Questões de Vestibular Sobre sintaxe em português

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Ano: 2011 Banca: UEPA Órgão: UEPA Prova: UEPA - 2011 - UEPA - Vestibular - PROVA OBJETIVA – 1a Fase |
Q1339984 Português
A solidão essencial

O amor que nos resolve a vida é uma promessa enganosa

Acho que foi um professor de cursinho quem contou em classe o mito dos andróginos. Parte homem e parte mulher, esses seres eram tão completos e tão felizes que despertaram a inveja de Zeus. Irado, o patriarca do Olimpo disparou raios que separaram em duas cada uma das criaturas perfeitas. Desde então, elas vagam pelo mundo em busca de sua metade. São solitárias e incompletas. Somos nós.

Não sei o que os gregos queriam dizer ao criar essa lenda, mas a maneira como nós a interpretamos, modernamente, é muito clara: existe alguém lá fora que nasceu para nós. Enquanto não acharmos essa metade (o amor verdadeiro), jamais seremos felizes.

Muitos de nós acreditamos nisso o tempo todo. Outros acreditam apenas de vez em quando. Raro é encontrar alguém totalmente imune a essa espécie de esperança (ou seria armadilha?) romântica.

Mas eu às vezes me pergunto se essa é uma ideia construtiva. É saudável imaginar que a nossa felicidade não depende de nós, mas, sim, de outra pessoa qualquer? Mesmo sem tomar o mito dos andróginos ao pé da letra, milhões de pessoas adiam o futuro diariamente à espera de que a vida lhes traga um grande amor, aquele que vai colocar tudo nos eixos.

Eu pergunto de novo: essa é uma ideia saudável?

Há um livro do qual eu gosto muito que trata dessa questão – a ideia do amor romântico – como nenhum outro. Chama-se “Sem fraude nem favor, estudos sobre o amor romântico” e foi escrito pelo psiquiatra e psicanalista pernambucano Jurandir Freire Costa, uma das pessoas que melhor fala dos sentimentos e das emoções no mundo real (que é o contrário do mundo idealizado no qual a gente, sem perceber, passa a maior parte da nossa vida).

Nesse livro, Jurandir afirma que o amor romântico – ao contrário de tudo que nos dizem – não é natural e universal, não é incontrolável e nem é condição essencial à felicidade humana. Isso seriam apenas coisas em que se acredita.

Não vou reproduzir os argumentos minuciosos e nem a prosa erudita do escritor, mas essencialmente ele afirma que o amor exaltado, sublime e raro que nós endeusamos é uma invenção social (como a música) e uma crença (como a religião) que pode perfeitamente ser questionada e modificada. Não existe um jeito eterno e imutável de amar, diz ele. O amor e a forma de encará-lo sempre variaram ao longo da história. Se nosso jeito atual de amar nos parece opressivo, antiquado ou insatisfatório, que tal tentar outra forma de amar?

É estranho pensar no amor dessa maneira, não? Estamos acostumados a vê-lo como algo imutável, quase sagrado, que as pessoas têm ou não têm, conseguem ou não conseguem. Mas claramente não é assim. Ao redor de nós existem pessoas que tratam o amor de forma muito diferente entre si. Fulano é muito romântico, quase tonto, enquanto fulana é de um pragmatismo inquietante: sabe exatamente o que deseja e vai atrás. Essas são diferenças reais, que mostram que o bicho amor não é exatamente o mesmo para todo o mundo.

Quando se compara o nosso modo de agir e pensar com o das outras culturas, as diferenças ficam ainda mais óbvias.

Nos últimos dias, eu tenho pensado muito em um aspecto particular da nossa ideologia do amor, aquele que diz que é impossível ser feliz sozinho. Não é só a música de Tom Jobim que afirma isso. Tudo que nos circunda brada a mesma mensagem. Ela está nos filmes, nas novelas, nas conversas. Ausência de parceiro é sinônimo de infelicidade, fracasso ou esquisitice. Ou tudo isso junto. Talvez seja verdade que a maioria das pessoas sem parceiros tendem a serem menos felizes, mas o contrário certamente é falso: estar com alguém, ter alguém, não é garantia de felicidade. A gente sabe disso, a gente vive isso, mas, socialmente, a gente não divide essa informação. Para todos os efeitos públicos, vale o seguinte combinado: se a pessoa está casada, ou tem um namorado bacana, sua vida está “resolvida”. Mas isso é falso, não? 

Namorei uma vez uma moça cujo pai, um sujeito espetacular, casado com uma mulher encantadora, estava há meses numa terrível depressão. Eu olhava para o sujeito e não entendia. Ele tinha mulher, filhos, casa, profissão, amigos e... tinha desmoronado. Os motivos íntimos da derrocada talvez nem ele soubesse, mas a lição para mim foi clara: nossas questões interiores não se resolvem com a parceria amorosa, nem mesmo com a família.

Não adianta nos cercamos de um cenário de propaganda de margarina (mulher, filhos, cachorro, condomínio) porque, ao final, nossa felicidade depende de nós, das forças interiores que nós somos capazes de mobilizar. As pessoas que amamos nos ajudam, mas elas não substituem nosso amor próprio, nossa motivação e a nossa estabilidade. Precisamos das pessoas, mas precisamos ainda mais de nós mesmos.

É por isso que a promessa de felicidade amorosa às vezes me incomoda. Ela é falsa. Ela é uma forma de propaganda enganosa. Ele conduz as pessoas numa procura inútil por alguém que as faça sentir inteiras e completas, quando, na verdade, essa sensação de inteireza talvez seja inalcançável.

Se a gente olhar de novo para o mito do andrógino, talvez haja nele outra sabedoria a ser extraída: a de que nós, homens e mulheres, somos criaturas intrinsecamente solitárias. Vivemos em grupo, precisamos do grupo e buscamos conforto na intimidade do outro, no amor. Mas talvez seja da nossa natureza jamais nos sentirmos inteiros e completos.

Talvez haja em nós uma inquietação inextinguível e uma angústia que advêm da nossa própria consciência e que nos torna humanos. O amor seria então um alento, um consolo, uma fogueira que nos protege do frio. Mas o frio está lá. E a melhor medida da felicidade talvez seja a forma como lidamos com ele. Como indivíduos, não como casais.

(Ivan Martins. Época on line, 06/01/2010.)
Sobre o 8º parágrafo, não se pode afirmar que:
Alternativas
Ano: 2011 Banca: UEPA Órgão: UEPA Prova: UEPA - 2011 - UEPA - Vestibular - PROVA OBJETIVA – 1a Fase |
Q1339983 Português
A solidão essencial

O amor que nos resolve a vida é uma promessa enganosa

Acho que foi um professor de cursinho quem contou em classe o mito dos andróginos. Parte homem e parte mulher, esses seres eram tão completos e tão felizes que despertaram a inveja de Zeus. Irado, o patriarca do Olimpo disparou raios que separaram em duas cada uma das criaturas perfeitas. Desde então, elas vagam pelo mundo em busca de sua metade. São solitárias e incompletas. Somos nós.

Não sei o que os gregos queriam dizer ao criar essa lenda, mas a maneira como nós a interpretamos, modernamente, é muito clara: existe alguém lá fora que nasceu para nós. Enquanto não acharmos essa metade (o amor verdadeiro), jamais seremos felizes.

Muitos de nós acreditamos nisso o tempo todo. Outros acreditam apenas de vez em quando. Raro é encontrar alguém totalmente imune a essa espécie de esperança (ou seria armadilha?) romântica.

Mas eu às vezes me pergunto se essa é uma ideia construtiva. É saudável imaginar que a nossa felicidade não depende de nós, mas, sim, de outra pessoa qualquer? Mesmo sem tomar o mito dos andróginos ao pé da letra, milhões de pessoas adiam o futuro diariamente à espera de que a vida lhes traga um grande amor, aquele que vai colocar tudo nos eixos.

Eu pergunto de novo: essa é uma ideia saudável?

Há um livro do qual eu gosto muito que trata dessa questão – a ideia do amor romântico – como nenhum outro. Chama-se “Sem fraude nem favor, estudos sobre o amor romântico” e foi escrito pelo psiquiatra e psicanalista pernambucano Jurandir Freire Costa, uma das pessoas que melhor fala dos sentimentos e das emoções no mundo real (que é o contrário do mundo idealizado no qual a gente, sem perceber, passa a maior parte da nossa vida).

Nesse livro, Jurandir afirma que o amor romântico – ao contrário de tudo que nos dizem – não é natural e universal, não é incontrolável e nem é condição essencial à felicidade humana. Isso seriam apenas coisas em que se acredita.

Não vou reproduzir os argumentos minuciosos e nem a prosa erudita do escritor, mas essencialmente ele afirma que o amor exaltado, sublime e raro que nós endeusamos é uma invenção social (como a música) e uma crença (como a religião) que pode perfeitamente ser questionada e modificada. Não existe um jeito eterno e imutável de amar, diz ele. O amor e a forma de encará-lo sempre variaram ao longo da história. Se nosso jeito atual de amar nos parece opressivo, antiquado ou insatisfatório, que tal tentar outra forma de amar?

É estranho pensar no amor dessa maneira, não? Estamos acostumados a vê-lo como algo imutável, quase sagrado, que as pessoas têm ou não têm, conseguem ou não conseguem. Mas claramente não é assim. Ao redor de nós existem pessoas que tratam o amor de forma muito diferente entre si. Fulano é muito romântico, quase tonto, enquanto fulana é de um pragmatismo inquietante: sabe exatamente o que deseja e vai atrás. Essas são diferenças reais, que mostram que o bicho amor não é exatamente o mesmo para todo o mundo.

Quando se compara o nosso modo de agir e pensar com o das outras culturas, as diferenças ficam ainda mais óbvias.

Nos últimos dias, eu tenho pensado muito em um aspecto particular da nossa ideologia do amor, aquele que diz que é impossível ser feliz sozinho. Não é só a música de Tom Jobim que afirma isso. Tudo que nos circunda brada a mesma mensagem. Ela está nos filmes, nas novelas, nas conversas. Ausência de parceiro é sinônimo de infelicidade, fracasso ou esquisitice. Ou tudo isso junto. Talvez seja verdade que a maioria das pessoas sem parceiros tendem a serem menos felizes, mas o contrário certamente é falso: estar com alguém, ter alguém, não é garantia de felicidade. A gente sabe disso, a gente vive isso, mas, socialmente, a gente não divide essa informação. Para todos os efeitos públicos, vale o seguinte combinado: se a pessoa está casada, ou tem um namorado bacana, sua vida está “resolvida”. Mas isso é falso, não? 

Namorei uma vez uma moça cujo pai, um sujeito espetacular, casado com uma mulher encantadora, estava há meses numa terrível depressão. Eu olhava para o sujeito e não entendia. Ele tinha mulher, filhos, casa, profissão, amigos e... tinha desmoronado. Os motivos íntimos da derrocada talvez nem ele soubesse, mas a lição para mim foi clara: nossas questões interiores não se resolvem com a parceria amorosa, nem mesmo com a família.

Não adianta nos cercamos de um cenário de propaganda de margarina (mulher, filhos, cachorro, condomínio) porque, ao final, nossa felicidade depende de nós, das forças interiores que nós somos capazes de mobilizar. As pessoas que amamos nos ajudam, mas elas não substituem nosso amor próprio, nossa motivação e a nossa estabilidade. Precisamos das pessoas, mas precisamos ainda mais de nós mesmos.

É por isso que a promessa de felicidade amorosa às vezes me incomoda. Ela é falsa. Ela é uma forma de propaganda enganosa. Ele conduz as pessoas numa procura inútil por alguém que as faça sentir inteiras e completas, quando, na verdade, essa sensação de inteireza talvez seja inalcançável.

Se a gente olhar de novo para o mito do andrógino, talvez haja nele outra sabedoria a ser extraída: a de que nós, homens e mulheres, somos criaturas intrinsecamente solitárias. Vivemos em grupo, precisamos do grupo e buscamos conforto na intimidade do outro, no amor. Mas talvez seja da nossa natureza jamais nos sentirmos inteiros e completos.

Talvez haja em nós uma inquietação inextinguível e uma angústia que advêm da nossa própria consciência e que nos torna humanos. O amor seria então um alento, um consolo, uma fogueira que nos protege do frio. Mas o frio está lá. E a melhor medida da felicidade talvez seja a forma como lidamos com ele. Como indivíduos, não como casais.

(Ivan Martins. Época on line, 06/01/2010.)
Após a vírgula, que conectores podem ser inseridos, sem alteração de sentido, no fragmento “... um sujeito espetacular, casado com uma mulher encantadora...” (12º parágrafo) ?
I. Mesmo. II. Embora. III. Porque. IV. Apesar de. V. Porém.
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Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: FAMEMA Prova: VUNESP - 2019 - FAMEMA - Vestibular 2020 - Prova II |
Q1339287 Português
Nas perguntas do médico “Tem praticado atividades físicas? Mudou hábitos alimentares?”, o sujeito das orações remete a “você”. Se os sujeitos fossem “atividades físicas” e “hábitos alimentares”, essas perguntas assumiriam, em conformidade com a norma-padrão, a seguinte redação:
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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: EINSTEIN Prova: VUNESP - 2018 - EINSTEIN - Vestibular 2019 - Prova 1 |
Q1339193 Português

     – Meu coração está apertado de ver tantas marcas no teu rosto, meu filho; essa é a colheita de quem abandona a casa por uma vida pródiga.

– A prodigalidade também existia em nossa casa.

– Como, meu filho?

– A prodigalidade sempre existiu em nossa mesa.

– Nossa mesa é comedida, é austera, não existe desperdício nela, salvo nos dias de festa.

– Mas comemos sempre com apetite.

– O apetite é permitido, não agrava nossa dignidade, desde que seja moderado.

– Mas comemos até que ele desapareça; é assim que cada um em casa sempre se levantou da mesa.

– É para satisfazer nosso apetite que a natureza é generosa, pondo seus frutos ao nosso alcance, desde que trabalhemos por merecê-los. Não fosse o apetite, não teríamos forças para buscar o alimento que torna possível a sobrevivência. O apetite é sagrado, meu filho.

– Eu não disse o contrário, acontece que muitos trabalham, gemem o tempo todo, esgotam suas forças, fazem tudo que é possível, mas não conseguem apaziguar a fome.

– Você diz coisas estranhas, meu filho.


(Lavoura arcaica, 2001.)

“– É para satisfazer nosso apetite que a natureza é generosa, pondo seus frutos ao nosso alcance, desde que trabalhemos por merecê-los.” (9o parágrafo) Considerado no contexto, o trecho sublinhado expressa ideia de
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Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2015 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1339072 Português
Leia o texto de Tzvetan Todorov para responder à questão.

    Desde o início da história europeia, criamos o hábito de distinguir entre poder temporal e poder espiritual. Quando cada um deles dispõe da autonomia em seu domínio e se vê protegido contra as intrusões do outro, fala-se de uma sociedade laica ou, como se diz também, secular.
    Poderíamos crer que, na parte do mundo marcada pela tradição cristã, essa relação em torno da questão da autonomia já estaria prontamente organizada, pois o Cristo anunciou que seu reino não era deste mundo, que a submissão a Deus não interferia em nada na submissão a César. No entanto, a partir do momento em que o imperador Constantino impôs o cristianismo como religião de Estado, no século IV, a tentação de apoderar-se de todos os poderes de uma vez revelou-se. É fácil entender a razão desse movimento. Dir-se-á que a ordem temporal reina sobre os corpos, a ordem espiritual sobre as almas. Mas alma e corpo não são entidades simplesmente justapostas, no interior de cada ser eles formam inevitavelmente uma hierarquia. Para a religião cristã, a alma deve comandar o corpo; por isso cabe às instituições religiosas, isto é, à Igreja, não somente dominar diretamente as almas, mas também, indiretamente, controlar os corpos e, portanto, a ordem temporal. Por sua vez, o poder temporal procurará defender suas prerrogativas e exigirá a manutenção do controle sobre todos os negócios terrestres, inclusive sobre uma instituição como a Igreja. Para proteger sua autonomia, cada um dos dois adversários fica então tentado a invadir o território do outro.

(O espírito das Luzes, 2006.)
“No entanto, a partir do momento em que o imperador Constantino impôs o cristianismo como religião de Estado, no século IV, a tentação de apoderar-se de todos os poderes de uma vez revelou-se.” (2° parágrafo)
A frase introduzida pelo conectivo “No entanto” expressa, em relação à anterior, uma ideia de
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Ano: 2015 Banca: INSPER Órgão: INSPER Prova: INSPER - 2015 - INSPER - Engenharia |
Q1338730 Português
Os dias 6 e 8 de agosto são datas que marcam dois dos piores eventos que aconteceram no século 20 e talvez em todos os tempos – um leitor mais antenado provavelmente já sabe do que estamos falando. Há exatos 70 anos, em 1945, a Segunda Guerra Mundial se encaminhava para o fim quando os norte‐americanos detonaram sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki duas bombas atômicas.
Na verdade, a Alemanha nazista havia sido derrotada e o Japão também caminhava para perder a guerra que travava no Pacífico contra os Estados Unidos e seus aliados. Porém, como em todas as guerras, aos vencedores coube contar a história. O que se relata, pois, é que havia poucas chances de os japoneses se renderem e, para vencer a disputa, milhões de soldados americanos e japoneses morreriam. A bomba, diz‐se, evitaria essa batalha sangrenta. Fato é que a ação custou a vida de centenas de milhares de pessoas, não somente no momento da destruição, como também ao longo dos anos, devido aos efeitos da radiação. Disponível em:. Acesso em: 20.09
Os conectivos destacados no segundo parágrafo contribuem para a articulação das ideias no texto. Sobre as relações semânticas produzidas por eles, é correto afirmar que
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Ano: 2015 Banca: INSPER Órgão: INSPER Prova: INSPER - 2015 - INSPER - Engenharia |
Q1338719 Português
Uma ponte que decompõe e “devora” rapidamente mofo, sebo, fuligem, fumaça de cigarro e outros componentes, melhorando a qualidade do ar ao seu redor. Mágica? Longe disso. Trata‐se de um projeto de arquitetos espanhóis para reformar a ponte Sarajevo na cidade de Barcelona.  
Segundo Toni Casamor, do escritório de arquitetura espanhol BCQ, a ponte será reconstruída com um cimento mesclado a aditivos que fazem essa filtragem que mitiga a poluição ambiental. “O processo funciona como uma planta durante a fotossíntese, no sentido que consome o CO2 (dióxido de carbono) e regenera o ar ao seu redor", explicou
Casamor à BBC Mundo.  
Segundo ele, será usando um concreto conhecido como fotocatalítico, que "filtra" a poluição absorvendo os raios ultravioletas e transformam contaminantes em elementos inócuos à saúde humana.  
Por definição, a fotocatálise é o aumento da velocidade de uma reação química pelo efeito da luz de outras energias radiantes. O conceito de fotocatálise é conhecido há anos, mas seu uso aliado ao cimento é algo recente.  
E assim, a nova ponte deve decompor elementos alergênicos, algas, bactérias e óxido de nitrogênio produzidos pelo combustível de automóveis.  
A ponte também terá luminárias LED alimentadas por painéis solares e estruturas com jardins.  
        Disponível em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/barcelona‐planeja‐ponte‐que‐come‐poluicao,dd2c26dcd02c4a9c80bffb814b2d1938nd4sRCRD.html.
                                                                                        Acesso em:  27.09.15 (adaptado)
A passagem “O conceito de fotocatálise é conhecido há anos, mas seu uso aliado ao cimento é algo recente” pode ser reescrita, mantendo o sentido original, da seguinte forma:
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Ano: 2015 Banca: INSPER Órgão: INSPER Prova: INSPER - 2015 - INSPER - Engenharia |
Q1338679 Português
O FUNDO DO POÇO

    O primeiro sinal veio em 2004. Foi nesse ano que a Sabesp, empresa de abastecimento de São Paulo, renovou a autorização para administrar a água na cidade. Mastinha alguma coisa errada: a estrutura dos reservatórios parecia insuficiente para dar conta de tanta demanda e seria preciso realizar obras para aumentar a capacidade de armazenamento de água. De acordo com os planos da Sabesp, a cidade de São Paulo ficaria bastante dependente do Sistema Cantareira, o que era preocupante. Se a água dos tanques do sistema acabasse, seria o caos. E foi. Em julho de 2014, o volume útil da Cantareira, que atende 8,8 milhões de pessoas na Grande SP, esgotou. Com o esvaziamento do reservatório e as previsões pessimistas de falta de chuva, São Paulo se afogou na maior crise hídrica dos últimos 80 anos.
    (...) Para diminuir o problema, em maio, a Sabesp decidiu usar o volume morto, uma reserva de 400 bilhões de litros que fica abaixo das comportas que retiram água do Sistema Cantareira. Foram feitas obras para bombear mais de 180 bilhões de litros dessa reserva. (...)

No período sublinhado, as ideias expressas foram articuladas por meio de relação de
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Ano: 2011 Banca: Universidade Presbiteriana Mackenzie Órgão: MACKENZIE Prova: Universidade Presbiteriana Mackenzie - 2011 - MACKENZIE - vestibular |
Q1338530 Português

Texto para a questão


Adaptado de Roberto Soares Garcia, Folha de S.Paulo, 27/02/2011 
Assinale a alternativa correta
Alternativas
Q1338373 Português
Assinale a alternativa cuja predicação dos verbos destacados está classificada de modo correto, respectivamente.
I - A criança tossiu a noite inteira.
II - Os funcionários permanecem satisfeitos com seus salários.
III - O hóspede quebrou a maçaneta da porta do quarto.
Alternativas
Q1338370 Português
Em um hipotético diálogo, um matuto diz a seguinte frase: Nóis apricêia muito os concêio que tu qué dá pra nóis.
Para grafarmos este trecho em conformidade com a norma-padrão da linguagem, teríamos: 
Alternativas
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: INSPER Prova: VUNESP - 2018 - INSPER - Administração e Economia |
Q1338166 Português
Assinale a alternativa em que o enunciado, adaptado do texto “Algum sentido”, de Ruan de Sousa Gabriel (https://epoca. globo.com), atende à norma-padrão de concordância.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: INSPER Prova: VUNESP - 2018 - INSPER - Administração e Economia |
Q1338162 Português
Leia o texto para responder às questão de número

Drogas e mortes

    As taxas de homicídios dolosos e de mortes de trânsito no Brasil, é notório, situam o país entre os mais violentos do planeta. No ano passado, registraram-se quase 56 mil assassinatos intencionais, ou 27 por 100 mil habitantes. Em 2016, pelo dado mais recente, 38 mil vidas foram ceifadas em ruas e estradas nacionais, cerca de 19 por 100 mil.
    Diante dessa carnificina cotidiana, deve-se exigir das autoridades nada menos que a busca de estratégias mais efetivas para a prevenção desses óbitos. Países desenvolvidos, já há algumas décadas, passaram a adotar com sucesso políticas públicas ancoradas em evidências empíricas. Nem sempre é o que ocorre por aqui, no entanto.
    Tome-se o exemplo da associação entre a ingestão de álcool e o aumento da violência interpessoal (homicídios e agressões) e dos acidentes de trânsito. Embora a relação esteja bem estabelecida na literatura da área, praticamente inexistem no país dados sobre o consumo da substância pelas vítimas.
   Estudo recente conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e noticiado por esta Folha jogou luz sobre tal questão na cidade de São Paulo.
    Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 365 vítimas de crimes violentos. Constatou-se que, em 55% dos casos, havia traços de álcool ou outras drogas.
    Também entre as vítimas de acidentes de trânsito analisadas no trabalho, chama a atenção o alto percentual de casos (43%) que mostraram resquícios de álcool no sangue.
    Embora o país conte há uma década com severa legislação sobre o tema, a taxa indica que o diploma deveria ser mais efetivo em seu propósito. Leis como essa não devem ter a meta de apreender transgressores, mas de criar a percepção de que aqueles que a infringirem serão pegos e punidos.
    O estudo deveria servir de exemplo para que o país invista na geração contínua de dados como esses. Assim será possível identificar as causas dos problemas, avaliar a efetividade das políticas públicas adotadas e orientar a formulação de novas estratégias.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 20.10.2018. Adaptado) 
Na passagem – Países desenvolvidos, já há algumas décadas, passaram a adotar com sucesso políticas públicas ancoradas em evidências empíricas. Nem sempre é o que ocorre por aqui, no entanto. – (2º parágrafo), a oração em destaque estabelece, com a informação anterior, uma
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Ano: 2016 Banca: IF-TO Órgão: IFF Prova: IF-TO - 2016 - IF-TO - Cursos Técnicos Subsequentes ao Ensino Médio |
Q1338005 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Uma campanha alegre

O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína econômica cresce, cresce, cresce... O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. Neste salve-se quem puder, a burguesia proprietária de casas explora aluguel. A agiotagem explora o juro. (…) A intriga política alastra-se por sobre a sonolência enfastiada do País. Apenas a devoção perturba o silêncio da opinião, com padre-nossos maquinais.
Não é uma existência, é uma expiação. 

Disponível em: QUEIROZ, E. Obras de Eça de Queiroz. Vol. III. Porto: Lello & Irmão, [s.d.], p. 959-960. 
As frases abaixo, retiradas do texto Uma campanha alegre, foram adaptadas para o uso da segunda pessoa do singular do tempo verbal. Aponte a alternativa que completa corretamente as frases, de tal modo que a flexão dos verbos indicados entre parênteses esteja de acordo com as normas gramaticais, no tempo presente do indicativo e na segunda pessoa do singular.
I – Tu ___________ a inteligência e a consciência moral. (perder)
II – Já não _____________ na honestidade dos homens públicos. (crer)
III – _____________________ progressivamente na imbecilidade e na inércia. (abater)
IV – _________ por única direção a conveniência. (ter)
V – Tu ___________ ao acaso. (viver)

Alternativas
Ano: 2019 Banca: Instituto Consulplan Órgão: FAGOC Prova: Instituto Consulplan - 2019 - FAGOC - Vestibular Medicina |
Q1337960 Português
Obrigado, Doutor

    Quando lhe disse que um vago conhecido nosso tinha morrido, vítima de tumor no cérebro, levou as mãos à cabeça:
     — Minha Santa Efigênia! Espantei-me que o atingisse a morte de alguém tão distante de nossa convivência, mas logo ele fez sentir a causa da sua perturbação:
     — É o que eu tenho, não há dúvida nenhuma: esta dor de cabeça que não passa! Estou para morrer.
    Conheço-o desde menino, e sempre esteve para morrer. Não há doença que passe perto dele e não se detenha, para convencê-lo em iniludíveis sintomas de que está com os dias contados. Empresta dimensões de síndromes terríveis à mais ligeira manifestação de azia ou acidez estomacal:
    — Até parece que andei comendo fogo. Estou com pirofagia crônica. Esta cólica é que é o diabo, se eu fosse mulher ainda estava explicado. Histeria gástrica. Úlcera péptica, no duro.
    Certa ocasião, durante um mês seguido, tomou injeções diárias de penicilina, por sua conta e risco. A chamada dose cavalar.
    — Não adiantou nada — queixa-se ele: — Para mim o médico que me operou esqueceu alguma coisa dentro de minha barriga.
     Foi operado de apendicite quando ainda criança e até hoje se vangloria:
    — Menino, você precisava de ver o meu apêndice: parecia uma salsicha alemã. No que dependesse dele, já teria passado por todas as operações jamais registradas nos anais da cirurgia: “Só mesmo entrando na faca para ver o que há comigo”. Os médicos lhe asseguram que não há nada, ele sai maldizendo a medicina: “Não descobrem o que eu tenho, são uns charlatas, quem entende de mim sou eu”. O radiologista, seu amigo particular, já lhe proibiu a entrada no consultório: tirou-lhe radiografia até dos dedos do pé. E ele sempre se apalpando e fazendo caretas: “Meu fígado hoje está que nem uma esponja, encharcada de bílis. Minha vesícula está dura como um lápis, põe só a mão aqui”.
     — É lápis mesmo, aí no seu bolso.
    — Do lado de cá, sua besta. Não adianta, ninguém me leva a sério.
    Vive lendo bulas de remédio: “Este é dos bons” — e seus olhos se iluminam: “justamente o que eu preciso. Dá licença de tomar um, para experimentar?” Quando visita alguém e lhe oferecem alguma coisa para tomar, aceita logo um comprimido. Passa todas as noites na farmácia: “Alguma novidade da Squibb?”
    Acabou num psicanalista: “Doutor, para ser sincero eu nem sei por onde começar — dizem que eu estou doido? O que eu estou é podre”. Desistiu logo: “Minha alma não tem segredos para ninguém arrancar. Estou com vontade é de arrancar todos os dentes”.
    E cada vez mais forte, corado, gordo e saudável. “Saudável, eu?” — reage, como a um insulto: “Minha Santa Efigênia! Passei a noite que só você vendo: foi aquele bife que comi ontem, não posso comer gordura nenhuma, tem de ser tudo na água e sal”. No restaurante, é o espantalho dos garçons: “Me traga um filé aberto e batido, bem passado na chapa em três gotas de azeite português, lave bem a faca que não posso nem sentir o cheiro de alho, e duas batatinhas cozidas até começarem a desmanchar, só com uma pitadinha de sal, modesta porém sincera”.
     De vez em quando um amigo procura agradá-lo: “Você está pálido, o que é que há?” Ele sorri, satisfeito: “Menino, chega aqui que eu vou lhe contar, você é o único que me compreende”. E começa a enumerar suas mazelas — doenças de toda espécie, da mais requintada patogenia, que conhece na ponta da língua. Da última vez enumerou cento e três. E por falar em língua, vive a mostrá-la como um troféu: “Olha como está grossa, saburrosa. Estou com uma caverna no pulmão, não tem dúvida: essa tosse, essa excitação toda, uma febre capaz de arrebentar o termômetro. Meu pulmão deve estar esburacado como um queijo suíço. Tuberculoso em último grau”. E cospe de lado: “Se um mosquito pousar nesse cuspe, morre envenenado”.
    Ultimamente os amigos deram para conspirar, sentenciosos: o que ele precisa é casar. Arranjar uma mulherzinha dedicada, que cuidasse dele. “Casar, eu?” — e se abre numa gargalhada: “Vocês querem acabar de liquidar comigo?”. Mas sua aversão ao casamento não pode ser tão forte assim, pois consta que de uns dias para cá está de namoro sério com uma jovem, recém-diplomada na Escola de Enfermagem Ana Néri.

(SABINO, Fernando. O homem nu. 43ª ed. Rio de Janeiro: Distribuidora Record de Serviços SA, 2005.)
Em “Espantei-me que o atingisse a morte de alguém tão distante de nossa convivência, mas logo ele fez sentir a causa da sua perturbação:” (3º §) a informação introduzida pela expressão sublinhada apresenta
Alternativas
Q1336840 Português
Texto

Maringá
Joubert de Carvalho
 

Do álbum 27 anos, Tonico e Tinoco, de 1969.

Assinale o que for correto a respeito do texto.
Em “Mais veio a seca ...” (linha 20), o elemento em negrito, embora tenha a forma do advérbio “mais”, exerce a função do conectivo “mas”, estabelecendo relação de oposição das informações das linhas 18 e 19 com as informações apresentadas a partir da linha 20.
Alternativas
Q1336811 Português
Texto

Alicerces britânicos 

Adaptação de trecho do seguinte livro: REGO, Renato Leão. As cidades plantadas: os britânicos e a construção da paisagem do norte do Paraná. Londrina: Humanidades, 2009, p. 19-23.

Assinale o que for correto a respeito da organização dos argumentos e das ideias no texto.  


No trecho que vai das linhas 60 a 70, o elemento “embora” (linha 68) indica que as cidades de Marialva, Sarandi e Maringá já existiam antes de 1944. 

Alternativas
Q1336809 Português
Texto

Alicerces britânicos 

Adaptação de trecho do seguinte livro: REGO, Renato Leão. As cidades plantadas: os britânicos e a construção da paisagem do norte do Paraná. Londrina: Humanidades, 2009, p. 19-23.

Assinale o que for correto a respeito da organização dos argumentos e das ideias no texto.


No trecho que vai das linhas 5 a 12, os termos “por um lado” (linha 5) e “por outro” (linha 8) são empregados para indicar argumentos com ideias contrárias.  

Alternativas
Ano: 2018 Banca: EBMSP Órgão: EBMSP Prova: EBMSP - 2018 - EBMSP - Prosef - 2019.1 |
Q1336778 Português
    O corpo é também um registro de uma civilização, pois nele está marcada a cultura de um povo. Sendo assim, a leitura do corpo é, de certa forma, a leitura de uma cultura. As expressões culturais de uma civilização estão registradas no corpo e são percebidas na linguagem oral, no vestuário, na postura do corpo, na aparência, nas marcas de expressões nos rostos, na maquilagem. O corpo possui uma expressividade capaz de comunicar e transmitir nossos pensamentos e sentimentos. Nossas mãos funcionam como complemento de nossas falas, os olhos e as expressões faciais trabalham num sistema em conjunto com nossa mente.
     Além disso, o corpo demonstra as mudanças sociais. No período do Império, no Brasil, ter um corpo sem manchas ou queimaduras de sol expressava riqueza, pois a pele branca e lisa estava relacionada à cultura europeia, tida como exemplo de conhecimento e sofisticação a serem seguidos. Às pessoas que trabalhavam nos serviços braçais ou que tinham a pele escura restava a exclusão social. Atualmente, há uma inversão estética, pois, ter um corpo bronzeado e queimado de sol está relacionado à beleza, riqueza e sensualidade.
     Como nossos corpos são registros de nossa sociedade, através deles podemos perceber e analisar a quais valores e padrões de beleza a que estão submetidos. Tais padrões são resultados de transformações sociais, políticas e científicas.

CORRÊA, Ainah Franqueiro. O corpo na “Campanha pela Real Beleza” da Dove. Disponível em: < http://www.intercom.org.br>. Acesso em: nov. 2018.
As ideias apresentadas no texto estruturam-se em torno de elementos que promovem o encadeamento das ideias e a progressão do tema abordado.
A esse respeito, está correto o que se afirma em
Alternativas
Ano: 2018 Banca: EBMSP Órgão: EBMSP Prova: EBMSP - 2018 - EBMSP - Prosef - 2019.1 |
Q1336775 Português


Se Narciso se encontra com Narciso
e um deles finge
que ao outro admira
(para sentir-se admirado),
o outro
pela mesma razão finge também
e ambos acreditam na mentira.

Para Narciso
o olhar do outro, a voz
do outro, o corpo
é sempre o espelho
em que ele a própria imagem mira.
E se o outro é
como ele
outro Narciso,
é espelho contra espelho:
o olhar que mira
reflete o que o admira
num jogo multiplicado em que a mentira
de Narciso a Narciso
inventa o paraíso.
E se amam mentindo
no fingimento que é necessidade
e assim
mais verdadeiro que a verdade.

Mas exige, o amor fingido,
ser sincero
o amor que como ele
é fingimento.
E fingem mais
os dois
com o mesmo esmero
com mais e mais cuidado
– e a mentira se torna desespero.
Assim amam-se agora
se odiando.

O espelho
embaciado,
já Narciso em Narciso não se mira:
se torturam
se ferem
não se largam
que o inferno de Narciso
é ver que o admiravam de mentira.

GULLAR, Ferreira. Narciso e Narciso. Disponível em: <http://dejafilho.blogspot.com>. Acesso em: nov. 2018.
Considerando-se os aspectos linguísticos do texto, está correto o que se afirma em
Alternativas
Respostas
781: A
782: B
783: C
784: C
785: B
786: C
787: A
788: A
789: E
790: B
791: D
792: D
793: C
794: E
795: D
796: C
797: E
798: C
799: C
800: B