Questões de Vestibular
Sobre expansão comercial a marítima: a busca de novos mundos em história
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Leia o texto abaixo para responder à questão.
“O Descobrimento da América, no quadro da expansão marítima europeia, deu lugar à unificação microbiana do mundo. No troca-troca de vírus, bactérias e bacilos com a Europa, África e Ásia, os nativos da América levaram a pior. Dentre as doenças que maior mortandade causaram nos ameríndios estão as 'bexigas', isto é, a varíola, a varicela e a rubéola (vindas da Europa), a febre amarela (da África) e os tipos mais letais de malária (da Europa mediterrânica e da África). Já a América estava infectada pela hepatite, certos tipos de tuberculose, encefalite e pólio. Mas o melhor 'troco' patogênico que os ameríndios deram nos europeus foi a sífilis venérea, verdadeira vingança que os vencidos da América injetaram no sangue dos conquistadores. Traços do trauma provocado por essas doenças parecem ter-se cristalizado na mitologia indígena. Quatro entidades maléficas se destacavam na religião tupi no final do Quinhentos: Taguaigba ('Fantasma ruim'), Macacheira ou Mocácher ('O que faz a gente se perder'), Anhanga ('O que encesta a gente') e Curupira ('O coberto de pústulas'). É razoável supor que o curupira tenha surgido no imaginário tupi após o choque microbiano das primeiras décadas da descoberta.”
Luiz Felipe de Alencastro. “Índios perderam a guerra
bacteriológica”. Folha de S. Paulo, 12.10.1991, p. 7. Adaptado.
(...)
Genericamente, a escravidão esteve presente na África como um todo, fazendo-se necessário observar as especificidades históricas próprias de complexos sociais e políticos e das formas de poder das diversas sociedades africanas. Mas é fundamental acrescentar que a dinâmica e a intensidade da escravidão no continente africano tem a ver com a maior ou menor demanda do tráfico atlântico gerada pelo expansionismo europeu na América. Isso acarreta mudanças sociais na África, como a expansão e a subsequente transformação da poligenia, o desenvolvimento de diferentes tipos de escravidão no continente, além do empobrecimento de uma classe de mercadores africanos.
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2008, p. 37-8)
A partir do fragmento, é correto afirmar que
(Wilton Carlos Lima da Silva. As terras inventadas, 2003. Adaptado.)
Segundo o texto, o relato de Colombo
O outro
Ele me olhou como se estivesse descobrindo o mundo. Me olhou e reolhou em fração de segundo. Só vi isso porque estava olhando-o na mesma sintonia. A singularização do olhar. Tentei disfarçar virando o pescoço para a direita e para a esquerda, como se estivesse fazendo um exercício, e numa dessas viradas olhei rapidamente para ele no volante. Ele me olhava e volveu rapidamente os olhos, fingindo estar tirando um cisco da camisa. Era um ser de meia idade, os cabelos com alguns fios grisalhos, postura de gente séria, camisa branca, um cidadão comum que jamais flertaria com outra pessoa no trânsito. E assim, enquanto o semáforo estava no vermelho para nós, ficou esse jogo de olhares que não queriam se fixar, mas observar o outro espécime que nada tinha de diferente e ao mesmo tempo tinha tudo de diferente. Ele era o outro e isso era tudo. É como se, na igualdade de milhares de humanos, de repente, o ser se redescobrisse num outro espécime. Quando o semáforo ficou verde, nós nos olhamos e acionamos os motores.
(GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 130.)
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520, 1999.)
O texto
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo, Cia das Letras, 2000, p. 11.
O ciclo das grandes navegações dos séculos XV e XVI ajudou a completar o processo de transição de um feudalismo em crise a um capitalismo que dava seus passos iniciais. Dessa expansão marítima decorreu a colonização de novas terras, como as americanas. Essa expansão foi essencial para que a Europa incrementasse a acumulação de capital que financiaria o dinamismo econômico da Idade Moderna.
“Nesta terra, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar, dar-se-á nesta terra tudo, por bem das águas que tem.”
Relacionando esse trecho da carta de Caminha aos objetivos da colonização portuguesa na América, é correto afirmar que essa colonização foi:
Sobre a época descrita no texto e considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que as viagens nas caravelas.
Entre outros aspectos da expansão marítima portuguesa a partir do século XV, o poema menciona
O texto caracteriza a época da expansão marítima europeia (séculos XV e XVI) e destaca.
Amin Maalouf, As Cruzadas vistas pelos árabes.
São Paulo: Brasiliense, p.241, 2007.
Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a
A forma como uma sociedade organiza a distribuição dos bens que produz ou adquire revela muito do caráter desta sociedade, de seus valores, usos e costumes. No caso das sociedades de linhagens da África negra, todo o sistema social estava baseado nas esferas da reciprocidade e da distribuição, como forma de garantir a coesão social do grupo. Os velhos guardam a experiência e o conhecimento dos costumes. Assim, não era uma sociedade dirigida pelos mais produtivos e dinâmicos (como na lógica capitalista) e, sim, pelos que guardavam a tradição e o saber mágico.
SILVA, Francisco C. T. da. Conquista e colonização da América portuguesa. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.). História geral do Brasi l . Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 48. [Adaptado]
Ao estabelecer uma comparação entre a organização social expressa no fragmento e as sociedades africanas exploradas pelos europeus à época das Grandes Navegações, é correto afirmar:
Nestes versos identificamos uma comparação entre dois processos históricos. É válido afirmar que o poema compara
No início da colonização na América, as duas principais atividades econômicas estimuladas por Portugal e Espanha foram, respectivamente, a
Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.
Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento