Questões de Antropologia para Concurso

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Q2344752 Antropologia
Ao longo da história, as interações entre linguagens artísticas se modificaram, refletindo mudanças culturais e tecnológicas.

Considerando esse contexto dinâmico, assinale a opção que expressa corretamente como essa relação se dá na contemporaneidade.
Alternativas
Q2344751 Antropologia
“Originário das rodas de músicos nas praças e ruas do Rio de Janeiro no século XIX, este gênero musical incorpora elementos de ritmos africanos, harmonias europeias e a cadência luso-brasileira, tornando-se uma expressão genuína da miscigenação cultural brasileira. Com instrumentos como o cavaquinho, flauta, pandeiro e violão, este estilo musical é marcado por sua melodia expressiva e ritmo sincopado.”

O trecho acima descreve a essência do seguinte gênero musical considerado a primeira forma de música popular urbana do Brasil: 

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Q2344750 Antropologia
A relação entre dança e música é complexa e multifacetada. Considerando a interação dinâmica entre essas duas formas de arte, avalie as seguintes afirmativas:

I. A dança, em sua essência, é uma forma de expressão que pode ser dissociada da música, com movimentos que não necessariamente seguem qualquer ritmo musical.
II. Na dança contemporânea, a música é frequentemente utilizada como recurso para desafiar expectativas e criar uma atmosfera de desconforto ou introspecção.
III. As tradições de dança mais antigas eram estritamente centradas no indivíduo, e só adotaram acompanhamento musical com a evolução da tecnologia de instrumentos.

Está correto o que se afirma em
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Q2344735 Antropologia
Com relação ao conjunto de saberes populares do Brasil denominado Folclore, avalie se as afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F).

( ) Garante homogeneidade cultural da nacionalidade, de região a região.
( ) Registra habilidades e soluções encontradas para a resolução de problemas.
( ) Indicam os padrões de comportamento aceitos em determinado meio social.

As afirmativas são, respectivamente,
Alternativas
Q2311181 Antropologia
A Antropologia “recolhe o seu material na observação empírica, mas a validade dos enunciados relativos a tais observações precisa ser posta à prova numa comunidade argumentativa de pares, e só depois de atingido o consenso esses enunciados podem ser considerados válidos. Se isso é verdade, já encontramos de saída um primeiro cruzamento entre a antropologia e a ética”.
(ROUANET, Sérgio Paulo. Ética e antropologia. Estudos Avançados, v.4, n.10, p.111-150, 1990, p.116).
Isto significa, segundo Rouanet, que, como toda a ciência, a Antropologia está sujeita à
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Q2311180 Antropologia
Raça não é raça
(...)
raça não é carreira
fechem o mercado George Floyd”.

Esses versos acima, trecho do poema “Raça não é Raça”, da poeta e tradutora Nina Rizzi (Revista Piauí, n.174, 2021) interroga o racismo e o conceito de raça, na medida em que estes
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Q2311179 Antropologia
Esse rio é minha rua
Minha e tua, mururé
Piso no peito da lua
Deito no chão da maré…

Pois é, pois é
Eu não sou de igarapé
Quem montou na cobra grande
Não se escancha em puraqué…

O trecho acima, da canção “Este rio é minha rua”, de Ruy Barata e Paulo André Barata, feita, inicialmente, para a trilha do filme Brutos Inocentes (1974), de Líbero Luxardo, e depois sucesso na voz de Fafá de Belém, trata
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Q2311178 Antropologia
Nas últimas décadas, a Antropologia tem se dedicado ao estudo dos sistemas que envolvem um conjunto específico de atores sociais, organizações e instituições que criam propostas para produção de políticas públicas. Na base desses sistemas estão os chamados “regimes de conhecimento”, importantes porque 
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Q2311177 Antropologia
Na imagem abaixo, “O Saci no Sertão” (2014), xilogravura de autoria de Deco Vasconcelos, vemos a figura do Saci conversando com uma ararinha-azul, num cenário da caatinga.

Imagem associada para resolução da questão


Com essa obra, o artista procura evidenciar a presença desse conhecido personagem do folclore brasileiro, como elemento incluído na identidade nordestina, assim como revela
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Q2311176 Antropologia
Na imagem abaixo, é retrata uma cena de gravação do filme documentário “A Última Floresta” (Netflix, 2021), do diretor Luiz Bolognese, que retrata o cotidiano do povo Yanomami e sua luta 

Imagem associada para resolução da questão


No filme, todos os “atores” são indígenas, entre os quais o conhecido xamã Davi Kopenawa, o que, sob o ponto de vista da antropologia, ressalta
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Q2311175 Antropologia

“Tudo chegou sobrevivente num navío


Quem descobriu o Brasil?


Foi o negro que viu


a crueldade bem de frente


E ainda produziu milagres de fé no extremo ocidente”.



Esse trecho da música Milagres do Povo, 1985, que Caetano Veloso compôs para a minisérie Tenda dos Milagres, retoma uma fala de Jorge Amado que diz: “Não sei se feliz ou infelizmente, ao contrário de [Dorival] Caymmi, eu não tenho nenhuma fé. Sou ateu materialista convicto. Mas vi muitos milagres do candomblé. Milagres do povo”. Esses milagres são

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Q2311174 Antropologia
A transfobia tem sido um termo de uso recorrente na imprensa e nas mídias sociais, que expõe uma série de atitudes, sentimentos ou ações negativas, discriminatórias ou preconceituosas contra pessoas transgênero. As formas de transfobia têm sido variadas, entre repulsa emocional até o medo e a violência em relação a esse grupo social, questão analisada pela antropologia, a partir de sobreposição de identidades sociais e sistemas relacionados de opressão, dominação ou discriminação, com base na
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Q2311173 Antropologia
Na imagem abaixo, intitulada O martírio de Nossa Senhora do Brasil, de 2014, a artista Shila Joaquim mostra uma indígena com a bandeira do Brasil cravada no peito, tendo, ao fundo, uma floresta desmatada.

Imagem associada para resolução da questão


Com o uso desse símbolo da pátria e o cenário ao fundo, a artista tem a intenção de refletir sobre
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Q2311172 Antropologia
Ao questionar a noção de “raça” a partir de parâmetros essencialmente biológicos, Anthony Giddens apresenta o conceito de etnicidade, a partir de uma leitura fundamentalmente social, referindo-se “às práticas e às visões culturais de determinada comunidade de pessoas e que as distingue das outras”. (GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005, p.206). Com isso, mostra que
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Q2311171 Antropologia
Em seu trabalho pioneiro de Antropologia Urbana em uma grande cidade brasileira, realizado no início da década de 1970, Gilberto Velho identifica a urbanização ocorrida no país como “sociopática”, por ser caracterizada pela disseminação da desigualdade quanto ao acesso aos bens urbanos. Estudos antropológicos do fenômeno urbano podem apresentar resultados de grande escala como esse, quando
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Q2311170 Antropologia
Do ponto de vista dos sociólogos precursores dos estudos urbanos na Universidade de Chicago, nos anos 1920, o urbanismo compreende um modo de vida, isto é, um contexto de organização do comportamento social e da produção de personalidades ajustadas à cidade. O conjunto de estudos sobre este tema, desenvolvido por sociólogos como Robert Park, Louis Wirth, William Thomas e Ernest Burgess, é conhecido sob o título de
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Q2311169 Antropologia
“A percepção do consumo como uma atividade maligna ou antissocial é bem mais profunda e existia muito antes do consumo de massa moderno. O próprio termo ‘consumo’ sugere que o problema é um tanto intrínseco à atividade. Consumir algo é usar algo, na realidade, destruir a própria cultura material.”
 (MILLER, Daniel. Consumo como Cultura Material. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 13, n. 28, p. 33-63, jul./dez. 2007 , p. 34).
O texto acima propõe uma crítica da concepção do consumo como prática antissocial. Nessa perspectiva, uma visão antropológica do consumo deve levá-lo em conta como
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Q2311168 Antropologia
“Jamais parece ter havido, nem até uma época bastante próxima de nós, nem nas sociedades muito erradamente confundidas sob o nome de primitivas ou inferiores, algo que se assemelhasse ao que chamam a Economia natural. (...) Nas economias e nos direitos que precederam os nossos, nunca se constatam, por assim dizer, simples trocas de bens, de riquezas e de produtos num mercado estabelecido entre os indivíduos. Em primeiro lugar, não são indivíduos, são coletividades que se obrigam mutuamente, trocam e contratam; as pessoas presentes ao contrato são pessoas morais: clãs, tribos, famílias, que se enfrentam e se opõem seja em grupos frente a frente num terreno, seja por intermédio de seus chefes, seja ainda dessas duas maneiras ao mesmo tempo”.
 (MAUSS, Marcel. “Ensaio sobre a Dádiva: forma e razão da troca nas sociedades arcaicas” In: M. Mauss. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003, p. 189-190.)
Este trecho de abertura do famoso ensaio do antropólogo francês Marcel Mauss encaminha a reflexão sobre o sentido das trocas materiais entre os povos da Polinésia, da Melanésia e do Noroeste Norte-Americano, como sendo
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Q2311167 Antropologia
A relação entre etnicidade e território é um elemento fundamental da definição de espacialidades identificadas com as populações tradicionais. Estas, segundo o Artigo 3º do Decreto Federal 6.040/2007, são “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”. Considerando-se a conexão entre territorialidade e identidade étnica, no caso de povos indígenas e de populações tradicionais, podemos entender etnicidade como 
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Q2311166 Antropologia
“A imensa diversidade sociocultural do Brasil é acompanhada de uma extraordinária diversidade fundiária. As múltiplas sociedades indígenas, cada uma delas com formas próprias de inter-relacionamento com seus respectivos ambientes geográficos, formam um dos núcleos mais importantes dessa diversidade, enquanto as centenas de remanescentes das comunidades dos quilombos, espalhadas por todo o território nacional, formam outro. (...) Ainda, há as distintas formas fundiárias mantidas pelas comunidades de açorianos, babaçueiros, caboclos, caiçairas, caipiras, campeiros, jangadeiros, pantaneiros, pescadores artesanais, praierios, sertanejos e varjeiros.”
 (LITTLE, Paul. Territórios Sociais e Povos Tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. Brasília: UNB – Série Antropologia, 2002, p. 2.)
O trecho acima apresenta os múltiplos arranjos socioespaciais criados na sociedade brasileira ao longo da sua história. Partindo deste exemplo, podemos considerar como cerne dos estudos antropológicos da territorialidade humana:
Alternativas
Respostas
161: C
162: D
163: D
164: B
165: A
166: C
167: A
168: A
169: B
170: A
171: D
172: D
173: C
174: B
175: D
176: D
177: C
178: A
179: B
180: C