Questões Militares de Português - Interpretação de Textos

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Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: PM-SE Prova: IBFC - 2018 - PM-SE - Soldado da Polícia Militar |
Q910070 Português
Texto I

A Rua
(Fragmento)

    EU AMO A RUA. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres[...], mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua.
    (...) a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! (...) a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua (...).
    A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. (...) A rua é a eterna imagem da ingenuidade. Comete crimes, desvaria à noite, treme com a febre dos delírios, para ela como para as crianças a aurora é sempre formosa, para ela não há o despertar triste, e quando o sol desponta e ela abre os olhos esquecida das próprias ações, é (...) tão modesta, tão lavada, tão risonha, que parece papaguear com o céu e com os anjos...
    A rua faz as celebridades e as revoltas, a rua criou um tipo universal, tipo que vive em cada aspecto urbano, em cada detalhe, em cada praça, tipo diabólico que tem, dos gnomos e dos silfos das florestas, tipo proteiforme, feito de risos e de lágrimas, de patifarias e de crimes irresponsáveis, de abandono e de inédita filosofia, tipo esquisito e ambíguo com saltos de felino e risos de navalha, o prodígio de uma criança mais sabida e cética que os velhos de setenta invernos, mas cuja ingenuidade é perpétua, voz que dá o apelido fatal aos potentados e nunca teve preocupações, criatura que pede como se fosse natural pedir, aclama sem interesse, e pode rir, francamente, depois de ter conhecido todos os males da cidade, poeira d’oiro que se faz lama e torna a ser poeira – a rua criou o garoto!

RIO, João do. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, pp. 28–31.

Vocabulário
Agremia: do verbo agremiar; juntar num mesmo grupo.
Canteiros: pedreiros responsáveis pelas construções com pedra.
Frontarias: fachada principal; frente.
Melopeia: melodia; canção melodiosa.
Silfos: seres mágicos do ar presente em mitologias europeias.
Proteiforme: que muda de forma frequentemente.
Potentados: majestades; maiorais; pessoas de grande poder.
Ao tratar da rua, nota-se que o autor privilegia uma abordagem essencialmente:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: PM-SE Prova: IBFC - 2018 - PM-SE - Soldado da Polícia Militar |
Q910067 Português
Texto I

A Rua
(Fragmento)

    EU AMO A RUA. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres[...], mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua.
    (...) a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! (...) a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua (...).
    A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. (...) A rua é a eterna imagem da ingenuidade. Comete crimes, desvaria à noite, treme com a febre dos delírios, para ela como para as crianças a aurora é sempre formosa, para ela não há o despertar triste, e quando o sol desponta e ela abre os olhos esquecida das próprias ações, é (...) tão modesta, tão lavada, tão risonha, que parece papaguear com o céu e com os anjos...
    A rua faz as celebridades e as revoltas, a rua criou um tipo universal, tipo que vive em cada aspecto urbano, em cada detalhe, em cada praça, tipo diabólico que tem, dos gnomos e dos silfos das florestas, tipo proteiforme, feito de risos e de lágrimas, de patifarias e de crimes irresponsáveis, de abandono e de inédita filosofia, tipo esquisito e ambíguo com saltos de felino e risos de navalha, o prodígio de uma criança mais sabida e cética que os velhos de setenta invernos, mas cuja ingenuidade é perpétua, voz que dá o apelido fatal aos potentados e nunca teve preocupações, criatura que pede como se fosse natural pedir, aclama sem interesse, e pode rir, francamente, depois de ter conhecido todos os males da cidade, poeira d’oiro que se faz lama e torna a ser poeira – a rua criou o garoto!

RIO, João do. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, pp. 28–31.

Vocabulário
Agremia: do verbo agremiar; juntar num mesmo grupo.
Canteiros: pedreiros responsáveis pelas construções com pedra.
Frontarias: fachada principal; frente.
Melopeia: melodia; canção melodiosa.
Silfos: seres mágicos do ar presente em mitologias europeias.
Proteiforme: que muda de forma frequentemente.
Potentados: majestades; maiorais; pessoas de grande poder.

Considere o trecho abaixo para responder a questão:


“Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim.” (1º§)


A expressão “Esse sentimento”, que inicia o trecho, faz referência:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: PM-SE Prova: IBFC - 2018 - PM-SE - Soldado da Polícia Militar |
Q910066 Português
Texto I

A Rua
(Fragmento)

    EU AMO A RUA. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres[...], mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua.
    (...) a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! (...) a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua (...).
    A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. (...) A rua é a eterna imagem da ingenuidade. Comete crimes, desvaria à noite, treme com a febre dos delírios, para ela como para as crianças a aurora é sempre formosa, para ela não há o despertar triste, e quando o sol desponta e ela abre os olhos esquecida das próprias ações, é (...) tão modesta, tão lavada, tão risonha, que parece papaguear com o céu e com os anjos...
    A rua faz as celebridades e as revoltas, a rua criou um tipo universal, tipo que vive em cada aspecto urbano, em cada detalhe, em cada praça, tipo diabólico que tem, dos gnomos e dos silfos das florestas, tipo proteiforme, feito de risos e de lágrimas, de patifarias e de crimes irresponsáveis, de abandono e de inédita filosofia, tipo esquisito e ambíguo com saltos de felino e risos de navalha, o prodígio de uma criança mais sabida e cética que os velhos de setenta invernos, mas cuja ingenuidade é perpétua, voz que dá o apelido fatal aos potentados e nunca teve preocupações, criatura que pede como se fosse natural pedir, aclama sem interesse, e pode rir, francamente, depois de ter conhecido todos os males da cidade, poeira d’oiro que se faz lama e torna a ser poeira – a rua criou o garoto!

RIO, João do. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, pp. 28–31.

Vocabulário
Agremia: do verbo agremiar; juntar num mesmo grupo.
Canteiros: pedreiros responsáveis pelas construções com pedra.
Frontarias: fachada principal; frente.
Melopeia: melodia; canção melodiosa.
Silfos: seres mágicos do ar presente em mitologias europeias.
Proteiforme: que muda de forma frequentemente.
Potentados: majestades; maiorais; pessoas de grande poder.
No título do texto, o autor faz uso de um artigo definido acompanhando o substantivo “rua”. Esse emprego constrói o seguinte efeito de sentido:
Alternativas
Q908580 Português

O estudo das significações das palavras é um assunto na língua portuguesa exclusivo da Semântica. Para estudar a Semântica, é necessário interpretar o texto e dominar a sua significação ampla e específica, ou seja, saber o que o texto quer dizer com aquela construção.


A esse respeito, observe os textos a seguir.


Imagem associada para resolução da questão


Avalie as informações sobre os efeitos de sentido presentes nos dois textos.


I. No Texto I, o efeito de sentido não está diretamente relacionado à fala caipira, mas, sim, na suposta sinonímia entre “diproma” e “menino”.

II. O Texto I exemplifica um caso de polissemia, pois a palavra “Diproma” adquiriu uma multiplicidade de sentidos no seu contexto de uso.

III. No Texto II, ao se interpretar a composição sintagmática “bloco de notas” descarta-se a presença da ambiguidade na produção dos sentidos.

IV. No Texto II, ‘bloco’ na sua especificidade semântica (=de carnaval) diz respeito à composição sintagmática ‘bloco de notas’, normalmente utilizada para linguagens de programação, alusiva ao que seria o passatempo do ‘nerd’ trabalhando no computador durante o carnaval.

V. Nos dois textos, o processo discursivo, sua intencionalidade específica, as condições de produção, o momento enunciativo, a interface semântico-cognitivo-lexical para a produção e a compreensão desse discurso, tudo isso interfere no sentido e no efeito ocasionado por ele.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Q908575 Português

Os sentidos das palavras não são imutáveis, ou seja, dependendo do contexto, as palavras ganham sentidos que muitas vezes surpreendem o leitor. Tais sentidos podem ser classificados como denotação e conotação. Com base nessa reflexão, leia o texto em seguida e relacione a coluna da direita com a da esquerda.


Caríssima Ana


No princípio você deu palavras de presente a Mateus. Ele acordou outras e multiplicou as cartas. Agora

muitas palavras moram acordadas em nosso sonho.

É tempo de escolher quem saiba somar nossas palavras em uma grande carta. Carta Maior, feita de

pequenas cartas.

Que esses nossos representantes sejam Justos, Próximos e Verdadeiros. E que sejamos atentos, para não

ficar uma só palavra esquecida.

Assim, as palavras vão sair do nosso sonho para viver entre nós – sempre.

Com muito amor,

João

(QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Correspondência. Belo Horizonte: RHJ, 2004).


SENTIDO

(1) Conotação

(2) Denotação


CONTEXTO

( ) “E que sejamos atentos...”

( ) “...as palavras vão sair do nosso sonho...”

( ) “Ele acordou outras e multiplicou as cartas.”

( ) “...palavras moram acordadas...”

( ) “Com muito amor, João”


A sequência correta dessa classificação é

Alternativas
Q908558 Português

Texto I


Sete anos de pastor Jacob servia

Labão, pai de Raquel, serrana bela;

Mas não servia ao pai, servia a ela,

E a ela só por prêmio pretendia.


Os dias, na esperança de um só dia,

Passava, contentando-se com vê-la;

Porém o pai, usando de cautela,

Em lugar de Raquel lhe dava Lia.


Vendo o triste pastor que com enganos

Lhe fora assim negada a sua pastora,

Como se a não tivera merecida,


Começa de servir outros sete anos,

Dizendo: – Mais servira, se não fora

Para tão longo amor tão curta a vida!

                     (CAMÕES, Luís de. Lírica. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p.51).


Texto II


Ora, Jacó sete ano já fazia

Que pastorava o gado de Labão.

Pai da linda Raqué; por ele, não:

Mais, por ela que em paga lhe cabia.


Passando os dia, doido por um dia,

Se alegrava de vê seu coração.

E aconteceu que o pai, espertaião,

Ruendo a corda, lhe entregô a Lia.


Quando o pobre Jacó caiu no engano

E deu, de boa-fé a boca doce,

Pela troca da prenda prometida,


Tratô de se ajustá por mais sete ano

Falando: Isto era nada, se num fosse

Pra tanto bemquerê tão poca a vida.

(LACERDA, Abel Tavares de. Apud Fernando Sabino. Livro Aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.86).

No soneto de Abel Tavares de Lacerda, há algumas expressões que conferem ao seu texto forte acento sertanejo. Relacione as colunas de acordo com a correta correspondência, considerando a ideia expressa pelas palavras ou expressões.


EXPRESSÃO

(1) “doido por um dia”

(2) “ruendo a corda”

(3) “boa-fé”

(4) “bemquerê”


IDEIA EXPRESSA

( ) trapaça.

( ) confiança.

( ) ansiedade.

( ) afeição.


A sequência correta dessa relação semântica é

Alternativas
Q908552 Português

Instruções: Para responder à questão, leia um fragmento do romance O passo-bandeira: uma história de aviadores, de Oswaldo França Júnior, que narra a história de um ex-piloto da Aeronáutica.


“E o piloto olhava a cidade, o Rio de Janeiro, por exemplo, e toda a grandiosidade do Rio transformava-se numa pequena miniatura. O azul do mar ia até bem longe confundir-se com o azul mais claro do céu. As serras, os rios, as represas, tudo era visto na dimensão daquela altura. E muitas vezes, disse Paulo César, quando estava com algum problema e lembrava-se dele lá em cima, o problema perdia a grande importância de antes. E era um voo que servia também para isto.


Servia para mostrar a real importância das coisas. E isso sempre os levava a colocar as coisas em suas devidas proporções. E Paulo César falou que regressava desses voos com uma certa humildade. E que havia também uma estranha sensação. Por um motivo que ele não sabia explicar, no silêncio lá de cima a mente da pessoa iniciava um processo de expansão”.

(FRANÇA JÚNIOR, Oswaldo. O passo-bandeira: uma história de aviadores. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p.40. Adaptado).

A palavra que não possui correspondência com o termo “expansão”, empregado no último parágrafo do texto, é
Alternativas
Q908501 Português

Atente para o cartum.


Imagem associada para resolução da questão

(Disponível em:<http://chargedodiemer.blogspot.com/. Acesso em 10 fev. 2018).


O provérbio ou dito popular mais adequado para esse cartum é
Alternativas
Q908500 Português

A gradação se configura como uma das figuras semânticas que lida com aspectos interpretativos da fala ou do texto, alterando a percepção do leitor ou do interlocutor em questão. Desta forma, sua ocorrência está mais ligada a questões semânticas do que sintáticas ou sonoras. A sua principal função é propor uma sequência de palavras e/ou expressões que intensifiquem uma mesma ideia ou elemento, a fim de destacar este componente dos demais, demonstrando uma espécie de crescimento ou evolução pelo qual ele passou no enunciado.


A esse respeito, leia o conto “A mania”, de Carlos Herculano Lopes.


“Há muitos anos, em Santa Marta, viveu um rapaz que voava. Meu tio Otacílio lembra-se de tê-lo visto. Muito alto e magro, ele possuía a estranha mania de ficar em cima de uma ponte olhando para a cachoeira e os redemoinhos que nela se formavam. Ali o moço passava horas, tardes inteiras, semanas seguidas, e ninguém se preocupava, pois aquele era um costume antigo, adquirido desde a sua mais tenra infância. A última vez que foi visto aconteceu em um mês de dezembro. Dizem que chovia muito e ele pairava entre as árvores, com os olhos fixos na água”.

(LOPES, Carlos Herculano. Coração aos pulos. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.45).


Assinale a passagem em que há exemplo de gradação.

Alternativas
Q906429 Português

              Geovani Martins: como a favela me fez escritor


      Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança.

      Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.

      A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encontra seus públicos por becos e vielas.

          (Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)

Uma expressão empregada com sentido figurado está destacada em negrito na alternativa:
Alternativas
Q906428 Português

              Geovani Martins: como a favela me fez escritor


      Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança.

      Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.

      A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encontra seus públicos por becos e vielas.

          (Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)

Uma das características das favelas para a qual o autor chama a atenção é a
Alternativas
Q906427 Português

              Geovani Martins: como a favela me fez escritor


      Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança.

      Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.

      A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encontra seus públicos por becos e vielas.

          (Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)

Para o autor, consumir
Alternativas
Q906426 Português

              Geovani Martins: como a favela me fez escritor


      Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança.

      Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.

      A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encontra seus públicos por becos e vielas.

          (Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)

Geovani Martins conta que seu livro é resultado de
Alternativas
Q906424 Português

               

Na fala do último quadrinho, o garoto
Alternativas
Q906422 Português

           Por que o criador do botão ‘curtir’ do Facebook apagou

                              as redes sociais do celular


      A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos, conscientemente, prestar atenção nela. “Em todos os outros casos, deve ficar fora do nosso caminho.”

      Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o executivo responsável pela criação do botão ‘curtir' nos primórdios do Facebook, há mais de dez anos.

      Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais, aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais “presença” no mundo off-line.

      Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto critica, responde: “Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir, haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado”.

                                                (Ricardo Senra. www.bbc.com. Adaptado)

Duas expressões do texto que têm sentidos opostos são:
Alternativas
Q906421 Português

           Por que o criador do botão ‘curtir’ do Facebook apagou

                              as redes sociais do celular


      A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos, conscientemente, prestar atenção nela. “Em todos os outros casos, deve ficar fora do nosso caminho.”

      Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o executivo responsável pela criação do botão ‘curtir' nos primórdios do Facebook, há mais de dez anos.

      Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais, aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais “presença” no mundo off-line.

      Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto critica, responde: “Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir, haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado”.

                                                (Ricardo Senra. www.bbc.com. Adaptado)

Uma frase condizente com as informações do último parágrafo é:
Alternativas
Q906419 Português

           Por que o criador do botão ‘curtir’ do Facebook apagou

                              as redes sociais do celular


      A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos, conscientemente, prestar atenção nela. “Em todos os outros casos, deve ficar fora do nosso caminho.”

      Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o executivo responsável pela criação do botão ‘curtir' nos primórdios do Facebook, há mais de dez anos.

      Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais, aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais “presença” no mundo off-line.

      Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto critica, responde: “Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir, haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado”.

                                                (Ricardo Senra. www.bbc.com. Adaptado)

A expressão destacada em “A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos” (1° parágrafo) pode ser substituída, com o sentido preservado, por
Alternativas
Q906418 Português

           Por que o criador do botão ‘curtir’ do Facebook apagou

                              as redes sociais do celular


      A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos, conscientemente, prestar atenção nela. “Em todos os outros casos, deve ficar fora do nosso caminho.”

      Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o executivo responsável pela criação do botão ‘curtir' nos primórdios do Facebook, há mais de dez anos.

      Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais, aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais “presença” no mundo off-line.

      Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto critica, responde: “Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir, haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado”.

                                                (Ricardo Senra. www.bbc.com. Adaptado)

Justin Rosenstein apagou as redes sociais do celular porque elas
Alternativas
Q906417 Português
O modo verbal em “não digite” expressa um conselho, assim como ocorre com a expressão destacada em:
Alternativas
Q906416 Português
O cartaz chama atenção para o fato de que
Alternativas
Respostas
3361: A
3362: C
3363: D
3364: B
3365: C
3366: C
3367: B
3368: D
3369: A
3370: B
3371: D
3372: D
3373: A
3374: E
3375: A
3376: D
3377: B
3378: C
3379: C
3380: A