Questões de Concurso
Sobre estudos culturais em jornalismo
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Com base nas teorias e correntes de pesquisa sobre comunicação, julgue o seguinte item.
Um dos principais conceitos da teoria crítica é o de indústria cultural, de acordo com a qual os bens culturais passariam a ser produzidos a partir de uma tendência mercadológica e industrial.
Harold Lasswell, um dos pioneiros da pesquisa em comunicação, destacou-se na área por considerar que os processos comunicacionais eram simétricos, uma vez que os destinatários não se configuravam como uma massa pacífica.
I. A Escola de Birmingham contribuiu para a legitimação de objetos vinculados às culturas populares e à comunicação de massa, em decorrência da problematização da hierarquia entre o que é culto e o que é popular.
II. Contribuiu para a ampliação da categoria “texto", incluindo tanto os artefatos culturais quanto as práticas simbólicas envolvidas.
III. Destacou o papel ativo da cultura na constituição dos processos sociais e sua relação com o poder e a hegemonia.
IV. Os estudos culturais incentivaram a reflexão sobre as particularidades nacionais e regionais dos processos de constituição da cultura popular de massa.
V. Os estudos culturais desenvolveram uma investigação sobre o processo de recepção, promoveram a crítica à compreensão da comunicação como fenômeno centrado nas tecnologias de comunicação, e questionaram o enfoque fragmentado e esquemático do processo comunicativo.
Assinale a alternativa correta:
A análise do conteúdo artístico da literatura de massa é fundamental para que se possa estimular a leitura.
Walter Benjamin, em seu texto A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica, defende que “com a reprodutibilidade técnica, a obra de arte se emancipa, pela primeira vez na história, de sua existência parasitária, destacando-se do ritual. A obra de arte reproduzida é cada vez mais a reprodução de uma obra de arte criada para ser reproduzida. (...) No momento em que o critério da autenticidade deixa de aplicar-se à produção artística, toda a função social da arte se transforma. Em vez de fundar-se no ritual, ela passa a fundar-se em outra práxis: a política”.
Benjamin, um dos principais teóricos do movimento
que foi chamado de Escola de Frankfurt, ou
Teoria Crítica para alguns pesquisadores, acreditava
na obra de arte produzida em massa e para as
massas como veículo de transformação social, desde
que não estivesse sob o domínio das grandes
empresas capitalistas. Já Adorno e Horkheimer, também
teóricos da Escola de Frankfurt, responsáveis
pela criação do termo indústria cultural, possuíam
uma visão mais crítica da massificação da arte. De
acordo com estes autores, no texto A indústria cultural:
o esclarecimento como mistificação das massas,
capítulo do livro Dialética do Esclarecimento, tal crítica
consiste que a indústria cultural:
As expressões de culturas podem ser transformadas em produtos de diferentes categorias, como um texto interpretativo comunitário ou um plano de exploração turística.
Por serem amplamente acessíveis, podem ser classificados como meios de comunicação de massa os jornais, as revistas, o cinema, a televisão, o rádio, os websites, os telefones, os CDs, os DVDs e os videocassetes.
Indústria cultural e cultura de massa são expressões disseminadas pelo grupo de intelectuais que, nos anos 1920, ficou conhecido como Escola de Frankfurt, a qual tinha entre seus membros Walter Benjamin e Herbert Marcuse.
A comunicação ciberespacial apresenta capacidade de comunicação de massa, ou seja, pode atingir diversos receptores simultaneamente, no entanto, trata-se de comunicação anônima, visto que exclui a personalização de seu conteúdo.
Ao antever um mundo interconectado nos moldes de uma aldeia global, o filósofo Marshall McLuhan o supôs reticular e resultante de filtros preliminares correspondentes a cada uma de suas comunidades interpretativas isoladas e marcadas por códigos específicos, como ocorre com a língua e a cultura autóctones.
Em contraste com os sistemas políticos totalitários, nos quais a força física pode ser usada para coagir a população, em sociedades democráticas os meios de comunicação de massa podem funcionar como forma não violenta de controle social.
No seu texto Codificação/Decodificação, Stuart Hall propõe uma forma de analisar o processo comunicativo diversa da tradicionalmente usada em modelos lineares. O autor afirma:
O processo, desta maneira, requer, do lado da produção, seus instrumentos materiais − seus ‘meios’ − bem como seus próprios conjuntos de relações sociais (de produção) − a organização e combinação de práticas dentro dos aparatos de comunicação. Mas é sob a forma discursiva que a circulação do produto se realiza, bem como sua distribuição para diferentes audiências. Uma vez concluído, o discurso deve então ser traduzido − transformado de novo − em práticas sociais, para que o circuito ao mesmo tempo se complete e produza efeitos. Se nenhum ‘sentido’ é apreendido, não pode haver ‘consumo’. Se o sentido não é articulado em prática, ele não tem efeito.
(Hall, Stuart. Codificação/Decodificação. In: Da Diáspora − Identidades e Mediações Culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. p. 366)
Nesta percepção, o que faz a transmissão televisiva de um evento histórico ser passível de significação, e não de transmissão completa do real, é