Questões de Concurso Militar PM-RN 2022 para Fisioterapia - Neurorreabilitação

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Q2090106 Fisioterapia
A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma polirradiculopatia inflamatória aguda que se manifesta precocemente por uma paralisia muscular flácida, geralmente simétrica, ascendente, com hipo ou arreflexia tendinosa, uma dissociação proteinocitológica no Líquido Cefalorraquidiano (LCR) e com características progressivas durante quatro semanas, sem presença de um marcador biológico. Nas apresentações clínicas da SGB, existem quatro subtipos que se diferenciam por suas manifestações: Polirradiculopatia Aguda Inflamatória Desmielinizante (PAID); Neuropatia Aguda Motora Axonal (NAMA); Neuropatia Aguda Motora Axonal e Sensitiva (NAMAS); e, Síndrome de Miller Fisher. Em relação à clínica apresentada por estes pacientes, analise as afirmativas a seguir.
I. Dois terços dos pacientes têm sintomas de uma infecção prévia três semanas antes do início das manifestações clínicas da SGB. A progressão ocorre entre uma e três semanas, quando, aproximadamente, 20% dos pacientes necessitam de ventilação mecânica, 40% ficam retidos no leito; 20% andam apenas com assistência; 10% podem andar, mas não correr; e, 10% têm apenas sintomas leves. Em seguida, passam por uma fase de estabilização e melhoram lentamente. A paralisia, geralmente, começa nas extremidades inferiores e depois ascende.
II. O exame inicial mostra uma fraqueza muscular simétrica. Entretanto, diferenças mínimas entre os lados podem ser notadas. Na maioria dos pacientes, a fraqueza tem predomínio distal e, em uma pequena porcentagem dos pacientes, a musculatura proximal é mais acometida. Os reflexos tendinosos estão habitualmente reduzidos ou ausentes, eventualmente podem estar presentes no início do quadro. Paralisia de nervos cranianos pode aparecer em qualquer fase da doença. A paralisia do nervo facial é a mais comum, seguida do nervo acessório. Também relativamente frequentes são as dos nervos glossofaríngeo e vago, causando distúrbios de deglutição e risco de aspiração pulmonar.
III. Dor e/ou parestesia são sintomas bastante presentes. A dor pode ser muscular ou secundária às inflamações das raízes nervosas, comprometendo os membros inferiores, flancos e costas. A dor é mais intensa no início do quadro; tem uma melhora progressiva. Alterações da sensibilidade vibratória, posicional, dolorosa ou tátil também podem estar presentes, assim como os sinais de irritação meníngea.
IV. Em casos graves, a doença progride afetando músculos respiratórios, movimentos oculares e função autonômica. A paralisia dos músculos respiratórios pode afetar a capacidade vital levando à retenção de CO2. A presença de distúrbios autonômicos pode produzir sudorese profusa; hipertensão; hipotensão; constipação; náuseas; retenção urinária; hipotensão postural; e, arritmias cardíacas que podem ser fatais.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2090107 Fisioterapia
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma patologia prevalente em idosos, mas, atualmente, houve um aumento na incidência de casos em jovens ativos, assim como em mulheres usuárias de anticoncepcionais orais. Isso demonstra que o AVE não está relacionado apenas com o processo de envelhecimento. (WERNECK, C.L. et al, 2001.)
Outras causas para o AVE incluem os principais fatores de risco para a gênese da aterosclerose, a saber: hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes mellitus, tabagismo e sedentarismo, sendo a hipertensão o mais importante fator de risco. As deficiências primárias e secundárias contribuem para a limitação funcional e incapacidade do paciente após AVE. Esses problemas se manifestam como uma perda de mobilidade no tronco e nas extremidades, padrões atípicos de movimento, estratégias compensatórias e ações involuntárias do lado afetado, acarretando a perda da independência na vida diária. As deficiências primárias são o resultado da lesão de uma área específica do cérebro. sobre as deficiências primárias em questão, analise as afirmativas a seguir.
I. Alterações na forca muscular e no tônus muscular. II. Alterações na coordenação. III. Alterações no equilíbrio, nas sensações exteroceptoras e proprioceptivas. IV. Alterações na cognição, na fala, na linguagem e nas emoções.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2090108 Fisioterapia
Como os reflexos se revelam mais facilmente na forma de movimentos automáticos e estereotipados em resposta a um estímulo sensorial, em geral subestimamos a sua importância funcional na regulação dos movimentos do dia a dia. Achamos que são movimentos eventuais, quase acidentais, e não nos damos conta de que muitos deles estão sempre em ação, constituindo mecanismos reguladores de diferentes aspectos da motricidade, como o comprimento dos músculos nas diversas atitudes posturais e no movimento, e a força (tensão) que os músculos exercem a cada contração. É verdade, entretanto, que alguns reflexos surgem apenas em circunstâncias eventuais. Em relação à maneira pela qual os reflexos são classificados, analise as alternativas a seguir.
I. De acordo com o estímulo de origem. II. De acordo com o principal tipo de músculo envolvido. III. De acordo com a natureza da estimulação produzida pelos examinadores para avaliá-los nos pacientes. IV. De acordo com o seu circuito neural (arco reflexo).
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2090109 Fisioterapia
A Escala Modificada de Ashworth é a mais amplamente utilizada na avaliação da espasticidade; sua aceitação deve-se à sua confiabilidade e reprodutibilidade. O examinador realiza o teste por meio da movimentação passiva da extremidade com o arco de movimento para estirar determinados grupos musculares, quantificando sua resistência ao movimento de forma rápida nas diversas articulações.
(PISANO et al., 2000.) Em relação à avaliação do tônus muscular pela escala de Ashworth modificada, analise as afirmativas a seguir.
I. 0 = sem aumento de tônus; 1 = leve aumento do tônus muscular, manifestado por uma tensão momentânea ou por resistência mínima, no final da amplitude de movimento articular (ADM), quando a região é movida em flexão ou extensão.
II. 1+ = leve aumento do tônus muscular, manifestado por tensão abrupta, seguida de resistência mínima em menos da metade da ADM restante.
III. 2 = aumento mais marcante do tônus muscular, durante a maior parte da ADM, mas a região é movida facilmente.
IV. 3 = considerável aumento do tônus muscular, o movimento passivo é difícil; 4 = parte afetada rígida em flexão ou extensão.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2090110 Fisioterapia
A paralisia cerebral espástica quadriplégica é a forma mais grave de paralisia cerebral espástica, com acometimento significativo dos quatro membros. Ocorre aumento do tônus da musculatura flexora dos membros superiores e extensora e adutora dos membros inferiores. As alterações motoras podem ser assimétricas nos quadros de dupla hemiparesia. Em casos mais graves, a criança assume postura de descerebração e tendência a opistótono. Pode ocorrer alteração da deglutição com incoordenação dos músculos orofaríngeos e pneumonias aspirativas. Em relação à paralisia cerebral espástica quadriplégica, analise as alternativas a seguir.
I. Incidência: 9 a 43% dos casos. II. Etiologia: fatores pré, peri ou pós-natais que cursam com acometimento bilateral extenso (simétrico ou assimétrico) do encéfalo. III. Clínica: habitualmente, o tônus axial cervical encontra-se aumentado.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Respostas
26: A
27: A
28: A
29: A
30: C