Questões Militares Para fonoaudiologia

Nem toda alteração no percurso entre as orelhas externa e média é capaz de interferir na validade dos resultados das emissões otoacústicas, uma vez que são sinais acústicos de pequena intensidade. Assim, raramente os ruídos ambientais e fisiológicos prejudicam a obtenção de resultados satisfatórios. 

Em condições adequadas de teste, as emissões otoacústicas evocadas por produto de distorção estão presentes em cerca de 50% das orelhas com audição normal e ausentes quando os limiares psicoacústicos estiverem por volta de ou excederem 30 dB NA, quando se tratar de dano nas células ciliadas externas.

As emissões otoacústicas espontâneas são energias acústicas de banda larga, provenientes da cóclea, com ou sem estimulação específica. Apresentam um ponto de frequência acústica (“pico”) em que o nível de pressão sonora é máximo. Esses “picos” também variam de pessoa para pessoa e são normalmente encontrados na faixa de 500 a 6.000 Hz com maior concentração entre 1.000 e 2.000 Hz.

Falhas na detecção das emissões otoacústicas transientes, em condições ideais de exame, não representam necessariamente uma perda auditiva por lesão de células ciliadas externas. Podem representar apenas uma manifestação de discretas alterações na função das células ciliadas externas sem que haja prejuízo da audição ou até mesmo diferenças de ordem técnica relacionadas à sensibilidade e à forma de captação de respostas de cada equipamento.

As emissões otoacústicas transientes representam uma subclasse das emissões otoacústicas evocadas. Pesquisas realizadas com tone burst e clique demonstraram que o emprego da análise da resposta ao estímulo tone burst é mais utilizado porque possibilita grande quantidade de informação, fornecendo respostas constituídas por diferentes frequências a partir de pequenas amostras de tempo, uma vez que se trata de um transitório acústico de curta duração com faixa de frequência abrangente.

A fluência adequada nesses quadros ocorre devido à tentativa de produzir corretamente as palavras, surgindo como uma forma de compensação da contínua dificuldade na articulação. 

No período pré-verbal, as crianças com apraxia de fala, em geral, não apresentam sinais de alteração, tendem a se engajar em jogos vocais e a desenvolver sons diferenciados em suas emissões iniciais. 

Observa-se na fala dessas crianças uma redução no ritmo, com segregação de sílaba, associada à percepção de isocronia ou tempo similar, sílabas e palavras segregadas ou não coarticuladas. O deficit rítmico pode ser altamente específico, comparado com o prejuízo no acento, que pode prevalecer em outros tipos de alterações comunicativas.

As anormalidades prosódicas são usualmente percebidas como sendo primárias às dificuldades articulatórias. Assim, os pacientes com apraxia da fala demonstram, geralmente, comprometimento primariamente na prosódia, apresentando uma fala mais lenta que o normal e com escassez de padrões de entonação, ritmo e melodia; e, secundariamente, na articulação, com alterações na sequência dos movimentos musculares para a produção voluntária dos fonemas. 

Os gestos articulatórios de lábios superior, inferior e mandíbula apresentam mudanças significativas durante os primeiros anos de vida e continuam o seu refinamento até depois dos sete anos. O desenvolvimento do controle motor desses articuladores segue um curso uniforme, com mandíbula precedendo o lábio. Este processo de desenvolvimento e refinamento do controle motor oral não influencia significativamente na aquisição de sons da fala, em virtude do desenvolvimento concomitante das habilidades fonológicas.

I, II e III.

I, apenas.

II, apenas

III, apenas.

II e III, apenas.

Masseter.

Temporal.

Bucinador.

Pterigoideo lateral.

Pterigoideo medial.

Nas vocalizações intencionais, a criança coordena as vocalizações, mas não direciona ao interlocutor.

Os padrões coordenados são utilizados sem intenção comunicativa e envolve a experiência social da criança.

Os gestos intencionais ocorrem para satisfazer as necessidades da criança, mesmo que não haja intenção comunicativa. 

Nos comportamentos de procedimento, a criança não associa a vocalização a atos motores, mesmo que tenha a intenção de comunicar.