Questões de Vestibular
Sobre urbanização brasileira em geografia
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Com base na problemática presente no texto e nos conhecimentos de geografia urbana, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
( ) Uma das causas das situações expostas no texto é a valorização do solo urbano, sobretudo em espaços com boa infraestrutura, que impede o acesso à moradia por parte significativa dos habitantes das cidades brasileiras. ( ) A participação da sociedade na gestão urbana é uma diretriz prevista legalmente, que pode contribuir para a gestão democrática dos municípios e diminuir os conflitos pelo direito ao uso da cidade. ( ) Segundo o Estatuto das Cidades, a regularização fundiária e a urbanização são instrumentos de política urbana considerados entraves à prevenção e resolução de problemas ambientais. ( ) O Poder Público possui mecanismos para combater a especulação imobiliária e promover a função social da propriedade, mas, nesse tema, há um descompasso entre as questões legais e a ação governamental.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
A rede urbana é formada por um sistema de cidades interligadas umas às outras.
Quanto mais _________ a economia de um país ou de uma região, mais _________ é a sua rede urbana e, portanto, _________ e mais diversificados são os _________ que as interligam.
As palavras que completam corretamente as lacunas
são, respectivamente,
Em 1948, quando começaram a demolir as casas térreas para construir os edifícios, nós, os pobres, que residíamos nas habitações coletivas, fomos despejados e ficamos residindo debaixo das pontes. É por isso que eu denomino a favela como o quarto de despejo de uma cidade.
Carolina Maria de Jesus, escritora e moradora da Favela do Canindé, nos anos 1950. Quarto de despejo. Adaptado.
Leia este trecho de entrevista para responder à questão.
"Nada pode justificar os atentados, mas temos que entender por que esses franceses se tornaram terroristas, para não deixar outros de nossos filhos caírem nessa barbaridade. Estamos colocando R$ 1,5 trilhão na segurança antiterrorista, que é necessária, mas deveríamos investir também nos guetos, que abrigam quase só imigrantes e filhos de imigrantes nascidos na França. Há guetos com quatro mil apartamentos, onde se vive em condições horríveis. Essas construções foram um erro e temos que assumir isso."
(Revista BRASILEIROS. Uma consulesa além dos brioches. São
o Paulo: Brasileiros Editora, n 91, fevereiro/2015. p. 38
Em 2013, a investigação científica da doutoranda Angeline Martini, Dr.ª Daniela Biondi e Dr. Antonio Carlos Batista comparou os valores máximos e mínimos das variáveis meteorológicas (temperatura, umidade do ar e velocidades dos ventos) entre ruas arborizadas e sem arborização na cidade de Curitiba.
Para isso, foram selecionadas três amostras (Alto da XV, Hugo Lange e Bacacheri) contendo um trecho de rua com e outro sem arborização:
A figura a seguir demonstra uma das variáveis quantificadas.
O território apresentado é caracterizado, em parte ou em sua totalidade, pelas seguintes referências, EXCETO:
O Índice de Progresso Social (IPS) varia de 0 a 100 e é calculado levando em consideração 36 indicadores. Entre eles, estão acesso a esgoto sanitário e água canalizada, mobilidade, taxa de homicídios, incidência de dengue, mortalidade por tuberculose e HIV, homicídios de jovens negros e frequência no ensino superior. Não são levadas em conta variáveis econômicas, como renda. Segundo Sérgio Bessermann, presidente do Instituto Pereira Passos, o índice é uma ferramenta que ajuda a acompanhar as mudanças e a direcionar as políticas de governo.
Adaptado de O Globo, 17/05/2016
É correto afirmar que a charge denuncia
As imagens mostram o mesmo trecho do Rio de Janeiro com a diferença de 161 anos. Essa região apresenta uma obra icônica da cidade – mais conhecida pelo nome de Arcos da Lapa – que representam uma conquista do homem carioca sobre as condições de vida em um sitio urbano bastante complexo para a sua ocupação e uso.
Tal construção que, desde o final do século XIX até os dias atuais, é utilizada como meio de mobilidade na cidade, foi construída para:
A expressão “região metropolitana” surgiu na legislação constitucional brasileira em 1967, mediante Lei Complementar, dando competência à União para estabelecer regiões metropolitanas constituídas por municípios integrados à mesma unidade socioeconômica que visassem à realização de serviços comuns.
A partir da Constituição Federal de 1988, essa competência para definir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões passou a ser do(s):
Rua da Liberdade – São Paulo-SP - 1937
Pobre alimária
O cavalo e a carroça
Estavam atravancados no trilho
E como o motorneiro se impacientasse
Porque levava os advogados para os escritórios
Desatravancaram o veículo
E o animal disparou
Mas o lesto carroceiro
Trepou na boleia
E castigou o fugitivo atrelado
Com um grandioso chicote
(Oswald de Andrade, Pau Brasil. São Paulo: Globo, 2003, p.159.)
A imagem e o poema revelam a dinâmica do espaço na
cidade de São Paulo na primeira metade do século XX.
Qual alternativa abaixo formula corretamente essa
dinâmica?
Brasil: distribuição dos municípios por níveis de centralidade, 2014.
Nível de centralidade Número de municípios 1 2 2 1 3 6 4 11 5 84 6 153 7 251 8 718 9 978
(Fonte: IBGE, 2014. Disponível: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/redes_e_fluxos_do_territorio/gestao_do_territorio/gestao_do_territorio_2014.pdf>. Acesso em 17 set. 2015)
Considerando os conhecimentos de geografia urbana e sabendo que no nível 1 de centralidade de gestão encontramse São Paulo e Brasília; no 2, Rio de Janeiro; e no 3, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza, assinale a alternativa correta.
TEXTO 6
[…]
Amado (na sua euforia profissional) – Cunha,
escuta. Vi um caso agora. Ali, na praça da Bandeira. Um caso que. Cunha, ouve. Esse caso pode ser a tua salvação!
Cunha (num lamento) – Estou mais sujo do que pau de galinheiro!
Amado (incisivo e jocundo) – Porque você é uma besta, Cunha. Você é o delegado mais burro do Rio de Janeiro.
(Cunha ergue-se.)
Cunha (entre ameaçador e suplicante) – Não pense que. Você não se ofende, mas eu me ofendo.
Amado (jocundo) – Senta!
(Cunha obedece novamente.)
Cunha (com um esgar de choro) – Te dou um tiro!
Amado – Você não é de nada. Então, dá. Dá!
Quedê?
Cunha – Qual é o caso?
Amado – Olha. Agorinha, na praça da Bandeira. Um rapaz foi atropelado. Estava juntinho de mim. Nessa distância. O fato é que caiu. Vinha um lotação raspando. Rente ao meio-fio. Apanha o cara. Em cheio. Joga longe. Há aquele bafafá. Corre pra cá, pra lá. O sujeito estava lá, estendido, morrendo.
Cunha (que parece beber as palavras do repórter) – E daí?
Amado (valorizando o efeito culminante) – De repente, um outro cara aparece, ajoelha-se no asfalto, ajoelha-se. Apanha a cabeça do atropelado e dá-lhe um beijo na boca.
CUNHA (confuso e insatisfeito) – Que mais?
Amado (rindo) – Só.
Cunha (desorientado) – Quer dizer que. Um sujeito beija outro na boca e. Não houve mais nada. Só isso?
(Amado ergue-se. Anda de um lado para outro. Estaca, alarga o peito.)
Amado – Só isso!
Cunha – Não entendo.
Amado (abrindo os braços para o teto) – Sujeito burro! (para o delegado) Escuta, escuta! Você não quer se limpar? Hein? Não quer se limpar?
Cunha – Quero!
Amado – Pois esse caso.
Cunha – Mas ...
Amado – Não interrompe! Ou você não percebe?
Escuta […]
(RODRIGUES, Nelson. O beijo no asfalto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 12/13.)
No início do século XXI, as favelas da cidade do Rio de Janeiro não são apenas distintas daquelas existentes há cinquenta anos, como também apresentam diferenças internas que foram constituídas ao longo do tempo e de sua expansão espacial. No entanto, a visão homogeneizante, que considera “iguais” todas as favelas, ainda está presente no senso comum – e também nas práticas de alguns agentes do setor público. Trata-se de uma visão que não dá conta da complexa dinâmica socioespacial das favelas cariocas e deve, portanto, ser revista.
Gerônimo Leitão
Adaptado de observatoriodefavelas.org.br.
Uma característica socioespacial presente no conjunto das favelas cariocas e que contribui para o tipo de visão a que o autor do texto faz referência é:
São objetivos do Plano Diretor SP: promover melhor aproveitamento do solo nas proximidades do sistema estrutural de transporte coletivo com aumento na densidade construtiva, demográfica, habitacional e de atividades urbanas; incrementar a oferta de comércios, serviços e emprego em áreas pobres da periferia; ampliar a oferta de habitações de interesse social nas proximidades do sistema estrutural de transporte coletivo.
Diário Oficial. Cidade de São Paulo, 01/08/2014. Adaptado.
É correto afirmar que tais medidas visam a