filhos crescidos lhe deram netos, a mulher já morta e enterrada, livre dos cunhados, os genros bem arranjados na vida. Um deles é coletor em Goiânia. O próprio Jovelino, entrado em anos, era agora um velho sacudido e bem disposto, que tinha mais o que fazer do que cuidar de garimpagens. Mas um dia não resistiu: passou a mão na sua enxada, e sem avisar ninguém, o olhar reluzente de esperança, partiu à procura do impossível, do irreal, do inexistente diamante de seu sonho. http://contobrasileiro.com.br/o-diamante-cronica-de-fernando-sabino/
Analise as afirmativas abaixo:
I) O conto narra a história de um retirante, muito característico na transformação econômica brasileira no tempo em que se situa o conto para o leitor.
II) Embora o personagem não obtenha sucesso, ainda sim se trata de uma busca dos sonhos.
III) Jovelino não representa nenhuma parte da população brasileira, é um personagem com ações e reações fictícias.
Assinale a alternativa CORRETA.
Leia o trecho a seguir: “Jovelino existia de nômade com seu povinho cada vez mais minguando de fome. Comia como podia — e não podia. Vivia ao deus- dará — e Deus não dava.” Acerca das expressões e seu efeito de sentido apresentado no texto, assinale a alternativa CORRETA.
O restante do exame neurológico é normal. Qual é o diagnóstico mais provável?
Com esta brevíssima história clínica, qual dos diagnósticos abaixo listados seria o mais provável para explicar o que está acontecendo com VD?
Nas alternativas abaixo listadas escolha uma contendo dois fármacos que poderão ser úteis:
Considerado esse caso clínico, julgue o item a seguir.
A diferenciação entre crise colinérgica e crise miastênica é fundamental para os pacientes que já possuíam o diagnóstico de miastenia gravis e faziam tratamento com azatioprina e prednisona.
Considerado esse caso clínico, julgue o item a seguir.
Após o diagnóstico clínico de miastenia gravis, confirmado pela resposta terapêutica à administração parenteral de prostigmina, devem-se solicitar eletroneuromiografia e pesquisa de anticorpos anti-receptores de acetilcolina, para se avaliar a gravidade da doença. Somente a partir do resultado desses exames, deve-se iniciar tratamento com anticolinesterásico e imunossupressor adequado.
Considerado esse caso clínico, julgue o item a seguir.
Na crise de insuficiência respiratória sem diagnóstico prévio de miastenia gravis, o paciente deve ser colocado em unidade de terapia intensiva e deve ser feito o diagnóstico diferencial com botulismo, intoxicação por organofosforados e polimiosite, entre outras patologias.
Verifica-se que houve variações em relação aos valores anteriores: uma variação de 8 para 9 no limite inferior admissível; duas variações no limite superior admissível (12 para 14 e 12 para 15), e outras duas no intervalo exigido entre o limite inferior e o superior (4 para 5 e 4 para 6). De acordo com essa notícia, e usando a terminologia dela, a maior variação percentual, em relação aos valores tradicionais vigentes, verificou-se no
Considere que, enquanto esperava pelo resultado da tomografia computadorizada (CT) de crânio, o paciente anteriormente descrito apresentou contrações dos músculos faciais do lado esquerdo, que se estenderam ao membro superior esquerdo e rapidamente ao membro inferior homolateral, antes de iniciar uma crise convulsiva tônico-clônica generalizada. Após 5 minutos, os movimentos cessaram, mas o paciente não recuperou a consciência. Os movimentos reiniciaram depois de um breve intervalo, seguindo novamente o padrão descrito, e persistiram por 10 minutos.
Ainda levando em conta o paciente hipotético em tela, considere que, após o tratamento emergencial, tenha havido melhora da situação clínica prévia. Considere, ainda, que a CT de crânio tenha mostrado uma lesão expansiva de aproximadamente 7 cm de diâmetro, heterogênea, com áreas de calcificação e localizada próxima ao córtex frontal direito. Também se observou edema discreto nas zonas adjacentes e deslocamento das estruturas da linha meia.
Considere que o paciente em questão tenha recebido alta hospitalar e passado a ser acompanhado no ambulatório, e que, durante investigação, seja realizada biopsia cerebral estereotáxica, cujo diagnóstico histopatológico seja de oligodendroglioma, julgue o item.
Com base nesse resultado, o paciente e sua família devem ser informados de que o prognóstico é sombrio (sobrevida de 5 anos < 15% dos casos) e o paciente deve ser encaminhado para tratamento radioterápico.
Que cidade, que não Brasília, poderia oferecer ao mundo um escândalo tão completo? E que reunisse, de uma só vez, todos os pecados capitais? No vídeo do governador José Roberto Arruda, logo aparecem a preguiça e a gula. Primeiro, ele estira o corpo na poltrona, como se repousasse sob a sombra de uma palmeira. Mas, quando o ex-secretário Durval Barbosa exibe um maço de R$ 50 mil, o predador Arruda saliva e salta em direção ao dinheiro como se fosse a mais rara das iguarias. Na cena seguinte, Marcelo Carvalho, operador do vice Paulo Octávio, recolhe a mala para o chefe. Um dos homens mais ricos de Brasília e talvez tão avarento como o Harpagon, de Molière. Soberbo, por sua vez, foi o deputado Leonardo (Im) Prudente, aquele que escondeu nas meias sua propina. Ira e inveja motivaram Durval e seus patrocinadores, que, durante anos, filmaram cada cena do espetáculo. E a luxúria esteve presente em tudo, pois o escândalo Arruda já nem pode ser definido como “batom na cueca”. Foi sexo explícito, à luz do dia.
Brasília, que nasceu do sonho faraônico de Juscelino Kubitschek, não é apenas uma cidade singular, terra de lobistas e grileiros, onde tantas fortunas sem pedigree foram criadas nos últimos 50 anos. É também uma capital surreal e quase psicodélica. Em que outro lugar do mundo o corregedor da Câmara, Júnior Brunelli, ergueria as mãos para os céus depois de roubar? Na oração, ele diz: “Senhor, eu sou vulnerável, mas preciso de instrumentos... Somos gratos pela vida do Durval, que é uma bênção em nossas vidas... Precisamos de cobertura, Senhor. Precisamos de uma cidade diferente.” Foi como se tentasse explicar ao Todo-Poderoso que, na política, os fins justificam os meios. Imoral? Não, apenas amoral. Digno de uma gente que talvez nunca tenha sabido diferenciar o certo do errado. E que se esqueceu apenas de acrescentar algumas frases à prece, como “afastai-nos da Polícia Federal”, “apagai as imagens” e “emudecei os grampos”.
Quando conseguiu se eleger governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda ganhou uma segunda chance. Ele, que renunciou para não ser cassado, depois de flagrado por ISTOÉ no escândalo da violação do painel do Senado, foi perdoado pela população de Brasília. Só que agora, por mais elevadas que sejam as rezas, não haverá saída. Redenção, só existe uma. E, ao tentar justificar seu crime dizendo que usou o dinheiro para comprar panetones, o governador apenas acrescentou ao mais fantástico escândalo já visto no Brasil a também mais esfarrapada das desculpas. Tudo é tão inacreditável que até a rima final será perfeita. “Arruda na Papuda”, é o que já diz o povo nas ruas. E a Papuda, para quem não a conhece, é o maior presídio de Brasília.
Disponível em <http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/20738_PECADOS+CAPITAIS>. Acesso em 20 dez 2009.
Assinale a alternativa cuja expressão foi empregada em sentido conotativo.
Nesse caso, assinale a alternativa que apresenta corretamente a conduta a ser adotada.
Segundo mandamento constitucional, o SUS é financiado com recursos do orçamento da seguridade social em 50%, da União em 25% e dos estados em 25%.