Questões de Concurso Sobre política, poder e estado em sociologia

Foram encontradas 474 questões

Q2201056 Sociologia
Apesar das críticas posteriores, a obra Casa Grande e Senzala, escrita por Gilberto Freyre, marca uma ruptura analítica acerca das interpretações sobre a formação do Brasil. O autor, a partir dessa obra, lança luz para pensar a situação da formação brasileira abordando a importância cultural para se pensar a realidade social. Uma das ideias que reverberaram em suas análises e que teve grande impacto para pensarmos as relações étnico raciais é a questão do “equilíbrio de antagonismos”. Com relação a essa ideia, assinale a alternativa correta. 
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Q2201049 Sociologia
Victor Nunes Leal foi um importante jurista brasileiro, nascido em 1914 e falecido em 1985. Entre suas principais obras, podemos citar “Coronelismo, Enxada e Voto”, resultado de um estudo monográfico para sua tese de concurso, tendo sido publicada no ano de 1948. Essa importante obra do autor, o primeiro estudo monográfico sobre a temática, versou sobre o coronelismo, fenômeno característico de um período específico da história política brasileira, estando situado entre os anos 1889 a 1930. Sobre o fenômeno do coronelismo na perspectiva de Leal, assinale a alternativa incorreta.
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Q2201048 Sociologia
Thomas Hobbes foi um importante teórico político, nascido na Inglaterra no ano de 1558, sendo até hoje considerado com um clássico da Ciência Política. Caracterizado como contratualista por afirmar, assim como Locke e Rousseau, que o Estado Civil havia se originado a partir do contrato social, Hobbes possui um entendimento específico do que é o Estado e de como este deve exercer seu poder após o contrato social. A respeito da concepção de Estado de Thomas Hobbes, assinale a alternativa correta.
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Q2197344 Sociologia
        “Na concepção do sociólogo Max Weber, o Estado só pode existir quando os seres humanos se submetem à autoridade de um grupo dominante. Nesse sentido, quando essa instituição se constitui, estabelece-se uma relação de “dominação do homem sobre o homem”, um “monopólio da violência legítima”. (ARAÚJO et al., 2015)
Sobre as interpretações sociológicas a respeito da natureza do Estado, assinale a alternativa que apresenta uma concepção próxima da interpretação de Max Weber.
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Q2186039 Sociologia
A consolidação do processo de globalização econômica coloca em evidência a necessidade de revisão do conceito de política internacional. A transnacionalidade conquistada pelas mercadorias e serviços não disponibiliza o mesmo tratamento para os indivíduos, ao contrário, questões como direitos sociais e concentração de renda continuam a apresentar um balanço que privilegia as populações dos países industrializados e que mais apresentaram ganhos no processo de globalização. Além disso, a prática de políticas unilaterais para resolução de controvérsias tem buscado unicamente proteger interesses estratégicos de países hegemônicos ao invés de garantir a multilateralidade, a soberania e a independência dos Estados Nações
Neste contexto, assinale a alternativa que não apresenta uma consequência sociológica da relação entre a globalização e os Estados Nações:
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Q2168006 Sociologia
Com as demandas que o capitalismo exige, privatizações e desarticulações dos direitos sociais acontecem, e com a corroboração de narrativas contrárias aos movimentos sociais, as mudanças e avanços sociais e coletivos são inviabilizados. A qual modelo de governo iniciado nos anos 1990 podemos associar tais características?
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Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Sociólogo |
Q2158665 Sociologia
“A modernização econômica associada à extinção do estatuto colonial e à implantação de um Estado nacional independente não tinha por fim adaptar o meio econômico brasileiro a todos os requisitos estruturais e funcionais de uma economia capitalista integrada, como as que existiam na Europa. Os seus estímulos inovadores eram consideráveis, mas unilaterais. Dirigiam-se no sentido de estabelecer uma coordenação relativamente eficiente entre o funcionamento e o crescimento da economia brasileira e os tipos de interesses econômicos que prevaleciam nas relações das economias centrais com o Brasil”.
(FERNANDES, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil. São Paulo: Editora Contracorrente, [1974] 2020, p. 94.)
Segundo Florestan Fernandes, a Revolução Burguesa no Brasil não se realizou completamente, como nos países europeus, porque não se modificou nosso status político de país

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Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Sociólogo |
Q2158651 Sociologia
Tanto Thomas Hobbes quanto Max Weber preocupam-se, em seus escritos, com a natureza da ordem social e a manutenção da coesão social. Apesar de suas diferenças, ambos concordam que, para que isso aconteça, foi preciso que cessasse a violência entre os membros do corpo social. A forma de organização social responsável por tal “pacificação” foi, segundo Hobbes e Weber, respectivamente, 
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Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Sociólogo |
Q2158647 Sociologia
O termo “revolução passiva”, cunhado por Antônio Gramsci, descreve processos políticos onde o grupo social que ascende ao poder o faz sem rompimento ou revoluções, mas através de adaptações e mudanças graduais. Alvaro Bianchi defende em artigo de 2017 a caracterização dos dois primeiros governos de Luís Inácio Lula da Silva como uma “revolução passiva”, porque 
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Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Sociólogo |
Q2158644 Sociologia
Na Ciência Política um dos campos de estudo é o chamado Pensamento Político Brasileiro, cujo nome expressa a 
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Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Sociólogo |
Q2158641 Sociologia
Para Thomas Hobbes, a busca pela satisfação das próprias vontades produz o Estado de Natureza, insustentável em uma sociedade. Como forma de manter a coesão social é estabelecido um “pacto social”, que promove a
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Q2123625 Sociologia
        Recentemente, a “nova esquerda” dos novos movimentos sociais, dos movimentos das minorias sobretudo, passou a tematizar o “direito à diferença”. Com base na convicção da “legitimidade das diferenças”, passou-se a propor como novos imperativos categóricos para a esquerda o “respeito às diferenças”, a “defesa das identidades coletivas”, a “preservação das particularidades culturais”, o “respeito das mentalidades específicas”, a “irredutibilidade das experiências de gênero” e assim por diante. Ora muito bem, estas novas divisas de esquerda, que podem ser resumidas na reivindicação do “direito à diferença”, trazem em si mesmas um ardil, que a meu ver provém justamente desta sua ambiguidade, uma debilidade hereditária: o fato de ter sido o amor da diferença alimentado no campo (ultra)conservador duzentos anos a fio, e só mui recentemente incorporado em algumas faixas ou zonas do campo de esquerda, este fato torna o clamor pelo “direito à diferença” dificilmente distinguível da defesa das diferenças própria do estoque de certezas do senso comum conservador.

Antônio Flávio Pierucci. Ciladas da diferença. In: Tempo Social.
São Paulo, 2 (2), p. 15-16, 1990 (com adaptações).

A partir das reflexões apresentadas no texto precedente, julgue o próximo item.


Dado o amplo arcabouço de perspectivas em que se discute, hoje, a diversidade cultural e étnica, percebe-se que a defesa da diferença constitui agenda incontroversamente assumida pelo espectro político associado à esquerda e rechaçada pelo espectro conservador.

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Q2123614 Sociologia
        A violência nas relações de intimidade permanece, na atualidade, como uma relevante fonte de exclusão social. Com uma crescente visibilidade na esfera pública, traduzida num claro aumento das denúncias, a violência nas relações íntimas tem sido objeto de diversas políticas dirigidas à sua prevenção e criminalização e ao apoio às vítimas. Os diversos estudos sobre a violência nas relações de intimidade evidenciam, claramente, que esta é perpetrada, na sua grande maioria, por homens sobre mulheres. Segundo a teoria da interseccionalidade, as mulheres [imigrantes] vítimas de violência experienciam, simultaneamente, diferentes formas de opressão e de controle social, uma vez que estão imersas em contextos sociais onde se cruzam diferentes sistemas de poder (como a raça, a etnia, a classe social, o gênero e a orientação sexual). Na verdade, as situações de violência nas relações de intimidade podem ser agravadas por fatores como o estatuto legal, a classe social, a cultura ou a etnicidade, entre outros. Para além disso, a pouca familiaridade com a língua, o difícil acesso a empregos adequados, o conhecimento insuficiente dos seus direitos, o isolamento da comunidade imigrante e o distanciamento das redes sociais e familiares de apoio também contribuem para reduzir a capacidade de as mulheres imigrantes se protegerem contra situações de violência e abuso.

Madalena Duarte e Ana Oliveira. Mulheres nas margens: a violência
doméstica e as mulheres imigrantes. In: Sociologia. Porto, 23,
jun./2012, p. 223-224 (com adaptações)

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item a seguir. 


O papel do Estado no que se refere à compreensão sociológica dos efeitos de migrações internacionais, notadamente as que se caracterizam pelo refúgio, é de caráter marginal.

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Q2115226 Sociologia
O conceito de estado de natureza tem a função de explicar a situação pré-social, na qual os indivíduos viviam isoladamente até a passagem para o estado civil por meio de um pacto social. Todavia, existem divergências a respeito desse processo como é o caso das visões expostas por; relacione adequadamente as colunas a seguir.
1. Thomas Hobbes. 2. Jean-Jacques Rousseau.

( ) Em estado de natureza, a vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe. ( ) O Estado surge a partir de indivíduos naturais que, pelo pacto, criam a vontade geral. ( ) Em estado de natureza, os indivíduos vivem em luta permanente, reinando o medo da morte violenta. ( ) O Estado surge com os homens reunidos em uma multidão de indivíduos, pelo pacto, constituindo um corpo político. ( ) Os indivíduos, pelo contrato, criaram-se a si mesmos como povo e é a este que transferem os direitos naturais.
A sequência está correta em 
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Q2115220 Sociologia
Quando se afirma que os gregos e romanos inventaram a política, o que se diz é que desfizeram aquelas características da autoridade e do poder. Embora, no começo, gregos e romanos tivessem conhecido a organização econômico-social de tipo despótico ou patriarcal, um conjunto de medidas foram tomadas pelos primeiros dirigentes – os legisladores – de modo a impedir a concentração dos poderes e da autoridade nas mãos de um rei, senhor da terra, da justiça e das armas, representante da divindade.
(A invenção da Política, Marilena Chauí.)

Em relação às medidas tomadas pelos gregos e romanos sobre a instituição do poder político, assinale a afirmativa correta.
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Q2115219 Sociologia
De acordo com Bobbio (2012, p. 75), “antes do aparecimento e do uso do termo ‘Estado’ o problema da distinção entre ordenamento político e Estado nem mesmo se pôs”. Na filosofia política, o problema do poder foi apresentado sob três aspectos, à base dos quais podem-se distinguir as três teorias fundamentais do poder; relacione-as adequadamente.
1. Substancialista. 2. Relacional. 3. Subjetivista.
( ) O poder é entendido como qualquer coisa que serve para alcançar aquilo que é objeto do próprio desejo. ( ) Entende o poder não como a coisa que serve para alcançar o objetivo, mas a capacidade do sujeito de obter certos efeitos. ( ) O poder é entendido como a relação entre os atores, na qual o ator induz outros atores a agirem de modo que, em caso contrário, não agiriam.
A sequência está correta em
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Q2115212 Sociologia
Traduzimos, comumente, a palavra grega polis por ‘cidade-Estado’. A nomenclatura ‘Estado’, entretanto, só começa a ser usada no Renascimento. Uma de suas primeiras aparições se dá em O príncipe (1513) de Maquiavel. Lê-se logo nas suas primeiras linhas; “Todos os Estados, todos os domínios que tiveram e têm poder sobre os homens foram ou são repúblicas ou principados” (2016. p. 47). Sobre o modo de governar cidades ou principados que, antes de conquistados, viviam de acordo com suas leis, Maquiavel propõe três formas diferentes; assinale-as.
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Q2115198 Sociologia
A estrutura social e o Estado resultam constantemente do processo vital de indivíduos determinados; mas não resultam daquilo que esses indivíduos aparentam perante si mesmos ou perante outros; e, sim, daquilo que são na realidade, isto é, tal como trabalham e produzem materialmente.
(In.: Quintaneiro, Tânia. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber / Tânia Quintaneiro, Maria Ligia de oliveira Barbosa, Márcia Gardênia de Oliveira. – 2. Ed. rev. amp. – Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.)

No escopo da Teoria Sociológica Clássica, ao analisar o Estado, sua formação e suas concepções, Marx, Weber e Durkheim estabelecem teorias, que mais tarde são, ora refutadas, ora respaldadas por outros autores. Especificamente em Weber, o Estado:
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Q2113171 Sociologia
Michel Foucault demonstrou que as sociedades disciplinares tiveram um longo desenvolvimento na Europa entre os séculos VIII e XIX, e foram caracterizadas, sobretudo, pela criação, difusão e aperfeiçoamento de grandes instituições de confinamento com leis próprias (a família, a escola, o quartel, a fábrica e o hospital), funcionando como meios de concentração e ordenação da força produtiva. Gilles Deleuze, por sua vez, indicou que, após a Segunda Guerra Mundial, um novo modo de organização social ganha forma lentamente e passa a substituir o anterior. Acerca desse novo regime de dominação do mundo ocidental contemporâneo, é correto afirmar: 
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Q2100473 Sociologia
Minha preocupação é com aquelas formas de soberania cujo projeto central não é a luta pela autonomia, mas “a instrumentalização generalizada da existência humana e a destruição material de corpos humanos e populações”. Tais formas da soberania estão longe de ser um pedaço de insanidade prodigiosa ou uma expressão de alguma ruptura entre os impulsos e interesses do corpo e da mente. De fato, tal como os campos da morte, são elas que constituem o nomos do espaço político em que ainda vivemos. Além disso, experiências contemporâneas de destruição humana sugerem que é possível desenvolver uma leitura da política, da soberania e do sujeito, diferente daquela que herdamos do discurso filosófico da modernidade. Em vez de considerar a razão e a verdade do sujeito, podemos olhar para outras categorias fundadoras menos abstratas e mais palpáveis, tais como a vida e a morte.
(MBEMBE, A. Necropolítica, p. 10-11)
No trecho citado acima, Achille Mbembe circunscreve, em linhas gerais, a abordagem que fará sobre a soberania em sua obra “Necropolítica”. Nesta obra, a soberania será prioritariamente discutida em sua relação com o
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Respostas
161: D
162: D
163: A
164: B
165: A
166: C
167: B
168: A
169: E
170: E
171: B
172: E
173: E
174: C
175: A
176: C
177: D
178: B
179: D
180: A