Questões de Artes Cênicas - Educação Teatral para Concurso
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Relacione os elementos do teatro, listados na coluna 1, às definições correspondentes, listadas na coluna 2.
Coluna 1 Elementos do teatro
1. Personagens
2. Espaço cênico
3. Ação teatral
Coluna 2 Definições
( ) Expresso pela pergunta “Quem”?, podendo ser seres fictícios, criados por um autor e interpretado pelos autores.
( ) Expresso pela pergunta “Onde?”, local em que a encenação acontece, podendo ser o palco de um teatro, a rua ou uma praça.
( ) Para criá-los os atores se valem de recursos como expressões do rosto, modificação da voz e movimentos corporais, caracterizando-os com maquiagem, roupas e adereços.
( ) Relaciona-se diretamente à escolha do cenário.
( ) Expresso pela pergunta “O quê?”, constituindo-se pelos acontecimentos da narrativa.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Essa modalidade, proposta por Augusto Boal, é denominada
A descrição, de Japiassú (2001), define o
Relacione os teatros ou eventos da coluna 1 com as respectivas cidades listadas na coluna 2. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
COLUNA 1
1. Festival Nacional de Dança
2. Museu de Azambuja
3.Teatro Carlos Gomes
4. Museu do Mar
5. Museu Victor Meirelles
COLUNA 2
( ) Blumenau
( ) Florianópolis
( ) Joinville
( ) São Francisco do Sul
( ) Brusque
Associe as descrições da coluna 1 aos gêneros listados na coluna 2 e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
COLUNA 1
1. Prioriza a montagem teatral, a encenação, ao texto dramático e o diretor sobre o autor.
2. Seus personagens principais são heróis e semideuses que usualmente morrem ao fim da peça.
3. Quer do público a razão e não a emoção evocada na verossimilhança.
4. A dramaturgia cedeu espaço à performance e à inserção de textos de vários autores (colagem). Conta, ainda, com o aporte da dança.
5. Trata de assuntos humanos como sexualidade, educação e costumes.
COLUNA 2
( ) Tragédia
( ) Teatro pós-dramático
( ) Comédia
( ) Era da encenação
( ) Teatro épico
A respeito do texto, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
O que é teatro? Uma espécie de máquina cibernética. Em repouso, esta máquina esconde-se por detrás de um reposteiro, mas assim que fica descoberta começa a enviar-nos mensagens. Estas mensagens têm de característico o fato de serem simultâneas e, todavia, terem diferentes ritmos; em determinada altura do espetáculo recebemos ao mesmo tempo seis ou sete informações (provenientes do cenário, do figurino, da iluminação, da colocação dos atores dos seus gestos, mímica, falas), mas algumas delas permanecem (como acontece com cenário) enquanto outras se vão modificando (as palavras, os gestos); estamos, portanto, perante uma verdadeira polifonia informativa, é isto que constitui a teatralidade: uma densidade de signos (GIRAUD; OUELLET, 1980, p. 25).
I. O figurino e a fala, por se modificarem no transcorrer da ação dramática, são elementos principais numa peça, tornando os demais elementos secundários.
II. O texto sugere que o cenário não é modificado, “permanecendo durante toda a representação”. Essa afirmação não traduz o panorama do teatro feito nos dias atuais.
III. A iluminação no teatro contemporâneo pode ter outras funções além de trazer luz aos atores e ao cenário, podendo ela mesma criar um ambiente cenográfico.
IV. Embora receba muitas informações numa representação, o público não é apenas um receptor, mas um importante componente da representação, pois sem ele esta não existiria.
V. Constantin Stanislavski é autor de uma obra extensa sobre a preparação do ator, das ações psicofísicas à criação do personagem. Corpo, voz, movimento e imaginação são elementos imprescindíveis para o ator nesse processo.
A estreia de O rei da vela, em 1968, marcou um momento importante na história do teatro brasileiro, muito embora tivesse sido escrita trinta anos antes, por Oswald de Andrade. A montagem, que sofreu muitas críticas positivas e negativas do público, mexeu com as estruturas do pensamento teatral da época, por ter sido considerada ousada e atual. Recentemente, mais precisamente em abril de 2018, o espetáculo voltou à cena carioca e recebeu o seguinte comentário da atriz Fernanda Montenegro, que assistia ao espetáculo da oitava fileira:
A cultura teatral brasileira está no fundo de um precipício. […] Há muito tempo os nossos palcos não apresentam nada igual. Há uma comoção geral na plateia, silenciosa, porque há uma necessidade de renascermos. Nós temos que renascer nos nossos palcos.
Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 1 ago. 2018.
Este espetáculo teve direção assinada por
DUARTE JR., João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar, 2001.
Sobre a ideia de um saber sensível, relacionado à educação estética e inerente ao teatro, podemos concluir que
“Uma das maiores vedetas de então estava em excursão pelo interior de São Paulo com uma pequena companhia. Sabia o texto de cor, mas gostava de introduzir novas frases todos os dias, dependendo da plateia e de como decorria o espetáculo. O público deliciava-se. Os outros atores, ao contrário, perdiam a sua segurança e alguns riam em cena, pelo que eram imediatamente censurados. No elenco havia um jovem ator que estava a dar os primeiros passos e que se entusiasmava com as novas piadas que a vedeta introduzia no espetáculo. Certa noite, muito estimulado pelo patrão, o jovem ator decidiu imitá-lo de algumas hesitações e largou também a sua improvisação, por certo uma piada muito grosseira. O resultado foi sensacional e todo o público e os seus colegas começaram a rir; só a vedeta ficou muito séria e compenetrada. No fim do espetáculo, os atores esperavam a mais feroz censura para o jovem estreante, mas a vedeta fechou-se no seu camarim e não disse nada, absolutamente nada. No outro dia, quando todos se preparavam já para entrar em cena, a vedeta mandou ir ao seu camarim o jovem ator, morto de medo pela sua ousadia da véspera. Foi recebido com grande amabilidade. A vedeta falou-lhe da sua arte, dos anos que já tinha de palco etc. etc. Após um longo discurso perguntou-lhe:
– Lembras-te da improvisação de ontem?
– Sim, sim – respondeu o jovem. – Não gostou?
– Gostei muitíssimo, parece-me uma piada muito boa.
– Obrigado – suspirou, aliviado, o jovem. – Muito obrigado. Parece-me que o público gostou. Riram-se muito. Os meus colegas felicitaram-me. Foi um êxito.
– Sim, sim – disse a vedeta. O público riu-se muito porque é realmente uma ótima piada. Mas hoje quem a diz sou eu e não tu, porque sou eu o dono da companhia. Compreendido?”
BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. 11. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 30.
O caso contado por Augusto Boal refere-se a um momento importante na história do teatro brasileiro, mas o autor conta essa história para fazer uma crítica à
O que ocorre aqui é uma intensificação e uma desconstrução do teatro em vários níveis. Por um lado, o teatro “vivo” é posto em suspensão e passa a ser uma ilusão, um efeito de uma máquina de efeitos. Por outro lado, experimenta-se, na atmosfera intensa e vital do trabalho, uma tendência inversa: a tecnologia das mídias é teatralizada.
LEHMANN, Hans Thies. Teatro pós-dramático.São Paulo: Cosac Naify, 2001, p. 384.
Sobre as relações entre teatro e mídias digitais, com base em Lehmann, é correto afirmar que
Durante pelo menos meio século tem-se aceito que o teatro é uma unidade na qual todos os elementos deveriam tentar fundir-se. Com este fim surgiu o diretor. Mas no fundo tem sido principalmente uma questão de unidade externa. Uma fusão de estilos um tanto superficial para que estilos contraditórios não ser choquem. Se levarmos em conta como a unidade interna de um trabalho complexo pode verdadeiramente ser expressa, podemos achar exatamente o oposto: que o choque de externos é essencial.
BROOK,1970 apud FICHER, 2010, p. 158.
Dialogando com Peter Brook, Stela Fischer, em seu livro Processo colaborativo e experiências de companhias teatrais brasileiras (2010), dá especial atenção à figura do diretor/encenador, destacando que, ao invés de desaparecer, a figura do diretor, bem como sua função, são reafirmados e validados.
Em alguns processos colaborativos de encenação teatral, a figura do diretor/encenador é favorável ao sucesso do projeto porque
Seguindo esse pensamento, a estratégia para se trabalhar a improvisação numa aula de Dança é
Com relação aos fundamentos da educação teatral e das pedagogias do teatro, julgue o item que segue.
O sistema de jogos teatrais proposto por Viola Spolin
fundamenta‐se principalmente em Piaget e Stanislavski.
Propõe como essências do jogo teatral o foco, a
instrução e a avaliação e pretende que o jogador
aprenda a resolver problemas cênicos.
Com relação aos fundamentos da educação teatral e das pedagogias do teatro, julgue o item que segue.
Beatriz Cabral propõe o drama como método de ensino
em que o professor‐personagem medeia por meio da
ação teatral, e não apenas verbalmente. Os alunos
interagem dentro de um contexto de ficção.
Com relação aos fundamentos da educação teatral e das pedagogias do teatro, julgue o item que segue.
Na estética do oprimido, proposta por Augusto Boal, a
palavra, a imagem e o som são considerados como
instrumentos de poder e opressão. Assim, considera que
é dever do cidadão‐artista usar esses canais de opressão
para destruir os dogmas da arte e da cultura, mostrando
que todos os seres humanos são artistas de todas as
artes.
Com relação aos fundamentos da educação teatral e das pedagogias do teatro, julgue o item que segue.
Quando o teatro é utilizado como ferramenta para a
aprendizagem de outras disciplinas (tais como história,
geografia, português), potencializa‐se a aprendizagem
da linguagem teatral e a ação pedagógica se configura
como interdisciplinar.
A ampliação de repertórios estéticos é um dos objetivos do ensino de teatro no ensino médio. Assim, conhecer e(ou) experimentar, por meio de leituras dramáticas e(ou) jogos e cenas, a dramaturgia de autores brasileiros, como Martins Pena, Artur de Azevedo, Nelson Rodrigues, Molière, Vianinha, Oswald de Andrade, Plínio Marcos, Ariano Suassuna etc., é um caminho que pode ser profícuo para essa conquista cultural.
O teatro cearense tem suas tradições. Grandes nomes apontam no cenário da interpretação e dramaturgia. No passado, podemos destacar Eurico Pinto, um grande intérprete, Edson Alcântara, Mundinha Viana, entre outros. Juvenal Galeno e Carlos Severo são os primeiros dramaturgos de destaque. Vários grupos movimentam o teatro desde a década de 40. Destacamos: Grupo Pesquisa, Grupo Bagaceira, Comédia Cearense e Grupo Balaio.
No final dos anos 1980, o movimento do Teatro Radical foi desenvolvido no Ceará com