Questões de Antropologia para Concurso

Foram encontradas 607 questões

Q2937622 Antropologia
O conceito de patrimônio esteve inicialmente associado à preservação de bens autenticamente nacionais. É possível afirmar que:
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Q2937617 Antropologia
“Embora possamos, por um momento, entrar na alma de um selvagem e através de seus olhos ver o mundo exterior e sentir como ele deve sentir-se ao sentir-se ele mesmo – nosso objetivo final ainda é enriquecer e aprofundar nossa própria visão do mundo, compreender nossa própria natureza e refiná-la, intelectual e artisticamente”. Com essas palavras, Bronislaw Malinowski um pouco que resume ser o projeto da Antropologia enquanto um conhecimento do Homem e sobre o Homem. Dessa forma, se distanciava dos postulados evolucionistas, que buscavam perceber as sociedades enquanto submetidas a um mesmo quadro históricoevolutivo. Para a assunção dessa perspectiva reflexiva, foi fundamental no desenvolvimento do pesquisador de origem polonesa:
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Q2937615 Antropologia
Roberto DaMatta em seu livro “Relativizando” localiza a raiz das diferenças entre ciências naturais e sociais no fato de que, enquanto na primeira a natureza não reage diretamente ao estímulo do pesquisador, na segunda esta interação é evidente. Para o antropólogo, a existência humana é uma experiência que tem lugar em distintas sociedades, nas quais os homens acentuam suas distinções, em complexos processos que envolvem reações aos estímulos da natureza, combinando adaptação e transformação do meio ambiente. Tais processos são presididos pela cultura, que seria o que distingue as sociedades humanas de outras existentes no reino animal.Acultura, nos termos do autor, seria:
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Q2937612 Antropologia
A influência do antropólogo Franz Boas no trabalho desenvolvido por Gilberto Freire, em Casa Grande & Senzala , é reconhecida pelo antropólogo brasileiro, que afirma ter aprendido com o primeiro a estabelecer distinções entre os conceitos de raça e cultura. Assinale a alternativa que torna evidente tal influência:
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Q2937611 Antropologia
Segundo Roberto DaMatta, o uso da expressão “Quem você pensa que é?”, no Brasil, seria uma variação de “Você sabe com quem está falando?”. Segundo o autor, essa sentença expressa uma sociabilidade inerente a um sistema de crenças no qual pessoas se relacionam de forma hierárquica e desigual. Nos Estados Unidos, porém, a mesma expressão – “Who do you think you are?”- teria efeito oposto. Isso se verifica, segundo o antropólogo brasileiro, por que:
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Q2937607 Antropologia
Na contemporaneidade, o patrimônio cultural preservado em museus é difundido em redes comunicativas que abrangem sociedades nacionais e indígenas. Os Ticuna, povo estudado por Priscila Faulhaber, realizava atividades no Museu Maguita, em Benjamin Constant (AM), que podem ser caracterizadas como cerimoniais interétnicos, dos quais participam antropólogos, linguistas, agentes indigenistas, entre outros atores. Segundo a antropóloga, uma vez que entre os Ticuna não se observa continuidade entre vivos e mortos, os artefatos e indumentárias existentes nos museus são associados a seres invisíveis que mediam as relações entre o povo e o meio ambiente. Com essa forma particular de se relacionar com tais materiais, os representantes daquele povo:
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Q2937604 Antropologia
Pierre Clastres afirmava que a poliandria que observou entre os “Guaiaqui”, era uma espécie de razão de Estado. Ao compartilhar suas esposas, os homens Guaiaqui tornavam possíveis a vida em comum e a sobrevivência da sociedade.A assertiva do autor se fundamenta no fato de que:
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Q2937602 Antropologia
No texto “O senso comum como sistema cultural”, Clifford Geertz considera o trabalho de Evans Pritchard sobre feitiçaria entre os “Azande”. E afirma: “se o conteúdo das crenças azande sobre feitiçaria é ou não místico (...), elas são utilizadas pelos Azande de uma forma nada mística – e sim como uma elaboração e uma defesa das afirmações reais da razão coloquial” (119). Geertz realiza tal afirmação sobre o trabalho de Evans Pritchard porque entende que as crenças Azande:
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Q2937598 Antropologia
Conforme as Bases para a Política Nacional de Museus, o objetivo de tal política é “promover a valorização, a preservação e a fruição do patrimônio cultural brasileiro, considerado como um dos dispositivos de inclusão social e cidadania, por meio do desenvolvimento e da revitalização das instituições museológicas existentes e pelo fomento à criação de novos processos de produção e institucionalização de memórias constitutivas da diversidade social, étnica e cultural do País.” Para tanto, esta política deve:
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Q2937597 Antropologia
Fredrik Barth critica a afirmação “praticamente todo raciocínio antropológico baseia-se na premissa de que a variação cultural é descontínua: supõe-se que há agregados humanos que compartilham essencialmente uma mesma cultura e que há diferenças interligadas que distinguem cada uma dessas culturas de todas as outras. Uma vez que cultura nada mais é que uma maneira de descrever o comportamento humano, segue-se disso que há grupos delimitados de pessoas, ou seja, unidades étnicas que correspondem a cada cultura” (2000:25). O autor, em discussão com esta perspectiva, propõe:
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Q2937595 Antropologia
No mundo moderno, como regra, todas as pessoas têm e devem ter uma nacionalidade. Esta constatação universal confronta-se, por sua vez, com a particularidade inexorável das manifestações concretas de cada nacionalidade. No clássico estudo sobre a origem e difusão do nacionalismo, Benedict Anderson (1983) analisa esta questão. Dedica especial interesse também ao fato de, durante os últimos séculos, tantos milhões de pessoas matem e, sobretudo, estejam dispostas a morrer em nome de sua nação. A explicação de Anderson para este fato reside no conceito de nação que ele mesmo propõe. Para este autor, a nação pode ser definida como:
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Q2937588 Antropologia
Na “Floresta dos símbolos”, Victor Turner descreve e interpreta rituais da vida dos Ndembu da Zâmbia.Oautor, “por 'ritual', entende o comportamento formal prescrito para ocasiões não devotadas à rotina tecnológica, tendo como referência a crença em seres ou poderes místicos” (2005:49). O “símbolo”, por sua parte, é entendido por Turner como a menor unidade do ritual que expressa as propriedades específicas do comportamento ritual. Nesta proposta, Turner entende que a importância do estudo do ritual entre os Ndembu se deve ao fato de:
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Q2937571 Antropologia
No livro “A interpretação das culturas”, Clifford Geertz defende um conceito semiótico de cultura. Ele afirma: “acreditando, como Max Weber, que o homem é um animal amarrado a teias de significado que ele mesmo teceu, assumo a cultura como sendo essas teias e sua análise; portanto, não como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa à procura do significado” (1989:4). Para este autor, o método que corresponde a esta perspectiva da cultura é:
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Q2934139 Antropologia
Considerando as teorias e conceitos antropológicos sobre cultura, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) Segundo Lévi-Strauss, cultura é um conjunto de sistemas simbólicos que inclui também a linguagem, as regras matrimoniais, a religião, as regras econômicas, a ciência e a arte.

( ) Benedict, ao analisar as diversas culturas, chegou ao conceito de padrão cultural, pois observou a prevalência de uma certa coerência e homogeneidade em cada cultura, que a distinguia ou aproximava de outras.

( ) Segundo Malinowski, o ser humano cria um ambiente externo a ele, uma cultura cheia de significados que dá sentido à sua existência. Somos produtores e consumidores de cultura, simultaneamente.

( ) O modo de ver o mundo, os valores, os diferentes comportamentos e posturas corporais são resultado de uma herança cultural (da operação de uma determinada cultura).

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
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Q2929818 Antropologia

Texto VII, para responder às questões 34 e 35.

Agora se pode ver que cada sociedade tem meios privilegiados de expressão — veículos que, em certos momentos, englobam a tudo e a todos. Isso não significa que outros problemas sejam esquecidos, mas apenas que a atenção coletiva se desloca. Seriam os franceses alienados porque gostam de literatura? Estaríamos alienados porque nos voltaremos, vidrados, para as eleições, em breve?

Concordo que o futebol nos apaixona e nos enlouquece. Mas há lógica nessa loucura. Principalmente porque o futebol inverte um dos princípios básicos da nossa conhecida mentalidade colonial. Se essa lógica afirma que tudo o que vem de fora é bom, mas não é para nós; se ela garante que seremos sempre o país da bagunça e da incompetência, lugar da roubalheira e do apadrinhamento, o espaço onde o trabalho e o talento não contam, o reino da inferioridade moral e racional, o futebol inverte e subverte tudo isso. Primeiro, porque veio "lá de fora", de um dos centros do nosso mundo colonial, a velha Inglaterra, que foi a primeira nação moderna a nos explorar. Mas, em vez de o futebol continuar sendo uma instituição inatingível, que nos envergonha, como o funcionalismo público, o sistema partidário, a moeda, a universidade, a literatura e tudo o mais em que, no entendimento de nossas elites, somos inferiores, fracos ou infantis — e que também foram “importados” —, ele nos revelou fortes e excepcionais, elegantes e corajosos, virtuosos e campeões.”

R. Damatta. Torre de Babel. Rio de Janeiro, 1996, p.144 (com adaptações).

Com relação às informações do texto VII, é correto afirmar que,

Alternativas
Q2929815 Antropologia

Texto VII, para responder às questões 34 e 35.

Agora se pode ver que cada sociedade tem meios privilegiados de expressão — veículos que, em certos momentos, englobam a tudo e a todos. Isso não significa que outros problemas sejam esquecidos, mas apenas que a atenção coletiva se desloca. Seriam os franceses alienados porque gostam de literatura? Estaríamos alienados porque nos voltaremos, vidrados, para as eleições, em breve?

Concordo que o futebol nos apaixona e nos enlouquece. Mas há lógica nessa loucura. Principalmente porque o futebol inverte um dos princípios básicos da nossa conhecida mentalidade colonial. Se essa lógica afirma que tudo o que vem de fora é bom, mas não é para nós; se ela garante que seremos sempre o país da bagunça e da incompetência, lugar da roubalheira e do apadrinhamento, o espaço onde o trabalho e o talento não contam, o reino da inferioridade moral e racional, o futebol inverte e subverte tudo isso. Primeiro, porque veio "lá de fora", de um dos centros do nosso mundo colonial, a velha Inglaterra, que foi a primeira nação moderna a nos explorar. Mas, em vez de o futebol continuar sendo uma instituição inatingível, que nos envergonha, como o funcionalismo público, o sistema partidário, a moeda, a universidade, a literatura e tudo o mais em que, no entendimento de nossas elites, somos inferiores, fracos ou infantis — e que também foram “importados” —, ele nos revelou fortes e excepcionais, elegantes e corajosos, virtuosos e campeões.”

R. Damatta. Torre de Babel. Rio de Janeiro, 1996, p.144 (com adaptações).

A respeito da cultura e da identidade brasileiras, julgue os itens a seguir.

I O fato de o Brasil ter sido colonizado por Portugal deixou marcas profundas na mentalidade e na cultura nacionais, que inviabilizam uma assimilação das normas e valores das instituições sociais, em vista de uma excelência, como ocorre em países como a Inglaterra, os Estados Unidos e outros.

II O fato de o Brasil ter sido colonizado por Portugal não deixou marcas na mentalidade e na cultura nacionais.

III O autor questiona uma visão elitista e preconceituosa das elites, que inferioriza a cultura brasileira.

IV O futebol revelou os brasileiros fortes e excepcionais, elegantes e corajosos, virtuosos e campeões, porque veio de uma outra cultura diferente da brasileira, que é disciplinada e organizada.

A quantidade de itens certos é igual a

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Q2929791 Antropologia

Texto V, para responder às questões 30 e 31.

Internet: <www.dimensao.com.br>.

Acesso em 19/3/2010.

Texto VI, para responder às questões 30 e 31.

Entrevista com Roberto Damatta

TRÂNSITO: "O que sabemos de como dirigimos? Nada. Não quero psicologizar ou criminalizar o trânsito. Todo mundo faz isso. Quero propor a sua politização. Quero ver o que significa dirigir automóveis como um jogo de forças num sistema hierárquico. Quero ver a nossa imprudência e violência como um sintoma e uma reação [...] O que significa dirigir um automóvel numa sociedade que se diz igualitária, mas que no fundo odeia a igualdade? O que significa o espaço público numa sociedade igualitária na forma, mas profundamente aristocrática e hierárquica nos procedimentos que vão do furar a fila a arrumar emprego para amigos e parentes quando se comanda o serviço público? Significa evidentemente você ter consciência do outro como igual e não como um atrapalhador. Dá uma reportagem ver como as pessoas usam telefone público. Elas ficam 40 minutos, não estão preocupadas que seja um telefone de todos."

Internet: <www.dizventura2.blogger.com.br>. Acesso em 4/6/2010.

Considerando os textos V e VI, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2929787 Antropologia

Texto V, para responder às questões 30 e 31.

Internet: <www.dimensao.com.br>.

Acesso em 19/3/2010.

Texto VI, para responder às questões 30 e 31.

Entrevista com Roberto Damatta

TRÂNSITO: "O que sabemos de como dirigimos? Nada. Não quero psicologizar ou criminalizar o trânsito. Todo mundo faz isso. Quero propor a sua politização. Quero ver o que significa dirigir automóveis como um jogo de forças num sistema hierárquico. Quero ver a nossa imprudência e violência como um sintoma e uma reação [...] O que significa dirigir um automóvel numa sociedade que se diz igualitária, mas que no fundo odeia a igualdade? O que significa o espaço público numa sociedade igualitária na forma, mas profundamente aristocrática e hierárquica nos procedimentos que vão do furar a fila a arrumar emprego para amigos e parentes quando se comanda o serviço público? Significa evidentemente você ter consciência do outro como igual e não como um atrapalhador. Dá uma reportagem ver como as pessoas usam telefone público. Elas ficam 40 minutos, não estão preocupadas que seja um telefone de todos."

Internet: <www.dizventura2.blogger.com.br>. Acesso em 4/6/2010.

Assinale a alternativa correta, com base nos textos V e VI.

Alternativas
Ano: 2009 Banca: FUNRIO Órgão: MJSP Prova: FUNRIO - 2009 - MJ - Sociólogo |
Q2905412 Antropologia

Para a afirmação da Antropologia Social ou Cultural enquanto matriz disciplinar no campo das Ciências Sociais, alguns conceitos como “cultura” e “estrutura” foram particularmente demarcadores. Roberto Cardoso de Oliveira explicita quatro grandes paradigmas a partir das matrizes conceituais e que correspondem respectivamente a tradições alemã, norte-americana, britânica e francesa. São eles os seguintes:

Alternativas
Ano: 2009 Banca: FUNRIO Órgão: MJSP Prova: FUNRIO - 2009 - MJ - Sociólogo |
Q2905399 Antropologia

As economias e direitos de sociedades tribais ou arcaicas constituem objeto de estudo de Marcel Mauss no “Ensaio sobre a Dádiva. Forma e Razão da Troca nas Sociedades Arcaicas”. Comparando com as economias e direitos modernos podemos concluir que, no primeiro caso,

Alternativas
Respostas
41: A
42: C
43: A
44: C
45: B
46: A
47: B
48: E
49: C
50: C
51: D
52: D
53: C
54: E
55: E
56: B
57: D
58: C
59: C
60: A