Questões de Concurso Sobre antropologia

Foram encontradas 742 questões

Q2311176 Antropologia
Na imagem abaixo, é retrata uma cena de gravação do filme documentário “A Última Floresta” (Netflix, 2021), do diretor Luiz Bolognese, que retrata o cotidiano do povo Yanomami e sua luta 

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No filme, todos os “atores” são indígenas, entre os quais o conhecido xamã Davi Kopenawa, o que, sob o ponto de vista da antropologia, ressalta
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Q2311175 Antropologia

“Tudo chegou sobrevivente num navío


Quem descobriu o Brasil?


Foi o negro que viu


a crueldade bem de frente


E ainda produziu milagres de fé no extremo ocidente”.



Esse trecho da música Milagres do Povo, 1985, que Caetano Veloso compôs para a minisérie Tenda dos Milagres, retoma uma fala de Jorge Amado que diz: “Não sei se feliz ou infelizmente, ao contrário de [Dorival] Caymmi, eu não tenho nenhuma fé. Sou ateu materialista convicto. Mas vi muitos milagres do candomblé. Milagres do povo”. Esses milagres são

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Q2311174 Antropologia
A transfobia tem sido um termo de uso recorrente na imprensa e nas mídias sociais, que expõe uma série de atitudes, sentimentos ou ações negativas, discriminatórias ou preconceituosas contra pessoas transgênero. As formas de transfobia têm sido variadas, entre repulsa emocional até o medo e a violência em relação a esse grupo social, questão analisada pela antropologia, a partir de sobreposição de identidades sociais e sistemas relacionados de opressão, dominação ou discriminação, com base na
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Q2311173 Antropologia
Na imagem abaixo, intitulada O martírio de Nossa Senhora do Brasil, de 2014, a artista Shila Joaquim mostra uma indígena com a bandeira do Brasil cravada no peito, tendo, ao fundo, uma floresta desmatada.

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Com o uso desse símbolo da pátria e o cenário ao fundo, a artista tem a intenção de refletir sobre
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Q2311172 Antropologia
Ao questionar a noção de “raça” a partir de parâmetros essencialmente biológicos, Anthony Giddens apresenta o conceito de etnicidade, a partir de uma leitura fundamentalmente social, referindo-se “às práticas e às visões culturais de determinada comunidade de pessoas e que as distingue das outras”. (GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005, p.206). Com isso, mostra que
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Q2311171 Antropologia
Em seu trabalho pioneiro de Antropologia Urbana em uma grande cidade brasileira, realizado no início da década de 1970, Gilberto Velho identifica a urbanização ocorrida no país como “sociopática”, por ser caracterizada pela disseminação da desigualdade quanto ao acesso aos bens urbanos. Estudos antropológicos do fenômeno urbano podem apresentar resultados de grande escala como esse, quando
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Q2311170 Antropologia
Do ponto de vista dos sociólogos precursores dos estudos urbanos na Universidade de Chicago, nos anos 1920, o urbanismo compreende um modo de vida, isto é, um contexto de organização do comportamento social e da produção de personalidades ajustadas à cidade. O conjunto de estudos sobre este tema, desenvolvido por sociólogos como Robert Park, Louis Wirth, William Thomas e Ernest Burgess, é conhecido sob o título de
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Q2311169 Antropologia
“A percepção do consumo como uma atividade maligna ou antissocial é bem mais profunda e existia muito antes do consumo de massa moderno. O próprio termo ‘consumo’ sugere que o problema é um tanto intrínseco à atividade. Consumir algo é usar algo, na realidade, destruir a própria cultura material.”
 (MILLER, Daniel. Consumo como Cultura Material. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 13, n. 28, p. 33-63, jul./dez. 2007 , p. 34).
O texto acima propõe uma crítica da concepção do consumo como prática antissocial. Nessa perspectiva, uma visão antropológica do consumo deve levá-lo em conta como
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Q2311168 Antropologia
“Jamais parece ter havido, nem até uma época bastante próxima de nós, nem nas sociedades muito erradamente confundidas sob o nome de primitivas ou inferiores, algo que se assemelhasse ao que chamam a Economia natural. (...) Nas economias e nos direitos que precederam os nossos, nunca se constatam, por assim dizer, simples trocas de bens, de riquezas e de produtos num mercado estabelecido entre os indivíduos. Em primeiro lugar, não são indivíduos, são coletividades que se obrigam mutuamente, trocam e contratam; as pessoas presentes ao contrato são pessoas morais: clãs, tribos, famílias, que se enfrentam e se opõem seja em grupos frente a frente num terreno, seja por intermédio de seus chefes, seja ainda dessas duas maneiras ao mesmo tempo”.
 (MAUSS, Marcel. “Ensaio sobre a Dádiva: forma e razão da troca nas sociedades arcaicas” In: M. Mauss. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003, p. 189-190.)
Este trecho de abertura do famoso ensaio do antropólogo francês Marcel Mauss encaminha a reflexão sobre o sentido das trocas materiais entre os povos da Polinésia, da Melanésia e do Noroeste Norte-Americano, como sendo
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Q2311167 Antropologia
A relação entre etnicidade e território é um elemento fundamental da definição de espacialidades identificadas com as populações tradicionais. Estas, segundo o Artigo 3º do Decreto Federal 6.040/2007, são “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”. Considerando-se a conexão entre territorialidade e identidade étnica, no caso de povos indígenas e de populações tradicionais, podemos entender etnicidade como 
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Q2311166 Antropologia
“A imensa diversidade sociocultural do Brasil é acompanhada de uma extraordinária diversidade fundiária. As múltiplas sociedades indígenas, cada uma delas com formas próprias de inter-relacionamento com seus respectivos ambientes geográficos, formam um dos núcleos mais importantes dessa diversidade, enquanto as centenas de remanescentes das comunidades dos quilombos, espalhadas por todo o território nacional, formam outro. (...) Ainda, há as distintas formas fundiárias mantidas pelas comunidades de açorianos, babaçueiros, caboclos, caiçairas, caipiras, campeiros, jangadeiros, pantaneiros, pescadores artesanais, praierios, sertanejos e varjeiros.”
 (LITTLE, Paul. Territórios Sociais e Povos Tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. Brasília: UNB – Série Antropologia, 2002, p. 2.)
O trecho acima apresenta os múltiplos arranjos socioespaciais criados na sociedade brasileira ao longo da sua história. Partindo deste exemplo, podemos considerar como cerne dos estudos antropológicos da territorialidade humana:
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Q2311165 Antropologia
O exercício do poder, a partir do instituto da chefia em diferentes sociedades indígenas da América do Sul, encontra-se, em grande medida, cerceado pelas obrigações de troca, fazendo-o ter a aparência de um poder quase impotente, isto é, com pouca autoridade. Mas é possível entender o sentido antropológico deste exercício de poder, de modo mais preciso, como
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Q2311164 Antropologia
“O candomblé seria nesse sentido um sistema totêmico clássico (...) onde uma homologia é postulada entre um sistema de diferenças culturais e uma outra situada na natureza. Sua especificidade (...) é que (...) o sistema seria distendido até atingir as próprias diferenças interindividuais, na medida em que, sabe-se, para além do “orixá geral” comum a um grupo de indivíduos, cada pessoa é pensada como “filha” de uma divindade única, divindade esta que é sempre uma “qualidade” específica do orixá geral”.
(GOLDMAN, Márcio. A Possessão e a Construção Ritual da Pessoa no Candomblé. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social), Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1984, pp. 162-163.
Este trecho da dissertação de mestrado do antropólogo Márcio Goldman aborda a relação entre os orixás e seus filhos no Candomblé, na linha da construção antropológica da noção de pessoa. Segundo o estudo clássico de Marcel Mauss, a formação da noção de “pessoa/eu”, enquanto categoria do espírito humano,
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Q2311163 Antropologia
“O que diferencia verdadeiramente o mundo humano do mundo animal é que, na humanidade, uma família não poderia existir sem existir a sociedade, isto é, uma pluralidade de famílias dispostas a reconhecer que existem outros laços para além dos consanguíneos e que o processo natural de descendência só pode levar-se a cabo através do processo social da afinidade".
(LÉVI-STRAUSS, Claude. As Estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes. 1982, p. 34).
Esta tese do antropólogo francês, elaborada em meados do século XX, abriu um novo caminho para os estudos das relações de parentesco na Antropologia Social. O seu pressuposto fundamental é
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Q2311162 Antropologia
O estudo de Émile Durkheim sobre a religião dos povos aborígenes da Austrália (“As Formas Elementares da Vida Religiosa”, de 1912) é um dos precursores da formação e do enquadramento do pensamento antropológico no campo das ciências humanas. A sua análise da concepção australiana sobre os seres sagrados, enquanto seres morais que refletem a própria sociedade, diz muito sobre a mentalidade científica europeia do início do século XX, que 
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Q2245650 Antropologia
“Para os Mamaindê, (...) todas as pessoas possuem, além de enfeites visíveis, enfeites invisíveis — colares de contas pretas, que envolvem não só o pescoço mas todo o corpo. Chamados genericamente de wasain’du (...), esses enfeites são tornados visíveis e manipulados pelos xamãs nas sessões de cura. Perdê-los equivale a perder o próprio espírito (...) O que torna esses enfeites visíveis ou invisíveis, (...), não são as características intrínsecas a eles, mas a capacidade visual do observador (...)”  (SOUZA, Marcela Stockler Coelho de. A cultura invisível: conhecimento indígena e patrimônio imaterial. Anuário Antropológico, v. 35, n. 1, p. 149-174, 2010.) 
Neste trecho a autora problematiza a dicotomia entre
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Q2245649 Antropologia
“(...) seres não-humanos que se veem sob forma humana deveriam ver os humanos sob forma não-humana, uma vez que a humanidade é uma posição e não uma substância, uma propriedade intrínseca a certa porção de seres. Um porco-do-mato, por exemplo, se vê como humano enquanto vê o humano como jaguar ou como espírito predador. Ora, todos esses existentes são, potencialmente, humanos (partilham a mesma condição de humanidade) apesar de não serem todos da espécie humana. São todos sujeitos dotados de comportamento, intencionalidade e consciência, estando inseridos em redes de parentesco e afinidade, fazendo festas, bebendo cauim, reportando-se a chefes, fazendo guerra, pintando e decorando seus corpos.” (SZTUTMAN, Renato. Natureza & Cultura, versão americanista–Um sobrevoo. Ponto Urbe. Revista do núcleo de antropologia urbana da USP, n. 4, 2009.)
Essa formulação descreve a seguinte perspectiva teórica da etnologia contemporânea:
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Q2245648 Antropologia
“Se a antropologia nos instrumentaliza a captar e conferir sentido aos fatos nos diferentes contextos culturais – de outras sociedades e de nossa própria – é de se apostar que os “intelectuais indígenas” estarão, assim, procedendo de igual maneira, tendo algo a nos dizer com base em seus princípios epistemológicos, não apenas sobre si, mas sobre nós, num efeito de “antropologia cruzada”. (Santos, G. M. dos, & Dias Jr., C. M. (2009). Ciência da floresta: Por uma antropologia no plural, simétrica e cruzada . Revista De Antropologia, 52(1), 137-160.)
Assinale a opção que indica o princípio que orienta este modo de fazer antropologia.
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Q2245647 Antropologia
No livro “Arte Indígena no Brasil: agência, alteridade e relação”, a antropóloga Els Lagrou afirma:
“(…) a grande diferença [entre arte indígena e arte ocidental] reside na inexistência entre os povos indígenas de uma distinção entre artefato e arte, ou seja, entre objetos produzidos para serem usados e outros para serem somente contemplados, distinção esta que nem a arte conceitual chegou a questionar entre nós, por ser tão crucial à definição do próprio campo.”  (LAGROU, Els. Arte indígena no Brasil: agência, alteridade e relação. Belo Horizonte: C/Arte, 2009: p.14)
Assinale a opção que corresponde a princípios característicos da arte indígena descrita pela autora.
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Q2245646 Antropologia
“Os Achuar dizem que as mulheres são mães das plantas que cultivam em suas roças; identificam-se, assim, com Nankui, criadora e “dona” destas plantas. Em suma, conceitualizam suas relações com estes seres em termos de consanguinidade. Já os homens concebem-se como cunhados dos animais de caça, traçando com eles relações de afinidade. Conclui-se, daí, que os seres que habitam o “mundo natural”, ao interagirem com os humanos, são tidos como parceiros sociais plenos.”  (SZTUTMAN, Renato. Natureza & Cultura, versão americanista. Um sobrevoo, Ponto Urbe, v. 4, 2009.)
De acordo com o trecho descrito, na estrutura de organização parental dos Achuar
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Respostas
201: A
202: D
203: D
204: C
205: B
206: D
207: D
208: C
209: A
210: B
211: C
212: D
213: A
214: C
215: B
216: C
217: A
218: A
219: B
220: A