Questões de Vestibular UNB 2013 para Vestibular - 1º Dia
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Os “espaços de salivação e silêncio” podem ser interpretados como os espaços deixados pelo poeta entre um verso e outro e, ainda, por meio da diminuição gradativa do tamanho de cada verso do poema
O que diferencia o segundo verso do primeiro é a supressão do verbo “parecer” e a substituição da palavra “reflexão” por “salivação”, alterações que implicam mudança da simples meditação acerca da semelhança do trabalho poético a qualquer ato de pensamento para uma percepção agudamente metafórica.
A ideia de mastigação das palavras representa um julgamento negativo da produção poética, expresso como constatação de que o poeta não sabe, de fato, articular seu discurso.
O tom irônico do poema revela uma leitura do fazer poético que contrasta os aspectos jocoso e sério dessa atividade criativa
A forma utilizada no capítulo apresentado acima revela um conjunto de atos e sensações que explicam a escolha do título.
A aceleração das sensações e das imagens aponta um novo paradigma da prosa de ficção no Brasil, que pode ser compreendido como um processo de dependência ainda mais aguçado das tendências internacionais da literatura moderna, em comparação com outros períodos literários
No texto apresentado, a descontinuidade cênica está evidenciada na estrutura de planos distintos, à maneira da linguagem cinematográfica.
No segmento “no ritmo de luto que vestia a casa” (última linha), o emprego da linguagem figurada, a regência do verbo “vestir” e a ordem dos termos sustentam a análise, no nível sintático, da expressão “a casa” como complemento verbal.
A simultaneidade das imagens é característica da prosa oswaldiana, assim como dos textos em prosa produzidos pelos romancistas brasileiros modernos.
Na linguagem empregada na primeira estrofe do poema Ângelus, predomina a personificação.
O tom prosaico do poema de Paulo Leminski é uma das marcas da consolidação do projeto de poesia moderna no contexto literário brasileiro
No primeiro período do texto, o verbo está elíptico nas duas orações subordinadas, as quais estabelecem relação de comparação com a oração que inicia o período
Com as devidas alterações de letra inicial minúscula e maiúscula, a expressão “no século XVIII” (l.2), poderia iniciar, desde que seguida de vírgula, o primeiro período do texto, sem que se alterasse o sentido do texto.
Dada a ausência de vírgula após o vocábulo “cidadãos” (l.7), depreende-se que qualquer cidadão poderia ser convocado aleatoriamente para jantar com um imperador romano, estratégia que aliviava a solidão dos monarcas.
Na acepção em que foi empregado, o adjetivo “simples” (l.7) não poderia estar posposto ao substantivo que ele modifica, tal como se verifica na colocação do adjetivo grande na expressão grande homem.
Sem prejudicar o ritmo da narrativa e a precisão e clareza do fato descrito, José Lins do Rêgo poderia ter optado pela colocação da expressão adverbial “na mata” (l.3) após o substantivo “encontro” (l.2), desde que não a isolasse por vírgulas.
Considerando o processo coesivo e o contexto da narrativa, verifica-se que, no trecho “partir para cima dele” (l.7), a referência do pronome é a expressão “O cavalo” (l.6), precisão coesiva que é ratificada pelo emprego da palavra “animais” no trecho “E o lobisomem bebia sangue também dos animais” (l.12).
Crendices populares constituem o cerne da narrativa de José Lins do Rêgo, como evidenciado no fragmento apresentado, o que permite afirmar que o ciclo da cana-de-açúcar tal como representado no Romance de 30 deriva de relações fantasiosas e afetivas, e não de referências reais.
No trecho “quando passava pelos sombrios recantos dos lobisomens, era assoviando ou cantando alto” (l.20-21), a expressão verbal é marca da sintaxe da língua falada
No contexto em que foi empregado, o segmento “Os bois que morriam” (l.23) corresponde a um subconjunto de bois do conjunto de bois do ambiente descrito e, portanto, nele, não se incluem os bois mortos no abate.