Questões de Vestibular UNB 2023 para Prova de Conhecimentos II - 1° dia
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As sociedades indígenas e os povos quilombolas estabeleceram, ao longo dos séculos, uma relação equilibrada com os ecossistemas, e suas técnicas de plantio, de construção e de convivência sustentáveis contribuíram para a preservação dos rios e do meio ambiente.
Na antiguidade clássica, as pólis (cidades), como Atenas, eram modelos de cidadania e inclusão, sendo considerados cidadãos homens e mulheres que fossem trabalhadores e vivessem dentro dos muros da cidade.
O raciocínio exposto nos dois últimos períodos do texto aponta para a contradição existente na afirmação de que o Brasil se destaca na produção energia limpa, dados os inúmeros conflitos sociais gerados na instalação de usinas hidrelétricas, seja pelo impacto direto e permanente causado na vida dos povos indígenas e tradicionais, seja pela exploração do trabalho dos operários da construção civil.
Uma das formas de proteger a qualidade da água e sua quantidade nas nascentes dos rios, bem como os ecossistemas associados é o estabelecimento das áreas de proteção permanente.
O planejamento urbano do século XIX, embasado em princípios higienistas, incorporou intervenções como a canalização de rios, priorizando a funcionalidade ecológica e os fluxos naturais como elementos essenciais no planejamento urbano.
A separação entre natureza e cultura, que se caracterizou como uma marca do pensamento moderno ocidental, é considerada pelo autor do texto como nociva não apenas para a natureza, mas para a própria humanidade.
Infere-se do texto que o desenvolvimento tecnológico do Ocidente influenciou a adoção de um estilo de vida mais adaptado à natureza e a seus recursos naturais, o que garantiu o domínio da sociedade ocidental sobre os povos não ocidentais.
A afirmação de que “O corpo da Terra não aguenta mais cidades” se contrapõe à ideia de desenvolvimento permeada no século XIX, período em que o avanço das cidades era utilizado como parâmetro para a hierarquização dos povos.
Infere-se das ideias do texto que povos indígenas, ribeirinhos e beiradeiros mantêm uma relação de maior respeito com a natureza, mas, por não serem capazes de adaptar suas atividades a um modelo de desenvolvimento economicamente rentável, permanecem em situação de pobreza.
As ideias expostas no texto sugerem que o modo de vida contemporâneo, considerado por muitos como racional, não é sustentável, e o planeta não suportaria suas consequências caso ele fosse adotado por todos os seres humanos.
Segundo a referida filósofa, o processo de destruição dos recursos naturais é resultado da riqueza de sermos seres humanos, que, por sua vez, nos distancia da natureza.
Ao tratar sobre o esquecimento da “riqueza do que pode significar ser um ser humano” e sobre “o projeto de estabelecer-se como tirano da vida”, a filósofa questiona sentidos da vida humana presentes no mundo contemporâneo.
A pensadora afirma que, em razão das desigualdades sociais, cada ser humano não tem igual poder sobre a natureza.
A partir do texto precedente, julgue o item.
Um exemplo de risco que atinge a sociedade global como um todo é a substituição dos veículos movidos a combustíveis fósseis por veículos elétricos e a posterior troca e descarte das baterias destes.
Durante o século XX, grande parte da população que migrou para áreas urbanas fixou-se em cidades que exercem forte influência sobre extensas porções do território internacional; essas cidades, denominadas metrópoles mundiais, ocupam o segundo lugar na hierarquia urbana, logo abaixo das cidades globais.
Os refugiados ambientais ainda não são uma classe reconhecida juridicamente pela maioria dos países do mundo.
A doutrina socioeconômica conhecida como neoliberalismo
C constitui uma corrente de pensamento que se baseia na defesa de uma intervenção mínima do Estado na economia.
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item.
Investigações arqueológicas, antropológicas e históricas comprovam a presença dos povos originários há milhares de anos no território que hoje compõe o Brasil e revelam, ainda, uma marcante diversidade em suas formações societárias, culturais e linguísticas.
O marco temporal é uma tese jurídica e política segundo a qual os povos indígenas só teriam direito aos seus territórios caso estivessem em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, argumento que desconsidera os direitos originários desses povos e as violentas ações praticadas pelo Estado ao longo da história.
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item.
A tese do Marco temporal
D é defendida por grupos sociais que, historicamente, se vinculam à propriedade fundiária e visa dificultar a retomada dos povos indígenas aos seus territórios originais.