Questões de Vestibular
Sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português
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TEXTO 4
A PARTE BOA ERA LU.
TENTOU ESCOLA.
DOIS DIAS.
NO TERCEIRO,
SE JOGOU NO CHÃO.
NEM ARRASTADO.
JÁ NÃO FALAVA,
DESCONFIARAM:
ELE ESTAVA COM
ALGUM PROBLEMA.
SÓ PODIA SER A MÃE.
FUGIU DALI.
ISSO DÁ PROBLEMA,
MÃE FUGIR.
TODO MUNDO ACHA.
PROBLEMA CERTO.
CLARO QUE É.
MAS TINHA MAIS.
LU PODIA NÃO FALAR,
MAS COMPUTAVA.
E A MÃE LEVOU O NOTE.
ESTÁ CERTO.
RUIM, MÃE IR.
MAS LU POUCO A VIA.
ERA CHEGADA
A UMA BALADA.
ALI, NO MEIO DO NADA.
QUEM CUIDAVA DELE
ERA O PAI.
SEMPRE FOI.
SEM A MÃE, FOI RUIM.
SEM O NOTE, FOI PIOR.
DAÍ QUEREREM
UMA BABÁ.
PRESENÇA FEMININA.
PODIA AJUDAR.
E CHAMARAM CARLA.
VIGNA, Elvira. Vitória Valentina.1ª. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2016.
I. Pela leitura do excerto infere-se que é unânime pensar que a presença da mãe é fundamental para o desenvolvimento e o equilíbrio da criança, assim Carla foi chamada para minimizar a ausência da figura materna. II. Da leitura do texto, infere-se que Lu não era apenas mimado, mas também tímido e reservado, pois usava o note para fazer seus registros. III. Em: “MAS LU POUCO A VIA” se o pronome destacado for substituído por LHE, ocorre transgressão quanto à regência do verbo VER. IV. Infere-se da leitura da obra que a personagem Carla simboliza a liberdade porque, ao invés de casar com Stan (um homem rico), prefere ficar sozinha, livre e cuidar da própria vida. V. Em: “TODO MUNDO ACHA” ao se acrescentar o vocábulo O antes da palavra MUNDO, ocorre mudança de significado na expressão.
Assinale a alternativa correta.
( ) Da leitura da obra, infere-se que Alice abandona o grande sonho de ser avó, uma vez que a filha dela e o genro separam-se e vão estudar no exterior. ( ) Em “mas já era, sim, tanto que lá” (linha 12) a expressão destacada é, na morfologia, conjunção subordinada consecutiva e pode ser substituída por de sorte que, e, ainda assim, mantém-se o sentido do texto. ( ) O vocábulo “brasileirinha” apresenta sufixo que indica grau diminutivo, no entanto, a leitura da obra leva o leitor a inferir que o termo sugere sentido pejorativo. ( ) A palavra “lá” (linhas 9 e 12) tem a função sintática de adjunto adverbial de lugar e, em ambos os casos, tem como referente a pracinha do bispo. ( ) Em “o azul, azul, o branco, perfeitamente branco” (linhas 19 e 20) as palavras destacadas são, na morfologia, sequencialmente, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
I. No excerto, Alice, a personagem-narradora, deixa transparecer que já adquiriu hábitos próprios de moradores de rua tais como: lavar a própria roupa em lugares públicos, secar as roupas em praças, dormir em rodoviárias. II. No segmento “A mulher era bem mais velha que eu” (linha 16) o termo destacado refere-se à personagem Lola que, no final da narrativa, incentiva Alice a sair das ruas e a voltar para a casa. III. Na estrutura “Tu é nova por aqui, veio de onde” (linha 14) ao mesmo tempo em que se tem o registro do “falar gaúcho”, evidencia-se desvio gramatical em relação à concordância verbal. IV. Em “fui tomar café na bodeguinha da minha conterrânea” (linha 2) e “feito um estandarte” (linha 8) os vocábulos destacados podem ser substituídos por compatrícia e insulto, respectivamente, e, ainda assim, mantêm-se o sentido e a coerência do texto. V. Infere-se da leitura do período “Saí da rodoviária com Cícero redivivo” (linha 6) que Cícero, de tempos em tempos, era restituído à vida, e usado como desculpa para que Alice continuasse sua peregrinação pelas ruas de Porto Alegre.
Assinale a alternativa correta.
( ) Em Esaú e Jacó a linguagem usada sustenta-se em uma linguagem teatral, enquanto em As fantasias eletivas, Carlos Henrique Schroeder, o autor busca legitimar sua obra por meio de uma linguagem fotográfica, fazendo se valer dos textos de Copi – A solidão das coisas. ( ) A narrativa de Machado, reforçada pelo discurso direto, está fundamentada na posição ideológica do Conselheiro que, de forma irônica, desvela-se possuidor e refletidor da verdade. Enquanto a narrativa de Copi, embora predomine o discurso direto, está fundamentada na posição preconceituosa e machista de Renê. ( ) Em ambas as obras a escrita/literatura é uma forma evasiva para aplacar a solidão das personagens e ao mesmo tempo completá-las, características comuns a Aires, Machado de Assis, e à Copi, Carlos Henrique Schroeder. ( ) Na leitura da obra Esaú e Jacó, Machado de Assis, percebem-se inúmeras referências, alusões, citações, nas quais se cruzam várias linguagens, diversas vozes, diferentes discursos – ou seja intertextualidade, que é também perceptível em As fantasias eletivas, Carlos Henrique Schroeder. ( ) Nas obras de Machado de Assis e de Carlos Henrique Schroeder, ambas as personagens, Flora e Copi, têm fim trágico – suicidam-se; a primeira por ter dois amores e não saber a quem escolher, e a segunda por ter um amor não correspondido.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
I. É o Conselheiro Aires o personagem esclarecedor, pois à medida que o romance se desenvolve é ele quem vai decifrando, explicando e operando “os comos”, “os porquês” e “os quês” dos acontecimentos. II. A leitura da obra leva o leitor a inferir que o momento histórico tão divergente, no Brasil, pode ser representado pelos gêmeos, Pedro o monarquista-conservador e Paulo o liberal-republicano. III. A obra pontua várias características do Romantismo, como detalhismo descritivo, valorização da cor local, nacionalismo pós-independência, dever patriótico, introspecção psicológica. IV. Na estrutura “Aires trocou-lhe uma palavra e o sentido” (linhas 11 e 12), quanto à morfossintaxe, as palavras destacadas são substantivo próprio/sujeito, pronome oblíquo/objeto indireto e substantivo/objeto direto, sequencialmente. V. A leitura da obra leva o leitor a inferir que a semelhança entre os gêmeos está relacionada a não percepção da diferença entre Monarquia e República pelo brasileiro à época, e aí reside a crítica machadiana, característica tão peculiar deste autor.
Assinale a alternativa correta.
( ) A obra apresenta quatro partes, a primeira, S de sangue, contém os contos de A a S; a segunda, A solidão das coisas, retrata os contos a partir das fotografias de Copi; a terceira, Poesia completa de Copi, traz os poemas e a quarta, a que leva o mesmo título do romance, dá continuidade à sequência dos contos T a Z. Esta quebra caracteriza também a fragmentação na narrativa. ( ) A segunda parte da obra, A solidão das coisas, é pontuada pela intertextualidade, pois o autor intercala fotos e textos como se fossem de sua personagem Copi, uma vez que ela buscava a solidão das coisas, dos objetos, com a intenção de justificar o abandono que as pessoas sentiam, e personificava até mesmo um banal objeto para descrevê-lo solitário. ( ) Da leitura da obra, infere-se que a história de Copi, vista e desvelada por Renê, mostra que a solidão nem sempre é ruim, triste; há momentos em que ela representa o tempo de lucidez que o homem precisa para o seu próprio resgate e crescimento. ( ) Em relação à segunda parte da obra, Schroeder, ao inserir os textos como se fossem redigidos por Copi, atribui a ela a atividade criadora, depreendendo-se, então, uma terceira personagem – a solidão. ( ) As produções literárias do final do século XX e da primeira metade do século XXI, que caracterizam a Literatura Contemporânea, são marcadas por uma multiplicidade de tendências. Na obra de Schroeder destacam-se duas marcantes características desta estética: Técnicas inovadoras (recursos gráficos, montagens de foto, etc.) e formas reduzidas (minicontos).
Assinale a alternativa correta.
I. A obra é narrada em terceira pessoa; tem-se um narrador onisciente, um tempo sem sequência linear, ou seja, predominando o psicológico, e um ambiente com flashes serrano e bucólico que remete ao Arcadismo. II. Quanto à parte gráfica, a obra apresenta contos que não completam a página, reforçando o projeto gráfico em estilo Polaroide, reiterando as fotos de Copi. III. A narrativa apresenta um desfecho caricato, Renê, que se mostrava preconceituoso em relação à sexualidade de Copi, acaba se apaixonando por ela, e juntos voltam para a Argentina. IV. Na oração “Foi o mastigar do tempo” (linha 7), quanto à formação de palavras, na expressão destacada ocorre derivação imprópria, o mesmo ocorre com a palavra Seca em “e o Seca, saco, saca, secô continuou por alguns instantes” (linhas 1 e 2). V. Na oração “Naquela época, havia vinte anos ou mais” (linha 5) o verbo haver é impessoal, logo, seguindo o padrão culto da língua escrita, o verbo deve permanecer na terceira pessoa do singular.
Assinale a alternativa correta.
Texto 4
Leia a charge a seguir e responda à próxima questão.
Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=charge+sobre+atividade+f%C3%ADsica&tbm=isch&imgil=WFt
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cm.blogspot.com%25252Fp%25252Fcharges.html&source=iu&pf=m&fir=WFt4U_3LQ2efpM%253A%
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Acesso em: 26 abr 2017.
Num discurso, entrelaçam-se diferentes vozes a fim de trazer comprovação dos fatos e credibilidade ao texto. Essa polifonia se dá por meio de argumentos de autoridade, dados estatísticos, exemplos, dentre outros recursos.
No texto 3, aparecem fatos que podem se distinguir das opiniões relativas a esses fatos.
Assinale a opção em que se evidencia uma opinião.
Na escritura de um texto, alguns mecanismos podem ser utilizados com a intenção de torná-lo mais claro, ordenado e expressivo, seja para evitar as repetições, seja para estabelecer elos ou encadeamentos das ideias veiculadas.
Leia as proposições a seguir e marque a que analisa INCORRETAMENTE o mecanismo
coesivo empregado.
FELICIDADE REALISTA Martha Medeiros De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. [...] MEDEIROS, Martha. Felicidade Crônica. 15.ed. Porto Alegre: L&PM, 2016, p. 35.
Sobre o texto 2, é possível inferir que
Leia os poemas a seguir.
(LEMINSKI, P. Toda Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 235.)
Com base na leitura dos poemas, considere as afirmativas a seguir.
I. Os dois poemas concentram-se no presente, em detrimento de e com desprezo a tempos como passado e futuro.
II. A ideia de transformação do sujeito ao longo do tempo está presente em ambos os poemas.
III. A incerteza frequenta os dois poemas: a indefinição quanto ao futuro, no primeiro; e o questionamento da eternidade, no segundo.
IV. Os caminhos do primeiro poema e a descoberta, no segundo, situam-se no mesmo tempo: o presente.
Assinale a alternativa correta.
das coisas que eu fiz a metro todos saberão quantos quilômetros são
aquelas em centímetros sentimentos mínimos ímpetos infinitos não?
(LEMINSKI, P. Toda Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 37.)
Com base na leitura do poema, considere as afirmativas a seguir.
I. O poema abre a possibilidade para uma interpretação metaliterária: textos longos obtêm maior projeção; textos curtos, não.
II. Medidas como “metro”, “quilômetros” e “centímetros” são utilizadas aleatoriamente, sem grandes especificidades de sentido.
III. O deslocamento do ponto de interrogação, do final do poema para o final da primeira estrofe, não inverteria sentido nem ênfase do que é abordado.
IV. Ao justapor “sentimentos mínimos” a “ímpetos infinitos”, o poeta joga luz sobre o potencial das produções “em centímetros”.
Assinale a alternativa correta.
I. Ao admitir riscos com que se deparou, o narrador evoca os procedimentos “com segurança” como justificativa para a variação dos atos praticados.
II. As “muitas curvas” constituem uma imagem construída pelo narrador para representar dificuldades enfrentadas, sem entrar, ainda, no mérito de julgar as soluções como boas ou ruins.
III. A avaliação do resultado de seus atos como “lucro” e “prejuízo” já aponta a mentalidade predominante do narrador, cujo objetivo maior é desfrutar de vantagens na posse dos bens.
IV. A ideia de considerar “legítimas” determinadas ações serve como uma espécie de autoabsolvição e representa um desvio de foco sobre a qualificação moral dos atos praticados.
Assinale a alternativa correta.
choveu
na carta que você mandou
quem mandou?
(LEMINSKI, P. Toda Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 237.)
Sobre os verbos usados no poema de Paulo Leminski, considere as afirmativas a seguir.
I. As formas verbais utilizadas nos dois últimos versos possuem o mesmo sentido figurado. II. A forma verbal utilizada no segundo verso possui ali o único sentido literal do verbo. III. A forma verbal empregada no segundo verso tem o sentido de “enviar”. IV. A forma verbal empregada no último verso compõe uma expressão com uso e sentido informais.
Assinale a alternativa correta.
I. Em “suas supostas alternativas”, o pronome possessivo “suas” tem como referente o termo “faxineiros”.
II. Em “acusando-a de indução subliminar”, o pronome oblíquo átono “a” retoma o termo “mãe”.
III. Em (...) “se nada der certo”, a conjunção em destaque estabelece uma condição.
IV. Em “A responsável disse ainda estar com medo até de sair com a filha”, a expressão “até” indica inclusão.
Assinale a alternativa correta.