Militar reformado, 73 anos, foi levado pela filha ao pronto atendimento
do Hospital da Polícia Militar (PA / HPM). O serviço de psiquiatria foi consultado sobre o
manejo de “comportamento psicótico” no PA. A filha do paciente relatou que, há
aproximadamente três dias, ele vinha apresentando “comportamento estranho”: corria
pela cozinha com facas, exibia suas armas de fogo para os vizinhos, tinha pensamentos
paranoides de que sua esposa o traía, e não dormia. Seus registros médicos revelaram
uma história de hipertensão arterial sistêmica e hiperplasia prostática benigna. Sem
histórico psiquiátrico anterior. Familiares negam uso de álcool ou outras substâncias
psicoativas. A tomografia computadorizada (TC) do crânio foi normal, com achados
compatíveis com a idade, eletrocardiograma (ECG) normal. Revisão laboratorial
evidenciou leucocitose com predomínio de bastões, PCR aumentado, piúria e hematúria.
O exame de estado mental revelou flutuação do estado de alerta, aparência desgrenhada,
ausência de cooperação com as equipes médicas e de enfermagem. Mostrava-se
inquieto/agitado. Relatou ideação paranoide significativa concentrada na suspeita de um
caso extraconjugal da esposa. Seu pensamento era tangencial. Sem sinais sugestivos de
alucinações auditivas ou visuais.
Sobre o quadro clínico apresentado pelo paciente, é CORRETO afirmar: