Questões de Administração de Recursos Materiais - Just-In-Time e Kanban para Concurso
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O estoque representa o custo das mercadorias possuídas por uma empresa numa data especifica, ou seja, é uma conta que registra os bens adquiridos para serem revendidos ou transformados. Que critério de avaliação de estoques está descrito abaixo?
Os primeiros artigos a entrarem no estoque, serão
aqueles que sairão em primeiro lugar, deste modo o
custo da matéria-prima deve ser considerado pelo
valor de compra desses primeiros artigos. O estoque
apresenta uma relação forte com o custo de
reposição, pois esse estoque representa os preços
pagos recentemente, adotar este método, faz com
que haja oscilação dos preços sobre os resultados,
pois as saídas são confrontadas com os custos mais
antigos, sendo esta uma das principais razões pelas
quais alguns se mostram contrários a este método.
A nova fábrica de trecos que a ALFA vai inaugurar na região de Campinas-SP é um exemplo a ser seguido. Deve ser instalada no mesmo terreno onde funcionou, durante 40 anos, a primeira fábrica de trecos de um Brasil que não existe mais, um Brasil que acabava de ganhar a sua segunda Copa do Mundo, no Chile.
A fábrica inicial já disputou o título de maior do país e também uma das maiores do mundo, com espaço de sobra, igrejas para todos os credos, bosque, guardas de trânsito, cinema, jardim zoológico e até campo de pólo, adorado pelos seus estrangeiros daquela época pioneira. Mas, hoje, como parte de um projeto moderno, considerável fatia de terreno está sendo vendida e construções estão sendo demolidas.
“Essa fábrica já foi o que havia de avançado na produção em massa de trecos, mas hoje se tornou o que de mais atrasado existe”, declara Carlota Joaquina, Diretora de Produção da ALFA, concluindo: “O mundo que trabalha e produz não é mais aquele que nossos pais se acostumaram a ver naqueles tempos pioneiros. A demanda por trecos hoje não suporta mais tamanha incompetência produtiva”.
“Na Copa de 70, as empresas tinham gente demais para trabalhar e produtos produzidos de menos, mas, com esta nova planta, a ALFA poderá voltar à sua condição de campeã na área de trecos”, conclui Alan Delon, Gerente de Linha, com a sabedoria de 30 anos de serviços prestados na ALFA, inclusive o de ex-jogador e agora técnico do time institucional de futebol Alfatreco.
Nos tempos da Copa da Espanha (1982), a ALFA chegava aos 50.000 empregados. Hoje tem 10.000 e “muito mais capital intelectual do que mão-de-obra”, diz Cacilda Becker, antiga operária que virou porta-voz da presidência, acrescentando: “O orgulho do nosso operário era produzir todos os itens necessários à produção acabada de trecos, um absurdo sob a ótica moderna. Em conseqüência, o quadro de funcionários próprios resultava em custos inacreditáveis, que acabavam sendo cobrados de quem sempre paga a conta: o cliente.”
A automação é um bom exemplo de onde a empresa quer investir. Hoje, há 100 robôs nas linhas de montagem. A previsão para 2010 é de 580 robôs. “Nossa intenção é mudar a o paradigma”, comenta a Drª. Sangalo, Diretora da ARH. O modelo é o da fábrica BETA, de Berlim. Foi construída por US$ 500 milhões e planejada para ser uma das dez mais produtivas de toda a indústria trecnolológica mundial. Dali saem modelos de trecos vendidos para o mundo todo, e a impressão que se tem ao chegar nela é a de se estar numa sofisticada loja de departamentos.
Construída também numa imensa área, onde trabalham 2000 funcionários, a unidade é toda feita em aço inox com vidro. As áreas interiores se comunicam num amplo espaço central, onde encontramos restaurantes, cafés, bancos, correios, bancos para sentar, passarinhos, tudo como numa praça, além de outras instalações supridoras de necessidades do gênero. Do espaço se pode ver a produção através de uma parede de vidro, com os trecos indo para a pintura e passando por camarins superiluminados onde trabalha gente do controle de qualidade. Toda a fábrica é ecológica, recebendo iluminação natural e refrigeração de energia solar.
Os ambientes são claros e limpos, até no chão. Vê-se de tudo, menos graxa, e o nível de barulho é mínimo. Uniformizados, funcionários produzem 300 trecos/dia. Vai demorar até que a nova fábrica ALFA de Campinas chegue a esse patamar, é lícito se pensar. “Por enquanto, ela continua feia, suja e barulhenta, mas antes de mudar a produção para trecos de última geração, vamos mudar o ambiente de trabalho dos funcionários”, comenta Janequini, o Supervisor de Qualidade.
A ALFA já chegou a conquistar 50% do mercado, mas hoje caiu à metade, fruto da concorrência. Na época da Copa dos EUA, quando decidiu mudar, ela trouxe conceitos de produtividade adotados nas multinacionais mais avançadas, inclusive modelos de Logística, já que a idéia era uma empresa enxuta, ágil, com menos mão-de-obra, menor estoque e produção quase toda terceirizada, em que os próprios fornecedores abasteceriam a linha de montagem.
A mudança de estilo demorou a se consolidar, e só foi possível com aprimoramento do pessoal. O metalúrgico vindo do interior, com formação pouco sólida, cobiçando apenas seu emprego, foi substituído por um profissional, de formação mais completa.
A maior parte dos operários atuais tem 2º grau completo, noções de inglês e informática. Alguns são treinados aqui mesmo, outros na sede mundial da empresa, mas todos são educados corporativamente. Resultado: a produtividade dobrou. Em 1970, cada funcionário produzia dezessete trecos/ano, hoje produz 38, um número ainda inferior à média mundial, que é de oitenta trecos por operário. O salário, por sua vez, quadruplicou.
Na época da Copa dos EUA, quando decidiu mudar, a ALFA trouxe conceitos de produtividade adotados nas multinacionais mais avançadas, inclusive modelos de Logística, já que a idéia era uma empresa enxuta, ágil, com menos mão-de-obra, menor estoque e produção quase toda terceirizada, em que os próprios fornecedores abasteceriam a linha de montagem. Tudo indica que a ALFA, para a Logística, trouxe o chamado “modelo Toyota”, também conhecido como:
O controle de produção é dispensável, uma vez que os estoques estarão constantemente abastecidos de todos os produtos que porventura venham a ser necessários.
Exige do administrador o abastecimento ou desabastecimento da produção no tempo certo, no lugar certo e na quantidade certa, visando capacitar a empresa a produzir somente o necessário ao atendimento da demanda, com qualidade assegurada.
É uma proposta de reorganização do ambiente produtivo assentada no entendimento de que a eliminação de desperdícios vise ao melhoramento contínuo dos processos de produção, em particular no que se refira a fatores como velocidade, qualidade e preço dos produtos.
O sistema Just in Time aumenta a flexibilidade de resposta do sistema por meio da redução dos tempos envolvidos no processo e a flexibilidade dos trabalhadores contribui para que o sistema produtivo seja mais flexível em relação às variações dos produtos.
Origina constantemente produtos obsoletos em virtude de basear-se em níveis de estoque muito baixos ou nulos.
Seu principal objetivo é a busca contínua pela melhoria do processo produtivo, que é obtida e desenvolvida por meio do aumento dos estoques.
Uma boa administração de materiais pode trazer uma boa economia para uma organização. Acerca desse tema, julgue o item.
A filosofia just‐in‐time, baseada no modelo japonês de
produção, procura eliminar a perda e diminuir o
estoque, produzindo bens e serviços na quantidade
necessária.