Questões de Educação Física - Modalidades Esportivas para Concurso

Os esportes coletivos possuem características previsíveis. Os acontecimentos se repetem na mesma ordem cronológica. Dessa forma, a estruturação de um modelo de jogo previamente estabelecido pode facilitar o processo de tomada de decisão, fazendo com que atitudes tático-estratégicas sejam requeridas ao jogador.

As ações resultantes do conflito de objetivos opostos com a finalidade de conseguir gerir situações de proveito próprio, cuja frequência, ordem cronológica e complexidade não podem ser determinadas antecipadamente, além da condição decisória dos jogadores (autonomia), variabilidade das ações, rapidez das decisões táticas e das ações motoras em um movimento ininterrupto de relações recíprocas de comunicação (companheiros e oponentes), em função de um modelo tradicional e mecanicista, fazem do jogo um sistema simples, estável e objetivo.

As abordagens pedagógicas da Educação Física buscam a implantação da hegemonia do pensamento pedagógico e científico da área, por intermédio de discussões a respeito do melhor método, porém a maioria das abordagens valoriza a eficiência técnica e o rendimento esportivo, evidenciados na abordagem crítico-superadora.

A facilidade de implantação da abordagem tradicional e a possibilidade da execução perfeita dos movimentos favorecem uma maior transposição das habilidades técnicas para a situação de jogo, valorizando novos aspectos no ensino da técnica, principalmente no sentido da qualidade de sua implantação.

Os jogos esportivos coletivos integram o grupo dos esportes designados de cooperação/oposição, com ou sem compartilhamento do terreno de jogo. As ações são resultantes do conflito de objetivos opostos com a finalidade de conseguir gerir situações de proveito próprio, cuja frequência, ordem cronológica e complexidade não podem ser determinadas antecipadamente.

induz adaptações neuromusculares crônicas e agudas, sendo eficaz e seguro quando devidamente supervisionado.

promove resultados satisfatórios independente de frequência, volume, intensidade, tipo de treinamento e intervalo entre sessões e séries, pois adolescentes e crianças possuem maior capacidade de adaptação ao esforço intenso.

possibilita o aumento progressivo da massa muscular, da taxa de glicólise anaeróbia, dos níveis de lactato muscular e sanguíneo em intensidades máximas e submáximas e diminui a densidade mineral óssea.

proporciona aumento da força muscular durante a infância, por meio da hipertrofia muscular e não pelo aumento do recrutamento de unidades motoras.

intensifica o desenvolvimento ósseo em crianças e adolescentes, em virtude da diminuição da tensão muscular e do aumento do coeficiente de tensão e compressão, importantes no estímulo à modelagem óssea.

A luta e as artes marciais possuem movimentos riquíssimos que podem contribuir significativamente no desenvolvimento psicomotor da pessoa. Os movimentos das lutas e os movimentos de lateralidade e coordenação motora estão bem relacionados, o que caracteriza um dos principais itens a serem trabalhados por meio das lutas.

O ensino das Lutas deve compor o currículo da Educação Física, tendo sempre um caráter celetista e globalizante, isto é, deve ter como premissa uma padronização de aspectos técnicos de modo a reproduzir o modelo de produção vigente, contribuindo para formar cidadãos que reproduzem padrões e pensamentos da cultura de massa.

Há necessidade de apropriação e sistematização desse conteúdo para a sua aplicação nas aulas de Educação Física do ensino básico, aliado a temáticas de relevância social como a Diversidade Cultural.

Uma das temáticas possíveis de serem tratadas nos conhecimentos do currículo da Educação Física escolar, em especial nas Lutas, é o conhecimento da Diversidade Cultural. A partir dos documentos curriculares oficiais, em especial a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), há possibilidade de associar o debate sobre a Diversidade Cultural no currículo da Educação Física, com destaque para o conhecimento das Lutas no ensino médio.

Mesmo fazendo parte do currículo da Educação Física da escola básica, o conteúdo Lutas ainda é pouco explorado no cotidiano escolar, seja pela falta de domínio dos processos didático-metodológicos dessas práticas corporais por parte do professor, seja pelo currículo da disciplina que tem o esporte como conteúdo hegemônico.

A dança é uma manifestação cultural bastante significativa em nosso país e não é recente a sua presença nos espaços escolares de forma recorrente, seja como festejo, como atividade, ou como conhecimento. Sendo assim, a escola dever focar no ensino da dança contemporânea.

A dança no currículo deve fazer parte de projetos sociais, pois é questionável sua necessidade como expressão do ser humano, uma produção cultural que pode ensinar muito sobre como os indivíduos vivem e se organizam em sociedade, como se movimentam e comemoram suas realizações.

A vivência da dança como um conteúdo na escola não tem suas especificidades. É importante reconhecer que a dança na escola é igual em outros espaços sociais, como num curso de balé, ou na rua, por exemplo. Nesses contextos, aprender a dançar pode ter objetivos específicos, como formar bailarinos, integrar-se socialmente ou manter uma tradição.

As relações que se processam entre corpo, dança e sociedade são fundamentais para a compreensão e eventual transformação da realidade social. Desta forma, a dança, no contexto escolar, tem o potencial de trabalhar a capacidade de criação, imaginação, sensação e percepção, integrando o conhecimento corporal ao intelectual.

Não há necessidade de pensar a escola como um espaço de sensibilização do aluno para o conhecimento, de reconhecimento da dança como forma de produzir arte e de compreensão da arte como um conhecimento imprescindível para que possamos viver o mundo em perspectiva estética.

O Estado preocupava-se com a saúde do povo, por isso oferecia nos ginásios a ginástica para o povo se divertir, se auto-organizar e evitar doenças.

O povo organizado exigiu do Estado que lhe fosse ofertado em seu momento de lazer uma prática corporal. Sendo a ginástica a modalidade mais presente na sociedade da época, foi ofertada em grandes ginásios, primeiro somente para os homens, depois para as mulheres e as crianças.

O movimento circense perdeu o espaço das ruas com a nova organização social que começava a se instaurar. Assim , buscou-se criar uma nova forma de movimento para ser praticada em ginásios, a partir daquilo que já era executado no circo. O que importava é que não se perdesse a irreverência do movimento, a criatividade e o espetáculo.

A ruptura com o predomínio da igreja e o renascimento da ciência modificou o olhar que se tinha sobre o corpo, sendo que este devia ser preservado sem gastos energéticos. Buscava-se com isso que as pessoas utilizassem mais a mente (elevação da moral) do que o corpo (lugar dos pecados).

Os estudos científicos, pautados na anatomia e fisiologia, buscavam utilizar o corpo com o máximo de eficiência. Isso se justifica, pois nasciam as primeiras fábricas e os trabalhadores precisavam render durante seu tempo de serviço. Assim , ao mesmo tempo em que se educava o movimento, se moldava a alma humana, disciplinando os seres humanos para as novas tarefas postas pela burguesia da época.