Questões Militares
Sobre interpretação de textos em português
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Leia:
“O desconhecido é uma bomba-relógio tiquetaqueando e pronta para implodir (ou não) o edifício do saber estabelecido – uma ameaça pulsando em tudo o que se mantém de pé.”
Quanto ao sentido do trecho acima, podemos dizer que
Com relação ao serviço de réchaud, assinale (V) para as sentenças verdadeiras e (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que apresenta a sequência correta.
( ) O réchaud é uma peça artesanal de origem francesa, que na língua portuguesa significa fogareiro.
( ) Nos réchauds utiliza-se geralmente álcool como combustível, mas alguns tipos funcionam a gás.
( ) Existe uma técnica que utiliza bebida para flambar alimentos no réchaud, entretanto o alimento nunca deve ser servido com a chama.
( ) O réchaud é composto por quatro partes distintas: a base, a trempe, a frigideira e a tampa.
Leia o texto a seguir:
Nada como a instrução
“Rico estuda cinco anos mais.”
Cotidiano, 17 jul. 1998.
O senhor não me arranja um trocado?, perguntou o esfarrapado garoto com um olhar súplice. Outro daria o dinheiro ou seguiria adiante. Não ele. Não perderia aquela oportunidade de ensinar a um indigente uma lição preciosa:
– Não, jovem – respondeu –, não vou lhe dar dinheiro. Vou lhe dar uma coisa melhor do que dinheiro. Vou lhe transmitir um ensinamento. Olhe para você, olhe para mim. Você é pobre, você anda descalço, você decerto não tem o que comer. Eu estou bem vestido, moro bem, como bem. Você deve estar achando que isso é obra do destino. Pois não é. Sabe qual é a diferença entre nós, filho? O estudo. As estatísticas estão aí: Pobre estuda cinco anos menos do que o rico.
O menino olhava, assombrado. Ele continuou:
– Pessoas como eu estudaram mais. Em média, cinco anos mais. Ou seja: passamos cinco anos a mais em cima dos livros. Cinco anos sem nos divertir, cinco anos queimando as pestanas, cinco anos sofrendo na véspera dos exames. E sabe por quê, filho? Porque queríamos aprender. Aprender coisas como o teorema de Pitágoras. Você sabe o que é o teorema de Pitágoras? Não, seguramente você não sabe oque é o teorema de Pitágoras. Se você soubesse, eu não lhe daria um trocado, eu lhe daria muito dinheiro, como homenagem a seu conhecimento. Mas você não sabe o que é o teorema de Pitágoras, sabe?
– Não – disse o menino. E virando as costas foi embora.
Com o que ele ficou muito ofendido. O rapaz simplesmente não queria saber nada acerca do teorema de Pitágoras. Aliás – como era mesmo, o tal teorema? Era algo como o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Ou: o quadrado do cateto é a soma dos quadrados da hipotenusa. Ou ainda, a hipotenusa dos quadrados é a soma dos catetos quadrados. Algo assim. Algo que só aqueles que têm cinco anos a mais de estudo conhecem.
(Moacyr Sclilar. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001.
p. 25-6.)
A crônica é um gênero textual que oscila entre literatura e
jornalismo. A crônica de Moacyr Scliar acaba por revelar:
I - insólida, por causa de seu final surpreendente.
II - crítica, porque denuncia as diferenças sociais.
III - irônica, porque demonstra que o conhecimento escolar nem sempre é suficiente para que se tenha uma visão abrangente da realidade.
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(as)?
E era a gaiola e era a vida era a gaiola e era o muro a cerca e o preconceito e era o filho a família e a aliança e era a grade a filha e era o conceito e era o relógio o horário o apontamento e era o estatuto a lei e o mandamento e a tabuleta dizendo é proibido.
E era a vida era o mundo e era a gaiola e era a casa o nome a vestimenta e era o imposto o aluguel a ferramenta e era o orgulho e o coração fechado e o sentimento trancado a cadeado.
E era o amor e o desamor e o medo de magoar e eram os laços e o sinal de não passar.
E era a vida era a vida o mundo e a gaiola
e era a vida e a vida era a gaiola. (Apud Alda Beraldo. Trabalhando com poesia. São Paulo: Ática, 1990. v. 2, p. 17.),
As palavras em textos literários não apresentam um sentido único, cujos valores gramaticais são relativizados em virtude da criatividade do autor. Na construção do poema tem-se a repetição da conjunção “e” que cumpre o papel de ligar as palavras e orações. Essa conjunção estabelece entre as ideias relacionadas no texto um sentido de:
Leia atentamente a notícia “Conflito no Líbano mata 4 israelenses” e assinale a alternativa correta:
Ao menos quatro militares israelenses foram mortos durante conflitos com radicais islâmicos na madrugada de hoje (noite de ontem no Brasil) no sul do Líbano, informou a “France Press”.
Citando fontes dos serviços de segurança libaneses, a agência noticia que os militares viajavam em um helicóptero fora da zona de segurança – faixa do território sul do Líbano ocupada por Israel desde 1982.
Os combates ocorreram próximo à aldeia de Nsarieh, a 20 km ao sul da cidade de Sidon.
“Nosso grupo estava patrulhando a área quando os israelenses pousaram. Os combates ainda continuam”, disse um membro do grupo radical islâmico Hilbollah (Movimento de Resistência Islâmico).
“Acreditamos que os israelenses sofreram baixas e estão tentando pousar para salvar seus companheiros”, afirmou.
Membros do grupo Amal (xiita pró-Síria) também se envolveram nos combates, segundo a “France Press”.
(Folha de São Paulo, 5/9/97)
Leia atentamente a poesia de Gregório de Matos e assinale a alternativa incorreta:
Ó tu do meu amor fiel traslado
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado.
Tu de amante o teu fim hás encontrado,
Essa flama girando apetecida;
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo, que exalou, morro abrasado.
Ambos de firmes anelando chamas,
Tu a vida deixas, eu a morte imploro
Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.
Mas ai! que a diferença entre nós choro,
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.
Assinale a alternativa que conceitua corretamente o fenômeno lingüístico da palavra destacada no poema de Manuel Bandeira:
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo
Teadoro, Teodora.
Numere a segunda coluna de acordo com o significado das expressões da primeira e assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta de cima para baixo:
(1) Instrumento óptico.
(2) Preocupação, suspeita.
(3) Intérprete.
(4) Professor.
(5) Separação, dissidência.
(6) Músculo do aparelho digestivo; idioma.
( ) a língua.
( ) o cisma.
( ) o lente.
( ) o língua.
( ) a cisma.
( ) a lente.
Assinale a alternativa que preenche correta e ordenadamente as palavras homônimas e seus respectivos significados:
1 - Cerrar.
2 - Serrar.
3 - Esterno.
4 - Externo.
5 - Espiar.
6 - Expiar.
( ) fechar, ( ) nome de um osso, ( ) ver ou observar, ( ) de fora, ( ) cortar e ( ) pagar uma culpa.
Assinale a alternativa que explicita o processo de formação da palavra destacada no seguinte trecho do texto de Guimarães Rosa:
“O projétil bateu musical na água, e deve ter caído bem no meio da flotilha de marrecos, que grasnaram: - Quaquaracuac!”
Leia o texto atentamente e assinale a opção incorreta:
Noturno de Belo Horizonte
[...]
Que importa que uns falem mole
[descansado
Que os cariocas arranhem os
[erres na garganta
Que os capixabas e paroaras
[escancarem as vogais?
Que tem si o quinhentos réis
[meridional
Vira cinco tostões do Rio pro norte?
Juntos formamos este assombro
[de misérias e grandezas.
Brasil, nome de vegetal!...
Mário de Andrade
Assinale a alternativa que traz a correta classificação da figura de linguagem presente no trecho destacado nos versos abaixo.
Por teu amor, o meu amor sem fim
Plantou dentro de mim
Um pé de trovas.