Questões de Vestibular
Comentadas sobre república oligárquica - 1889 a 1930 em história
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Com o fim do governo de Floriano Peixoto, em 1894, o Brasil passou a ser governado por uma Oligarquia. Durante a República Oligárquica, o Partido Republicano Mineiro (PRM) e o Partido Republicano Paulista (PRP) indicavam e sustentavam o presidente de acordo com seus interesses, afora algumas exceções.
Sobre essas exceções, relacione a COLUNA I que apresenta o nome do presidente com a descrição de sua atuação da COLUNA II.
COLUNA I
1- Afonso Pena (1906 – 1909).
2- Nilo Peçanha (1909- 1910).
3- Venceslau Brás (1914 – 1918).
4- Artur Bernardes (1922 – 1926).
5- Washington Luís (1926 – 1930).
COLUNA II
( ) Último presidente da oligarquia, fluminense, conhecido como “paulista de Macaé”, seu lema foi “governar é abrir estradas”.
( ) Esse mineiro sucedeu Hermes da Fonseca, restabelecendo a política do “café com leite”, seu governo foi marcado por uma grande guerra.
( ) O governo desse mineiro foi marcado pela oposição dos militares de baixa patente, o que o levou a decretar estado de sítio inúmeras vezes.
( ) Presidente mineiro que pôs em prática a política de valorização do café estabelecida no Convênio de Taubaté. Não concluiu seu governo devido à morte súbita.
( ) Afiliado ao Partido Republicano Fluminense, assumiu a
presidência após disputa acirrada entre candidato gaúcho e
baiano.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
Observe o cartum e leia o texto.
Disponível em: <https://www.google.com.br/search?biw>.
Acesso em: 4 ago. 2018.
(...) Vilaça considera apropriado o uso da expressão “curral eleitoral” no caso das comunidades cariocas onde adversários são impedidos de entrar e a população sofre pressão para votar no candidato indicado por grupos armados de milicianos ou traficantes, mas pondera que os coronéis não eram foras da lei, como neste neocoronelismo de milícia e tráfico: “O coronelismo no interior do Nordeste tinha função diferente do sistema de mando que se encontra hoje nas comunidades. A violência e a rudeza que havia não estavam associadas a nenhuma ilicitude. O chefe de milícia cobra dinheiro para manter a ordem”.
Disponível em:
<https://oglobo.globo.com/brasil/eleicoes-2008/curral-eleitoral-remonta-aos-tempos-da-republica-velha-5011852)>.
Acesso em: 4 ago. 2018.
A expressão “curral eleitoral” foi cunhada no Brasil e, atualmente, ainda se pode utilizá-la para definir práticas de forte intimidação e pressão sobre eleitores, em geral, que são de baixa escolaridade e poder aquisitivo. Qualquer recompensa ou ameaça sofrida com o intuito de interferir no voto de uma pessoa é considerada prática ilegal segundo o artigo 301 do Código Eleitoral, com pena de reclusão que prevê até quatro anos.
O surgimento do “curral eleitoral” ocorreu
Décio Villares, A República (Museu Republicano, RJ, ca 1900)
Produzida no contexto da implantação da ordem republicana
no Brasil, esta imagem
A charge de Alfredo Storni, reproduzida ao lado, foi publicada originalmente em 1927. A imagem traz as impressões do autor acerca da representação política e sua precariedade na Primeira República Brasileira (1889-1930). Tomando a conjuntura da Primeira República no Brasil e a charge de Storni, é correto dizer que o voto:
(Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos. O evangelho do Barão, 2012. Adaptado.)
O autor refere-se às negociações diplomáticas que deram origem ao Tratado de Petrópolis de 1903. A incorporação do Acre ao território brasileiro envolveu
Observe a imagem abaixo e assinale a alternativa CORRETA.
Figura 1. A verdade eleitoral. A moralidade política não permitirá que a verdade saia nua das urnas.
K. Lixto. D. Quixote, 20/02/1918.
Disponível em: < https://pt.slideshare.net/jaugustoss/repblica-oligrquica-25326282 >. Acesso em: 25 mar. 2018
Produzida no contexto da implantação da ordem republicana
no Brasil, esta imagem
Leia o texto:
“O outro exemplo é tirado do Jornal de Notícias (Bahia), de 23 de fevereiro de 1903, e mostra que a intolerância contra a cultura negra atingia até o carnaval: ‘O carnaval deste ano, não obstante o pedido patriótico e civilizador que fez o mesmo, foi ainda a exibição pública do candomblé, salvo raríssimas exceções. Se alguém de fora julgar a Bahia pelo seu carnaval, não pode deixar de colocá-la a par da África e note-se, para nossa vergonha, que aqui se acha hospedada uma comissão de sábios austríacos que, naturalmente, de pena engatilhada, vai registrando estes fatos para divulgar nos jornais da culta Europa, em suas impressões de viagem. [...]”.
HAUCK, J. et. AL. A história da Igreja no Brasil. T. II, v. 2. p. 278-287.
Observe a imagem:
Foliões, Augusto Malta. Carnaval, Rio de Janeiro, 1920. Disponível em:<https://www.pinterest.pt/pin/230105862181537424/> Acesso em: 30/03/2018.
No início da noite de 26 de janeiro de 1893, por ordem do prefeito do Distrito Federal, Cândido Barata Ribeiro, a polícia ocupou o mais célebre dos cortiços cariocas, conhecido como Cabeça de Porco, no centro da cidade. A estalagem, conjunto de casinhas onde viviam de 400 a 2000 pessoas, foi em seguida desocupada, sem que se desse aos moradores o tempo necessário para recolherem suas coisas. Em poucas horas, foi demolida. Não tardou para que a expressão “cabeça de porco” se impusesse como sinônimo de cortiço.
Adaptado de projetomemoria.art.br.
A ordem de desocupação e demolição do famoso cortiço em 1893, ironizada em capa de revista da época, representou mudanças na ação do então prefeito com relação aos problemas sociais da cidade do Rio de Janeiro.
O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República era a maior cidade do país, com mais de 500 mil habitantes. Capital política e administrativa, estava em condições de ser também, pelo menos em tese, o melhor terreno para o desenvolvimento da cidadania. Desde a independência e, particularmente, desde o início do Segundo Reinado, quando se deu a consolidação do governo central e da economia cafeeira na província adjacente, a cidade passou a ser o centro da vida política nacional. O comportamento político de sua população tinha reflexos imediatos no resto do país. A Proclamação da República é a melhor demonstração dessa afirmação.
(José Murilo de Carvalho. Os bestializados, 1987.)
O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República era a maior cidade do país, com mais de 500 mil habitantes. Capital política e administrativa, estava em condições de ser também, pelo menos em tese, o melhor terreno para o desenvolvimento da cidadania. Desde a independência e, particularmente, desde o início do Segundo Reinado, quando se deu a consolidação do governo central e da economia cafeeira na província adjacente, a cidade passou a ser o centro da vida política nacional. O comportamento político de sua população tinha reflexos imediatos no resto do país. A Proclamação da República é a melhor demonstração dessa afirmação.
(José Murilo de Carvalho. Os bestializados, 1987.)
O texto afirma que a consolidação do Rio de Janeiro como
“o centro da vida política nacional” ocorreu com

Considerando a imagem e os conhecimentos sobre a história política da época, pode-se concluir que esse Partido
O trecho a seguir foi retirado do jornal A Classe Operária, publicado em 18 de julho de 1925.
“[...] As famílias pequeno-burguesas estão pela hora da morte. [...] São 4 pessoas: marido, mulher e dois filhos. O marido tem um pequeno negócio que lhe rende 350$ mensais líquidos. A mulher era professora: tirava 250$. Mas com o primeiro filho teve que abandonar o ensino. [...] Vejamos como os 350$ se evaporam mensalmente: aluguel 93$; almoço e jantar da pensão 150$; 10 quilos de açúcar 14$; pão 24$; 4 quilos de café 10$800; 1 quilo de manteiga 10$; 7 litros de querosene 9$; 30 litros de leite 33$; 120 ovos 20$; álcool 7$500; frutas 30$; condução 15$; lavadeira 35$; carregador da marmita 21$; luz 7$. Total 479$300. [...] Déficit mensal 129$300. [...] Como equilibram as finanças? Fazendo serviços extras[...].
[Aí] está o orçamento de uma família pequeno-burguesa ideal – que não bebe, não joga, não fuma, não passeia, não vai ao cinema, não compra a prestações.
E se é assim, imaginai a situação da grande massa trabalhadora que ganha 200$ e 250$000!
A massa vive num regime de fome lenta, de depauperamento progressivo. Eis a realidade. [...]De pé – dez milhões de trabalhadores do Brasil! Para dentro dos sindicatos! Organização econômica nos sindicatos e organização política no partido!”.
HALL, Michael; PINHEIRO, Paulo Sérgio. A Classe Operária no Brasil. In: REZENDE, Antônio Paulo. Uma Trama Revolucionária? Do Tenentismo à revolução de 30. São Paulo: Atual,1990. P. 23, 24.
O momento da História Republicana do Brasil em que a situação econômica descrita no excerto acima está inserida é especificamente o período
O enunciado acima diz respeito ao evento denominado
MISÉRIA. MOVIMENTO GREVISTA ASSUME CADA VEZ MAIORES PROPORÇÕES.
Apresenta-se com aspecto cada vez mais alarmante o movimento que começou no Cotonifício Crespi e se propagou a outras fábricas em número avultado. Não há como negar a justiça do movimento grevista. São suas causas inegáveis: salários baixos e vida caríssima. Com elas coincide a época de ouro da indústria, que trabalha como nunca e tem lucros como jamais. Censuram-se as violências dos grevistas. Entretanto, no fundo, não se encontraria uma justificação para essa atitude? Pais de família que vivem sendo explorados pelos patrões, que veem os industriais fazendo-se milionários à custa de seu suor e de sua miséria. Esses pais não podem ter a calma precisa para reclamar dentro de uma lei que não os protege, antes permite que o seu sangue seja sugado por vampiros insaciáveis.
O Combate, 12/07/1917.
Adaptado de memoria.bn.br.
De greve em greve
Ao longo da história republicana, vários movimentos sociais preferiram interpretação própria da modernização, como expansão de direitos. E agiram para converter ideia em fato. São Paulo viu isso em 1917, quando assistiu a sua primeira greve geral. A cidade parou. Aderiram categorias em cascata, demandantes de melhoras salariais e de condições de trabalho. Manifestantes daquele tempo se parecem mais com os de hoje do que se possa imaginar. A resposta das autoridades de então também segue a moda. Em 1917, um jovem sapateiro espanhol foi baleado no estômago. Em 2017, um estudante teve a cabeça golpeada com um cassetete. O enterro do sapateiro virou a maior manifestação de protesto que os paulistanos tinham visto até então. Já na greve geral de abril de 2017, 35 milhões de pessoas pararam, segundo os sindicatos.
Angela Alonso
Adaptado de Folha de São Paulo, 07/05/2017
As matérias jornalísticas referem-se a movimentos grevistas ocorridos no Brasil nos anos de 1917 e 2017, apresentando contextos diretamente associados aos conflitos entre capital e trabalho em área urbana.
Tendo como base essas matérias, as principais semelhanças entre os dois contextos mencionados
se relacionam aos seguintes fatores:

A capital da República não pode continuar a ser apontada como sede de vida difícil, quando tem fartos elementos para constituir o mais notável centro de atração de braços, de atividade e de capitais nesta parte do mundo. RODRIGUES ALVES, presidente da República, 1902-1906.
Adaptado de FIDÉLIS, C.; FALLEIROS, I. (Org.). Na corda bamba de sombrinha: a saúde no fio da história. Rio de Janeiro: Fiocruz/COC; Fiocruz/EPSJV, 2010.
No início do século XX, enquanto a charge ironizava um dos graves problemas que afetava a população da cidade do Rio de Janeiro, o pronunciamento do então presidente Rodrigues Alves enfatizava a preocupação com o que poderia comprometer o desenvolvimento da capital da República. Naquele contexto, uma ação governamental para promover tal desenvolvimento e um resultado obtido, foram, respectivamente: