Questões de Vestibular Sobre morfologia em português

Foram encontradas 739 questões

Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2014 - UNESP - Vestibular - Segundo Semestre |
Q534780 Português
A  questão, abordam um fragmento de um artigo de Mônica Fantin sobre o uso dos tablets no ensino, postado na seção de blogues do jornal Gazeta do Povo em 16.05.2013:

                                                      Tablets nas escolas


    Ou seja, não é suficiente entregar equipamentos tecnológicos cada vez mais modernos sem uma perspectiva de formação de qualidade e significativa, e sem avaliar os programas anteriores. O risco é de cometer os mesmos equívocos e não potencializar as boas práticas, pois muda a tecnologia, mas as práticas continuam quase as mesmas.

   Com isso, podemos nos perguntar pelos desafios da didática diante da cultura digital: o tablet na sala de aula modifica a prática dos professores e o cotidiano escolar? Em que medida ele modifica as condições de aprendizagem dos estudantes? Evidentemente isso pode se desdobrar em inúmeras outras questões sobre a convergência de tecnologias e linguagens, sobre o acesso às redes na sala de aula e sobre a necessidade de mediações na perspectiva dos novos letramentos e alfabetismos nas múltiplas linguagens.


   Outra questão que é preciso pensar diz respeito aos conteúdos digitais. Os conteúdos que estão sendo produzidos para os tablets realmente oferecem a potencialidade do meio e sua arquitetura multimídia ou apenas estão servindo como leitores de textos com os mesmos conteúdos dos livros didáticos? Quem está produzindo tais conteúdos digitais? De que forma são escolhidos e compartilhados?

   Ou seja, pensar na potencialidade que o tablet oferece na escola — acessar e produzir imagens, vídeos, textos na diversidade de formas e conteúdos digitais — implica em repensar a didática e as possibilidades de experiências e práticas educativas, midiáticas e culturais na escola ao lado de questões econômicas e sociais mais amplas. E isso necessariamente envolve a reflexão crítica sobre os saberes e fazeres que estamos produzindo e compartilhando na cultura digital.

                                                                         (Tablets nas escolas. www.gazetadopovo.com.br. Adaptado.)


O adjetivo midiático, empregado no feminino plural (midiáticas), diz respeito a
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2014 - UNESP - Vestibular - Segundo Semestre |
Q534775 Português
Para responder à  questão, leia o fragmento de um romance de Érico Veríssimo (1905-1975).

    O defunto dominava a casa com a sua presença enorme. Anoitecia, e os homens que cercavam o morto ali na sala ainda não se haviam habituado ao seu silêncio espesso.
    Fazia um calor opressivo. Do quarto contíguo vinham soluços sem choro. Pareciam pedaços arrancados dum grito de dor único e descomunal, davam uma impressão de dilaceramento, de agonia sincopada.
    As velas ardiam e o cheiro da cera derretida se casava com o perfume adocicado das flores que cobriam o caixão. A mistura enjoativa inundava o ar como uma emanação mesma do defunto, entrava pelas narinas dos vivos e lhes dava a sensação desconfortante duma comunhão com a morte.
   O velho calvo que estava a um canto da sala, voltou a cabeça para o militar a seu lado e cochichou:
— Está fazendo falta aqui é o Tico, capitão.
     O oficial ainda não conhecia o Tico. Era novo na cidade. Então o velho explicou. O Tico era um sujeito que sabia animar os velórios, contava histórias, tinha um jeito especial de levar a conversa, deixando todo o mundo à vontade. Sem o Tico era o diabo... Por onde andaria aquela alma?
   Entrou um homem magro, alto, de preto. Cumprimentou com um aceno discreto de cabeça, caminhou devagarinho até o cadáver e ergueu o lenço branco que lhe cobria o rosto. Por alguns segundos fitou na cara morta os olhos tristes. Depois deixou cair o lenço, afastou-se enxugando as lágrimas com as costas das mãos e entrou no quarto vizinho.
O velho calvo suspirou.
 — Pouca gente... O militar passou o lenço pela testa suada. 
— Muito pouca. E o calor está brabo. 
— E ainda é cedo.
 O capitão tirou o relógio: faltava um quarto para as oito. 
(Um lugar ao sol, 1978.)
A força expressiva da locução silêncio espesso resulta do fato de o substantivo e o adjetivo
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Q527237 Português
"Todas estas palavras da baronesa lisonjeavam o sobrinho, em cujos  lábios pairava agora um sorriso de íntima satisfação. De quando em quando não ouvia ele nada do que lhe dizia a tia; seus ouvidos voltavam-se para dentro; ele escutava-se a si próprio." (ASSIS, 2013, p. 31).


O uso da preposição diante do pronome relativo está de acordo com a regência do verbo, visto que o que se pode constatar na frase de Machado de Assis é que o em foi usado por causa do verbo pairar, que rege o seu complemento de forma indireta, precisando do auxílio da preposição.

Esse tipo de explicação e a respectiva exemplificação, fazem parte do corpo teórico da gramática tradicional, cuja premissa básica, historicamente construída, é “a arte de falar e escrever corretamente"


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Ano: 2013 Banca: UFBA Órgão: UFBA Prova: UFBA - 2013 - UFBA - Vestibular de Secretariado Executivo |
Q521090 Português
O termo “justo” (l.19) constitui um elemento linguístico de valor adjetivo e revela o caráter do governante.
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Ano: 2014 Banca: UniCEUB Órgão: UniCEUB Prova: UniCEUB - 2014 - UniCEUB - Vestibular - 2º Vestibular |
Q516008 Português
Observe o excerto e classifique morfologicamente as quatro palavras em destaque. A seguir assinale a alternativa que as apresenta na sequencia correta.

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após criarem um sistema computacional capaz de analisar o genoma de uma planta e dar informações sobre os metabólitos.
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Ano: 2014 Banca: UniCEUB Órgão: UniCEUB Prova: UniCEUB - 2014 - UniCEUB - Vestibular - 1º Vestibular |
Q515694 Português

Observe a charge abaixo e assinale a alternativa que contém assertivas verdadeiras.

                       Imagem associada para resolução da questão


I – Em “Devido à falta de médicos..." A crase está usada corretamente.
II – Em “... encaminhando a senhora a uma benzedeira..." nota- se que falta crase nas duas letras “a" grifadas.
III – Em “... vou estar encaminhando a senhora a uma benzedeira..." observa-se o uso inadequado do gerúndio, ou seja, o gerundismo.
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Ano: 2014 Banca: UniCEUB Órgão: UniCEUB Prova: UniCEUB - 2014 - UniCEUB - Vestibular - 1º Vestibular |
Q515688 Português

TEXTO IV


Aí pelas três da tarde


Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo “ciao” ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiverem em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro, está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assome em seguida no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado) e se achegue depois, com cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas lá no terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá ao fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os olhos e, com um impulso do pé (já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado pelo mundo.

Raduan Nassar

Texto extraído do livro “ Menina a caminho”, Companhia das Letras - São Paulo, 1997, pág. 71.

Ainda em relação ao texto, assinale a alternativa incorreta.
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Ano: 2014 Banca: UniCEUB Órgão: UniCEUB Prova: UniCEUB - 2014 - UniCEUB - Vestibular - 1º Vestibular |
Q515684 Português
Observe o excerto abaixo, classifique morfologicamente as palavras em destaque e assinale a alternativa correta.

“Penso saber que o amor não tem nada a ver com a idade, como acontece com qualquer outro sentimento.”
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Ano: 2014 Banca: UniCEUB Órgão: UniCEUB Prova: UniCEUB - 2014 - UniCEUB - Vestibular - 1º Vestibular |
Q515682 Português
TEXTO III

                        O amor não tem nada a ver com a idade

      Penso saber que o amor não tem nada que ver com a idade, como acontece com qualquer outro sentimento. Quando se fala de uma época a que se chamaria de descoberta do amor, eu penso que essa é uma maneira redutora de ver as relações entre as pessoas vivas. O que acontece é que há toda uma história nem sempre feliz do amor que faz que seja entendido que o amor numa certa idade seja natural, e que noutra idade extrema poderia ser ridículo. Isso é uma ideia que ofende a disponibilidade de entrega de uma pessoa a outra, que é em que consiste o amor.
      Eu não digo isto por ter a minha idade e a relação de amor que vivo. Aprendi que o sentimento do amor não é mais nem menos forte conforme as idades, o amor é uma possibilidade de uma vida inteira, e se acontece, há que recebê-lo. Normalmente, quem tem ideias que não vão neste sentido, e que tendem a menosprezar o amor como fator de realização total e pessoal, são aqueles que não tiveram o privilégio de vivê-lo, aqueles a quem não aconteceu esse mistério.

                                                                                          José Saramago, em “Revista Máxima, Outubro 1990"
Observe os excertos abaixo e a classificação para a palavra em destaque. A seguir assinale a alternativa correta.

I – Em “Penso saber que o amor não tem nada a ver com a idade, como acontece com qualquer outro sentimento.", a oração apresenta um sujeito indeterminado, indicado pela palavra PENSO.
II – Em “Isso é uma ideia que ofende a disponibilidade de entrega de uma pessoa a outra,..." QUE é uma preposição.
III – Em “Eu não digo isto por ter a minha idade e a relação de amor que vivo.", a palavra ISTO classifica-se como pronome demonstrativo.
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Ano: 2013 Banca: IF-BA Órgão: IF-BA Prova: IF-BA - 2013 - IF-BA - Processo Seletivo - Modalidade Integrada |
Q506687 Português
Podemos considerar, levando em conta os recursos linguísticos do texto, que
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2014 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q491443 Português
A questão abordam um texto de um site especializado em esportes com instruções de treinamento para a corrida olímpica dos 1 500 metros.

                              Corrida - Prova 1 500 metros rasos

            A prova dos 1 500 metros rasos, juntamente com a da milha (1 609 metros), característica dos países anglo-saxônicos, é considerada prova tática por excelência, sendo muito importante o conhecimento do ritmo e da fórmula a ser utilizada para vencer a prova. Os especialistas nessas distâncias são considerados completos homens de luta que, após um penoso esforço para resistir ao ataque dos adversários, recorrem a todas as suas energias restantes a fim de manter a posição de destaque conseguida durante a corrida, sem ceder ao constante assédio dos seus perseguidores.
            [...] Para correr essa distância em um tempo aceitável, deve-se gastar o menor tempo possível no primeiro quarto da prova, devendo-se para tanto sair na frente dos adversários, sendo essencial o completo domínio das pernas, para em seguida normalizar o ritmo da corrida. No segundo quarto, deve-se diminuir o ritmo, a fim de trabalhar forte no restante da prova, sempre procurando dosar as energias, para não correr o risco de ser surpreendido por um adversário e ficar sem condições para a luta final.
            Deve ser tomado cuidado para não se deixar enganar por algum adversário de condição inferior, que normalmente finge possuir energias que realmente não tem, com o intuito de minar o bom corredor, para que o companheiro da mesma equipe possa tirar proveito da situação e vencer a prova. Assim sendo, o corredor experiente saberá manter regularmente as suas passadas, sem deixar-se levar por esse tipo de artimanha. Conhecendo o estado de suas condições pessoais, o corredor saberá se é capaz de um sprint nos 200 metros finais, que é a distância ideal para quebrar a resistência de um adversário pouco experiente.
            O corredor que possui resistência e velocidade pode conduzir a corrida segundo a sua conveniência, impondo os seus próprios meios de ação. Finalmente, ao ultrapassar um adversário, deve-se fazê-lo decidida e folgadamente, procurando sempre impressioná-lo com sua ação enérgica. Também deve-se procurar manter sempre uma boa descontração muscular durante o desenvolvimento da corrida, nunca levar a cabeça para trás e encurtar as passadas para finalizar a prova.

                                                                                          (http://treino-de-corrida.f1cf.com.br)

Observando as seguintes passagens do texto apresentado, marque a alternativa em que as duas palavras em negrito são utilizadas como advérbios:
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2014 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q491429 Português
A questão toma por base uma passagem de um romance de Autran Dourado (1926- 2012).

                              A gente Honório Cota

            Quando o coronel João Capistrano Honório Cota mandou erguer o sobrado, tinha pouco mais de trinta anos. Mas já era homem sério de velho, reservado, cumpridor. Cuidava muito dos trajes, da sua aparência medida. O jaquetão de casimira inglesa, o colete de linho atravessado pela grossa corrente de ouro do relógio; a calça é que era como a de todos na cidade - de brim, a não ser em certas ocasiões (batizado, morte, casamento - então era parelho mesmo, por igual), mas sempre muito bem passada, o vinco perfeito. Dava gosto ver:
            O passo vagaroso de quem não tem pressa - o mundo podia esperar por ele, o peito magro estufado, os gestos lentos, a voz pausada e grave, descia a rua da Igreja cumprimentando cerimoniosamente, nobremente, os que por ele passavam ou os que chegavam na janela muitas vezes só para vê-lo passar.
            Desde longe a gente adivinhava ele vindo: alto, magro, descarnado, como uma ave pernalta de grande porte. Sendo assim tão descomunal, podia ser desajeitado: não era, dava sempre a impressão de uma grande e ponderada figura. Não jogava as pernas para os lados nem as trazia abertas, esticava-as feito medisse os passos, quebrando os joelhos em reto.
            Quando montado, indo para a sua Fazenda da Pedra Menina, no cavalo branco ajaezado de couro trabalhado e prata, aí então sim era a grande, imponente figura, que enchia as vistas. Parecia um daqueles cavaleiros antigos, fugidos do Amadis de Gaula ou do Palmeirim, quando iam para a guerra armados cavaleiros.

                                                                                                                              (Ópera dos mortos, 1970.)

Analisando o último período do terceiro parágrafo, verifica-se que a palavra “feito” é empregada como
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Ano: 2011 Banca: IF-BA Órgão: IF-BA Prova: IF-BA - 2011 - IF-BA - Processo Seletivo - Modalidade Integrada |
Q487069 Português
TEXTO II

                  A noite dissolve os homens

A noite
desceu. Que noite!
Já não enxergo meus irmãos.
E nem tão pouco os rumores que outrora me perturbavam.

A noite desceu. Nas casas, nas ruas onde se combate,
nos campos desfalecidos, a noite espalhou o medo e a total
incompreensão.
A noite caiu. Tremenda, sem esperança...
Os suspiros acusam a presença negra que paralisa os
guerreiros.

E o amor não abre caminho na noite.
A noite é mortal, completa, sem reticências,
a noite dissolve os homens, diz que é inútil sofrer,
a noite dissolve as pátrias, apagou os almirantes cintilantes!
nas suas fardas.

A noite anoiteceu tudo... O mundo não tem remédio...
Os suicidas tinham razão.

Aurora, entretanto eu te diviso,
ainda tímida, inexperiente das luzes que vais ascender
e dos bens que repartirás com todos os homens.

Sob o úmido véu de raivas, queixas e humilhações,
adivinho-te que sobes,
vapor róseo, expulsando a treva noturna.

O triste mundo fascista se decompõe ao contato de teus
dedos,
teus dedos frios, que ainda se não modelaram mas que
avançam
na escuridão
como um sinal verde e peremptório.

Minha fadiga encontrará em ti o seu termo,
minha carne estremece na certeza de tua vinda.

O suor é um óleo suave, as mãos dos sobreviventes
se enlaçam,
os corpos hirtos adquirem uma fluidez, uma inocência, um
perdão
simples e macio...

Havemos de amanhecer.
O mundo se tinge com as tintas da antemanhã
e o sangue que escorre é doce, de tão necessário
para colorir tuas pálidas faces, aurora.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra completa. Vol. único. Rio de Janeiro: Aguillar, 1964, p.112)


Considerando-se o processo de formação de palavras, é correto afirmar que em
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Ano: 2015 Banca: INSPER Órgão: INSPER Prova: INSPER - 2015 - INSPER - Vestibular |
Q466957 Português
A ciência gordurosa
Vou ao supermercado e fico pasmo com os produtos nas prateleiras. Não falo da quantidade de iogurtes, bolachas, pastas dentifrícias ou papel higiênico que me transformam no famoso burro de Buridan – o asno do paradoxo filosófico que morre de fome por não saber qual dos pedaços de feno escolher. De fato, tanta variedade paralisa qualquer um.
Falo de outro fenômeno igualmente agônico: a quantidade de produtos alimentares que parecem
diretamente saídos de um consultório médico.
Um iogurte não é um iogurte, com um determinado sabor e uma determinada textura. É quase um remédio de farmácia que promete diminuir o colesterol e controlar 50 outros indicadores orgânicos igualmente importantes para a saúde do sujeito.
E quem fala em iogurtes, fala em sucos (com seu cortejo de vitaminas), batatas fritas (com reduções
heroicas na quantidade de sal) e até chocolates (alguns deles prometem melhorar o fluxo arterial). Como se chegou a isto?
Verdade: com a "morte de Deus" e o fim de uma vida transcendente, cuidar do corpo transformou-se na única religião dos homens modernos. De tal forma que nem a gastronomia está a salvo: antes do prazer ou da mera fome, está primeiro a saúde.
Hoje, não se come mais para viver. Come-se para viver até aos cem – uma importante revolução
civilizacional.
Honestamente, nem sei por que motivo não se abrem restaurantes em hospitais, com refeições cozinhadas por médicos e servidas por enfermeiros. No final, o cliente faria análises ao sangue e só pagaria a conta se tivesse o número certo de triglicerídeos.
O problema é que nem no hospital o cliente estaria a salvo. Desde logo porque é cada vez mais difícil saber o que comer: existem estudos, publicados a um ritmo demencial, que dizem uma coisa e o seu contrário. Às vezes, na mesma semana – ou até no mesmo dia.
A carne vermelha é má, defendem uns. A carne vermelha é ótima, garantem outros. Sobre os laticínios, há opiniões para todos os gostos: são puro veneno; são simplesmente insubstituíveis. E até as gorduras, que deveriam ser um inimigo consensual, parece que não são tão inimigas assim.
A revista "Time", aliás, dedicou matéria especial ao fenômeno: durante décadas, o país declarou guerra às gorduras (...) Os americanos foram dizendo adeus ao lixo, optando por aves, leite magro ou cereais. Infelizmente, a mudança na dieta não os tornou mais saudáveis. Pelo contrário: o país está mais doente do que nunca. (...)
Explicações?
Não, a gordura não é o papão que se imaginava, explica a revista. Não entro em termos técnicos, até
porque eles são demasiado gordurosos para mim. Mas parece que a gordura do peixe e dos vegetais é boa para o coração. E até a gordura "suspeita" de um bom filé (cozinhado com manteiga, claro) tem vantagens respeitáveis na limpeza do mau colesterol.
Os verdadeiros inimigos, hoje, são os carboidratos presentes nos açúcares, nos doces, nos farináceos. Isso, claro, enquanto não surgir um novo estudo a defender precisamente o contrário – ou, pelo menos, a colocar as coisas nas suas devidas proporções.
E eu? Que fazer perante essa selva de alarmes contraditórios?

João Pereira Coutinho
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/172598-...
gordurosa.shtml. Acesso em 31.07.14

No título, o termo “gordurosa” revela pistas sobre o ponto de vista defendido pelo autor. Com base nas ideias expostas ao longo do texto, é correto afirmar que esse adjetivo foi empregado no sentido de
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Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE - 2014 - UNB - Prova 1 |
Q434612 Português
Considerando os sentidos e as estruturas do texto acima e outros aspectos por ele suscitados, julgue o item que se segue.

A preposição “para" (l.4) inicia oração reduzida que, com função adverbial, expressa a finalidade dos procedimentos científicos da física no século XVII.
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Ano: 2012 Banca: FUNIVERSA Órgão: UCB Prova: FUNIVERSA - 2012 - UCB - Vestibular - Prova 1 |
Q384235 Português
Considerando o texto, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos.

Nas linhas 9 e 10, o autor faz uso da tonalidade afetiva que os sufixos diminutivos podem atribuir às palavras, assim como em casebre e jornaleco.
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Ano: 2012 Banca: FUNIVERSA Órgão: UCB Prova: FUNIVERSA - 2012 - UCB - Vestibular - Prova 1 |
Q384234 Português
Considerando o texto, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos.

Quando o autor pergunta “Afinal, a palavra não é derivada de Brasil, brasileiro?” (linhas 3 e 4), ele considera a regra de formação de palavras que também justifica os derivados formosura e cicatrizar.
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Ano: 2012 Banca: FUNIVERSA Órgão: UCB Prova: FUNIVERSA - 2012 - UCB - Vestibular - Prova 1 |
Q384226 Português
Acerca dos aspectos semânticos e sintáticos do fragmento da crônica de Machado de Assis, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos.

A oração reduzida “desistindo o sobrinho do dinheiro herdado” (linhas 17 e 18) pode ser desenvolvida em uma oração subordinada que tanto pode ser iniciada pela conjunção se quanto pela conjunção quando, pois o contexto admite essa variação de sentido.
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Ano: 2012 Banca: FUNIVERSA Órgão: UCB Prova: FUNIVERSA - 2012 - UCB - Vestibular - Prova 1 |
Q384208 Português
Considerando os aspectos sintáticos e semânticos do texto, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos.

A locução “Mas também” (linha 45) pode ser substituída pela conjunção e, sem que haja modificação na relação semântica do período por ela introduzido com o período anterior.
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Ano: 2012 Banca: FATEC Órgão: FATEC Prova: FATEC - 2012 - FATEC - Vestibular - Prova 1 |
Q382205 Português
O labirinto dos manuais

Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

- Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!

Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*?

Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!
Analise as afirmações sobre trechos do texto e assinale a correta.
Alternativas
Respostas
661: D
662: E
663: C
664: E
665: E
666: B
667: D
668: E
669: A
670: A
671: C
672: E
673: E
674: A
675: E
676: C
677: C
678: E
679: C
680: C