Questões de Filosofia - Conceitos Filosóficos para Concurso
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Leia o trecho a seguir para responder à pergunta seguinte.
“(...) Se a esta [a Verdade] só chegar pelas palavras de quem o interpela, não foram as palavras a lhe ensinar; mas apenas o tornaram lúcido para aprender de seu interior. Por exemplo, se te interpelando sobre este assunto que estamos tratando, que nada possa se ensinar com palavras, e a ti inicialmente parecesse absurdo, dado não poder ver com firmeza o todo, quererias consultar aquele Mestre interior; e se eu dissesse: onde aprendeste ser verdadeiro o que afirmei - se estarias correto ao garantir conhecer o que afirmo?
Poderias responder que eu as ensinei. Então eu acrescentaria: que tinha visto um homem a voar; e minhas palavras também o deixariam certo tanto quanto eu dissesse que os homens sapientes são melhores que os nescientes? Negarias com certeza, respondendo não crer na primeira destas afirmações; mesmo que acreditasses, ela seria para ti desconhecida, porém da segunda estarias certo de saber. Entenderias que nada aprendeste com elas, e mesmo tendo eu afirmado, as ignoraria, até aquilo que lhe seria conhecido, visto que ao ser interpelado sobre as partes, juraria aquela desconhecer e da outra ter conhecimento.
Assim, admitirias o que antes negou quando reconheceste como claras e certas as partes em que constam: o ouvinte ignora que sejam verdadeiras, ou não ignora que sejam falsas, ou sabe serem verdadeiras. Destas à primeira, se crê ou se opina ou se duvida; da segunda, se nega; da terceira, se confirma; mas em nenhuma se aprende. Assim está demonstrado que nem aquele que depois das palavras ignora o assunto, tampouco aquele que as reconhece como falsas, depois de ter ouvido, após interpelado poderia responder coisas semelhantes, demonstrando que por minhas palavras nada aprendera.”
(AGOSTINHO. De magistro. Editora Fi: Porto Alegre, 2015. p. 133-
135. Destaques do tradutor.).
Leia o trecho a seguir para responder à pergunta seguinte.
“(...) Se a esta [a Verdade] só chegar pelas palavras de quem o interpela, não foram as palavras a lhe ensinar; mas apenas o tornaram lúcido para aprender de seu interior. Por exemplo, se te interpelando sobre este assunto que estamos tratando, que nada possa se ensinar com palavras, e a ti inicialmente parecesse absurdo, dado não poder ver com firmeza o todo, quererias consultar aquele Mestre interior; e se eu dissesse: onde aprendeste ser verdadeiro o que afirmei - se estarias correto ao garantir conhecer o que afirmo?
Poderias responder que eu as ensinei. Então eu acrescentaria: que tinha visto um homem a voar; e minhas palavras também o deixariam certo tanto quanto eu dissesse que os homens sapientes são melhores que os nescientes? Negarias com certeza, respondendo não crer na primeira destas afirmações; mesmo que acreditasses, ela seria para ti desconhecida, porém da segunda estarias certo de saber. Entenderias que nada aprendeste com elas, e mesmo tendo eu afirmado, as ignoraria, até aquilo que lhe seria conhecido, visto que ao ser interpelado sobre as partes, juraria aquela desconhecer e da outra ter conhecimento.
Assim, admitirias o que antes negou quando reconheceste como claras e certas as partes em que constam: o ouvinte ignora que sejam verdadeiras, ou não ignora que sejam falsas, ou sabe serem verdadeiras. Destas à primeira, se crê ou se opina ou se duvida; da segunda, se nega; da terceira, se confirma; mas em nenhuma se aprende. Assim está demonstrado que nem aquele que depois das palavras ignora o assunto, tampouco aquele que as reconhece como falsas, depois de ter ouvido, após interpelado poderia responder coisas semelhantes, demonstrando que por minhas palavras nada aprendera.”
(AGOSTINHO. De magistro. Editora Fi: Porto Alegre, 2015. p. 133-
135. Destaques do tradutor.).
Observe a imagem abaixo.
Platão distingue o conhecimento da mera
crença ou opinião ao dizer que o conhecimento
deve ser uma crença verdadeira para a qual se
pode dar uma justificativa, um fundamento
lógico ou "lógos". Considerando a analogia da
linha dividida, presente no diálogo República
(509d-511e), assinale a alternativa correta,
segundo Platão, que apresenta como o
conhecimento é obtido a partir da nossa
experiência sensível.
Considere os fragmentos abaixo para responder à questão seguinte.
“Bruscamente, na Jônia, o logos ter-se-ia separado do mito, como uma venda que caísse dos olhos. E uma vez revelada a luz desta razão, ela não mais teria deixado de iluminar o progresso do espírito humano.”
(VERNANT, Jean-Pierre. Les origines de la pensée grecque. 10. ed.
Paris: Presses Universitaires de France, 2009. p. 102).
“A análise de Cornford revela estreitas correspondências entre a teogonia de Hesíodo e a filosofia de um Anaximandro. É certo que o primeiro fala ainda de gerações divinas enquanto o outro descreve já processos naturais; mas isso é porque o segundo se recusa a jogar na ambigüidade de termos como phyein [natural] e genesis [originário], que significam simultaneamente conceber e produzir, nascimento e origem.”
(VERNANT, Jean-Pierre. Les origines de la pensée grecque. 10. ed.
Paris: Presses Universitaires de France, 2009. p. 103).
( ) Análise e/ou averiguação dos poemas homéricos e hesiódicos com vistas ao estabelecimento de pontos de contato ou interseções destes com a filosofia nascente.
( ) Como não há pontos de contato possíveis entre a racionalidade mítica e a filosófico-científica, o esforço deve ser no sentido de encontrar o momento do “relâmpago no céu azul”, isto é, o momento originário da racionalidade filosófica por meio da investigação histórica das produções dos homens gregos.
( ) Como segunda etapa, deve-se confrontar as duas atitudes - a mítica e a filosófica - diante do real com aquela cujo método é, reconhecidamente, de base empírica, a exemplo da medicina, visto que a mudança de perspectiva do conteúdo para o método pode revelar os pontos de contato do processo intelectual entre as duas atitudes.
( ) A mudança de foco do objeto para o método, como etapa estratégica posterior, pode evidenciar a ruptura entre a racionalidade mítica e a filosófica, portanto, a análise dos poemas homéricos e hesiódicos, apenas para recorde de importância histórica das principais autoridades poéticas no mundo antigo, e dos produtos da genialidade científica dos primeiros filósofos podem, pela comparação, tornar evidentes as diferenças e a ausência de qualquer vínculo causal histórico/cultural entre as duas atitudes.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.