Questões de Vestibular de Português - Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.

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Q1362643 Português
TEXTO 1
Sair ou não sair, eis a questão!

Entrevista com Dr.ª Olga Inês Tessari



(Texto adaptado. Disponível em <http://olgatessari.com/id225.htm >. Acesso em 28/05/2013.)

TEXTO 2
Sair de casa requer planejamento e maturidade
Eduardo Gois
Dependência dos filhos revela pais despreparados para nova realidade 



(Texto adaptado. Disponível em <http://jornalsantuario.wordpress.com/2012/07/26/sair-de-casarequer-planejamento-e-maturidade/>. Acesso em 28/05/2013.)

TEXTO 3
No dia em que eu saí de casa
Intérpretes: Zezé Di Camargo e Luciano
      No dia em que eu saí de casa,
      Minha mãe me disse:
      – Filho, vem cá!

5    Passou a mão em meus cabelos,
      Olhou em meus olhos,
      Começou falar:

      – Por onde você for, eu sigo
10  Com meu pensamento,
      Sempre onde estiver.

      – Em minhas orações,
      Eu vou pedir a Deus
15  Que ilumine os passos seus.

      Eu sei que ela nunca compreendeu
      Os meus motivos de sair de lá.

20  Mas ela sabe que, depois que cresce,
      O filho vira passarinho e quer voar.

      Eu bem queria continuar ali,
      Mas o destino quis me contrariar.
25
      E o olhar de minha mãe na porta
      Eu deixei, chorando a me abençoar.

      A minha mãe, naquele dia,
30  Me falou do mundo como ele é.

      Parece que ela conhecia
      Cada pedra em que eu iria pôr o pé.

35  E sempre ao lado do meu pai,
      Da pequena cidade ela jamais saiu.

      Ela me disse assim:
      – Meu filho, vá com Deus,
40  Que este mundo inteiro é seu.
                                        (...)

(Texto adaptado. Disponível em <http://zeze-di-camargo-eluciano.musicas.mus.br/letras/85384>. Acesso em 28/05/2013.)

Assinale o que for correto, considerando a leitura dos textos 1, 2 e 3.
O significado da palavra “usar”, em “ ‘usar’ a mãe para fazer comidinhas ou limpeza” (texto 1, linhas 31-32) e o da expressão “se virar”, em “Aprender a se virar mais cedo” (texto 2, linhas 47-48), aproximam-se, pois, entre elas, evidencia-se a sinonímia.
Alternativas
Q1362641 Português
TEXTO 1
Sair ou não sair, eis a questão!

Entrevista com Dr.ª Olga Inês Tessari



(Texto adaptado. Disponível em <http://olgatessari.com/id225.htm >. Acesso em 28/05/2013.)

TEXTO 2
Sair de casa requer planejamento e maturidade
Eduardo Gois
Dependência dos filhos revela pais despreparados para nova realidade 



(Texto adaptado. Disponível em <http://jornalsantuario.wordpress.com/2012/07/26/sair-de-casarequer-planejamento-e-maturidade/>. Acesso em 28/05/2013.)

TEXTO 3
No dia em que eu saí de casa
Intérpretes: Zezé Di Camargo e Luciano
      No dia em que eu saí de casa,
      Minha mãe me disse:
      – Filho, vem cá!

5    Passou a mão em meus cabelos,
      Olhou em meus olhos,
      Começou falar:

      – Por onde você for, eu sigo
10  Com meu pensamento,
      Sempre onde estiver.

      – Em minhas orações,
      Eu vou pedir a Deus
15  Que ilumine os passos seus.

      Eu sei que ela nunca compreendeu
      Os meus motivos de sair de lá.

20  Mas ela sabe que, depois que cresce,
      O filho vira passarinho e quer voar.

      Eu bem queria continuar ali,
      Mas o destino quis me contrariar.
25
      E o olhar de minha mãe na porta
      Eu deixei, chorando a me abençoar.

      A minha mãe, naquele dia,
30  Me falou do mundo como ele é.

      Parece que ela conhecia
      Cada pedra em que eu iria pôr o pé.

35  E sempre ao lado do meu pai,
      Da pequena cidade ela jamais saiu.

      Ela me disse assim:
      – Meu filho, vá com Deus,
40  Que este mundo inteiro é seu.
                                        (...)

(Texto adaptado. Disponível em <http://zeze-di-camargo-eluciano.musicas.mus.br/letras/85384>. Acesso em 28/05/2013.)

Assinale o que for correto, considerando a leitura dos textos 1, 2 e 3.
O sentido contido na metáfora “O filho vira passarinho e quer voar” (texto 3, linha 21) aproxima-se do sentido contido na sequência textual “o hábito de ‘bancar’ os filhos” (texto 1, linha 56).
Alternativas
Q1362640 Português
TEXTO 1
Sair ou não sair, eis a questão!

Entrevista com Dr.ª Olga Inês Tessari


(Texto adaptado. Disponível em <http://olgatessari.com/id225.htm >. Acesso em 28/05/2013.)

TEXTO 2
Sair de casa requer planejamento e maturidade
Eduardo Gois
Dependência dos filhos revela pais despreparados para nova realidade 

(Texto adaptado. Disponível em <http://jornalsantuario.wordpress.com/2012/07/26/sair-de-casarequer-planejamento-e-maturidade/>. Acesso em 28/05/2013.)

TEXTO 3
No dia em que eu saí de casa
Intérpretes: Zezé Di Camargo e Luciano
      No dia em que eu saí de casa,
      Minha mãe me disse:
      – Filho, vem cá!

5    Passou a mão em meus cabelos,
      Olhou em meus olhos,
      Começou falar:

      – Por onde você for, eu sigo
10  Com meu pensamento,
      Sempre onde estiver.

      – Em minhas orações,
      Eu vou pedir a Deus
15  Que ilumine os passos seus.

      Eu sei que ela nunca compreendeu
      Os meus motivos de sair de lá.

20  Mas ela sabe que, depois que cresce,
      O filho vira passarinho e quer voar.

      Eu bem queria continuar ali,
      Mas o destino quis me contrariar.
25
      E o olhar de minha mãe na porta
      Eu deixei, chorando a me abençoar.

      A minha mãe, naquele dia,
30  Me falou do mundo como ele é.

      Parece que ela conhecia
      Cada pedra em que eu iria pôr o pé.

35  E sempre ao lado do meu pai,
      Da pequena cidade ela jamais saiu.

      Ela me disse assim:
      – Meu filho, vá com Deus,
40  Que este mundo inteiro é seu.
                                        (...)

(Texto adaptado. Disponível em <http://zeze-di-camargo-eluciano.musicas.mus.br/letras/85384>. Acesso em 28/05/2013.)

Sobre os textos 1, 2 e 3, assinale a alternativa correta.
No texto 2, a expressão “suar a própria camisa” (linha 7) aproxima-se do sentido contido em “se sustentar sozinho” (linhas 19-20), no texto 1.
Alternativas
Q1362626 Português

TEXTO 2
Sair de casa requer planejamento e maturidade
Eduardo Gois
Dependência dos filhos revela pais despreparados para nova realidade



(Texto adaptado. Disponível em <http://jornalsantuario.wordpress.com/2012/07/26/sair-de-casarequer-planejamento-e-maturidade/>. Acesso em 28/05/2013.)

Assinale a alternativa correta quanto ao conteúdo expresso no texto.
Os vocábulos “ressignificar” (linha 33) e “reavaliar” (linha 55) trazem a ideia de que os pais precisam dar um novo sentido aos seus relacionamentos e avaliar novamente a sua vida, depois que os filhos saem de casa.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: UCPEL Órgão: UCPEL Prova: UCPEL - 2016 - UCPEL - Vestibular |
Q1361076 Português

Leia o texto a seguir.



Na linha 49, a palavra “fiúza” só não pode ser entendida como
Alternativas
Ano: 2015 Banca: UCPEL Órgão: UCPEL Prova: UCPEL - 2015 - UCPEL - Vestibular |
Q1361026 Português

Leia o texto a seguir.


Na linha 41, a palavra “pé-d’água” só não pode ser entendida como

Alternativas
Ano: 2013 Banca: UCPEL Órgão: UCPEL Prova: UCPEL - 2013 - UCPEL - Vestibular |
Q1360936 Português
Na linha 81, a palavra “mansuetas” só não pode ser entendida como
Alternativas
Ano: 2012 Banca: UCPEL Órgão: UCPEL Prova: UCPEL - 2012 - UCPEL - Vestibular |
Q1359506 Português

Leia o texto a seguir.


Na linha 28, “insólita” só não pode ser entendida como
Alternativas
Ano: 2011 Banca: UCPEL Órgão: UCPEL Prova: UCPEL - 2011 - UCPEL - Vestibular |
Q1359456 Português

Leia o texto a seguir.


                            

Na linha 40, a palavra “laurel” só não pode ser entendida como
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UCPEL Órgão: UCPEL Prova: UCPEL - 2010 - UCPEL - Vestibular |
Q1359406 Português

Leia o texto a seguir




Na linha 4, a palavra “ermo” só NÃO pode ser entendida como
Alternativas
Ano: 2009 Banca: UCPEL Órgão: UCPEL Prova: UCPEL - 2009 - UCPEL - Vestibular |
Q1359311 Português

Leia o texto a seguir.


O MENINO E O INFINITO



Na linha 23, a palavra “basbaques” só NÃO pode ser entendida como
Alternativas
Ano: 2008 Banca: UCPEL Órgão: UCPEL Prova: UCPEL - 2008 - UCPEL - Vestibular |
Q1359261 Português

Leia o texto a seguir.

ANGELINA

I

    A mão de Deus passou de leve pelos seus cabelos loiros e ela adormeceu. 
    Ao pé de sua alcova, nesse dia de luto e de tristeza para os de sua casa, as roseiras amareleciam e finavam também com saudade. 
    Era quase noite... a lua pálida, como um cadáver, surgia através da montanha, atirando os primeiros raios à cabeceira da morta.

II
    Angelina expirara com um sorriso a brincar-lhe na boca cor de rosa.
    É assim que emurchece a campainha dos vales; é assim que morre a abelha que não lhe encontra no seio o último favo de mel.
    A alma da criança voara de seus lábios sorrindo e parecia adejar ainda em torno daquela cabeça emoldurada em ouro.
    É que as almas das moças bonitas são como as mariposas da noite, amam as rosas mesmo depois que se esfolham. 

III
Pobre Angelina!
    E a dor prostrara a todos naquela casa, porque ninguém supunha que ela morresse; tão linda que era, tão cheia de vida!
    A família não se animara a vê-la no leito de defunta.
    Apenas de joelhos junto à cabeceira, chorava uma pobre escrava que a trouxera aos peitos, quando pequena, e chorava com a eloqüência dessas agonias maternais que não se explicam.

IV 

    E a Nhan-nhanzinha já não podia ouvir o soluçar de sua negra velha!
    Era em vão que as lágrimas caíam sobre as mãos frias da criança; o sono dos que vão para o céu é tão suave que os próprios espíritos aprazem-se em fazê-lo eterno! 


    E quando, no outro dia, o esquife saiu, a pobre escrava deixava cair sobre a mortalha fria de Angelina um ramo de cravos brancos, que fora arrancar no jardim.

VI 

    A ponte desceu... os convidados voltaram... e a menina ficou na sua cova do cemitério velho.
    Nunca mais a alegria voltou à estância.
  Durante um ano e mais, os escravos supersticiosos imaginavam ver a figura branca e vaporosa de Nhannhanzinha, altas horas da noite, voltear sorrindo por entre as cravinas e as rosas do canteiro grande ao pé da casa!

VII

    Mas, o certo foi que, sobre a sepultura da menina, nasceram muitos cravos brancos e perfumosos, cuja essência agreste e divina embalsama o leito de mármore dos que ali dormem...     Ainda hoje mesmo, as borboletas, que perpassam pelo ninho daquelas flores, parecem ser o espírito de Angelina que se lembra, com saudade, da casa onde nasceu e para onde nunca mais voltará!

LOBO DA COSTA, Francisco. Angelina. Arauto das Letras, 8 de outubro de 1882.

Na parte V, linha 1, a palavra “esquife” só não pode ser entendida como

Alternativas
Ano: 2007 Banca: UCPEL Órgão: UCPEL Prova: UCPEL - 2007 - UCPEL - Vestibular - Conhecimentos Gerais |
Q1359191 Português



LOBO DA COSTA, Francisco. Auras do sul. Rio Grande: Pinto & Cia, 1914.


No verso "Pérfida! brada o gaúcho",(v.85), a palavra "pérfida" só NÃO pode ser entendida como

Alternativas
Ano: 2006 Banca: UCPEL Órgão: UCPEL Prova: UCPEL - 2006 - UCPEL - Vestibular |
Q1359102 Português

DR. FLORISMAL

     Florismal!... Para Eugênio, aquele nome tinha um secreto encanto. Florismal aparecia quase todas as noites, chegava muito calmo, fumando o seu charuto de tostão e ia logo sentando na cadeira de balanço. Era um homem baixo, de cabelos ralos, quase calvo. No rosto gorducho e redondo, a barba forte era sempre uma sombra azulada, mesmo quando ele se escanhoava. Os dentes eram maus e miúdos. Florismal tinha uma voz macia e uma certa dignidade de estadista. Era um espírito conciliador e gabava-se de ter muita lábia. Nasci para advogado dizia. Se eu tivesse tido mais um pouco de juízo quando moço ... Calava-se, entortava a cabeça, batia a cinza do charuto e ficava em atitude sonhadora. Decerto a ver mentalmente o seu passado, os seus erros e uma carreira perdida. Ou então pensava apenas no efeito que aquelas palavras e aquela postura podiam estar produzindo nos interlocutores. A verdade era que amigos e conhecidos de Florismal sempre o chamavam para dar sentenças, e resolver questões. Diziase que o homenzinho arranjava causas para advogados sem clientela e ganhava com isso gordas comissões. Muito figurão tirava o chapéu ao cumprimentá-lo na rua. Florismal fazia até discursos políticos. Por isso tudo, os amigos lhe chamavam Dr. Florismal. A princípio, diziam doutor com uma pontinha de ironia. Florismal aceitava o título sorrindo, entre lisonjeado e divertido. Acabou ficando mesmo Dr. Florismal. Com o tempo, os amigos que gostavam dele esqueceram que aquilo era uma brincadeira e acabaram acreditando no título.

VERÍSSIMO, Érico. Olhai os lírios do campo. Rio de Janeiro:
Editora José Aguilar, 1966

Em "Era um espírito conciliador e gabava-se de ter muita lábia," a palavra sublinhada só NÃO pode ser entendida como
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FAG Órgão: FAG Prova: FAG - 2014 - FAG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1357092 Português
TEXTO II


    Nenhum país é tão pequeno como o nosso. Nele só existem dois lugares: a cidade e a Ilha. A separá-los, apenas um rio. Aquelas águas, porém, afastam mais que a sua própria distância. Entre um e outro lado reside um infinito. São duas nações, mais longínquas que planetas. Somos um povo, sim, mas de duas gentes, duas almas.
    As casas de cimento estão em ruína, exaustas de tanto abandono. Não são apenas casas destroçadas: é o próprio tempo desmoronando. Ainda vejo numa parede o letreiro já sujo pelo tempo: “A nossa terra será o túmulo do capitalismo”. Na guerra, eu tivera visões que não queria repetir. Como se essas lembranças viessem de uma parte de mim já morta.
    Tudo está sendo queimado pela cobiça dos novos-ricos. É isso que sucede em sua opinião. A Ilha é um barco que funciona às avessas. Flutua porque tem peso. Tem gente feliz, tem árvore, tem bicho e chão parideiro. Quando tudo isso lhe for tirado, a Ilha se afunda. A Ilha é o barco, nós somos o rio.
(Mia Couto)
Podemos caracterizar como expressões de ideias opostas no texto II:
Alternativas
Ano: 2013 Banca: FAG Órgão: FAG Prova: FAG - 2013 - FAG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1355793 Português
Para responder a questão, leia o texto abaixo:


Bombeiros resgatam paciente no Hospital da Restauração (HR).

    De acordo com a assessoria de comunicação da unidade de saúde, Amaro Edzio da Silva, de 47 anos, internado há cinco dias após sofrer uma queda no município de São Lourenço da Mata, estaria desorientado por conta de uma crise de abstinência alcoólica e, ao voltar do banheiro, teria entrado em uma porta utilizada apenas pelo pessoal da manutenção e que dá acesso ao forro do primeiro andar do prédio, onde funciona a emergência.
    O paciente continuou engatinhando entre o forro de gesso e a laje, sendo denunciado por outros pacientes. A equipe médica acionou o Corpo de Bombeiros que, após uma tentativa frustrada de negociação para que Amaro voltasse para a porta de acesso, resolveu abrir um buraco no gesso para fazer o resgate. O paciente caiu e sofreu um edema no rosto e passa por exames e continua em estado de observação.
Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR.
Assinale a alternativa correta:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FAG Órgão: FAG Prova: FAG - 2014 - FAG - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1355752 Português
Leia o texto abaixo, para responder a questão.


O apanhador de desperdícios


Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto de palavras fatigadas de informar.
Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da invencionática.Só uso a palavra para compor meus silêncios.

Manuel de Barros. Memórias Inventadas: a infância. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003.
Para o eu lírico, algumas palavras não lhe são prazerosas, enquanto outras merecem seu respeito. Para explicá-las usa-as em sentido figurado que sugerem ao leitor imagens diferentes e criativas. Que alternativa explica o sentido dos seguintes versos: “Não gosto de palavras fatigadas de informar.
Alternativas
Q1355663 Português
Texto 2


ACORDA, MENINO!


    O que diz o menino que dorme na praia? Talvez fale dos perigos do mar, da displicência dos pais. Ou de um assassinato a ser esclarecido.
    Mas é só um menino. Não deveria nos dar esta sensação de naufrágio da humanidade. Há dias, não adianta acusar governos, etnias, religiões, porque a falta de ar não cessa.
    É lágrima que não pinga, não seca nem escorre. É mais que um cadáver, é um assombro, uma dor insepulta de que tentamos nos livrar.
    E ainda suspeitamos de nós mesmos.
    Em nome dos deuses fazemos coisas que até o diabo duvida. Duvida e se defende, dizendo que não chegaria a tanto, embora comemore o resultado.
    Queríamos não ter visto nem sabido — maldito fotógrafo, maldita web e maldita imagem que, mesmo escorraçada da memória, dorme no tapete da sala e à noite repousa no nosso travesseiro, naquela pose mesmo que o mar beijava.
    Fica-nos a sensação de que Alá deu de ombros, Jeová lavou as mãos e, embriagados na bacanal do Olimpo, os outros também ignoraram o presente de grego numa praia do Mediterrâneo.
    Enquanto isso, no Hades, dançando e atualizando Castro Alves com outras infâmias no mar, ri-se Satanás.
http://www.cronicadodia.com.br/2015/09/acorda-menino-albir-jose-inacio-da-silva.html
Assinale a alternativa que apresenta as informações em seu sentido literal, ou seja, que não apresenta figura de linguagem, sentido figurado, em suas expressões.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: FAG Órgão: FAG Prova: FAG - 2015 - FAG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1355621 Português
Texto 1


A CHAVE
Ela abre mais do que uma porta, inaugura um novo tempo


    Certos objetos dão a exata medida de um relacionamento. A chave, por exemplo. Embora caiba no bolso, ela tem importância gigantesca na vida dos casais. O momento em que você oferece a chave da sua casa é aquele em que você renuncia à sua privacidade, por amor. Quando pede a chave de volta - ou troca a fechadura da porta - está retomando aquilo que havia oferecido, por que o amor acabou.
    O primeiro momento é de exaltação e esperança. O segundo é sombrio.
    Quem já passou pela experiência sabe como é gostoso carregar no bolso - ou na bolsa - aquela cópia de cinco reais que vai dar início à nova vida. Carregada de expectativas e temores, a chave será entregue de forma tímida e casual, como se não fosse importante, ou pode vir embalada em vinho e flores, pondo violinos na ocasião. Qualquer que seja a cena, não cabe engano: foi dado um passo gigantesco. Alguém pôs na mão de outro alguém um totem de confiança.
    Não interessa se você dá ou ganha a chave, a sensação é a mesma. Ou quase. Quem a recebe se enche de orgulho. No auge da paixão, e a pessoa que provoca seus melhores sentimentos (a pessoa mais legal do mundo, evidentemente) põe no seu chaveiro a cópia discreta que abre a casa dela. Você só nota mais tarde, quando chega à sua própria casa e vai abrir a porta. Primeiro, estranha a cor e o formato da chave nova, mas logo entende a delicadeza da situação. Percebe, com um sorriso nos lábios, que suas emoções são compartilhadas. Compreende que está sendo convidado a participar de outra vida. Sente, com enorme alívio, que foi aceito, e que uma nova etapa tem início, mais intensa e mais profunda que anterior. Aquela chave abre mais do que uma porta. Abre um novo tempo.
    O momento de entregar a chave sempre foi para mim o momento de máximo otimismo.
    [...]
    Você tem certeza de que a outra pessoa ficará feliz e comovida, mas ao mesmo tempo teme, secretamente, ser recusado. Então vê nos olhos dela a alegria que havia antecipado e desejado. O rosto querido se abre num sorriso sem reservas, que você não ganharia se tivesse lhe dado uma joia ou uma aliança. (Uma não vale nada; para a outra ela não está pronta). Por isto ela esperava, e retribui com um olhar cheio de amor. Esse é um instante que viverá na sua alma para sempre. Nele, tudo parece perfeito. É como estar no início de um sonho em que nada pode dar errado. A gente se sente adulto e moderno, herdeiro dos melhores sonhos da adolescência, parte da espécie feliz dos adultos livres que são amados e correspondidos - os que acharam uma alma gêmea, aqueles que jamais estarão sozinhos.
    Se as chaves de despedida parecem a pior coisa do mundo, não são.
    [...]
    A gente sabe que essas coisas, às vezes, são efêmeras, mas é tão bonito.
    Pode ser que dentro de três meses ou três anos a chave inútil e esquecida seja encontrada no bolso de uma calça ou no fundo de uma bolsa. Ela já não abrirá porta alguma exceto a da memória, que poderá ser boa ou ruim. O mais provável é que o tato e a visão daquela ferramenta sem propósito provoquem um sorriso agridoce, grisalho de nostalgia. Essa chave do adeus não dói, ela constata e encerra.
    Nestes tempos de arrogante independência, em que a solidão virou estandarte exibido como prova de força, a doação de chaves ganhou uma solenidade inesperada. Com ela, homens e mulheres sinalizam a disposição de renunciar a um pedaço da sua sagrada liberdade pessoal. Sugerem ao outro que precisam dele e o desejam próximo. Cedem o seu terreno, correm o risco. É uma forma moderna e eloquente de dizer “eu te amo”. E, assim como a outra, dispensa “eu também”. Oferece a chave quem está pronto, aceita a chave quem a deseja, reciproca, oferecendo a sua, quem sente que é o caso, verdadeiramente. Nada mais triste que uma chave falsa. Ela parece abrir uma esperança, mas abre somente uma ilusão.
Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2015/04/chave.html
Em “... um sorriso agridoce, grisalho de nostalgia.”, o termo destacado significa
Alternativas
Q1355532 Português

BITTENCOURT, Renato Nunes. O advento do homem-massa. Disponível em: < http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/52/o-adventodo-homem-massa-na-decadente-conjuntura-da-degradacao-cultural187560-1.asp>. Acesso em: nov. 2010. Adaptado.



A alternativa cujos vocábulos equivalem-se semanticamente, no contexto, é a
Alternativas
Respostas
261: E
262: E
263: C
264: C
265: C
266: C
267: E
268: B
269: C
270: C
271: D
272: A
273: C
274: D
275: D
276: A
277: E
278: A
279: A
280: D