Questões do Enem Sobre sociologia

Foram encontradas 172 questões

Q3160625 Sociologia
       Primeiro de dezembro de 1955. Rosa Parks, uma costureira negra norte-americana se recusa a ceder o lugar a um homem branco nos Estados Unidos. Foi durante uma viagem de ônibus no estado do Alabama, região sudeste do país. Ela acabou presa.
     As primeiras filas de assentos nos ônibus eram reservadas para os passageiros brancos. Por lei, os negros tinham que ocupar os lugares de trás nos transportes coletivos.

Disponível em: http://radioagencianacional.ebc.com.br. Acesso em: 7 dez. 2017.


Esse ato individual ganhou repercussão nacional e colaborou decisivamente para
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Q3160621 Sociologia
A corda puxada pelos devotos é, atualmente, um dos elementos mais característicos do Círio de Nazaré. Inserida na procissão de 1855, para que os devotos pudessem tirar a berlinda de um atoleiro, hoje ela perdeu seu significado prático original, embora seu aspecto simbólico de sacrifício e aproximação do sagrado tenha permanecido ao longo dos anos.

Círio de Nazaré. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 16 nov. 2021 (adaptado).


A reapropriação simbólica da corda apresentada no texto mostra como a festividade está marcada pela
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Q3160620 Sociologia
TEXTO I

Por meio de diferentes movimentos sociais, pode-se romper as homogeneidades aparentes (por exemplo, a instituição, a comunidade ou o grupo social) e revelar os conflitos que presidiram a formação e a edificação das práticas culturais: penso nas inércias e na ineficácia normativas, mas também nas incoerências que existem entre as diferentes normas, e na maneira pela qual os indivíduos, “façam” eles ou não a história, moldam e modificam as relações de poder.

LORIGA, S. A biografia como problema. In: REVEL, J. Jogos de escalas. A experiência da microanálise. Rio de Janeiro: FGV, 1998 (adaptado).

TEXTO II

Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve Você pode e você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu Num quer dizer que você tenha que sofrer Até quando você vai ficar usando rédea Rindo da própria tragédia? Até quando você vai ficar usando rédea Pobre, rico ou classe média?

GABRIEL, O PENSADOR. Até quando? In: Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).


O Texto II enfatiza a seguinte ideia expressa no Texto I: 
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Q3160613 Sociologia
A realização de inúmeras tarefas por máquinas é apresentada como garantia de um futuro no qual ninguém mais precisaria trabalhar (transformar a natureza), pois tudo seria produzido por tecnologias (muito ou pouco “inteligentes”), liberando os seres sociais do trabalho, a começar pelas tarefas rudes ou repetitivas. A perda de trabalho que a introdução capitalista de máquinas promove para intensificar a extração de valor é metamorfoseada em liberação do trabalho. A necessidade de trabalhar, porém, subsiste entre os seres sociais da sociedade capitalista, pois, sem vender força de trabalho, tais expropriados não subsistem no mercado. Entre ameaça e promessa, desaparecem as possibilidades concretas trazidas por processos de trabalho cada dia mais socializados, como redução das jornadas sem redução da remuneração, por exemplo.

FONTES, V. Capitalismo em tempo de uberização: do emprego ao trabalho. Marx e Marxismo, n. 8, 2017 (adaptado).


De acordo com o texto, o efeito da relação entre trabalho e tecnologia sobre a realidade social é o(a)
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Q3160611 Sociologia
As primeiras noções de cidadania estiveram apoiadas nos estudos clássicos das civilizações antigas, sobretudo a greco-romana, tendo sido, a partir de então, incorporados e criados outros termos que também se aprimoraram com os debates que se sucederam. Embora tenham sido gestados no período clássico, foram no período iluminista melhor aprimorados e adquirindo sentidos mais próximos dos quais temos hoje.

BODART, C. N.; FIGUEIREDO, C. A. S. Ciência política para o ensino médio. Maceió: Café com Sociologia, 2021 (adaptado).


Em sua origem, o conceito descrito no texto era associado ao seguinte grupo social: 
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Q3160605 Sociologia
A dona de casa está investida de todos os tipos de função. Primeiramente, dar à luz e criar filhos e, a partir do momento em que sabem andar, acompanharem-na por toda a parte. A mulher e seus filhos são figuras familiares profusamente reproduzidas pela iconografia da época. Segunda função: a manutenção da família, as “tarefas domésticas”, expressão que tem um sentido muito amplo, incluindo a alimentação, a educação, a limpeza da casa etc. A sociedade do século XIX não poderia crescer e se reproduzir sem a contribuição dessas mulheres.

PERROT, M. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. São Paulo: Paz e Terra, 1992 (adaptado).

A condição social, discutida no texto, demonstra que a ordem burguesa tinha como pressuposto a
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Q3160604 Sociologia
Atentando para os processos midiáticos na formação da percepção do real, na televisão predomina o visível sobre o inteligível, ocasionando uma visão fragmentada sobre o ponto de vista de conjunto, em que o real não é construído pelo sujeito, em que não somos autônomos, deixamos de ser protagonistas e passamos a ter “ideias” de realidade. Há uma dinâmica de manipulação ideológica imposta pela mídia, interferindo na construção de nossos alicerces, na nossa percepção, na apreensão dos saberes. Desse modo, a televisão gera alienação e instiga a desumanização, salvaguardando as exceções. 

CARNEIRO, I. L. B. A Antropologia Filosófica: a educação como elemento fundante do ser humano. Salvador: Faculdade Baiana de Direito, 2010 (adaptado).


Ao produzir uma leitura sobre os meios de comunicação, o texto apresenta quais características da realidade criticada?
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Q3160596 Sociologia
     Entendo por barbárie algo muito simples, ou seja, que, estando na civilização do mais alto desenvolvimento tecnológico, as pessoas se encontrem atrasadas de um modo peculiarmente disforme em relação à sua própria civilização, tomadas por uma agressividade primitiva, um ódio primitivo ou, na terminologia culta, um impulso de destruição, que contribui para aumentar ainda mais o perigo de que toda esta civilização venha a explodir.

ADORNO, T. W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006 (adaptado).


Ao refletir sobre a crise civilizatória vivida com a Segunda Guerra Mundial, o autor aponta como uma das condições de possibilidade da barbarização o(a)
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Q3160595 Sociologia
TEXTO I

     Fazendeiro branco, escravo negro: a imagem icônica produz a ilusão de que a escravidão moderna foi um sistema de dominação racial. De fato, porém, foi um sistema econômico. A escravidão acompanhou a humanidade durante milênios. Nas mais diferentes sociedades, inclusive na África, gente de todas as cores escravizou gente de todas as cores. O capitalismo mercantil acelerou a produção e o comércio de incontáveis mercadorias — e, também, de escravos. Na sua moldura, o tráfico atlântico forneceu africanos escravizados para as Américas.

MAGNOLI, D. Uma ilusão de cor. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 9 nov. 2021 (adaptado).


TEXTO II

    O que nasceu primeiro, a escravidão ou o racismo? O tema é complexo, mas há consenso de que o racismo estrutural na Afro-América é consequência da escravidão atlântica. No Brasil, o racismo foi inscrito na própria linguagem, que definia o comércio de escravizados como tráfico “negreiro” e qualificava a maioria de livres não brancos como pessoas “de cor”. Existiam como sujeitos racializados mesmo quando conseguiam ter acesso a algum capital econômico e simbólico para lutar contra o racismo, até mesmo quando se tornavam senhores (ou senhoras) de escravos.

MATTOS, H. O negacionismo como erudição. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 9 nov. 2021 (adaptado).


No Texto II, o posicionamento crítico ao argumento presente no Texto I sobre a relação entre escravidão africana e racismo na América colonial baseia-se no seguinte aspecto:
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Q3159765 Sociologia
Tal qual num exército, não se compreende um efetivo composto apenas de oficiais. Também na saúde pública, os funcionários técnicos graduados necessitam ser assistidos por auxiliares em número suficiente e com preparo adequado, constituído pelas enfermeiras de saúde pública, educadoras ou visitadoras sanitárias, técnicos de laboratório, inspetores ou guardas etc., para não falarmos no pessoal burocrático, não especializado.

PAULA SOUZA, G. H.; VIEIRA, F. B. Centro de saúde “eixo” de organização sanitária. Boletim do Instituto de Higiene de São Paulo, n. 59 (adaptado).

O texto dos sanitaristas atuantes nas décadas de 1920 e 1930 veicula uma mensagem caracterizada pela
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Q2546474 Sociologia

As propostas dele não devem ser levadas a sério, pois foi visto bêbado num restaurante.


GALINDO, R. 20 falácias (e as eleições). Disponível em: www.gazetadopovo.com.br.

Acesso em: 17 out. 2021 (adaptado).



A afirmação, eficaz como mecanismo de persuasão de eleitores em contextos políticos, constitui-se como uma falácia porque


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Q2546471 Sociologia
         Ana Maria [entrevistadora]: Vida de empreguete é tão dura assim como vocês retratam no clipe?
         Penha [empregada]: Olha, Ana, difícil mesmo é aturar cara de patroa ignorante que não sabe pedir as coisas com educação.
      Sonia [patroa]: Ana, eu acho que nós estamos vivendo uma inversão total de valores, entende? Não somos nós que precisamos das empregadas. Elas é que precisam do emprego, precisam do dinheiro que nós pagamos.
       Cida [empregada]: Até parece, dona Sonia, a senhora precisa de mim até pra pegar água!
        Sonia: Eu sou de um tempo em que os serviçais sabiam o seu lugar!
      Cida: Eu esqueci que a senhora pegou a época da escravidão! Ana Maria: Gente, eu só quis promover aqui uma confraternização...
       Chayenne [patroa]: Ana, pare tudo, porque agora eu quero falar! Eu sou uma patroa que dou de tudo: eu dou comida, eu dou quartinho, eu dou sabão de coco pra elas se lavarem, eu dou papel higiênico, eu dou copo, prato, talher, tudo separado, sem descontar o salário!
      Penha: Agora, pra tirar férias, como manda a lei, é um sacrifício! E ela viaja e quer que eu fique carregando a mala dela. Eu não sou carregadora de mala, não!


MACEDO, R. M. Espelho mágico: produção e recepção de imagens de empregadas domésticas em uma telenovela brasileira. Cadernos Pagu, n. 48, 2016.


O diálogo, extraído de uma telenovela brasileira exibida em 2012, traduz o pensamento de uma sociedade caracterizada pela presença de
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Q2546470 Sociologia
Nas Antilhas, o jovem negro que, na escola, não para de repetir “nossos pais, os gauleses”, identifica-se com o explorador, com o civilizador, com o branco que traz a verdade aos selvagens, uma verdade toda branca. Há identificação, isto é, o jovem negro adota subjetivamente uma atitude de branco. Ele carrega o herói, que é branco, com toda a sua agressividade — a qual, nessa idade, assemelha-se estreitamente a uma dádiva: uma dádiva carregada de sadismo.


FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008.


A reflexão do autor sobre o processo de socialização apresentado no texto expõe qual elemento constituidor das relações sociais?

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Q2546467 Sociologia
Há uma década, Alter (PA) e Santarém (PA) resgatam o idioma de nheengatu — a língua mais falada no Brasil e proibida em 1758 pela Coroa portuguesa — por meio do ensino em 47 escolas. Uma delas é a Escola Indígena Antônio de Sousa Pedroso, mais conhecida como Escola Borari. A região é hoje repleta de mestres nativos de nheengatu. Nhe’eng significa “língua”, e “boa” é a tradução de katu. Daí o nheengatu ou nhengatu (ou língua geral), criado no século 16 pelos jesuítas a partir do tupi e criminalizado no século 18 por um decreto do Marquês de Pombal. 

LEMOS, S. Indígena ensina língua proibida pelos portugueses na paradisíaca Alter (PA). Disponível em: https://tab.uol.com.br. Acesso em: 11 nov. 2021 (adaptado).



O ensino da língua mencionada no texto tem como objetivo a
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Q2546465 Sociologia
O legado dos movimentos sociais dos anos 1970-80

       Na mudança de regime político, que culminou com a Carta Constitucional de 1988, os movimentos sociais foram, sem dúvida, os grandes atores. Se tomarmos a Constituição de 1988 como o coroamento desse processo, no qual os movimentos sociais ocuparam a cena pública, vamos perceber que os valores democráticos nela inscritos são inéditos como experiência de sociedade, e não seria exagero dizer que a sociedade brasileira de antes de 1964 não se reconheceria na Carta de 1988, o que equivale a dizer que o processo vivido nesses anos recentes logrou estabelecer os fundamentos de uma nova sociedade marcada, especialmente, pelo reconhecimento dos direitos de cidadania que a sociedade passou a atribuir-se através dos seus movimentos.


SILVEIRA, R. J. Revista Mediações, n. 1, jan.-jun. 2000 (adaptado).


Com base no texto, a ação dos atores sociais mencionados produziu o seguinte resultado:
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Q2546455 Sociologia
Nos governos de Vargas e Perón, o esporte começou a ser visto como um importante elemento na relação entre o regime e a sociedade. Tal fato não deve ser entendido apenas como uma resposta à crescente popularidade do esporte. Ainda que crescente em seus governos, a massificação do esporte já havia ocorrido muito antes. Talvez a influência dos regimes de Mussolini e Hitler sobre os dois governantes latino-americanos possa apontar para um melhor entendimento dessa nova visão política, uma vez que ambos tiveram uma estreita ligação com o esporte e a sua utilização como propaganda política.

DRUMOND, M. Vargas, Perón e o esporte. Revista Estudos Históricos, n. 44, jul.-dez. 2009.

De acordo com o texto, o uso do esporte nos regimes políticos mencionados foi explorado com o objetivo de
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Q2546450 Sociologia
     O trabalhador pode até saber que sua fábrica produz aviões ou medicamentos, mas a sua parcela de atividade está totalmente subordinada a uma estrutura abstrata, diluída numa massa de atividades conexas, em muitos casos dividida em diversos continentes e em proprietários não visíveis. Ele não se reconhece na materialidade final do seu trabalho, que se lhe afigura como obra da “empresa”, e sua subordinação parece ser ao “sistema”.

FONTES, V. Capitalismo em tempo de uberização: do emprego ao trabalho. Disponível em: www.niepmarx.blog.br. Acesso em: 6 out. 2021 (adaptado).


Segundo o texto, a razão para a dificuldade do trabalhador em reconhecer o seu labor é a
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Q2546448 Sociologia
       Maria Leonor é uma criança de 7 anos de Miranda do Douro, em Portugal, que começou a achar muito divertido “falar brasileiro” depois que conheceu um influenciador digital na internet. Jonathan, de 6, vive no Porto e passou a cumprimentar as amiguinhas com “oi, menina” depois que descobriu vídeos de brasileiros nas redes sociais. As duas crianças são parte de um fenômeno que provoca polêmica em Portugal. O sotaque brasileiro tem criado polêmica entre alguns países e virou tema na imprensa local.

FARIAS, V. F.; VASCONCELOS, R. Crianças portuguesas aprendem a “falar brasileiro” no Youtube durante a pandemia. Disponível em: https://internacional.estadao.com.br. Acesso em: 11 nov. 2021 (adaptado).


O fenômeno descrito no texto é provocado pelo
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Q2546447 Sociologia
        Examinando detidamente o fator de maior predominância na evolução social, penso não errar afirmando que a causa principal de falharem todos os sistemas econômicos, experimentados para estabelecer o equilíbrio das forças produtivas, se encontra na livre atividade permitida à atuação das energias naturais, isto é, na falta de organização do capital e do trabalho.

VARGAS, G. As diretrizes da nova política do Brasil. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1942.


Nesse discurso de 1931, o então presidente Getúlio Vargas condenava, de forma explícita, o
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Q2546446 Sociologia
       A concepção tecnocrata está associada à fé em mercados — não necessariamente no capitalismo livre, laissez-faire, mas uma crença mais ampla de que mecanismos de mercado são os principais instrumentos para alcançar o bem público. Esse modo de pensar é tecnocrático, no sentido de que esvazia o discurso público de argumentos substantivamente morais e questões ideologicamente contestáveis como se fossem assuntos de eficiência econômica, domínio de especialistas. A verdadeira divisão, argumentaram eles, não era mais esquerda versus direita, mas aberto versus fechado. Isso insinuava que os contrários à terceirização, tratados de livre-comércio e fluxos de capitais irrestritos eram pessoas de mente fechada, não de mente aberta; eram tribais, não globais.


SANDEL, M. J. A tirania do mérito: o que aconteceu ao bem comum? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020 (adaptado).


A crítica ao modelo de pensamento apresentado no texto fundamenta-se na postura de desvalorização do(a)
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Respostas
1: B
2: E
3: A
4: D
5: B
6: C
7: A
8: D
9: A
10: E
11: B
12: C
13: B
14: D
15: D
16: A
17: A
18: C
19: A
20: B