Questões de Vestibular
Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português
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02 as proas giram sozinhas…
03 Numa das naves que afundaram
04 é que certamente tu vinhas.
05 Eu te esperei todos os séculos
06 sem desespero e sem desgosto,
07 e morri de infinitas mortes
08 guardando sempre o mesmo rosto
09 Quando as ondas te carregaram
10 meu olhos, entre águas e areias,
11 cegaram como os das estátuas,
12 a tudo quanto existe alheias.
13 Minhas mãos pararam sobre o ar
14 e endureceram junto ao vento,
15 e perderam a cor que tinham
16 e a lembrança do movimento.
17 E o sorriso que eu te levava
18 desprendeu-se e caiu de mim:
19 e só talvez ele ainda viva
20 dentro destas águas sem fim.
I. Os versos Eu te esperei todos os séculos (verso 05) e e morri de infinitas mortes (verso 07) lançam mão da figura de linguagem conhecida como hipérbole.
II. Na última estrofe E o sorriso que eu te levava/desprendeu-se e caiu de mim:/e só talvez ele ainda viva/dentro destas águas sem fim, o eu lírico sinaliza uma superação das suas dores amorosas.
III. A referência a “estátuas”, no poema, nos faz classificar “Canção” como um poema parnasiano tardio.
Assinale a alternativa correta:
Texto para a questão


Ciência e aquecimento global
1. O que até recentemente parecia ficção tomou forma na realidade como desafio que exige – se não solução imediata, algo bem provável – ao menos encaminhamento promissor.
2. O aquecimento global, como consequência da liberação crescente na atmosfera de gases de efeito estufa, é o maior impacto ambiental da história da civilização, o que não significa que aponte para o final dos tempos. (...)
3. O conhecimento científico tem participação ampla e profunda tanto no processo de aquecimento da Terra como nos encaminhamentos para evitar uma tragédia de proporções inéditas para a humanidade. Foram avanços de natureza científica – particularmente na termodinâmica, o estudo das transformações da energia – que permitiram a substituição de músculos humanos e animais pelas engrenagens das máquinas. Este mesmo conhecimento advertiu, já no século XIX, para o praticamente inevitável aquecimento futuro da atmosfera por elementos tão insuspeitos quanto vapor d’água e dióxido de carbono.
4. As manchetes dos jornais, anunciando a identificação do aquecimento global a partir de atividades humanas, fizeram do dióxido de carbono um vilão quase indefensável ao longo dos últimos meses. A verdade, no entanto, é que este gás é imprescindível para a vida como a conhecemos e, além disso, atua como cobertor químico, para fazer da Terra o mundo aconchegante que ela é.
5. Quais as possibilidades de o atual conhecimento científico permitir uma reversão deste processo, ainda que nem tudo volte a ser como antes?
6. A identificação do aquecimento global como de origem antrópica, devidamente separada de causas naturais que já foram responsáveis por esta ocorrência mais de uma vez na história da Terra, certamente não deve passar despercebida. Assim, o obstáculo maior, ao que tudo indica, não está no estoque de conhecimentos – promissores ainda que não ilimitados – mas na necessidade de mudança de hábitos, pela primeira vez na história da civilização, de toda a humanidade.
(Ponto de Vista. Scientific American Brasil, São Paulo: Ed. Especial, dez. 2003, p. 7)
i. “Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador [...]”. (subtítulo)
ii. “[…] mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão [...]”. (1º parágrafo)
Assinale a alternativa na qual todas as palavras substituem respectivamente os termos grifados sem que haja mudança de sentido.
Fonte: http://sociologia.uol.com.br/barbarie-e-terror-ou-a-conta-chegou/ 30.12.2016. Acesso em: 23 de mar 2017.
TEXTO 2
TEXTO 3

NSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Disponível em: <http://www.meusdicionarios.com.br/humildade>.
Acesso em: 09 ago. 2016.
A partir da sua condição social de mulher, negra, favelada, catadora de lixo e mãe solteira, Carolina Maria de Jesus, em Quarto de despejo, compôs um angustiante retrato do Brasil em meados do século XX. Para isso, utilizou de figuras de linguagem como metáforas, metonímias, comparações, analogias e ironias, que, somadas à sua coloquialidade, consolidaram uma das manifestações mais representativas do lirismo presente na fala do povo brasileiro.
Entre as citações abaixo, retiradas de Quarto de despejo, ASSINALE aquela que NÃO apresenta linguagem figurada.
Leia o texto ‘Cresce violência nas escolas’ e responda à questão.
Os atos de violência contra os professores têm aumentado, de maneira inquietadora, apesar das medidas tomadas pelas autoridades para coibilos, como mostram dados levantados pela reportagem do Estado nas escolas públicas e particulares de ensino fundamental e médio do Estado de São Paulo. No primeiro semestre deste ano, foram registrados nada menos do que 548 boletins de ocorrência de agressão física de alunos contra professores, o que dá uma média de três por dia.
No caso da rede pública estadual, que conta com 5,2 mil unidades, dados da Secretaria da Educação indicam que aqueles casos de agressão subiram de 188 em 2015 para 249 em 2016. O problema não é de hoje. Resultados de um levantamento publicado em 2013 mostram que 44% dos professores da rede de ensino básico já haviam sofrido algum tipo de violência, sendo as mais comuns as verbais (39%) e as de assédio moral (10%). As de violência física não passavam de 5%, o que indica que a situação vem piorando.
Esse problema é um grande desafio para as autoridades porque tem vários aspectos importantes a serem atacados ao mesmo tempo, tais como a quebra de disciplina e autoridade – que começa em casa –, sem as quais a escola não funciona, a desestruturação da família, as carências sociais, a falta de perspectiva profissional para os jovens, em contraste com a sedução das drogas e do tráfico, e a difusão da cultura da violência. Sem se esquecer de que esse tipo de violência não é exclusivo das regiões e populações mais carentes.
Em contraposição a esta situação estarrecedora, em 2009, as autoridades educacionais de São Paulo lançaram a ideia inovadora da criação da figura de um professor mediador de conflitos para promover o diálogo e melhorar as relações entre os professores e os alunos. A ideia teve o apoio do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e da Prefeitura da capital e a participação, em sua implantação, do Tribunal de Justiça. A intenção dessa iniciativa é resolver os conflitos dentro da escola, evitando que eles descambem para a violência.
“Buscamos evitar a judicialização de conflitos. Desde criança se aprende que violência se responde com violência. E assim a justiça se tornou uma espécie de vingança”, afirma o juiz Egberto de Almeida Penido, que participa de um dos projetos desse programa, indicando o esforço que os mediadores devem fazer para matar no nascedouro o ciclo de ódio que leva à agressão.
Um exemplo dos resultados que podem ser obtidos com a ação dos mediadores de conflitos, citado pela reportagem, é o da Escola Estadual Sérgio Murilo Raduan, no Jardim Varginha, extremo sul da capital. Ali, só no primeiro bimestre de 2016, foram registrados 46 casos de desrespeito ao professor ou funcionário por aluno e neste ano, no mesmo período, o número baixou para 12 por causa do diálogo promovido entre as partes pelos mediadores, precedido de uma calma conversa com o aluno exaltado.
Apesar desses resultados animadores, os números que mostram o aumento das agressões deixam claro que a ação dos mediadores de conflito não é uma panaceia. Tem limites. Quando o diálogo falha e a agressão ocorre, quebrando o princípio da autoridade – além, é claro, do dano físico ou moral causado ao agredido –, o caso tem de ter desdobramentos administrativos e criminais. O agressor tem de ser responsabilizado por seus atos.
Todos os esforços devem ser feitos, em todos os planos possíveis, para atacar o complexo problema da violência entre os jovens. Mas, ultrapassado o limite da integridade física e moral, assim como o da disciplina em sala de aula, não pode haver tolerância com a violência. O recente episódio da brutal agressão sofrida pela professora Márcia Friggi, da cidade de Indaial, em Santa Catarina – que está longe de ser um caso isolado –, vítima de um aluno de 15 anos, que já havia agredido antes a própria mãe, mostra o alto preço que sempre se paga por tolerar a impunidade, dentro ou fora das escolas.
O Estado de S. Paulo, 25 agosto 2017.
Disponível em http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,cresceviolencia-nas-escolas,70001949611. Acesso em 30.11.2017
Assim que por gente me entendi
por sua causa acreditei que namorava um bem-te-vi e pelo amor me apaixonei
Você tirou meus dentes de leite e dizia à ‘sua menina’ que deveria jogá-los no telhado declamando uma rima ... ... Quantas vezes cortou minha franja? Quantas vezes fingiu brincar de manja? Quantas vezes me fez ler um mapa? Quantas vezes me educou no tapa?
Num doze de março você veio ao mundo sem saber como seria profundo o sulco na alma da filha mais velha que tanto temeu ser analfabeta
Acho que deu certo, meu velho pai você atingiu a sua meta ... e a ninguém, mais do que a você responsabilizo hoje por eu pretender ser poeta.
Amor para quem odeia, 2ª ed. 2016, p. 23-24.
Aponte a alternativa que contém erro de análise:
O texto a seguir servirá de base para a questão.
Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança ([Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo] SBPE) totalizaram R$ 20,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, montante 9,1% inferior ao registrado em igual intervalo de 2016, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Foram financiadas, com recursos das cadernetas de poupança, 82,5 mil unidades entre aquisições e construções no período, recuo de 17,9% em relação à primeira metade de 2016, quando 100,5 mil imóveis foram financiados.
Apenas em junho, conforme a Abecip, o montante de financiamento imobiliário alcançou R$ 3,8 bilhões, alta de 6,5% em relação a maio, mas retração de 11,1% no período de um ano. A quantidade de imóveis financiados no mês passado subiu 5,7% e recuou 22%, nas mesmas bases de comparações, para 15,4 mil unidades.
“O primeiro semestre foi ruim. Esperamos decrescimento menor ou ao menos empate com o ano passado e isso não aconteceu, mas o patamar de empréstimos continuou interessante”, disse o presidente da Abecip, Gilberto Abreu, em coletiva de imprensa, lembrando que as empresas estão em um ritmo menor de construção de novos empreendimentos após um ciclo de elevados estoques (Estadão, 26/07/2017).
A respeito dos anúncios, analise as afirmativas a seguir.
I) Ambos os textos exploram o recurso da polissemia.
II) Os textos são impróprios; utilizam palavras ofensivas ou da gíria.
III) O primeiro texto utiliza o recurso da intertextualidade, remetendo a “pai dos burros”.
IV) No segundo texto, “pública” e “privada” são antônimos.
V) As palavras “burro” e “privada” foram usadas em seu sentido denotativo.
Estão corretas apenas:
Os articuladores destacados podem ser substituídos, sem prejuízo do significado original no texto, por: