Questões de Concurso
Sobre estudos culturais em jornalismo
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Adorno afasta, com desprezo, aquilo que se afirmava a respeito do jazz como expressão de liberdade. Para ele, sua função primordial é reduzir a distância entre o indivíduo alienado e a cultura afirmativa, que faz aflorar uma cultura que favorece não o que deveria afirmar – o saber e a resistência –, mas a integração ao status quo.
(Armand e Michèle Mattelart, História das teorias da comunicação. Adaptado)
A conclusão do musicólogo e filósofo Theodor Adorno conferiu à produção industrial dos bens culturais o status de mera mercadoria, característica que marcou a teoria
As personagens descobertas pelos caçadores de talentos e depois lançadas em grande escala pelos estúdios são tipos ideais da nova classe média dependente. A starlet deve simbolizar a empregada de escritório, mas de tal sorte que, diferentemente da verdadeira, o grande vestido de noite já parece talhado para ela. Assim, ela fixa para a espectadora não apenas a possibilidade de também vir a se mostrar na tela, mas ainda mais enfaticamente a distância entre elas. Só uma pode tirar a grande sorte, só uma pode se tornar célebre.
ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahas Editores, 1985.
Com base no texto apresentado, assinale a alternativa correta.
Julgue o próximo item, relativo a comunicação e sociedade.
Embora os estudos culturais possam desempenhar um
importante papel para elucidar as alterações que têm ocorrido
na cultura e na sociedade contemporânea, esse esclarecimento
tem sido dificultado pelas novas tecnologias, pelos novos
modos de produção cultural e pelas novas formas de vida
social e política, que colocam os artefatos da cultura da mídia
dentro do sistema de produção material, tornando invisíveis
suas estruturas e significados.
No livro: O espírito do tempo (1962), o autor afirma que a cultura de massa “é uma realidade que não pode ser tratada a fundo senão com um método, o da totalidade. Não é admissível que se acredite poder reduzir a cultura de massa a uma série de dados essenciais que permitam distingui-la da cultura tradicional ou humanista”. Esse autor e o respectivo livro são considerados “fundadores” de uma importante teoria da comunicação.
A afirmação correta para o nome do autor e a sua teoria é
(...) “a mídia coloca a agenda de discussão. Isto significa que ao redor de 80% dos temas e assuntos que são falados no trânsito, no trabalho, em casa, nos encontros sociais etc., são colocados à discussão pela mídia” (GUARESCHI, P.A. O direito humano à comunicação: pela democratização da mídia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013).
O trecho acima refere-se a uma das teorias de comunicação mais conhecida como:
Walter Benjamin, em seu texto A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica, defende que “com a reprodutibilidade técnica, a obra de arte se emancipa, pela primeira vez na história, de sua existência parasitária, destacando-se do ritual. A obra de arte reproduzida é cada vez mais a reprodução de uma obra de arte criada para ser reproduzida. (...) No momento em que o critério da autenticidade deixa de aplicar-se à produção artística, toda a função social da arte se transforma. Em vez de fundar-se no ritual, ela passa a fundar-se em outra práxis: a política”.
Benjamin, um dos principais teóricos do movimento
que foi chamado de Escola de Frankfurt, ou
Teoria Crítica para alguns pesquisadores, acreditava
na obra de arte produzida em massa e para as
massas como veículo de transformação social, desde
que não estivesse sob o domínio das grandes
empresas capitalistas. Já Adorno e Horkheimer, também
teóricos da Escola de Frankfurt, responsáveis
pela criação do termo indústria cultural, possuíam
uma visão mais crítica da massificação da arte. De
acordo com estes autores, no texto A indústria cultural:
o esclarecimento como mistificação das massas,
capítulo do livro Dialética do Esclarecimento, tal crítica
consiste que a indústria cultural: