Questões de Vestibular Sobre sintaxe em português

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Ano: 2016 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2016 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.2- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1332833 Português
TEXTO

Mais ativos, mais espertos.
O cérebro de quem pratica atividade física regularmente funciona melhor. Os atletas e os profissionais de educação física dizem isso há muito tempo. Pela primeira vez, porém, os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidências para sustentar a afirmação que antes parecia ser apenas um recurso para manter os leitores estimulados. Com ajuda de imagens de ressonância magnética, os pesquisadores conseguiram determinar o que acontece no cérebro de quem malha. Concluíram que fazer exercício uma hora por dia, pelo menos três vezes por semana, estimula a produção de neurônios e favorece a aprendizagem. Em outras palavras, quem se exercita fica mais esperto.
Cientistas da Universidade de Colúmbia e do Instituto de Pesquisa Salk, nos Estados Unidos, submeteram um grupo de voluntários a essa rotina de malhação durante três meses. Concluíram que a prática dobrou o fluxo de sangue no cérebro e provocou o nascimento de novas células no hipocampo, a área relacionada com a memória e com a capacidade de aprendizagem.
Para investigar esse fenômeno, os pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas decidiram analisar a cabeça dos judocas profissionais. O cérebro deles foi comparado com o de indivíduos sedentários pelo educador físico Wantuir Jacini, sob a orientação do neurologista Li Li Min. Imagens de ressonância magnética revelaram que os atletas possuíam maior quantidade de massa cinzenta em áreas ligadas ao desenvolvimento motor e à concentração.

(Revista Época. 5/11/2007, p. 128).
Analisando o título do Texto, a relação semântica que se poderia estabelecer entre os termos binários de sua composição seria como consta na alternativa:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2016 - CESMAC - Prova Medicina-2017.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1331706 Português
TEXTO 2

A linguagem
A linguagem é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural porque nos permite transcender a nossa experiência palpável.
No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao ‘aqui’ e ao ‘agora’, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo, é representação dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas, que só têm existência no mundo imaterial ou no mundo dos sentimentos (por exemplo, ações, estados ou qualidades, como saudade, tristeza, beleza, liberdade). O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que pode estar até mesmo longe de nós.
O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto ideia aquilo que já não está ao alcance de nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do pai, o rosto de um amigo querido.
O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas para nos referirmos a elas: criamos, por meio da linguagem, um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim, é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o ser humano deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir os seus projetos de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da espécie humana que se chama cultura.

(Maria Lúcia de A. Aranha; Maria Helena P. Martins. Filosofando. São Paulo: Editora Moderna, 2003, p.33. Adaptado). 
Analise o trecho seguinte: “Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural”. Considerando a relação do segmento destacado com o restante do trecho, percebemos que ele expressa um sentido de:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2016 - CESMAC - Prova Medicina-2017.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1331700 Português
TEXTO 1

Saúde, sociedade e qualidade de vida
1. Saúde é um direito humano fundamental, reconhecido por todos os foros mundiais e em todas as sociedades. Como tal, se encontra em pé de igualdade com outros direitos garantidos pela Declaração dos Direitos Humanos, de 1948: liberdade, alimentação, educação, segurança, nacionalidade etc.
2. A saúde é amplamente reconhecida como o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, e como uma importante dimensão da qualidade de vida. Saúde e qualidade de vida são, assim, dois temas corelacionados, aspecto com o qual pesquisadores e cientistas concordam. A saúde contribui para a qualidade de vida, e esta é fundamental para a saúde.
3. A Carta de Ottawa – um dos documentos mais importantes que se produziram no cenário mundial sobre o tema da saúde e da qualidade de vida – afirma que são recursos indispensáveis para se ter saúde: paz, renda, habitação, educação, alimentação adequada, ambiente saudável, recursos sustentáveis, equidade, justiça social. Isto implica o entendimento de que a saúde não é nem uma conquista, nem uma responsabilidade exclusiva do setor saúde. É o resultado de um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos e culturais, coletivos e individuais, que se combinam, daí resultando sociedades mais ou menos saudáveis.
4. Na maior parte do tempo de suas vidas, a maioria das pessoas é saudável. Isto significa que, na maior parte do tempo, a maioria das pessoas não necessita de hospitais, ou de complexos procedimentos médicos ou terapêuticos. Mas durante toda a vida, todas as pessoas necessitam de água e ar puros, ambiente saudável, alimentação adequada, situações social, econômica e cultural favoráveis, prevenção de problemas de saúde, educação e informação. Isto quer dizer que fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais e biológicos podem tanto favorecer, como prejudicar a saúde.
5. Para se melhorar realmente as condições de saúde de uma população, são necessárias mudanças profundas dos padrões econômicos no interior destas sociedades e intensificação de políticas sociais, eminentemente políticas públicas. Para que uma sociedade conquiste saúde para seus membros, são necessárias uma verdadeira ação intersetorial e políticas públicas saudáveis, isto é, comprometidas com a qualidade de vida e a saúde da população.
6. Além destes elementos estruturais, que dependem da decisão e da ação dos indivíduos, a saúde também é decorrência de fatores comportamentais. Isto é, as pessoas desenvolvem padrões alimentares, de atividade física, de maior ou menor estresse na vida quotidiana, entre outros, que também têm grande influência sobre a saúde. Se cada pessoa se preocupar em desenvolver um padrão comportamental favorável à sua saúde e lutar para que as condições sociais e econômicas sejam favoráveis à qualidade de vida e à saúde de todos, certamente estará dando uma poderosa contribuição para que tenhamos uma população mais saudável, com vida mais longa e prazerosa.

(Paulo M. Buss. Folha de S. Paulo). 
Analise o trecho: “Saúde e qualidade de vida são, assim, dois temas co-relacionados, aspecto com o qual pesquisadores e cientistas concordam”. O uso da preposição - uma exigência sintática do verbo - também está correto na alternativa:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2016 - CESMAC - Prova Medicina-2017.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1331699 Português
TEXTO 1

Saúde, sociedade e qualidade de vida
1. Saúde é um direito humano fundamental, reconhecido por todos os foros mundiais e em todas as sociedades. Como tal, se encontra em pé de igualdade com outros direitos garantidos pela Declaração dos Direitos Humanos, de 1948: liberdade, alimentação, educação, segurança, nacionalidade etc.
2. A saúde é amplamente reconhecida como o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, e como uma importante dimensão da qualidade de vida. Saúde e qualidade de vida são, assim, dois temas corelacionados, aspecto com o qual pesquisadores e cientistas concordam. A saúde contribui para a qualidade de vida, e esta é fundamental para a saúde.
3. A Carta de Ottawa – um dos documentos mais importantes que se produziram no cenário mundial sobre o tema da saúde e da qualidade de vida – afirma que são recursos indispensáveis para se ter saúde: paz, renda, habitação, educação, alimentação adequada, ambiente saudável, recursos sustentáveis, equidade, justiça social. Isto implica o entendimento de que a saúde não é nem uma conquista, nem uma responsabilidade exclusiva do setor saúde. É o resultado de um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos e culturais, coletivos e individuais, que se combinam, daí resultando sociedades mais ou menos saudáveis.
4. Na maior parte do tempo de suas vidas, a maioria das pessoas é saudável. Isto significa que, na maior parte do tempo, a maioria das pessoas não necessita de hospitais, ou de complexos procedimentos médicos ou terapêuticos. Mas durante toda a vida, todas as pessoas necessitam de água e ar puros, ambiente saudável, alimentação adequada, situações social, econômica e cultural favoráveis, prevenção de problemas de saúde, educação e informação. Isto quer dizer que fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais e biológicos podem tanto favorecer, como prejudicar a saúde.
5. Para se melhorar realmente as condições de saúde de uma população, são necessárias mudanças profundas dos padrões econômicos no interior destas sociedades e intensificação de políticas sociais, eminentemente políticas públicas. Para que uma sociedade conquiste saúde para seus membros, são necessárias uma verdadeira ação intersetorial e políticas públicas saudáveis, isto é, comprometidas com a qualidade de vida e a saúde da população.
6. Além destes elementos estruturais, que dependem da decisão e da ação dos indivíduos, a saúde também é decorrência de fatores comportamentais. Isto é, as pessoas desenvolvem padrões alimentares, de atividade física, de maior ou menor estresse na vida quotidiana, entre outros, que também têm grande influência sobre a saúde. Se cada pessoa se preocupar em desenvolver um padrão comportamental favorável à sua saúde e lutar para que as condições sociais e econômicas sejam favoráveis à qualidade de vida e à saúde de todos, certamente estará dando uma poderosa contribuição para que tenhamos uma população mais saudável, com vida mais longa e prazerosa.

(Paulo M. Buss. Folha de S. Paulo). 
A observância às normas da concordância verbal, em geral, é tida como indício do “bem-falar” e goza, por isso, de grande prestígio social. Sob esse prisma, analise os enunciados abaixo.
1) Se cada pessoa, entre aquelas bem informadas, procurassem adotar um padrão comportamental favorável à sua saúde, daria, com certeza, uma contribuição para que tivéssemos uma população mais saudável. 2) Para se melhorar realmente as condições de saúde de uma população, é necessário adotar mudanças profundas dos padrões econômicos no interior destas sociedades. 3) Na maior parte do tempo de suas vidas, a maioria das pessoas são saudáveis. 4) Sempre houveram padrões alimentares, ou de atividade física que tiveram grande influência sobre a saúde da comunidade. Os cientistas tem razão quando afirmam isso. 5) Nenhum dos pesquisadores ou cientistas discordam de que a sáude é uma questão intersetorial.
Estão corretas:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2018 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional- 2019.1- AGRESTE |
Q1331550 Português
TEXTO 2

Tempos ansiosos


(1) Saber lidar com as preocupações se tornou uma característica desejada, porque a ansiedade foi relegada ao posto de vilã do mundo moderno. Apesar de ser essencial para a sobrevivência, ela ganhou o estigma de atrapalhar as relações pessoais, a competência no trabalho e todo tipo de situação delicada.

“Se o candidato não consegue dominar a ansiedade na hora da seleção de emprego, já questionamos como ele agirá no ambiente de trabalho”, diz Adriana Vilela, analista de recursos humanos da RHBrasil, empesa que recruta candidatos para o mercado de trabalho. É muito comum, aliás, as pessoas reclamarem que são ansiosas demais e os especialistas chamarem os nossos tempos de “era da ansiedade”.

(2) Mas essa noção de que vivemos numa época especialmente estressante é coisa ultrapassada, na verdade. A ideia de “era da ansiedade” nasceu antes da internet e do computador. Apareceu pela primeira vez em 1947, num poema do inglês Hugh Auden, que, desiludido com a humanidade depois da 2ª. Guerra Mundial, criticou o homem e sua busca sem sentido por significado.

Desde então, há pelo menos uma obra por década que afirma que o ser humano está passando pelos tempos mais difíceis de sua história e que, coitados de nós, sofremos demais com a ansiedade.
(Hueck, Karin. Sobre a ansiedade. Revista Superinteressante. São Paulo: Abril, nov. 2008. Adaptado)
Analisando os recursos da coesão textual no primeiro parágrafo do Texto 2, vemos que ocorreram conectivos que, respectivamente, expressam relações semânticas de:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2018 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional- 2019.1- AGRESTE |
Q1331548 Português
TEXTO 1

A valorização da ética


(1) Há um paradoxo na nossa relação com a ética. Pais, filósofos e educadores concordam quanto aos valores a serem transmitidos e preservados. A questão é que a crença nos valores se dá no atacado e no abstrato, enquanto sua transmissão se faz no concreto das relações cotidianas. Aí se instala a contradição.
(2) Ficam desacreditadas as solenes exposições pedagógicas sobre disciplina e respeito aos direitos do outro quando a escola é conivente com brincadeiras agressivas. Os repetidos sermões sobre limites ficam sob suspeita se os pais passam pelo acostamento quando a estrada está congestionada ou param em fila dupla na frente da escola. Nossas conversas sobre integridade ficam comprometidas quando compramos vídeos e discos pirateados ou fazemos ligações clandestinas de TV a cabo.
(3) Talvez a coerência não seja um atributo dos humanos: sentimentos contraditórios convivem tranquilamente dentro de nós. Infelizmente, também somos muito distraídos: a maior parte do tempo, funcionamos sob o comando de um ‘piloto automático’, que nos empurra para o caminho mais fácil, esquecidos dos valores que deveriam nortear nossas escolhas.
(4) Mas a hipocrisia está a um passo à frente do cinismo, na medida em que o hipócrita sabe qual é o caminho do bem, reconhece que deveria percorrê-lo, mas não consegue pôr em prática sua crença teórica. Diferentemente do cínico, que nega a validade de qualquer escolha e adota o princípio do “não tenho nada com isso”, com um alienado encolher de ombros.
(5) Talvez seja essa a verdadeira ameaça a nos desviar do caminho de um futuro melhor. Uma geração de jovens cínicos e alienados poderia, de fato, pôr tudo a perder. O mundo será melhor quando cuidarmos para que nosso comportamento reflita nossos princípios e transformarmos os discursos sobre fraternidade em gestos de solidariedade. Aí, então, a opção pelo caminho da ética se fará não por temor à punição ou à censura, mas como exercício de amor-próprio, como um componente da dignidade.
(Aratangy, Lídia Rosenberg. Claudia. São Paulo: Abril, jun. 2004, p. 148-151. Adaptado)
As normas da concordância verbal são, socialmente, bastante valorizadas na definição da língua portuguesa ‘’culta’. Está conforme tais normas a seguinte alternativa:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2018 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional- 2019.1- AGRESTE |
Q1331547 Português
TEXTO 1

A valorização da ética


(1) Há um paradoxo na nossa relação com a ética. Pais, filósofos e educadores concordam quanto aos valores a serem transmitidos e preservados. A questão é que a crença nos valores se dá no atacado e no abstrato, enquanto sua transmissão se faz no concreto das relações cotidianas. Aí se instala a contradição.
(2) Ficam desacreditadas as solenes exposições pedagógicas sobre disciplina e respeito aos direitos do outro quando a escola é conivente com brincadeiras agressivas. Os repetidos sermões sobre limites ficam sob suspeita se os pais passam pelo acostamento quando a estrada está congestionada ou param em fila dupla na frente da escola. Nossas conversas sobre integridade ficam comprometidas quando compramos vídeos e discos pirateados ou fazemos ligações clandestinas de TV a cabo.
(3) Talvez a coerência não seja um atributo dos humanos: sentimentos contraditórios convivem tranquilamente dentro de nós. Infelizmente, também somos muito distraídos: a maior parte do tempo, funcionamos sob o comando de um ‘piloto automático’, que nos empurra para o caminho mais fácil, esquecidos dos valores que deveriam nortear nossas escolhas.
(4) Mas a hipocrisia está a um passo à frente do cinismo, na medida em que o hipócrita sabe qual é o caminho do bem, reconhece que deveria percorrê-lo, mas não consegue pôr em prática sua crença teórica. Diferentemente do cínico, que nega a validade de qualquer escolha e adota o princípio do “não tenho nada com isso”, com um alienado encolher de ombros.
(5) Talvez seja essa a verdadeira ameaça a nos desviar do caminho de um futuro melhor. Uma geração de jovens cínicos e alienados poderia, de fato, pôr tudo a perder. O mundo será melhor quando cuidarmos para que nosso comportamento reflita nossos princípios e transformarmos os discursos sobre fraternidade em gestos de solidariedade. Aí, então, a opção pelo caminho da ética se fará não por temor à punição ou à censura, mas como exercício de amor-próprio, como um componente da dignidade.
(Aratangy, Lídia Rosenberg. Claudia. São Paulo: Abril, jun. 2004, p. 148-151. Adaptado)
Analise a formulação do seguinte trecho: “Ficam desacreditadas as solenes exposições pedagógicas sobre disciplina e respeito aos direitos do outro quando a escola é conivente com brincadeiras agressivas. Os repetidos sermões sobre limites ficam sob suspeita se os pais passam pelo acostamento quando a estrada está congestionada ou param em fila dupla na frente da escola. Nossas conversas sobre integridade ficam comprometidas quando compramos vídeos e discos pirateados ou fazemos ligações clandestinas de TV a cabo”. Pode-se perceber nesse trecho:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2018 - CESMAC - Prova de Medicina-2018.2- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1331507 Português
TEXTO 3

Durante séculos, os jornais impressos eram o único meio regular de divulgação de notícias. Com o avanço das tecnologias de transmissão de informação (rádio, televisão, internet), o contexto de circulação das notícias foi radicalmente alterado.
Um exemplo ilustra bem essa transformação. Em 11 de setembro de 2001, quando terroristas lançaram aviões contra alvos americanos, matando milhares de pessoas, a opinião pública acompanhou, pelas telas de computador e televisão, os dramáticos acontecimentos.
Jornais impressos não teriam condições de levar as notícias a milhões de pessoas em todo o mundo à medida que os fatos iam acontecendo.
Essa constatação nos obriga a concluir algo importante: a depender do meio em que circulam as notícias, elas assumem configurações diferentes. Uma notícia redigida para ser postada em um portal da internet provavelmente contará com menos informações do que a notícia equivalente que será publicada na edição do jornal no dia seguinte. Isso ocorre porque, com a necessidade de informar os fatos no exato instante em que acontecem, os portais da internet não têm como garantir o tempo necessário para a apuração mais minuciosa dos detalhesdo fato noticiado.
É comum, inclusive, algumas das notícias veiculadas nesses portais serem atualizadas ao longo do dia, para acréscimo de detalhes e correção das informações iniciais que se mostram inexatas. Os jornais impressos não enfrentam essas dificuldades, porque dispõem de mais tempo e podem, assim, trazer informações mais completas e bem elaboradas.
Maria Luiza Abaurre e Maria Bernadete Abaurre. Produção de Textointerlocução e gêneros. São Paulo: Editora Moderna, 2007, p. 69. (Adaptado). 
Existem normas que regulam a combinação sintática das palavras, em função da expressão de sentidos. No trecho a seguir, o arranjo das palavras dificultou o entendimento dos sentidos pretendidos na alternativa:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2018 - CESMAC - Prova de Medicina-2018.2- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1331506 Português
TEXTO 3

Durante séculos, os jornais impressos eram o único meio regular de divulgação de notícias. Com o avanço das tecnologias de transmissão de informação (rádio, televisão, internet), o contexto de circulação das notícias foi radicalmente alterado.
Um exemplo ilustra bem essa transformação. Em 11 de setembro de 2001, quando terroristas lançaram aviões contra alvos americanos, matando milhares de pessoas, a opinião pública acompanhou, pelas telas de computador e televisão, os dramáticos acontecimentos.
Jornais impressos não teriam condições de levar as notícias a milhões de pessoas em todo o mundo à medida que os fatos iam acontecendo.
Essa constatação nos obriga a concluir algo importante: a depender do meio em que circulam as notícias, elas assumem configurações diferentes. Uma notícia redigida para ser postada em um portal da internet provavelmente contará com menos informações do que a notícia equivalente que será publicada na edição do jornal no dia seguinte. Isso ocorre porque, com a necessidade de informar os fatos no exato instante em que acontecem, os portais da internet não têm como garantir o tempo necessário para a apuração mais minuciosa dos detalhesdo fato noticiado.
É comum, inclusive, algumas das notícias veiculadas nesses portais serem atualizadas ao longo do dia, para acréscimo de detalhes e correção das informações iniciais que se mostram inexatas. Os jornais impressos não enfrentam essas dificuldades, porque dispõem de mais tempo e podem, assim, trazer informações mais completas e bem elaboradas.
Maria Luiza Abaurre e Maria Bernadete Abaurre. Produção de Textointerlocução e gêneros. São Paulo: Editora Moderna, 2007, p. 69. (Adaptado). 
Com base em relações gramaticais, pode-se perceber nexos semânticos que sinalizam a coesão esperada para o texto. Por exemplo, o segmento destacado:

1) em: “Com o avanço das tecnologias de transmissão de informação (rádio, televisão, internet), o contexto de circulação das notícias foi radicalmente alterado”, expressa um sentido de causalidade. 2) em: Jornais impressos não teriam condições de levar as notícias a milhões de pessoas em todo o mundo à medida que os fatos iam acontecendo”, expressa um sentido de concessão. 3) em: “os portais da internet não têm como garantir o tempo necessário para a apuração dos detalhes do fato noticiado”, expressa um sentido de comparação.

Está(ão) correta(s):
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2018 - CESMAC - Prova de Medicina-2018.2- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1331504 Português

TEXTO 2


A “A língua dos índios é muito rudimentar”


Assim como outros mitos, esse aqui já começa completamente equivocado. Sua formulação já é, de saída, imprópria: não há uma “língua dos índios”. Há, na verdade, diversas línguas indígenas, faladas por diferentes comunidades indígenas. E nenhuma dessas línguas é “rudimentar”, em qualquer sentido que se possa pensar. As línguas indígenas são extremamente complexas – tão complexas quanto qualquer outra língua natural, como o português, o francês, o chinês ou o japonês.

Para tentar desconstruir a primeira parte deste mito (sobre haver apenas uma única “língua dos índios”), precisamos falar um pouco sobre a variedade linguística reinante entre as populações indígenas brasileiras.

Hoje, no Brasil, são faladas cerca de 180 línguas indígenas, por cerca de 220 povos indígenas. Por trás desse número, devo fazer algumas ressalvas. Em primeiro lugar, todo e qualquer método de contagem de línguas é impreciso por natureza, já que os limites entre língua e dialeto são corredios. O critério normalmente utilizado para afirmar que determinada língua é, de fato, uma língua e não um dialeto de uma outra – não é um critério de natureza estritamente linguística, mas de viés marcadamente político. Daí por que, entre os sociolinguistas, se diz que “uma língua é um dialeto com um exército e uma marinha”.

Além de o critério de contagem das línguas, em especial o de línguas indígenas, não ser preciso e uniforme, há ainda a questão que envolve a destruição das culturas indígenas, e, consequentemente, o desaparecimento de suas línguas. Se hoje temos cerca de 180 línguas indígenas faladas no Brasil, estima-se que, em 1500, à época da chegada portuguesa em terras brasileiras, o número era de 1.270 línguas, ou seja, um número sete vezes maior. Além de o número total de línguas ter sido drasticamente reduzido – e, com isso, o número de populações indígenas – todas as línguas indígenas brasileiras podem hoje ser consideradas línguas ameaçadas.

Isso significa que, a cada ano que passa, podemos perder uma língua no país. É uma perda terrível, não só para a linguística, mas para o patrimônio mundial cultural e humano. Quando uma língua deixa de existir, perdemos mais do que um sistema de comunicação complexo e estruturado; perdemos uma maneira de ver e de compreender o mundo.

Gabriel de Ávila Othero. Mitos de Linguagem. São Paulo: Editora Parábola, 2017, p. 109-111. (Adaptado). 

Observe as opções de concordância verbal admitidas nas seguintes alternativas e assinale aquela que está conforme a norma padrão do português escrito culto.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2018 - CESMAC - Prova de Medicina-2018.2- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1331503 Português

TEXTO 2


A “A língua dos índios é muito rudimentar”


Assim como outros mitos, esse aqui já começa completamente equivocado. Sua formulação já é, de saída, imprópria: não há uma “língua dos índios”. Há, na verdade, diversas línguas indígenas, faladas por diferentes comunidades indígenas. E nenhuma dessas línguas é “rudimentar”, em qualquer sentido que se possa pensar. As línguas indígenas são extremamente complexas – tão complexas quanto qualquer outra língua natural, como o português, o francês, o chinês ou o japonês.

Para tentar desconstruir a primeira parte deste mito (sobre haver apenas uma única “língua dos índios”), precisamos falar um pouco sobre a variedade linguística reinante entre as populações indígenas brasileiras.

Hoje, no Brasil, são faladas cerca de 180 línguas indígenas, por cerca de 220 povos indígenas. Por trás desse número, devo fazer algumas ressalvas. Em primeiro lugar, todo e qualquer método de contagem de línguas é impreciso por natureza, já que os limites entre língua e dialeto são corredios. O critério normalmente utilizado para afirmar que determinada língua é, de fato, uma língua e não um dialeto de uma outra – não é um critério de natureza estritamente linguística, mas de viés marcadamente político. Daí por que, entre os sociolinguistas, se diz que “uma língua é um dialeto com um exército e uma marinha”.

Além de o critério de contagem das línguas, em especial o de línguas indígenas, não ser preciso e uniforme, há ainda a questão que envolve a destruição das culturas indígenas, e, consequentemente, o desaparecimento de suas línguas. Se hoje temos cerca de 180 línguas indígenas faladas no Brasil, estima-se que, em 1500, à época da chegada portuguesa em terras brasileiras, o número era de 1.270 línguas, ou seja, um número sete vezes maior. Além de o número total de línguas ter sido drasticamente reduzido – e, com isso, o número de populações indígenas – todas as línguas indígenas brasileiras podem hoje ser consideradas línguas ameaçadas.

Isso significa que, a cada ano que passa, podemos perder uma língua no país. É uma perda terrível, não só para a linguística, mas para o patrimônio mundial cultural e humano. Quando uma língua deixa de existir, perdemos mais do que um sistema de comunicação complexo e estruturado; perdemos uma maneira de ver e de compreender o mundo.

Gabriel de Ávila Othero. Mitos de Linguagem. São Paulo: Editora Parábola, 2017, p. 109-111. (Adaptado). 

Observe o seguinte trecho: “Além de o critério de contagem das línguas, em especial o de línguas indígenas, não ser preciso e uniforme, há ainda a questão que envolve a destruição das culturas indígenas, e, consequentemente, o desaparecimento de suas línguas”. Para entender o que está afirmado nesse trecho, é preciso identificar:

1) a relação de sinonímia plena entre os adjetivos ‘preciso’ e ‘uniforme’. 2) uma relação semântica de causa e consequência explicitamente estabelecida. 3) a expressão ‘além de’ como indicativo de acréscimo ou aumento de argumentos. 4) um duplo componente que torna, ainda mais complexa, a questão ora abordada. 5) o termo anterior que é retomado pelo pronome ‘suas’ em ‘suas línguas’.

Estão corretas:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2018 - CESMAC - Prova de Medicina-2018.2- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1331498 Português
TEXTO 1


A realidade da saúde no Brasil.


(1) A crise da saúde no Brasil vem de longa data e continua presente. Frequentemente, nos deparamos com notícias de filas de pacientes nos hospitais públicos, além da falta de leitos, equipamentos etc. E, no meio da crise, está a população que precisa de atendimento, e estão os médicos que, quase sempre, atuam em condições precárias.
(2) Independente do jogo de empurra-empurra, há escassez de recursos financeiros, materiais e humanos, para manter os serviços de saúde operando com eficiência. Problemas, como atraso no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde, baixos valores pagos pelo SUS aos procedimentos médico-hospitalares consolidam o entrave no setor. O mundo econômico da saúde é cruel. Segundo estatísticas oficiais, são gastos R$ 31 bilhões para cuidar de 35 milhões de segurados, enquanto todo o SUS, para suprir o direito à saúde de mais de 145 milhões de brasileiros, gasta quase a mesma quantia. Por essas razões, nos encontramos no 124º lugar no ranking da OMS em qualidade de saúde.
(3) É difícil para qualquer especialista apontar apenas um motivo para tal crise. Mesmo com a evolução do contexto político-social pelo qual o Brasil passou, pouco mudou. Na realidade, em 500 anos de Brasil, independentemente do regime vigente, a saúde nunca ocupou lugar de destaque. Só se olhou atentamente para o setor quando certas epidemias representaram eminentes ameaças à sociedade.
(4) É assim desde o Brasil Colônia, quando o país não dispunha de um modelo de atenção à saúde e nem mesmo do interesse em criá-lo, por parte do governo colonizador. As noções empíricas (a cargo dos curandeiros) eram a opção. Com a vinda da família real ao Brasil, se fez necessária a organização de uma estrutura sanitária mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava no Rio de Janeiro. A carência de médicos no Brasil Colônia e no Brasil Império era enorme. Para se ter uma ideia, no Rio, em 1789, só existiam quatro médicos exercendo a profissão. Em outros estados, eram mesmo inexistentes, o que fez com que proliferassem pelo país os Boticários, a quem cabia a manipulação das fórmulas prescritas pelos médicos.
(5) Veio a República, e o Brasil continuou o mesmo. No início do século passado, a cidade do Rio apresentava um quadro sanitário caótico, com doenças graves que acometiam a população, como varíola, malária e febre amarela. Isso gerou sérias consequências tanto para a saúde coletiva quanto para o comércio exterior, já que navios estrangeiros evitavam atracar no porto do Rio. Poderíamos escrever muito mais sobre o tema e chegaríamos à mesma conclusão: em pleno século XXI, no Brasil, pouco se evoluiu em política de saúde.
(6) Dados do Conselho Federal de Medicina revelam que a má distribuição de médicos no país ainda persiste. São 65,9% deles atuando nas regiões Sul e Sudeste, onde se concentra apenas cerca de 25% da população.
(7) É a saúde continuando um sistema embrionário e contraditório, pois nos destacamos mundialmente por nossas pesquisas pioneiras, no combate a Aids, por exemplo, mas não conseguimos dar atendimento básico à maioria do povo.
Disponível em: https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/1466/a-realidadesaude-brasil.
A coesão entre segmentos do texto acontece graças a recursos que criam sua continuidade semântica. A esse propósito, analise os comentários em relação ao seguinte trecho: “É assim desde o Brasil Colônia, quando o país não dispunha de um modelo de atenção à saúde e nem mesmo do interesse em criálo, por parte do governo colonizador.”

1) Os termos em destaque têm sua compreensão dependente de informações dadas em segmentos anteriores do texto. 2) Em: “o país não dispunha de um modelo de atenção à saúde e nem mesmo do interesse em criá-lo”, o pronome ‘lo’ retoma a referência a ‘pais’. 3) Há uma continuidade semântica entre os termos ‘Brasil Colônia’ e ‘governo colonizador’. 4) O trecho em análise ilustra o princípio de que a arrumação sintática das palavras é fundamental à sua interpretação semântica.

Estão corretas:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2017 - CESMAC - Processo Seletivo Tradicional-2018.1- AGRESTE |
Q1331335 Português

TEXTO 1


Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam ‘carneado’ (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar talhos e salvar essa vida? (...)

Desde que, adulto, comecei a escrever romance, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos de nosso posto.

(Érico Veríssimo. Solo de clarineta. Tomo I. Globo: Porto Alegre. 1978). Fragmento.  

No fragmento seguinte: “Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror”, o entendimento coerente é de que há nesse fragmento um sentido de:
Alternativas
Ano: 2015 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2015 - CESMAC - Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1 |
Q1330961 Português
O uso da norma padrão da gramática portuguesa costuma ser socialmente valorizada como algo distintivo e de prestígio. Identifique a alternativa em que a concordância está inteiramente de acordo com essa norma.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: UEA Prova: VUNESP - 2018 - UEA - Vestibular - Conhecimentos Gerais |
Q1328905 Português

Leia o texto de João Vicente Ganzarolli de Oliveira para responder à questão.

No sentido amplo, a arte é uma atividade produtora, responsável pela criação de seres que, sem a intervenção humana, não existiriam. Entendendo dessa forma, são frutos da arte tanto um moteto¹ de Palestrina quanto um automóvel; uma ferramenta pré-histórica e um computador. Como a arte, também a natureza é geradora. Nelas temos duas fontes de existência das criaturas; ambas insurgem- -se contra o nada. Como diz Étienne Gilson, “A missão do artista é enriquecer o mundo com novos seres. O artista sente um impulso irresistível de violentar o nada”.

(A humanização da arte, 2006. Adaptado.)

¹moteto: tipo de composição musical medieval.

O predicativo do sujeito é o termo que qualifica (ou caracteriza) o sujeito da oração.



O termo sublinhado exerce a função de predicativo do sujeito em:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: UEA Prova: VUNESP - 2018 - UEA - Vestibular - Conhecimentos Gerais |
Q1328903 Português

Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.


    De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente1 , embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.

    E assim se passava o tempo para a moça esta. Assoava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: “que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma ideia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de melancia.


(A hora da estrela, 1998.)

1 iridescente: colorido como o arco-íris.

O termo sublinhado introduz uma oração com sentido de concessão em:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: SEBRAE - SP Prova: FUNDATEC - 2019 - SEBRAE - SP - Vestibular - Graduação em Administração |
Q1321797 Português
Instrução: A questão pode referir-se ao texto abaixo; consulte-o, quando necessário. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Empreendedores e suas bolinhas de gude
Por Romero Rodrigues
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – 25/09/19 – texto adaptado)

“Quando” (l. 06) e “portanto” (l. 10) estabelecem, nos respectivos contextos de ocorrência, ideia de:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: SEBRAE - SP Prova: FUNDATEC - 2019 - SEBRAE - SP - Vestibular - Graduação em Administração |
Q1321795 Português
Instrução: A questão pode referir-se ao texto abaixo; consulte-o, quando necessário. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Empreendedores e suas bolinhas de gude
Por Romero Rodrigues
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – 25/09/19 – texto adaptado)

Sobre a ocorrência da forma verbal há (l. 38) exclusivamente no fragmento “Nesse momento alguns caminhos alternativos”, avalie as afirmações que seguem, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) O sujeito da forma verbal é “alguns caminhos alternativos”. ( ) A substituição de por Existe não implicaria erro à frase. ( ) A passagem de “alguns caminhos alternativos” para o singular não provocaria alteração na estrutura do período.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: SEBRAE - SP Prova: FUNDATEC - 2019 - SEBRAE - SP - Vestibular - Graduação em Administração |
Q1321794 Português
Instrução: A questão pode referir-se ao texto abaixo; consulte-o, quando necessário. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Empreendedores e suas bolinhas de gude
Por Romero Rodrigues
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – 25/09/19 – texto adaptado)

Em relação à frase: “As empresas que estão montando são, por enquanto, pequenas bolas de gude, soltas no chão dessa sala.” (l. 30-31), avalie as afirmações que seguem:
I. O sujeito da primeira oração classifica-se como simples. II. Há duas orações no período. III. A locução verbal destacada está na voz reflexiva.
Quais estão corretas? 
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: SEBRAE - SP Prova: FUNDATEC - 2019 - SEBRAE - SP - Vestibular - Graduação em Administração |
Q1321793 Português
Instrução: A questão pode referir-se ao texto abaixo; consulte-o, quando necessário. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Empreendedores e suas bolinhas de gude
Por Romero Rodrigues
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – 25/09/19 – texto adaptado)

Caso na frase “Os céticos têm seus olhos exatamente na metade da altura da sala.” (l. 23) o termo destacado fosse passado para o singular, quantas outras palavras deveriam sofrer alteração, a fim de manter a concordância no período?
Alternativas
Respostas
821: C
822: A
823: D
824: A
825: D
826: D
827: C
828: C
829: C
830: D
831: A
832: D
833: D
834: D
835: E
836: B
837: A
838: C
839: C
840: B