Questões de Vestibular de Português - Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.

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Ano: 2017 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2017 - IF-PR - Vestibular |
Q1271506 Português

O texto a seguir servirá de base para a questão.

    Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança ([Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo] SBPE) totalizaram R$ 20,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, montante 9,1% inferior ao registrado em igual intervalo de 2016, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

    Foram financiadas, com recursos das cadernetas de poupança, 82,5 mil unidades entre aquisições e construções no período, recuo de 17,9% em relação à primeira metade de 2016, quando 100,5 mil imóveis foram financiados.

    Apenas em junho, conforme a Abecip, o montante de financiamento imobiliário alcançou R$ 3,8 bilhões, alta de 6,5% em relação a maio, mas retração de 11,1% no período de um ano. A quantidade de imóveis financiados no mês passado subiu 5,7% e recuou 22%, nas mesmas bases de comparações, para 15,4 mil unidades.

    “O primeiro semestre foi ruim. Esperamos decrescimento menor ou ao menos empate com o ano passado e isso não aconteceu, mas o patamar de empréstimos continuou interessante”, disse o presidente da Abecip, Gilberto Abreu, em coletiva de imprensa, lembrando que as empresas estão em um ritmo menor de construção de novos empreendimentos após um ciclo de elevados estoques (Estadão, 26/07/2017).

Analise o último parágrafo do texto, transcrito a seguir, e depois escolha a alternativa correta. “O primeiro semestre foi ruim. Esperamos (1) decrescimento (2) menor ou ao menos empate (3) com o ano passado e (4) isso não aconteceu, mas o patamar de empréstimos continuou interessante”, disse o presidente da Abecip, Gilberto Abreu, em coletiva de imprensa, lembrando que as empresas estão em um ritmo menor de construção de novos empreendimentos após um ciclo de elevados estoques. Há uma inadequação:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2017 - IF-PR - Vestibular |
Q1271503 Português

A respeito dos anúncios, analise as afirmativas a seguir.

I) Ambos os textos exploram o recurso da polissemia.

II) Os textos são impróprios; utilizam palavras ofensivas ou da gíria.

III) O primeiro texto utiliza o recurso da intertextualidade, remetendo a “pai dos burros”.

IV) No segundo texto, “pública” e “privada” são antônimos.

V) As palavras “burro” e “privada” foram usadas em seu sentido denotativo.

Estão corretas apenas:

Alternativas
Ano: 2017 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2017 - IF Sul - MG - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1271215 Português
Nós, os brasileiros

Uma editora europeia me pede que traduza poemas de autores estrangeiros sobre o Brasil. Como sempre, eles falam da Floresta Amazônica, uma floresta muito pouco real, aliás. Um bosque poético, com “mulheres de corpos alvíssimos espreitando entre os troncos das árvores, [...]”. Não faltam flores azuis, rios cristalinos e tigres mágicos.

Traduzo os poemas por dever de ofício, mas com uma secreta – e nunca realizada – vontade de inserir ali um grãozinho de realidade. Nas minhas idas (nem tantas) ao exterior, onde convivi, sobretudo, com escritores ou professores e estudantes universitários – portanto, gente razoavelmente culta – eu fui invariavelmente surpreendida com a profunda ignorância a respeito de quem, como e o que somos. – A senhora é brasileira? Comentaram espantados alunos de uma universidade americana famosa. – Mas a senhora é loira!

Depois de ler, num congresso de escritores em Amsterdã, um trecho de um dos meus romances traduzido em inglês, ouvi de um senhor elegante, dono de um antiquário famoso, que segurou comovido minhas duas mãos: – Que maravilha! Nunca imaginei que no Brasil houvesse pessoas cultas! Pior ainda, no Canadá alguém exclamou incrédulo: – Escritora brasileira? Ué, mas no Brasil existem editoras? A culminância foi a observação de uma crítica berlinense, num artigo sobre um romance meu editado por lá, acrescentando, a alguns elogios, a grave restrição: “porém não parece um livro brasileiro, pois não fala nem de plantas nem de índios nem de bichos”. 

Diante dos três poemas sobre o Brasil, esquisitos para qualquer brasileiro, pensei mais uma vez que esse desconhecimento não se deve apenas à natural (ou inatural) alienação estrangeira quanto ao geograficamente fora de seus interesses, mas também a culpa é nossa. Pois o que mais exportamos de nós é o exótico e o folclórico. 

Em uma feira do livro de Frankfurt, no espaço brasileiro, o que se via eram livros (não muito bem arrumados), muita caipirinha na mesa e televisões mostrando carnaval, futebol, praia e mato. E eu, mulher essencialmente urbana, escritora das geografias interiores de meus personagens eróticos, senti-me tão deslocada quanto um macaco em uma loja de cristais. Mesmo que tentasse explicar, ninguém acreditaria que eu era tão brasileira quanto qualquer negra de origem africana vendendo acarajé nas ruas de Salvador. Porque o Brasil é tudo isso. E nem a cor de meu cabelo e olhos, nem meu sobrenome, nem os livros que li na infância, nem o idioma que falei naquele tempo, além do português, fazem-me menos nascida e vivida nesta terra de tão surpreendentes misturas: imensa, desaproveitada, instigante e (por que ter medo da palavra?) maravilhosa.

(Luft, Lya. Pensar e transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2005, pág. 49 – 51) 
(...) porém não parece um livro brasileiro, pois não fala nem de plantas (...)
Os articuladores destacados podem ser substituídos, sem prejuízo do significado original no texto, por:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2017 - IF Sul - MG - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1271214 Português
Nós, os brasileiros

Uma editora europeia me pede que traduza poemas de autores estrangeiros sobre o Brasil. Como sempre, eles falam da Floresta Amazônica, uma floresta muito pouco real, aliás. Um bosque poético, com “mulheres de corpos alvíssimos espreitando entre os troncos das árvores, [...]”. Não faltam flores azuis, rios cristalinos e tigres mágicos.

Traduzo os poemas por dever de ofício, mas com uma secreta – e nunca realizada – vontade de inserir ali um grãozinho de realidade. Nas minhas idas (nem tantas) ao exterior, onde convivi, sobretudo, com escritores ou professores e estudantes universitários – portanto, gente razoavelmente culta – eu fui invariavelmente surpreendida com a profunda ignorância a respeito de quem, como e o que somos. – A senhora é brasileira? Comentaram espantados alunos de uma universidade americana famosa. – Mas a senhora é loira!

Depois de ler, num congresso de escritores em Amsterdã, um trecho de um dos meus romances traduzido em inglês, ouvi de um senhor elegante, dono de um antiquário famoso, que segurou comovido minhas duas mãos: – Que maravilha! Nunca imaginei que no Brasil houvesse pessoas cultas! Pior ainda, no Canadá alguém exclamou incrédulo: – Escritora brasileira? Ué, mas no Brasil existem editoras? A culminância foi a observação de uma crítica berlinense, num artigo sobre um romance meu editado por lá, acrescentando, a alguns elogios, a grave restrição: “porém não parece um livro brasileiro, pois não fala nem de plantas nem de índios nem de bichos”. 

Diante dos três poemas sobre o Brasil, esquisitos para qualquer brasileiro, pensei mais uma vez que esse desconhecimento não se deve apenas à natural (ou inatural) alienação estrangeira quanto ao geograficamente fora de seus interesses, mas também a culpa é nossa. Pois o que mais exportamos de nós é o exótico e o folclórico. 

Em uma feira do livro de Frankfurt, no espaço brasileiro, o que se via eram livros (não muito bem arrumados), muita caipirinha na mesa e televisões mostrando carnaval, futebol, praia e mato. E eu, mulher essencialmente urbana, escritora das geografias interiores de meus personagens eróticos, senti-me tão deslocada quanto um macaco em uma loja de cristais. Mesmo que tentasse explicar, ninguém acreditaria que eu era tão brasileira quanto qualquer negra de origem africana vendendo acarajé nas ruas de Salvador. Porque o Brasil é tudo isso. E nem a cor de meu cabelo e olhos, nem meu sobrenome, nem os livros que li na infância, nem o idioma que falei naquele tempo, além do português, fazem-me menos nascida e vivida nesta terra de tão surpreendentes misturas: imensa, desaproveitada, instigante e (por que ter medo da palavra?) maravilhosa.

(Luft, Lya. Pensar e transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2005, pág. 49 – 51) 
Assinale a alternativa em que o significado da palavra em destaque está INCORRETAMENTE interpretado.
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Ano: 2011 Banca: COPESE - IF-TM Órgão: IF-TM Prova: COPESE - IF-TM - 2011 - IF-TM - Vestibular - Prova 01 |
Q1270867 Português
Leia o fragmento do livro Morte e Vida Severina, e responda o que se pede.

E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequena a explosão, como a ocorrida; mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina.

Tendo o contexto em que ocorre o Auto pernambucano, de João Cabral de Melo Neto, o significado da palavra severina utilizada no último verso é:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Prova: IF-MT - 2017 - IF-MT - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1270552 Português

TEXTO IV

QUANTO TEMPO VOCÊ PRECISA FICAR LONGE DO CELULAR E DAS REDES PARA UMA

'DESINTOXICAÇÃO DIGITAL' EFETIVA? 



(Texto adaptado. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-39402166)

A expressão “com adicções a”, na primeira linha, pode ser substituída, sem prejuízo de sentido por:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Prova: IF-MT - 2017 - IF-MT - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1270547 Português

TEXTO II:


     Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho. Acessado em mar.2017)

Sobre a tirinha anterior, produzida em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Prova: IF-TO - 2017 - IF-TO - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1270268 Português
Eleição na França neste domingo determina o caminho da Europa.

É o ponto culminante de uma campanha atípica, cheia de escândalos e guinadas inesperadas, uma eleição genuinamente francesa e ao mesmo tempo global, uma espécie de reedição do choque do Brexit e Donald Trump. A publicação de e-mails roubados do Em Marcha!, o partido do candidato Emmanuel Macron, contamina a votação deste domingo na França, onde o centrista disputa a presidência com Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional. Macron é o favorito. A operação é similar à que golpeou a candidata democrata Hillary Clinton nas eleições norte-americanas de novembro e pode ter contribuído para a vitória do republicano Donald Trump. Como nos EUA, os franceses escolhem entre dois programas antagônicos, que conduzem a França e seus parceiros europeus por caminhos opostos. Se for necessário lembrar que as eleições francesas são globais, e que a que se disputa neste 7 de maio, na França, terá ecos além de suas fronteiras, aí está a “ação de pirataria maciça e coordenada” que o Em Marcha! denunciou na sexta-feira à noite. Pouco antes, tinham começado a ser divulgadas em fóruns da internet e nas redes sociais, informações internas do partido em forma de e-mails, contratos e documentos contábeis.
Durante todos os meses de longa campanha, a França temeu uma operação desse tipo. Como Clinton, Macron defende manter a política externa vigorosa diante da Rússia de Vladimir Putin. Como Trump – ou, pelo menos, o Trump da campanha –, Le Pen se declara próxima de Putin e defende uma guinada na política externa francesa para acomodar os interesses russos.
(…)
A eleição é feita como um referendo múltiplo. É um referendo sobre a Europa e o euro, e um segundo turno do referendo sobre a Constituição européia de 2005, que ganhou o não. Le Pen propõe em seu programa a saída da UE e do euro para voltar ao franco, posição que suavizou na reta final da campanha. Macron promove uma maior integração europeia, a partir de um relançamento da aliança franco-alemã, que foi o motor da construção da comunidade desde sua fundação depois da Segunda Guerra Mundial. Os franceses terão hoje duas opções muito contrastantes: UE e euro, sim ou não.
(...)
BASSETS, Marc. Eleição na França neste domingo determina o caminho da Europa. Disponível em:<http://www.caldeiraopolitico.com.br/materias/40076/17/Eleicao-naFrancca-neste-domingo determina-o-caminho-da-Europa>. Acesso em 09.05.2017.
A frase: “É o ponto culminante de uma campanha atípica, cheia de escândalos e guinadas inesperadas, uma eleição genuinamente francesa e ao mesmo tempo global” pode ser reescrita, sem perda do seu sentido original, conforme se apresenta em apenas uma das alternativas:
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UEFS Órgão: UEFS Prova: UEFS - 2010 - UEFS - Vestibular - Prova 1 |
Q1269571 Português

TEXTO:


Idade madura


ANDRADE, Carlos Drummond de. Idade madura. In: Reunião: 10 livros de poesia. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971. p. 121-123.


A alternativa que apresenta uma afirmação verdadeira sobre o fragmento transcrito do poema é a
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UEFS Órgão: UEFS Prova: UEFS - 2010 - UEFS - Vestibular - Prova 1 |
Q1269564 Português
TEXTO:


HILLMAN, James. A força do caráter: e a poética de uma vida longa. Tradução Eliana Sabino. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. p. 16. Tradução de: The force og character. 
Sobre o segundo parágrafo, está correto o que se afirma em
Alternativas
Ano: 2018 Banca: UNIMONTES Órgão: Unimontes - MG Prova: UNIMONTES - 2018 - Unimontes - MG - Vestibular - 1º Etapa |
Q1269450 Português

 Leia o texto a seguir e responda à questão de que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida. 

;

Há autores que evitariam o uso da repetição – ainda que não danosa – das palavras em destaque na passagem a seguir:

“Para eles, a redefinição da duração da adolescência seria essencial para assegurar que as leis que dizem respeito a esses jovens continuassem sendo asseguradas.” (Linhas 7-9)

Ao refletirmos acerca da escolha vocabular/lexical, percebemos que há inúmeras formas de redigir esse texto sem a repetição. No entanto, ao consultar um dicionário online, percebemos que nem todos os verbetes para substituir essas palavras imprimiriam um sentido apropriado, diante do contexto em evidência.

Vejamos:

sinônimos.com.br


dicionário de sinônimos online 

Imagem associada para resolução da questão

Sinônimo de assegurar

Garantir:

1 assegurar, asseverar, atestar, confirmar, certificar, prometer, afirmar, penhorar.

Responsabilizar-se:

2 responsabilizar-se, afiançar, abonar, fiar, endossar, avalizar, caucionar, comprometer-se, incumbir-se.

Defender:

3 defender, prevenir, salvaguardar, proteger, acautelar, preservar, livrar.

Sinônimo de assegurado

Que está garantido:

1garantido certo, confirmado, seguro, firme, estabelecido, indubitável, atestado, abonado, afiançado, asseverado.

Que se certificou e convenceu:

2 certificado, convencido, persuadido.

Que se encontra em equilíbrio:

3 sossegado, tranquilo, calmo, sereno.  


Disponível em: . Acesso em: 26 jun. 2018. 


Os termos em destaque na passagem mencionada (linhas 7-9), considerando sentidos apropriados – selecionados do dicionário online –, podem ser substituídos por, EXCETO

Alternativas
Ano: 2018 Banca: UNIMONTES Órgão: Unimontes - MG Prova: UNIMONTES - 2018 - Unimontes - MG - Vestibular - 1º Etapa |
Q1269449 Português

 Leia o texto a seguir e responda à questão de que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida. 

;

Observe a passagem a seguir:

“[...] um grupo de cientistas defende que a adolescência se estende dos 10 até os 24 anos.” (linhas 2-3).

Contraria essa ideia o que se encontra na alternativa

Alternativas
Ano: 2016 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2016 - IF-PR - Vestibular |
Q1269227 Português
Assinale a alternativa que reescreve o texto, a seguir, melhorando-lhe a estruturação, sem mudar-lhe o sentido. Mesmo que o idoso nunca tenha treinado na vida, ele tem uma possibilidade muito alta de melhorar a sua própria força. Se fizer de duas a três vezes por semana um exercício físico que misture duas modalidades, resistência e aeróbico, como musculação, caminhadas ou corridas, será mais que suficiente para aprimorar todos os aspectos cardíacos e respiratórios (Viver Bem, nov. 2015).
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Prova: IF-MT - 2016 - IF-MT - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1269097 Português

TEXTO III

Todos os homens são iguais perante Deus

E sem uma boa agência de propaganda,

todas as margarinas também.

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE PROPAGANDA 20º Anuário do Clube de Criação de São Paulo)

A relação que se estabelece entre os textos II e III, considerando o uso da referência bíblica, constitui uma
Alternativas
Ano: 2016 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: UPE Prova: UPENET/IAUPE - 2016 - UPE - Vestibular - 1º Dia |
Q1267811 Português
Texto 1

COMPREENDER O BRASIL É DIFÍCIL, MAS NÃO IMPOSSÍVEL

     Ouvimos muitos comentários de analistas sociais e também do senso comum (sobretudo) de que o grande mal do Brasil é o “jeitinho brasileiro”, que é atrelado à corrupção. Pois bem, a observação não é de todo errada, mas esconde outro truísmo aparente. Os males do Brasil enquanto nação e enquanto Estado assentam-se em dois pilares: o genocídio indígena e a escravidão africana.
     Advém daí o machismo e a cultura do estupro: as índias foram as primeiras a serem violentadas pelo colonizador europeu, o que acabou naturalizando essa abominável prática de invasão do corpo do outro, tempos depois aplicando-se o mesmo “método” no corpo da mulher negra e da mulher branca. Os escravocratas, em uma sociedade patriarcal, tornaram legítima também a decisão sobre o corpo da mulher, inclusive da sua esposa: bela, recatada e do lar, e da sua ama de leite (a mãe preta), cujo leite afro acalentava seu filho branco.
     Advém daí o racismo: o colonizador branco, com a chancela da religião cristã e da ciência, arrogou para si a superioridade racial branca, em detrimento do negro, do indígena e do asiático. Nem o questionável 13 de maio nem o estado democrático de direito superou isso. Isso é reproduzido hoje em nível societário. Quem mais morre nas periferias das cidades brasileiras são negros. Alguém cantou num passado recente “todo camburão tem um pouco de navio negreiro”.
     Advém daí o paternalismo: transplantamos para nossas relações humanas as antigas relações típicas de senhor escravo, não na acepção nietzschiana (moral do senhor/moral do escravo), mas na acepção eugênica herdada do darwinismo social de Spencer, que hierarquizou as raças, estando essas associadas ao processo civilizatório de aculturação do indígena, método descrito de forma primorosa por Alfredo Bosi em “As flechas do Sagrado”. Os jesuítas arrogaram para si a responsabilidade por “cuidar do indígena”, inculcando no colonizado a dependência contínua na esteira da “benevolência” mal intencionada. Mal sabiam os colonizadores que as etnias também negociavam, como enunciou Eduardo Viveiros de Castro em “A inconstância da alma selvagem”: os tupinambás jamais abriram mão do que lhes era essencial, a guerra.
     Advém daí o genocídio negro: desde 1982 até 2014 foram 1,2 milhões de negros mortos pela polícia nas periferias, dados da Anistia Internacional. O negro de hoje é o escravizado de ontem e o corpo reificado de anteontem. Na imprensa de hoje, a morte de um jovem branco de classe média suscita debates em torno da violência, ao passo que a morte de um negro é mais uma estatística. Do mesmo modo que a violência contra a mulher é naturalizada e contra a mulher negra duas vezes mais, pois aprendemos com a “globeleza” que o corpo negro feminino é o veículo do pecado e que o corpo feminino deve ser submetido à vontade do corpo masculino, estando apto desde sempre a servi-lo.
     Advém daí o genocídio indígena, ainda em curso. Ruralistas e posseiros o fazem à luz do dia no Norte e Centro-Oeste do país. A imprensa fala pouco, o silêncio cemiterial em torno do tema é um crime confesso, típico de quem consente porque se cala.
     Advém daí a corrupção, pois, no processo colonizatório, legitimou-se a prática de que tudo tem seu preço, quando até mesmo o corpo do outro poderia ser negociado, outrora o escravizado, tempos depois o trabalhador fabril, hoje qualquer alma vulnerável ao consumismo em busca de status.
     Resumo da ópera: a corrupção é um subciclo de dois ciclos maiores: genocídio e escravidão. Por isso esses dois temas interessam a todos os brasileiros. Enquanto não encararmos isso, não avançaremos como povo ou como nação.

Victor Martins. Disponível em: http://www.circulopalmarino.org.br/2016/05/compreender-o-brasil-e-dificil-mas-nao-impossivel. Acesso em: 14/07/16. Adaptado.
Quanto aos aspectos semânticos do vocabulário empregado no Texto 1, assinale a alternativa que identifica CORRETAMENTE o efeito de sentido obtido com o uso do termo destacado.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IF-PE Órgão: IF-PE Prova: IF-PE - 2017 - IF-PE - Vestibular - Técnico Superior |
Q1267496 Português

Disponível em: http://www.a12.com/redacaoa12/opiniao/doses-de-altruismo. Acesso: 10 out. 2017.

Analisando o diálogo entre as personagens e o contexto da tira que constitui o TEXTO 3, pode-se afirmar que
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UNEB Órgão: UNEB Prova: UNEB - 2017 - UNEB - Vestibular - Caderno 1 |
Q1267154 Português

TEXTO: 


O FIM DO EMPREGO

O futuro do trabalho no mundo globalizado



Adaptado de: MACHADO, João Luís de Almeida. O fim do emprego.
O futuro do trabalho no mundo globalizado. Disponível em: <http:/
/www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1069.
Passim> . Acesso em: 24 nov. 2017.

O que se afirma sobre fragmentos do texto está correto em
I. “Por incrível que pareça” (l. 8) – enfatiza uma situação inesperada ou inusitada. II. “da noite para o dia” (l. 19) – expressa situação real e previsível. III. “Tampouco é possível” (l. 23) – reitera uma negação anterior. IV. “A despeito de” (l. 26) – equivale à expressão ao contrário de. V. “em momento algum” (l. 82) – expressa negação de circunstância temporal.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a
Alternativas
Ano: 2010 Banca: FUVEST Órgão: FUVEST
Q1266811 Português
Das seguintes afirmações acerca de diferentes elementos linguísticos do texto, a única correta é:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: UENP Concursos Órgão: UENP Prova: UENP Concursos - 2018 - UENP - Vestibular - 1º Dia |
Q1266532 Português

Leia o poema a seguir.

tua mão

no meu seio

sim não

não sim

não é assim

que se mede

um coração

(RUIZ S., Alice. Dois em um. São Paulo: Iluminuras, 2018. p. 30.)


Sobre o poema, considere as afirmativas a seguir.

I. A referência ao corpo significa uma predisposição do sujeito lírico para o amor físico.

II. O terceiro e o quarto versos apontam para a ideia de dúvida quanto ao consentimento da carícia.

III. O quinto verso, apesar de proporcionar jogo de palavras com o verso anterior, representa um modo diferente de interpretar o gesto da mão no seio.

IV. Nos dois versos finais, a ideia de medir o coração é utilizada em linguagem figurada para remeter à avaliação de sentimentos.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2018 Banca: UENP Concursos Órgão: UENP Prova: UENP Concursos - 2018 - UENP - Vestibular - 1º Dia |
Q1266518 Português

Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.

Mais que farinha, água e sal

De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.

“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.

O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.

Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.

Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.

(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.) 

Com base no texto, assinale a alternativa que pode substituir, corretamente, a expressão destacada no trecho: “A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro”.
Alternativas
Respostas
461: C
462: A
463: A
464: C
465: D
466: A
467: A
468: E
469: B
470: B
471: A
472: C
473: C
474: A
475: A
476: E
477: D
478: C
479: E
480: C